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Saturday, December 30, 2006

 
DE MAL A PIOR.
NÃO QUERO UM 2007 MAIS NEGRO AINDA! MAS OS POLÍTICOS NÃO COLABORAM!
Sábado, 30 de Dezembro 2006
EXECUÇÃO DE SADDAM
Uma pausa no Blog desde 11 de Dezembro, em preparação para o espírito das Festas Natalícias. Mas a gravidade das notícias na TV, internet e jornais não nos deixaram afastar da realidade nem da adversidade!
Esta manhã soube da execução de Saddam Hussein, pela CNN. Para os optimistas é uma janela aberta para a reconciliação dos iraquianos. Esquecem que, aqui bem perto, na Irlanda, famílias e jovens continuam a insultar-se e matar-se por desinteligências entre católicos e protestantes. Vivi quatro anos na Escócia e sei bem o que é o ódio religioso. É incrível mas existe e tem, por vezes, mais na Irlanda - país celta da UE -, graves consequências. Por isso, no Iraque, esta execução vai ser usada (sim) para agravar a guerra civil entre sunitas, xiitas e curdos. Continuando os atentados e as execuções diárias nas cidades e estradas. Estas não decretadas pelos tribunais do novo regime instalado (com base em eleições) mas pelas hierárquias quase tribais das três facções religiosas predominantes naquele país árabe, onde a democracia ao estilo ocidental não faz sentido. Vão lá fazer os americanos respeitar este simples facto?
Entretanto, os dirigentes e militantes mais radicais das três facções vão-se destruindo mutuamente. Numa purga político-religiosa sem tréguas, já testada noutros países com efeitos catastróficos durante gerações. Mas o politicamente correcto é dizer-se que entre marido e mulher não metas a colher, assim como nos países independentes os estrangeiros não devem intervir enquanto não for decidido pela ONU que haja insegurança para a Paz Mundial.
Resta-nos assistir aos frequentes genocídios regionais - tal como os comandados pelo próprio Saddam, Arafat, Pinochet, Fidel ou pelos líderes beligerentes nos conflitos israelo-palestiniano, entre sérvios e bósnios e kosovares, na Caxemira (entre paquistaneses e indianos), no Afeganistão, Somália, Congo, Sudão/Darfur, Tchechénia, Líbano, etc.! Curioso que os mandantes indonésios dos morticínios em Timor Leste foram praticamente perdoados! Hoje, o Presidente Xanana Gusmão convive diplomaticamente com os generais indonésios que ocuparam Timor Leste antes da independência! Talvez o legado da tolerância lusa na cultura Lorosae!
Seria bom que em 2007 todos estes conflitos fossem bem resolvidos. As minhas modestas preces diárias visam sempre a Paz Mundial! Que melhor bem para a Humanidade?

REVISTA DA IMPRENSA LUSA
DO ÚLTIMO FIM DE SEMANA DE 2006 REFLECTE VIDA QUOTIDIANA EM PORTUGAL
Semanário SOL de 30 Dezembro
GOVERNO - DEBATE QUENTE EM CONSELHO DE MINISTROS:
Primeiras clivagens no executivo de Sócrates sobre a proposta das novas empresas públicas que vão gerir o património e o funcionalismo público. Reza a notícia que os ministros estão divididos!Afinal, não há ministro que aceite à partida, de bom grado, cortes de competência e nas verbas no seu pelouro.
Com a curiosa excepção do ministro da Agricultura que se voluntariou para reduzir a sua equipa em 1500 unidades, incluindo o "exílio" do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária de Lisboa (Benfica) para Gaião (Famalicão). Será que na Região Norte há maior concentração de aviários? Ou haverá uma grande negociata imobiliária prevista para Benfica, onde o LNIV ocupa uma extensa zona alvo de cobiça de empreiteiros?
Agora que o Governo Sócrates tem uma Unidade Imobiliária também centralizada (pelo menos por enquanto) em Lisboa, estes negócios estão em moda!
A Política de Sócrates segue na rota delineada, depois de quase dois anos de tanta teimosia, erros e, sobretudo, perseguição a tantas profissões (juízes, magistrados, farmacêuticos, militares, professores, académicos, investigadores (estes são os mais desprotegidos), funcionários públicos, polícias, médicos, enfermeiros, deficientes, doentes, grávidas, reformados, desempregados, despedidos, empregados com salários em atraso e, mais recentemente, a perseguição de Sócrates estende-se a autarcas, notários, jovens licenciados, alunos nas aldeias, pescadores desportivos, contribuintes mais poupados, artistas e banqueiros (entre outros). O objectivo é acabar com a sacrificada classe média e algumas franjas de rendimentos altos sem poupar a população inidigente! O que disse contra Salazar, na juventude, é pouco comparado com este ataque generalizado aos contribuintes contemporâneos!
E acreditem, quando se perde a confiança nos dirigentes políticos que a maioria elegeu, tudo aquilo que possam ainda tentar fazer para inverter esta péssima imagem de nos reduzir o já fraco poder de compra e prejudicar o acesso aos maus Serviço Nacional de Saúde e de Segurança Social, que Sócrates tem vindo a destruir por teimosia, vem sempre acompanhado da suspeição e das mentiras que nos têm sido descaradamente pregadas por este governo.
Aliás, levanto o meu chapéu velho a Sócrates, por ser o mago da política do facto consumado e por andar de mãos dadas com o actual PR! Pobres portugueses! Cada vez mais pobres ... e mais gastadores!

