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Tuesday, March 29, 2011

 
NOTÍCIA DO DIA - BOLETIM DA PRIMAVERA 2011 DO BdP

Recessão agrava-se em 2011 e prolonga-se em 2012

FONTE: RTP 2011Mar29

COMENTÁRIO PRÉVIO DE Humberto Ferreira:
A HERANÇA DE SÓCRATES - Depois de Guterres, Barroso e Santana, só nos faltava o Sócrates!

Creio que esta é uma previsão bastante conservadora, por parte da Autoridade de Regulação Bancária “Independente de Portugal”, face a um plano de extrema austeridade (PEC IV), comprometido em Bruxelas, à “sucapa” dos restantes órgãos de soberania e dos representantes da oposição parlamentar, pelo Exmo. Senhor Mandador-Mor da Lota, que ainda ocupa o cargo a prazo, e que teve a ousadia de assinar mais um PEC (o quarto), sem qualquer projecto apenso, até à data, relativamente ao indispensável crescimento económico.

ESQUECIMENTO IMPERDOÁVEL - Pois, sem crescimento sustentado, o Fisco não consegue cobrar mais impostos, as empresas não conseguem subir os lucros nem investir mais, as exportações não podem crescer por obra e graça do São José, o consumo desce, o comércio asfixia, o País empobrece, os depósitos bancários esgotam-se uns e fogem os outros (esqueceu-se que já vivemos na era da globalização financeira?), e os investidores procuram outras paragens enquanto os credores continuam a atacar!

RECEITAS FALHADAS - Digam o que disserem, sejam os nossos mal esclarecidos governantes, os inefáveis comentadores político-económicos, ou os implacáveis gestores, técnicos e consultores da Comissão Europeia, do Euro-Grupo, do BCE, do FMI, assim como os desconhecidos corretores dos tais enigmáticos mercados financeiros internacionais, um País, uma região, uma cidade, ou uma empresa não consegue prosperar sem um plano de crescimento económico aprovado por TODOS os parceiros e não apenas pelo gerente temporário da LOJA ... à beira de falência vergonhosa, por falta de produção capaz de compensar tanta despesa e desperdício e tão pouco apoio à economia e ao desenvolvimento!

ÓDIOS DE ESTIMAÇÃO - Portugal enferma de uma elite contemporânea entrincheirada em posições "clubistas" radicais, quer por parte do actual Governo PS (ainda em gestão), quer por parte dos dirigentes do partido incumbente (candidato alternativo ao poder)... o desnorteado PSD. Pois, de 23 de Março até hoje, os inexperientes e deslumbrados dirigentes sociais-democratas, ainda não foram capazes de garantir, publicamente, aos portugueses que têm um projecto melhor e menos penoso do que o do PS, para relançar a economia, reduzir o desemprego, e pagar suavemente a dívida contraída nos últimos seis anos! Portanto, tudo como dantes, quartel-general em Abrantes …

PEC IV = PEC V E PEC VI AINDA PIOR - E, por favor, enquanto os portugueses (tal como os gregos e irlandeses) não se entenderem no essencial, não esperem por algum milagre em 2011. Nem Sócrates muda, nem o PSD se concentra num denominador comum mais acessível e realista, e, por outras palavras, nem o Pai chega, nem a gente almoça… Não me digam, depois, que não os avisei a tempo de que a nossa situação colectiva piora dia-a-dia - HF - (usa ortografia lusa)

TEXTO DA NOTÍCIA (em ortografia luso-brasileira)
O Boletim do Banco de Portugal (BdP) procedeu (terça-feira) a uma revisão em baixa das suas estimativas para a economia, antecipando agora uma contração de 1,4 por cento em 2011. No Boletim de Primavera, a instituição liderada por Carlos Costa inscreve ainda a perspetiva de um novo recuo no próximo ano, tendo em conta as medidas adicionais de austeridade que terão de ser postas em prática para cumprir as metas de redução do défice das contas públicas, comprometidas junto dos parceiros europeus.

Do Boletim de Inverno para o Boletim de Primavera, o Banco de Portugal revê em baixa a sua estimativa para o desempenho da economia. Em 2011, espera-se uma recessão de 1,4 por cento, contra a anterior previsão de uma quebra de 1,3 por cento. A instituição de supervisão assinala, no entanto, que as previsões agora publicadas “apenas consideram as medidas orçamentais bem especificadas e já aprovadas” no quadro do Orçamento do Estado para este ano. Ou seja, não refletem “todas as medidas necessárias ao cumprimento dos exigentes objetivos orçamentais assumidos pelo Estado português para 2011”.
O Banco de Portugal corrige igualmente em baixa a estimativa para o próximo ano, antecipando um crescimento de 0,3 por cento – o Boletim de Inverno avançava com uma projeção de 0,6 por cento. Todavia, antevê desde já que o pacote de medidas de austeridade “que ainda falta especificar” vai conduzir o país a uma “nova contração significativa da atividade económica em 2012”.
“Dado que ainda falta especificar medidas para 2012, os resultados para esse ano devem ser especialmente relativizados”, avisa a instituição.

Emprego em queda
Quanto ao mercado de trabalho, o Banco de Portugal prevê que o país continue a pulverizar postos até ao próximo ano - o emprego deverá ter uma quebra de 0,9 por cento em 2011 e de 0,3 por cento em 2012, depois de ter já regredido 1,5 por cento em 2010. O “fraco desempenho da atividade económica” deverá acarretar efeitos negativos para o emprego nos setores público e privado. Mas é no segmento público que o banco central espera um recuo “mais pronunciado”, dada “a redução do número de efetivos da Administração Pública considerada nas hipóteses de finanças públicas subjacentes à atual projeção”.
A instituição prevê, por outro lado, que o consumo de famílias e empresas resvale este ano 1,9 por cento, contra a estimativa de 2,7 inscrita no último Boletim, ao passo que a estimativa para as exportações surge praticamente inalterada: as vendas para o exterior deverão crescer seis por cento este ano, ligeiramente acima da última previsão, de 5,9 por cento.
A inflação apresenta uma diferença mais pronunciada. O Banco de Portugal antecipa que os preços aumentem 3,6 por cento, bem acima dos 2,7 por cento da anterior estimativa.
De resto, o Banco de Portugal antevê uma quebra de 3,4 por cento no rendimento disponível das famílias, devido à situação do mercado de trabalho e por causa das medidas de austeridade orçamental. A que se somam “condições de acesso ao crédito mais restritivas”.

Juros da dívida externa em ascensão
O Boletim Económico da Primavera do BdP prevê ainda que a taxa de juro média anual da dívida pública a dez anos se agrave em 2011 e 2012. As projeções do Banco de Portugal antecipam uma média de 7,6 por cento este ano e de 7,9 por cento no próximo. Nas estimativas, sublinha a instituição, “admite-se a manutenção de condições particularmente restritivas de acesso dos bancos nacionais aos mercados internacionais de dívida por grosso”.
É também previsto um agravamento da taxa de juro de curto prazo, com base na taxa do mercado interbancário para operações a três meses – de mais 1,5 por cento em 2011 e 2,3 por cento em 2012. O défice externo deve apresentar um agravamento este ano e estabilizar em 2012: o Boletim da Primavera piora as estimativas para as necessidades de financiamento externo, de 7,1 para 8,9 por cento em 2011 e de sete para 8,3 por cento no próximo ano.

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Thursday, March 24, 2011

 
QUARTA-FEIRA NEGRA
PRIMEIROS EFEITOS DA NÚVEM NUCLEAR JAPONESA EM PORTUGAL?
Uma análise sobre as CRISES portuguesas:
de ordem financeira, económica, política e institucional