O POLVO
Sobre a proposta (início deste texto) das empresas de gestão do património e do pessoal, sinceramente, acho melhor o Simplex que o Prace. O Simplex é útil, enquanto o Prace é cego!
Creio que o País lucrará com a concentração da gestão administrativa do Património do Estado. Incluindo a gestão de edifícios públicos e arrendados, a gestão comum da frota de viaturas de serviço do Estado, assim como o novo serviço de alienação pela internet, em voga) e, ainda, dos procedimentos respeitantes ao controlo e execução dos salários, abonos, férias, dispensas, baixas, destacamentos e missões do funcionalismo público, incluindo outras operações próprias de uma Divisão de Recursos Humanos de todo o Funcionalismo Público. Sempre aprendi que se ganham sinergias com a gestão comum.
E que, por outro lado, se perdem sinergias e gastos desnecessários com a compartimentação por unidades do mesmo tipo. Neste caso, espalhadas por 17 ministérios, cerca de 30 secretarias de Estado; e dezenas de tribunais, juízos, varas, procuradorias, julgados; direcções gerais, inspecções-gerais, departamentos, repartições, gabinetes, secretarias-gerais; administrações, alfândegas, delegações; "agências", lojas, inspecções, divisões, secretariados, câmaras, freguesias, associações de municípios, empresas municipais; conservatórias; escolas, universidades, faculdades, academias, conservatórios; hospitais, maternidades (em extinção?), urgências (idem?), centros de saúde, extensões, postos clínicos, laboratórios, farmácias; conselhos, estruturas, unidades, serviços, programas, conselhos, comissões, centros; observatórios, museus, bibliotecas, fundações, teatros; estados maiores, regimentos, batalhões, ligas, polícias, esquadras, guardas, brigadas, quarteis, postos, piquetes; autoridades e entidades reguladoras; redes, auditorias; empresas públicas, caixas, casas, residências, palácios nacionais, piscinas públicas, etc.

OPORTUNIDADES
Ainda não houve qualquer ministro, secretário de Estado, gestor público ou Primeiro Ministro com engenho, arte e coragem para encomendar um estudo destinado a racionalizar e uniformizar os extensos braços deste gigantesco polvo. Desde já posso oferecer-me para colaborar nesta tarefa!
Portanto, a medida que serviu de manchete ao SOL, poderia ter saído mais positiva. Bastaria o Conselho de Ministros, em vez de reduzir a opção do recurso a duas novas empresas públicas (para engordar o polvo!), ter tido o cuidado de prever duas situações alternativas:
(1) Realizar um concurso público para entregar estas funções em outsourcing a um banco. Como faz, por exemplo, a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) através do sistema de BSP (Bank Settlement Plan) nacionais (instalados nos países onde há companhias de voos regulares estabelecidas e inscritas na IATA), para a venda das passagens aéreas pelas agências de viagens licenciadas em todo o mundo.
(2) A obrigação do/s banco/s vencedor/es deste/s concurso/s para gerir o Património do Estado e o pessoal da função pública, recrutar os mais qualificados técnicos desta área a dispensar pela Administração Pública (remetidos para o quadro dos supernumerários, ou da mobilidade na prateleira), garantindo assim a pontualidade dos procedimentos exigidos.
Trata-se, afinal, de uma questão de pensar um pouco mais longe! O governo diz que vê com agrado a possibilidade dos quadros a dispensar serem úteis à iniciativa privada. Portanto, deve aproveitar as boas oportunidades que ele próprio cria com o emagrecimento da função pública.

PESCA LÚDICA E SOCORROS A NÁUFRAGOS - Acham os meus comentários exagerados? Então, faz favor de continuem a leitura deste sagreschool.blogspot. Digam-me depois a vossa apreciação final!
- na página 19 do Diário de Notícias de 30 de Dezembro:
NOVAS REGRAS - PESCAR POR DIVERTIMENTO VAI CUSTAR ATÉ 200 EUROS:
Estima-se que haja entre 500 e 800 mil pescadores amadores. Logo, poderemos calcular a receita anual suplementar à custa da pesca lúdica, pela aplicação desta licenças em 2007.
Aliás, a página dedicada a este tema, destaca a reacção de um pescador do Tejo ao DN: Isto é uma ganância. Isto é para oprimir mais o povo. Outra reacção: Isto é para nos arrastar para as tabernas!
Vai daí, Sócrates e a sua insaciável equipa decretam a exigência de licenças para pescar nos rios e no litoral. As licenças custam entre três e 200 euros, dependendo da modalidade, zona e validade (mensal, anual ou trienal). A mais cara é para pesca submarina. Cada pescador não pode pescar mais de 10 kg de peixe por dia e numa embarcação com três ou mais tripulantes a captura máxima diária permitida é 25 kg. É proíbido pescar junto a barras ou canais de acesso a portos e marinas, ou a menos de 100 metros de docas, portos de abrigo ou embarcadouros (cais de embarque e desembarque).
Não há como os ministros portugueses para proibir tudo e mais alguma coisa! Duvido que reste algum metro de cais, ou de costa, disponível para um grupo de amigos se juntar e conviver num passatempo popular (receitado para prevenir o stress) e até aqui grátis? Mas nem isso este governo consegue prever. Nem tãopouco a morte prematura da árvore dos euros fáceis de cobrar. Tal a ganância desta equipa socialista!
Lado positivo: É aplicado o SIMPLEX para a obtenção destas licenças nas caixas Multibanco, cujo talão serve de comprovativo do pagamento. Molhado com a água da pesca e tudo!
Já a fiscalização do cumprimento da nova lei compete à Polícia Marítima, Capitânias e Delegações Marítimas, Guardas da Natureza, Florestais e dos Rios e Lagoas, ou Brigada Fiscal, cujos elementos deixarão, assim, de concentrar a sua actuação em áreas fundamentais de protecção e segurança do litoral e da Natureza, ou de pescadores, marítimos, desportistas, banhistas ou embarcações em perigo, para se dedicarem ao "desporto" favorito da maioria das autoridades lusas de fiscalização: A CAÇA Á MULTA (perdão, agora, são coimas!).
Como também não há europeu tão complicado como o funcionalismo lusitano, o Guiness World Records Book tem andado desatento!
Resta-nos o "conforto" de auto-estima, de Portugal se arriscar, com este governo, a entrar numa próxima edição do Guiness World Records Book, como o país com mais licenças no mundo.
Hoje: para caçar, pescar, circular e conduzir auto, mota ou bicicleta, usufruir da TV, morar, trabalhar, viver, fumar e morrer!
Amanhã: para passear nas cidades, vilas, aldeias, serras, campos, à beira-rio ou à beira-mar, ou sabe-se lá, para respirar, ler, falar, conviver ou ... prostituir-se! Mas já se fala em tributar a prostituição feminina e masculina. Penso que só por adultos! Ou não? Quem não quer ser lobo ...!