Humberto Ferreira

A 23 de Março de 2011, uma quarta-feira de sol, a nuvem nuclear japonesa portadora dos gases libertados da central de Fukushima, despenha-se em Lisboa, na encosta da Estrela-São Bento, causando as primeiras vítimas europeias das terríveis catástrofes que assolaram há dias o Japão: um sismo de magnitude 9, um tsunami violento, e vários acidentes em algumas das suas centrais nucleares.
Curiosamente, as vítimas mais atingidas em Lisboa foram os políticos de turno, no mais frequentado convento beneditino da capital portuguesa.
Após largas horas de luta oral, contra sucessivos os azares do subdesenvolvimento ibérico, os capatazes das cinco equipas em contenda retiraram o tapete ao socialista-mor, um destemido conquistador equiparado a Afonso de Guimarães, mesmo sabendo (eles os capatazes) que os avaliadores estrangeiros e os agiotas internacionais não brincam em serviço.
Diz-se que toda a crise traz janelas de oportunidade proporcionadas pela ruptura com os métodos de qualquer gerência desmascarada e pela lufada de ar fresco, trazida na bagagem da nova gerência, ansiosa de mostrar as suas capacidades alternativas. Mas ontem não se vislumbrou, durante toda a tarde nem pela noite dentro, um lance de génio que possa resolver o estado de insegurança crónica, em que 10 milhões de portugueses ficaram depois da chegada da nuvem.
QUEM NÃO QUER SER LOBO!
Os social-liberais da combativa ala socrática estão irredutíveis no combate à endemia … que deflagrou sobre Lisboa. Querem mais empréstimos externos para meios complementares de diagnóstico, mais carros patrulhas paras as forças de segurança em alerta à posteriori, mais aviões para transporte de tropas e deslocados de missões humanitárias, assim como a renovação da frota de falcons da FAP Air, tudo sem olhar a despesas.
Quem vier atrás, que pague a dívida. E querem continuar a viver bem e á portuguesa, sem abdicar dos comboios de alta velocidade, de empresas públicas altamente deficitárias e endividadas, nem de empregos artificiais para os boys & girls do refúgio do Rato. É o Portugal cor-de-rosa no seu pior!
QUEM VAI DE TER DE REPETIR O PEDIDO DE DESCULPAS AO POVO?
Os laranjas, por seu lado, começaram por esconder o jogo, pois, todos sabem, que não têm outro remédio senão aceitar, amanhã, as condições já impostas pela Tia Angela ao mordomo do refúgio do tal Rato, ainda em funções provisórias.
Desempregados há seis anos, os laranjas estão endividados até às orelhas, a parte do corpo que as equimoses nucleares começam sempre por atacar.
Ora a inteligência nunca foi muito pródiga com a burguesia acomodada ao luxo dos encontros de Davos, Bloomberg e Emirados. Mais a mais quando estes burgueses estão ávidos de mordomias, viagens e salamaqueques!
Na manhã seguinte, a caminho de Bruxelas, o quinto barão da Lapa lá se descuidou. Com efeito, a Quinta da Lapa tem tido uma alta rotatividade de caseiros, depois da saída do José Manuel para comandar a legião europeia. Seguiu-se-lhe D.Pedro Bynight, o Nóia do Surf, e a Dona Manuela das Cobranças.
Mas voltando à forma mais humana de pagar a dívida, o barão lá avançou com uma ideia peregrina: “com ele, reformados e pensionistas podem ficar descansados, que não lhes corta o estipêndio. Prefere aumentar o terrível IVA sobre o consumo.
Portanto, todas as reformas milionárias, vencidas com poucos anos de descontos, ficam assim garantidas, justiça PSD.
O comércio, a indústria, os serviços que se lixem. Um quarto da facturação é absorvido à partida, pelo glutão da fazenda pública.
E o comércio raiano que se mude, de armas e bagagens, para o litoral.
Só por esta medida, recomendo, desde já, a Belém que o distinga ao Barão, com a Ordem do Infante, se possível já no próximo 10 de Junho!
Isto é que é inteligência! Transferir todo o comércio e indústria raiana para o litoral, por não poderem mais competir com o comércio, indústria e agricultura raianos. Só que transferir a agricultura da raia para o litoral, só se o autor da jangada de Pedra estivesse vivo!
OS RADICAIS TEIMOSOS