INSEGURANÇA NO MAR (ou o reverso da moeda e do passatempo da pesca lúdica)
- na página 29 do DN de 30 de Dezembro:
PESCADORES MORRERAM A 50 METROS DA PRAIA (da Légua, a Norte da Nazaré):
Três pescadores portugueses morreram e três desapareceram na rebentação, quando o pesqueiro Luz do Sameiro, da praça de Vila do Conde, encalhou no areal e começou a ser batido pelas ondas a 50 escassos metros da areia seca, na manhã de sexta-feira passada.
Os seis eram naturais de Caxinas. O Sindicato da Pesca do Norte exige o apuramento de responsabilidades às autoridades marítimas (Porto da Nazaré) pelo socorro aéreo, marítimo e terrestre tardio, que permitiu apenas alvar um tripulante de nacionalidade ucraniana (pelo helicóptero da Força Aérea), que se conseguiu agarrar e aguentar no casco de aço da embarcação deitada sobre bombordo sob o temporal. O PGR e o Estado Maior da Força Aérea mandaram abrir inquéritos. Nós conhecemos a demora e a imparcialidade das autoridades que em Portugal abrem inquéritos e rejeitam admitir a responsabilidade dos seus subordinados. Na mesma edição, o ministro da Segurança Social, por exemplo, apressou-se a declinar a responsabilidade da Comissão de Protecção aos Menores de Monção, no caso da morte de uma bébé por alegados maus tratos da mãe, quando a educadora de infância lhe tinha denunciado a situação em 4 de Dezembro. Mas em Portugal as deligências são para fazer devagar, devagarinho, até a queixa deixar de ter razão de ser! Neste caso com a morte da criança! Outro recorde para o Guiness: o país com mais mortes de crianças por adultos, em 2006, em tantos casos pelos progenitores!
MORTES ACESSÍVEIS EM PORTUGAL
Por outro lado, este acidente marítimo demonstrou que a rede de capitânias e delegações marítimas não dispõe de três piquetes de emergência para busca e salvamentos na zonas Norte, Centro e Sul (pelo menos), que possam ser accionados de imediato. Neste caso, o Sindicato alega que o socorro chegou duas horas depois do alerta (o naufrágio deu-se pelas 07H00 de sexta-feira, 29 de Dezembro).
Ou, por outras palavras, o Sistema Nacional de Protecção Civil (que também dispõe de helicópteros) não abrange a zona marítima, embora seja capaz de reacções mais rápidas. O piquete da Polícia Marítima destacado para o local, segundo as equipas da TV que questionaram testemunhas populares, apresentou-se na praia com um veículo sem os instrumentos de salvamento indispensáveis a um salvamento num areal (bóias, cabos, pranchas, coletes! E sem fatos de borracha para entrarem nas ondas!
Os pescadores, por sua vez, também não vestiam coletes de salvação na altura do naufrágio! Mas quem os sensibiliza e fiscaliza?
Desde Setembro de 2005, há notícia de cinco mortos em naufrágios junto da nossa costa (na Arrifana - Aljezur), Praia Aberta Nova (Grândola) e Ericeira. Esta tragédia, na despedida de 2006, aumenta o número de vítimas mortais para 11 em 15 meses!
O que importam estes acidentes aos governantes? Quem vai ao mar, arrisca-se!
Mas, sinceramente, presume-se que a situação piore, a partir da implementação das anunciadas multas aos pescadores lúdicos (quando ultrapassem os pesos máximos de captura diária ou não cumpram as distâncias legais e restrictivas entre os pesqueiros escolhidos). Estas acções mediáticas (estou a ver as estações de TV disputar o acompanhamento de patrulhas à caça das multas aos pescadores lúdicos) - passam a concentrar a atenção das autoridades de salvamento marítimo, servindo as taínhas e bogas de tema televisivo à falta de notícias positivas para melhorar as perspectivas de vida dos portugueses! Cada vez há menos polícias, bombeiros e funcionários para servir os contribuintes e cada vez são distribuídas mais tarefas aos que restam nos corpos de intervenção e protecção ou nos organismos públicos de atendimento.

CORTES NAS REGALIAS MÉDICAS E SOCIAIS DA FUNÇÃO PÚBLICA (e Jornalistas, etc.)
- Manchete do DN de 30 de Dezembro:
Centros e postos de saúde dos serviços sociais dos funcionários da Administração Pública vão fechar. Comparticipações médicas e medicamentosas também acabam. Em 2006 este serviços sociais custaram 23 milhões de euros (sendo 60% de receitas próprias) e abrangeram 456 mil funcionários e cerca de 344 mil dependentes. Os serviços sociais têm um total de 605 funcionários - 25 médicos e enfermeiros, 121 administrativos, 127 auxiliares e 154 professores (?). Por aqui se vê a inversão de prioridades nas mais simples estruturas do Estado. Trata-se de "serviços sociais" ou de alguma "escola da função pública"?
Mas se há quatro postos de saúde localizados em Lisboa que, em 2004, atenderam mais de 10 mil actos médicos, havendo falta de postos de Saúde do SNS e largas dezenas de milhar de utentes sem médico de família, o governo decidiu não aproveitar nem melhorar estas estruturas, preferindo pura e simplesmente encerrá-las, negando a experiência acumulada e sobrecarregando os escassos, saturados e medíocres postos do SNS.
Está mal!