Os bloquistas não há maneira de passarem na cadeira de Economia e Finanças, ministrada por um tal famoso catedrático Franceslouca (dois em um). Dos seus textos e intervenções continua a ressaltar uma total desactualização e falta de conhecimentos sobre os vigentes sistemas bancários, financeiros, bolsistas, económicos (na era do comércio livre e concorrência aberta, reforçada até no direito comunitário de estabelecimento de serviços – ao abrigo da “abençoada” directiva Bolkestein), nem sobre os efeitos dos tratados multilaterais e obrigações externas e internas dos Estados, assim como uma total ignorância dos compromissos anteriores assumidos por Portugal nestas áreas, mas que os governos seguintes são forçados a cumprir, ou então a renunciar, se forem da brigada do Chavez!
Como pode alguém no seu juízo, imaginar um país europeu governado por uma seita tão radical, no século XXI?
Pouco há a fazer, enquanto os generais do bloco não compreenderem que produtividade, concorrência, gestão racional e lucros são, por um lado, indispensáveis para o crescimento de qualquer Estado, empresa, ou família, e por outro lado são incompatíveis com a gestão megalómana das empresas e serviços públicos, nem enquanto for o binómio Estado-Governo a dominar e asfixiar a sociedade civil, como eles desavergonhadamente advogam.
Peço pouca coisa aos bloquistas: apenas a lista das empresas e serviços públicos bem geridos e com balanços positivos?
Por outras palavras: quais são as empresas públicas que aplicam bem as dotações atribuídas do erário público?
Pois é, a maior parte vai tudo pela água abaixo! E quem paga? São os contribuintes! Sim, são os trabalhadores empregados, comerciantes, industriais e agricultores, quer tenham lucro ou prejuízo nas suas contas. Ou seja, os que trabalham e arriscam, sustentam os protestantes profissionais, que passam a vida a discutir e trocar ameaças e insultos nas mil e uma reuniões e debates, com que a TV pública se entretém a fingir que esclarece e diverte o povo! Não será isto, a verdadeira exploração de muita gente ordeira, por alguns manipuladores da opinião pública?
Enquanto for assim, não poderá haver futuro neste jardim à beira Atlântico plantado. Pois, para se poder pagar salários e subsídios razoáveis aos soldados, camponeses, pescadores e desempregados (um modelo já obsoleto mas sempre na boca dos bloquistas), é preciso, primeiro, alguém ganhar dinheiro e, ter lucro razoável para dividir com os que trabalham! É bastante simples, mas Franceslouca, apesar dos seus múltiplos e altos prémios académicos, não entende!
A UNIÃO SOVIÉTICA REINOU 69 ANOS (1922-1991)
Os comunistas, bem, estes pararam no tempo da URSS e desistiram de qualquer evolução posterior. Continuam a insistir que os ricos paguem a crise, as contas faraónicas e fraudelentas do SNS, os prejuízos dos transportes públicos, os desperdícios na Educação e Justiça, e o défice crónico do tal Estado soberano mas pouco, por ter ficado endividado até à quinta geração.
Curiosamente, estes "combatentes" já não têm acesso a fundos do que resta da Liga Internacional. As cooperativas agrícolas e empresas de vários ramos, que montaram depois do 25/4, já faliram. não há um único projecto de Estado Comunista, de que se possam orgulhar, por ter contribuído para a salvaguarda da liberdade das pessoas e dos direitos humanos. Bem pelo contrário!
Por isso, eles sonham em retirar o que resta das empresas viáveis. Das que sobrevivem com imensas dificuldades, impostas pela União Europeia também sedenta de criar taxas e sobretaxas sobre tudo em que os privados consigam converter do risco em lucro. O lucro continua a ser um acto criminoso para esta espécie de militantes em extinção!
Por isso, eles sonham em alcançar a gestão do dinheiro alheio, para garantir os seus luxos predilectos: organizar manifestações, festas, feiras, desfiles militares, e protestos! É incrível como ainda há jovens que acreditam nesta fantasia!Quantos anos mais dura esta atitude?
Dos Verdes não vale a pena falar, pois só existem para que os seus “pares vermelhos” possam, assim, repetir, ainda hoje, nos assaltos parlamentares da praxe, a cassete dos velhos bolcheviques do século XIX. Qual é o outro partido português que consegue tanto tempo de antena e, pelo menos, dois discursos em cada debate parlamentar?
E OS CONSERVADORES EM BANHO-MARIA!
Falta-me referir os “portistas” (não do Porto, mas do Portas). São os mais iludidos com a oportunidade desta crise. Já têm programa de governação, um plano B para qualquer emergência (em 2005, o actual chefe foi fazer um retiro prolongado, creio que nas feiras regionais e na cinemateca da meia-noite), e já sonham que vão conquistar o palacete de São Bento em Junho, só porque foram eles os primeiros a sugerir ao mordomo do refúgio do Rato, para aproveitar a reforma antecipada!