DESTRUIR O QUE LEVOU ANOS A ALCANÇAR É FÁCIL
Além dos Postos Médico Sociais da Função Pública, Sócrates vai também extinguir em 2007 as Caixas de Previdência dos Jornalistas, Advogados, Bancários e Empregados da EPAL.
Arrecadando para o Ministério das Finanças os activos dessas instituições e, mais uma vez, sobrecarregando o saturado e medíocre SNS.
Só quem não tem familiares, amigos e vizinhos não vai conhecendo casos de incrível desprendimento dos médicos nos serviços de banco dos hospitais das maiores cidades. Muitos, insensíveis, mandam doentes para casa, com receitas de pomadas e anti-inflamatórios, os quais morrem dias depois. Por não terem sido submetidos a exames adequados de diagnóstico. Para pouparem custos às exigentes administrações hospitalares instaladas pelos partidos no poder.
É evidente que um ministro, familiar ou amigo é atendido de outra maneira! Mas quem não conhece médicos, enfermeiros ou bombeiros que circulem bem nos bancos hospitalares, fica em risco de vida! Curiosamente, nenhum OCS ainda se abalançou a fazer uma reportagem sobre os doentes que morrem por falta de atendimento devido nos hospitais do SNS!
Pois bem, jornalistas, advogados, bancários, empregados da EPAL e outras profissões tinham este problema resolvido por dedicação de alguns dos respectivos pares. Cabendo ao Estado comparticipar apenas com uma parte dos encargos. O que Sócrates veio agora negar e acabar!
Como é possível governar-se, com tanto descaramento, contra tantos sectores da população, destruindo tudo o que de louvável tem vindo a ser feito pelos dirigentes das profissões atacadas?
Além disso, não será preferível aproveitar as estruturas criadas e que funcionam há décadas com inteira satisfação dos utentes abrangidos (profissionais e familiares), do que simplesmente abandoná-las e destruí-las, criando mais desemprego, miséria e descontentamento popular?
O futuro da Casa da Imprensa, por exemplo, pode passar por protocolo/s, com uma mais seguradoras, para o seu modelar Centro e Serviço Médico poder ser integrado na sua rede de atendimento com um horário mais alargado, continuando a atender jornalistas e familiares e segurados - os seguros de saúde estão, afinal, a crescer e a responder à ineficácia e (algum) desleixo do SNS.
Isto é um balde de água fria para todos os portugueses para quem, até aqui, o Estado representa o que de melhor se espera da sociedade portuguesa. Acrescento: o de melhor e o de pior, afinal é que é verdade!
De registar que a maioria dos OCS tem, estranhamente, dedicado muito pouco espaço e atenção à extinção da Caixa de Previdência dos Jornalistas (e das outras profissões com ainda maior dificuldade de acesso aos media) e ao atrofiamento do Casa da Imprensa - Associação Mutualista centenária, que operava o Posto Médico e o subsistema de saúde (semelhante ao da ADSE - com credenciais da Casa da Imprensa, os jornalistas e familiares têm tido acesso a médicos especialistas particulares, cirúrgias, análises e outros meios de diagnóstico, que a Caixa de Previdência mais tarde comparticipava segundo a tabela oficial.
Será que os empresários da C. Social, receando outros ataques de Sócrates, boicotaram este tema? Tudo é possível em Portugal! E quem não quer ser lobo ...!

"EPIDEMIA"
Já que se fala sobre a Saúde em Portugal, acrescento que os titulares deste governo nem sequer constatam que de pouco valem as encenações mediáticas semanalmente realizadas para anunciara reformas ou medidas pontuais contra esta ou aquela actividade, ou sobre investimentos e outras fantasias nas áreas do emprego, saúde, educação, justiça, administração local e regional, ambiente, transportes e obras públicas megalómicas (desprezando as que mais interessam às populações).
Combater a evasão fiscal, as mordomias dos políticos centrais e locais, e de certos gestores públicos, assim como a corrupção desportiva e municipal, tudo bem. Mas atacar tanto as classes médias é um sacrilégio imperdoável!
Tudo se perde - incluindo alguns positivos pontos específicos das reformas introduzidas como o Simplex - face à dureza das notícias quotidianas de ataques a vastas faixas da população abrangidas, seja nas fábricas, empresas, explorações agrícolas e serviços públicos. Todos prejudicados por esta "epidemia" de cortes, reduções e outras maldades! O pior é que só em 2009 poderemos ajustar contas com esta maioria democraticamente eleita, aliás sobre repetidas mentiras eleitorais. Mas não tardam pela demora! Deus nos dê saúde até lá!
POSTED BY HUMBERTO ON SATURDAY 30 DEC. 2006 AT 20H00 (LOCAL TIME)
REVISED ON SUNDAY 31 DEC. AT 20H00 (LOCAL TIME)

Sunday, December 10, 2006

 
1ª parte - Apelo à reorganização geral
Lisboa, 2006/12/10
Creio que não podemos mais (os portugueses) continuar condenados ao actual modelo de governação. Não suportamos mais leis mal feitas (concebidas com fugas incríveis à imparcialidade e ao acesso de oportunidades idênticas aos cidadãos), nem múltiplos e contraditórios planos de recuperação e desenvolvimento (sem controlo dos resultados e encomendados por interesses políticos e regionais inconciliáveis). Não queremos suportar mais sujeitos auto-promovidos a tribunos e comentadores demagogos, nem à desorganização e inércia das repartições, federações e autoridades reguladoras que deviam prestar os indispensáveis serviços de utilidade pública. Sem esquecer a incompetência reinante na maior parte das esferas da vida activa nacional.
Não podemos progredir sem que sejam concedidas à iniciativa privada - aos empreendedores mais aptos e aos cidadãos mais abertos e enérgicos - as oportunidades a que têm direito por força da Constituição e da justiça social. Nem podemos continuar a planear o futuro com base em institutos e serviços públicos exclusivamente virados para alimentar a vaidade e exigências dos funcionários mais arrogantes a par da burocracia. De uma vez por todas, os cidadãos têm que exigir serviços públicos que satisfaçam contribuintes e utentes. Quem não estiver interessado em desempenhar serviço público, demita-se e procure novo modo de vida!
DESPESA PÚBLICA NÃO PODE EXCEDER RECEITAS
Um país com 82 mil km2, uma população de 10 milhões, tendencialmente idosa, doente, iletrada, pobre e sem habilitações profissionais suficientes à vida moderna, tem que mudar de sistema. Adoptando um modelo como no Luxemburgo ou Mónaco. Passando a ser gerido como um grupo de empresas (em parcerias público-privadas com a indispensável dimensão crítica) constituído por empresários e gestores dinâmicos, com formação adequada e que tenham o sentido da responsabilidade social, comunitária, económica e produtiva, nos planos interno e internacional. Não pode ser empresário quem não tenha estes atributos!
Este critério contempla, desde já, uma avaliação técnica e funcional entre os milhares de sociedades lusas que, ano após ano, não geram receitas suficientes para pagar impostos mas fugindo sempre à declaração de falência. Estes empresários, aliás, não sentgem qualquer vergonha e vão somando dívidas a tudo e todos - ao fisco, Segurança Social, autarquias, fornecedores e trabalhadores. Empresas e empresários, afinal, só no cartão de visita e papel timbrado. Não na responsabilidade económica nem social!
Mas o princípio base de qualquer novo sistema de governação deve cumprir a norma fundamental de não se gastar mais do que as receitas geradas! Agora que tudo - ou quase tudo - tem que mudar não tenhamos dúvida. No governo, nas empresas, na organização do trabalho. Na Educação, Saúde, Justiça, Ciência, Cultura e até na distribuição mais equitativa da riqueza!
E quanto mais depressa melhor!
Não podemos, aliás, continuar a ser conhecidos em Bruxelas como o país dos salários em atraso, da fraude fiscal, da corrupção e o que tem, na população trabalhadora, o maior número de técnicos por promoção administrativa - significando: é o país europeu com o maior número de trabalhadores tecnicamente indiferenciados!
No meu tempo de estudante, no Reino Unido, já eramos conhecidos como os "pork and beans" - uma directa à nossa alimentação base. Por vender água a copo, durante os encontros de futebol com equipas britânicas (quando no Reino Unido já havia distribuição de leite engarrafado - gratuíto nas escolas). Por andar meia população de Lisboa a vender lotaria à restante metade. E outros hábitos pouco recomendáveis, que me fizeram andar diariamente à pancada com os "bifes"!
Uma vez que os sucessivos governos só encontram formas de prejudicar as empresas e penalizar os empresários, a acção governativa da economia deveria ser substituída, com vantagens, por gestores especializados dos clusters ou fileiras com maior potencial, acabando a "dança" permanente das cadeiras dos ministros e gestores de empresas e institutos públicos sem habilitação própria e do caciquismo partidário que estimula, em cada mudança de governo, a distribuição de lugares bem remunerados e somados às mordomias do socialismo moderno, os "top jobs for our boys, girls and friends"!
ESBOÇO PARA UMA GOVERNAÇÃO MAIS JUSTA
A Justiça (Coordenação Política, Magistratura Judiciária e Tribunais), Finanças, Forças Armadas, Segurança Pública, Administração do Território, Protecção Civil, Educação, Saúde Pública, Segurança Social, Estrangeiros e Cooperação, funcionariam sob o Gabinete do Primeiro Ministro (ou do Presidente da República) numa plataforma compatíveisl com a nossa dimensão e capacidade de gerar receitas.
Um Tribunal de Contas e uma organização descentralizada das cinco regiões continentais e duas insulares (com competências alargadas a todas as áreas de actividade (excepto as de Soberania acima indicadas), permitiriam deixar de haver 18 distritos, 10 agências regionais de turismo (novo eufemismo inventado por Sócrates para as 19 regiões e seis juntas de turismo), cinco comissões de coordenação regional, não sei quantas direcções regionais de educação, ambiente, economia nem quantas comarcas e círculos judiciários. Neste polvo gastador de proveitos e da paciência dos cidadãos, apenas acabaram, nos últimos meses, as regiões militares! Afinal os militares sempre são os mais disciplinados e preocupados com a subida dos gastos públicos. Agora não podem ser desconsiderados em relação a outras profissões equivalentes! Favor ver adiante o capítulo dedicado às Forças Armadas.
Competirá às organizações concentradas das sete regiões descentralizadas a gestão, fiscalização, regulação e auditoria dos planos aprovados para cada cluster nos respectivos territórios!
O conceito orientador é exigir a cada uma destas regiões um plano quadrianual de desenvolvimento económico. Temos que nos convencer que o prazo mínimo para qualquer inovação legislativa, social ou económica colher resultados é de quatro anos. Embora se prestem contas anualmente e se possam introduzir melhorias sempre que a evolução dos acontecimentos ou a conjuntura económica o determine.
Toda a actividade económica terá que ser desenvolvida por parcerias público-privadas. Creio que a nossa iniciativa privada não tem capacidade finenceira, nem técnica, nem humana, para tomar conta das privatizações que uma ruptura desta dimensão com o actual sistema implicaria. E não gostaria de ver o meu País governado por estrangeiros especializados em fomentar interesses especulativos. Um risco que o actual sistema também alimenta e favorece, com culpas para uma boa parte dos nossos empresários contemporâneos! Quando até os autores e mentores do Compromisso Portugal têm vendido os seus activos a estrangeiros, o que poderemos esperar mais deles? E dos outros? Que vendam mais activos das empresas e os transformem em mais mansões aqui e nos resorts de luxo nos "paraísos tropicais", embarcações, aviões e automóveis de alta gama, etc. Para lhes alimentar o ego e permitir uma louco concorrência entre a nata das famílias de novos-ricos ... como diz Marques Mendes, referindo-se aos adversários do PS! À custa da política também se fazem muitas negociatas!
Os netos andarão, mais tarde, a pedir emprego aos estrangeiros que ficaram com as fábricas e empresas dos avós gastadores e perdulários! Vejam só o que está a acontecer ao redor da albufeira do Alqueva? Qualquer dia, os empresários espanhóis tomam conta de tudo o que resta!
DISTRIBUIR MELHOR PARA LUCRAR MAIS
Voltando à nossa tese dos clusters, cada uma das sete regiões será responsável pela atribuição e desenvolvimento a cada cluster seleccionado, das suas mais valias regionais, nos planos dos recursos naturais, humanos e de produção agrícola, industrial, científica, tecnológica, cultural, turística ou outra. A soma de todos os contributos reverte a favor do cluster matriz, sendo os lucros divididos na proporção da produtividade de cada empresa, trabalhador e região.
O que importa sublinhar é que cada trabalhador, cada encarregado da produção, cada empresário, cada dirigente e cada político regional ou local está a contribuir para o bolo nacional e que a mais valia obtida será repartida equitativamente em proporção ao esforço de cada um! Interessa absorver que o importante é competir na premissa do que cada um contribui para a mais-valia do produto ou bem vendido ou exportado. Nunca mais assumindo a atitude negativa e egoísta de quanto cada município, empresa ou indivíduo vai lucrar com subsídios ou outros apoios do Estado ou da Europa. Os vícios, maus hábitos e a corrupção têm que ser combatidos por todos e eliminados da nova sociedade.
NOVA VISÃO E COMPONENTE EUROPEIA
Os apoios de Bruxelas serão de ora em diante negociados em cada quadro comunitário de apoio ao sub-desenvolvimento (é bom que não só a Madeira se compenetre desta realidade) consoante potencial e os planos apresentados transversalmente por cada cluster (ou área de actividade económica: pesca, floresta, industria aeronáutica, automóvel, informática, construção naval, etc.) na perspectiva da competitividade intercontinental (Europa-América do Norte, Europa-Ásia, Europa-Pacific Rim, etc.). Planos aprovados em sequência, da plataforma regional para a nacional e desta para a Comissão Europeia.
Quanto à fiscalização, os prevaricadores seriam entregues aos tribunais nacionais. Às autoridades de segurança competiria zelar pelo cumprimento das leis e normas de boas práticas administrativas e empresariais, face aos concidadãos. A União Europeia continuará a providenciar Tribunais Europeus de Direitos Humanos e de Regulação de Conflitos Políticos, Económicos, Sociais, Culturais e Desportivos (estes cada vez a assumir maior importância).
INVENTÁRIO DOS RECURSOS NACIONAIS
A segunda etapa da minha proposta prevê a elaboração do Inventário dos Recursos de Portugal e da sua população activa, seguida da Programação das Prioridades Quadrianuais a aprovar (em planos de acção enquadrados nos quadros comunitários de apoio ou instrumento equivalente), de acordo com as disponibilidades financeiras e de crédito do erário público (que não é um saco sem fundo) somadas às oportunidades do mercado.
Esta proposta substancia-se na criação e actualização periódica de um gigantesco mas simplificado puzzle de organização e acção, por pessoas competentes e com os pés na terra, tanto por parte do inevitável reduzido Quadro da Administração Pública como da própria sociedade civil, enquadrados em parcerias público-privadas! Isto não pressupõe que se ponha a maioria dos funcionários na prateleira do quadro de mobilidade especial, mas sim o seu aproveitamento, pelo menos de todos aqueles válidos e interessados am abraçar actividades mais estimulantes. onde possam revelar melhor a sua capacidades de trabalho e saber, comprovando a respectiva experiência profissional e dedicação ao serviço!
E nada de encomendar planos dispendiosos, encomendados a consultores internacionais ou académicos, com pouca experiência da vida prática. Como tem sido o caso exemplificado nos estudos sobre a Ota, TGV e outros. Todos os cidadãos activos e lúcidos - sabemos o que Portugal tem, o que pode ambicionar e como! É uma questão de se pensar, escrever e transmitir o nosso contributo aos nossos concidadãos descontentes a aos dirigentes políticos e privados mais sensibilizados para a inevitável mudança!

2ª parte - Apelo à competência nacional
Lisboa, 2006/12/11
Portugal também precisa de servir mais uma vez de exemplo ao mundo - pelo menos aos povos ocidentais. Em plena consolidação da globalização da economia, apontamos o dedo acusador aos que sonham e ambicionam alcançar a hegemonia política. Não é este o caso nem o objectivo. Mas não podemos ignorar os planos que germinam, visando a divisão do globo em quatro grandes blocos: o Ocidental sob o comando polémico, defeituoso e insultuoso dos EUA); o Islâmico Fundamentalista sob o comando dos temíveis ayatolas shiistas; o Islâmico Moderado sob o comando dos emires do petróleo; e o da Euro-Ásia sob o comando bicéfalo (ou alternado) de russos e chineses. Este cenário pode ter algumas excepções e acrescentos. Como o Japão, Índia e Coreia do Norte poderem decidir juntar-se ao bloco Ocidental, assim com a maioria dos países do Pacífico Rim. Com excepção da Indonésia, o maior país islâmico optará certamente por juntar-se a um dos respectivos blocos (restará ver o que sucede então a Timor Leste, onde germina já a semente do Islamismo pouco moderado). E, por fim, as réplicas embrionárias de repúblicas socialistas a crescer na América Latina, à imagem de Cuba e Venezuela (creio sinceramente que o Brasil se livrará desta tentação). Resta a dúvida para que lado balançará a maioria da África Subsaariana? Poderá Portugal ter um papel histórico a desempenhar ali?
Uma coisa é certa: ninguém mais precisa de políticos e economistas desorientados, sem visão da globalização e alheios à dinâmica das empresas e do mercado! Todos eles já tiveram, nos últimos 150 anos, as suas janelas de oportunidade na organização e reorientação do capital e do trabalho. Seja na indústria, agricultura ou no comércio. Desde o século XIX ao XXI (para não ir mais longe), deram sempre com os burros na água - seja com a industrialização (desde o advento da máquina a vapor) até aos primados da energia derivada dos combustíveis fósseis, do nuclear ou alternativas (ainda incipientes). Só souberam impor sistemas incapazes de criar condições de bem estar e paz para a maioria da população do globo. Pelo contrário, a pobreza, doença, desemprego e desespero dramático de largos extractos populacionais crescem na África, Ásia, América Latina e vastas franjas da Europa. As diferentes teses de tais políticos e economistas ainda não conseguiram democratizar, educar e sustentar condições de vida razoáveis - sob uma perspectiva mista humanística e económica - marginalizando mais de metade da população mundial.
Podem ser slogans pesados, mas os ricos são cada vez mais ricos e os pobres mais pobres. Com a agravante dos ricos continuarem a embrenhar-se, cada vez mais, em conflitos prolongados no Médio Oriente, Balcãs, Caxemira, Afeganistão, Chechénia, Iraque, Irão, Coreia do Norte, Darfur e Corno de África, etc. Os sistemas políticos baseados em Estados centralizados e apoiados em forças militares despropositadas, estão esgotados. Sejam os movimentos liberais, ditatoriais, socialistas, comunistas, ou democratas das diversas tendências. Os grandes blocos ou alianças regionais - ONU, União Europeia, Liga Árabe, União Africana, Palops, CPLP, Asean, Nafta, OEA, Nato, CCI, etc. encontram-se em encruzilhadas intricadas, das quais não conseguem facilmente sair. O futuro vai depender, mais uma vez, da descoberta (urgente ou não) de energias renováveis. Quem detiver o exclusivo desta invenção vai dominar o globo no século XXI - no capital, na produção, no comércio e no poder! O que é um mau preságio!
PORTUGAL NA RODA DENTADA
Esta introdução destina-se apenas a enquadrar a necessidade de, em Portugal, nos anteciparmos a este tipo de cenário global e real. Assim, voltando à mudança preconizada para Portugal - proponho um sistema de governação com duas vertentes - a oficial: ministérios virados para a Soberania Nacional - e uma vasta parceria público-privada, constituída a partir dos clusters geradores de riqueza e virados para o aproveitamento dos nossos recursos naturais, materiais, artificiais e humanos. Os clusters podem ser dirigidos por agrupamentos de empresas ou pela fórmula de fundações institucionais com participação oficial e privada.
RECURSOS LUSOS
Nesta segunda vertente, incluiríamos num primeiro grupo as seguintes áreas industriais e agrícolas em que temos maiores vantagens: tecnologia e electrotécnica; telecomunicações e televisão; automóvel e electromecânica; aeronáutica; minas e energia; recursos aquíferos; pescas e mar; moldes industriais; plásticos, química, parafinas e combustíveis; têxteis, confecções e moda; têxteis-lar e decoração interior; calçado; vidro, cristal e cerâmica; obras públicas, construção civil e materiais; produção e transformação agrícola, visando, além do abastecimento maioritário do mercado interno, a exportação nas seguintes áreas - fileira florestal (madeira, mobiliário e prensados), vinha e vinho, fruticultura (ananases dos Açores, citrinos, etc.), culturas hortícola (focada nos mimos para saladas e guarnições), cerealífera, tubérculos, tomates, etc.), pecuária e lacticínios (destaque para a criação de touros, cavalos, ovelhas e produtos lácteos de qualidade); aviária, apicultura e produtos artesanais (compotas naturais, etc.) O desenvolvimento agrícola e o regresso ao amanho dos campos e da floresta é essencial. Desde que se criem as condições indispensáveis. Mas atenção é preciso produzir mais, melhor e mais barato! E para isso é preciso combinar, sensibilizar e alcançar a consolidação das actuais entidades de produção com a distribuição e comercialização comum de uma série forte de marcas e mais-valias!
PRODUTO CEREBRAL
Num segundo grupo seriam agrupadas as áreas dos serviços e pesquisa: ensino e formação; investigação científica (destaque para a oceanografia, já que o estudo dos oceanos vai ser o futuro no século XXI); planeamento integrado e consultadoria; saúde e medicamentos; segurança; turismo e transportes (associação inevitável); cultura (fileira com vasto potencial se orientada para o gosto dos cidadãos); desportos (idem); portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários; inspecção e gestão de obras, serviços e planos de engenharia civil, cidades e serviços; etc.
Trata-se de um simples blueprint que submeto à apreciação dos magos do comentário político e económico. Creio que tem pernas para andar! Daí o meu desafio: por favor façam agora o vossos papel: critiquem mas apresentem alternativas viáveis e mais proveitosas, talvez sem tamanha ruptura!
COMENTÁRIOS À CONDIÇÃO MILITAR
Não há dúvida que a condição militar é específica e exigente. Mas há outras profissões civis e de segurança semelhantes na exigência de condições específicas e de disponibilidade 24 horas sobre 24 horas, por vezes todos os dias do ano em que há acidentes, emergências, saídas imediatas para o País ou para o exterior. Falo de médicos, polícias, bombeiros, pessoal da protecção civil, políticos, jornalistas, etc. Portanto, vamos encerrar o guichet das lamentações.
Aos comandos militares compete a gestão e planeamento dos meios, equipamentos, material, pessoal, estratégia, treino, vigilância, salvamento e segurança do território e cidadãos, em situações de emergência, e operações de defesa, combate e paz em missões internacionais.
Devem ser racionalizadas. A Marinha e a Força Aérea já iniciaram a racionalização. o Exército arrancou este ano. Tudo Bem!
Mas o País não deve mais nem menos às Forças Armadas do que aos cidadãos - médicos, professores, engenheiros, operários, lavradores, camponeses, políticos, artistas, escritores, desportistas, cientistas, inventores ou emigrantes que têm conseguido elevar o nome, a bandeira, o hino e o prestígio de Portugal em eventos e competições internacionais.
De resto, basta de folclore, manifs, passeios, jantares de protesto. A maioria dos portugueses também está mal paga, mal aproveitada, mal disposta e sobrecarregada com sacrifícios. À condição militar está associado o brio! E agora não há mais serviço militar obrigatório. Logo ... quem não quer ser lobo ...
Outra coisa certa é que continua a haver portugueses que pensam pela sua cabeça e que não se deixam facilmente iludir pelos protestos ou promessas demagógicas em público. Outros contribuem, na medida das suas limitações individuais, para a eventual solução dos graves problemas que o Povo Português enfrenta! Os estimados leitores do blog Sagreschool ficam convidados a seguir o exemplo!

POSTED BY HUMBERTO ON MON. 2006/12/11 AT 09H45 (9.45 Am local time)

Thursday, December 07, 2006

 
Gold Travel & Style ou Sete Pecados de Lazer

Rui Maia, anterior director geral da British Airways para Portugal, decidiu usufruir da sua merecida reforma numa experiência curiosa e útil: editar uma exemplar revista de viagens de luxo - a Gold List Travel & Style. Saiu agora o primeiro número com 164 páginas em quadricromia, impressa em couchet de alta gramagem, destinada a apresentar produtos topo de gama e dirigida ao segmento médio/alto (classe A). Constituiu a empresa Luxuspress, formou uma pequena e bem articulada equipa, e negociou os direitos da Gold List mais a colaboração da Turista Acidental para a redacção e distribuição do produto. O resultado é superlativo. Como tudo em que Rui Maia concebe e trabalha - ao longo dos anos em que representou a British Airways no mercado português e coordenou a expansão da empresa na América Latina.
Para atrair os verdadeiros leitores apaixonados por viagens invulgares - tal como Rui Maia continua a ser -aplica a fórmula dos sete pecados de lazer: um selecção criteriosa de resorts exclusivos, spas sofisicticados, golfe do melhor do mundo, cruzeiros (ao elevado nível da Silversea), fashion internacional, jóias deslumbrantes e motores de alta potência (automóveis, embarcações de recreio, etc.). Combinando a gama Travel com destinos e opções do que há de melhor no mundo do turismo de estilo, surpreende-nos nesta publicação com a gama Style, recheada de marcas exclusivas - entre os anunciantes destacam-se: Baume & Mercier, Bigger Bang relógios, BMW, Breitling, Caixa Geral & Clube Caixa Gold, , Cartier, Chaumet relógios, Chrysler, Dunhill, Fairlane Squadron 74, Franck Muller relógios, Hermés, Hublot relógios, IWC relógios, Maserati, Mini Concept, Netjets, Real Companhia Velha, Rolls Royce, Van Cleef & Arpels, Vodafone e Volvo.
Das opções apresentadas na secção Travel destaco as sete páginas sobre o lendário Old Course, Golf Resort Hotel & Spa at St. Andrews, Kingdom of Fife, na minha bem amada segunda Pátria - a verde Escócia, onde na juventude estudei, aprendi e fui muito feliz. Foi um curioso regresso instantâneo ao sentimentalismo que dura e perdura há mais de 50 anos e que, no caso de St. Andrews, reflecte uma qualidade de vida digna dos leitores da Gold Travel & Style. A Escócia é a pátria do golfe de alta competição, onde os desportistas mais consagrados tiram os seus "mestrados" internacionais.
Outra lembrança agradável que encontrei na Gold Travel & Style é a do Le Meridien Bora Bora, a encher-nos os olhos com a beleza das paisagens e do seu incomparável ambiente de esplendor e bem estar. Igualmente, a lembrar-me a única visita à Polinésia Francesa.
Por último, rendo-me a "Lisboa a meus pés ..." - sete páginas maravilhosas sobre o Pestana Palace Hotel, na bela cidade onde nasci, trabalhei e vivo com redobrado prazer, especialmente quando me é dada a oportunidade de apreciar e relembrar tanta coisa boa que o mundo oferece nesta primeira edição da Gold Travel & Style!
Aguardo, com expectativa, para Fevereiro, o segundo número deste excelente album de recordações de viagens - algumas feitas, outras sonhadas! Parabéns Rui Maia!

POSTED BY HUMBERTO ON THU. 07 DEC. 2006 AT 19H45 (7.45 pm)

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