Um aparte: de facto, o popular social-liberal (que trata por tu, em inglês técnico, todos os dirigentes mundiais, em especial o Hugo, o Muammar, o Eduardo e o Zé Luís), já cumpriu uns 14 anos de trabalho cívico, tem direito a uma das tais reformas milionárias, onde o seu adversário preferido se comprometeu já a não mexer!
O mal dos “portistas” é não enxergarem, ainda, os erros que cometeram, quando dividiram a fascina do burgo com o Zé Manel de Bruxelas e o D. Pedro Bynight. Eles, afinal, deixaram o pântano do Guterres ainda mais mal cheiroso! Dizem-me que estão a crescer! Oxalá tenham aprendido com as trapalhadas anteriores! São inofensivos!
PORTANTO - TRÊS PERGUNTAS:
1ª - O que vai mudar no PEC IV? Resposta: NADA!
2ª - Quem vai ganhar a contenda de Junho? DUVIDO!
3ª – O que se passa até lá? UMA CRISE AINDA MAIS GRAVE E PROLONGADA!
TRÊS APOSTAS SIMPLES
Para já os srs. Steps Rabbit e Ângelo, ficaram muito satisfeitos com a quarta-feira negra! Não, não é o marido da Tia Angela! É conterrâneo.
Mas para memória futura, como disse ontem a Voz do Dono, eu prefiro relembrar as primeiras opções que o indigitado chefe amargo dos “laranjas” tomou para inverter esta crise:
1 - PSD livra pensões e reformas de cortes, mas sobe taxa do IVA para 24% ou 25%. Quer dizer, um quarto do montante de qualquer transacção em 2012, é absorvido pelo Estado glutão. O comércio e agricultura raianos vão ter que se mudar para o litoral, a mal da desertificação.
2 – Quer um governo com 10 ou 11 ministros e menos secretários de Estado. Com pastas tão delicadas, com tantas reuniões internacionais, e com uma tamanha dívida externa pela frente, opta por cortar a direito, sem extinguir os “duplicados” existentes nos mil e tal organismos, institutos, missões, fundações e gabinetes que proliferam no Estado-polvo criado desde 1974, cortando antes nos ministros.
Espero estar cá para ver o resultado! Se há áreas fundamentais são a Justiça, Educação, Saúde, Economia e Agricultura e Pescas (sem o breve crescimento destas áreas, nada feito), Segurança (mais do que Administração Interna) e Administração Pública. O Ambiente faz parte do politicamente correcto, mas já está bem ligado ao Ordenamento.
MAIS UMA ACHEGA PESSOAL
Como sempre, nunca critico sem dar uma ou mais sugestões. O que eu (sem ser nem ter aspirações a político), assim como, muitos outros cidadãos (igualmente não políticos), esperamos do próximo governo (que deveria poder tomar posse dentro de 30 dias):
1 – O CRESCIMENTO DA ECONOMIA – abrangendo o TURISMO, EXPORTAÇÕES, COMÉRCIO INTERNO, AGRICULTURA, PESCAS, ACTIVIDADES DO MAR (PORTOS, CONSTRUÇÃO NAVAL, MARINHAS DE COMÉRCIO, PESCA E RECREIO, INVESTIGAÇÃO) e TRANSPORTES (articulação de ligações aéreas, marítima, ferroviárias e rodoviárias). Como? Cabe ao governo criar condições (incluindo o acesso ao crédito) para as empresas portuguesas poderem competir e produzir melhor que as suas congéneres estrangeiras, em especial as espanholas junto da nossa fronteira!
2 – A REDUÇÃO DO DESEMPREGO – Desde que a economia cresça, o desemprego baixa. Mas PARA ISSO é preciso incentivar os empregadores a investir e aumentar a capacidade de produção, exportação, venda e de prestação de serviços. A flexibilização do trabalho já existe na maioria dos países europeus (talvez menos apenas nos antigos países que sobreviveram ao regime soviético). O pior é que cá, muitos (maus) patrões (incluindo outro eventual governo do Sócrates) se preparam, desde já, para despedir os empregados mais antigos, com indemnizações menores, para substituir os seus efectivos laborais por jovens menos experientes mas mais mal pagos. Cabe ao novo Governo contrariar esta tendência!
3 – EMAGRECER O ESTADO – O governo ontem derrotado na AR apresentou uma lista de 50 MEDIDAS para baixar a despesa do Estado, a qual contemplava a eliminação de alguns organismos, institutos, autoridades, agências, missões, fundações e gabinetes dos mil e tal que existem para desempenhar quantas funções em duplicado? Mas que o povo saiba, nem uma foi eliminada até agora. Compreendo que custe a despedir mesmo os milhares de assessores, consultores, adidos, conselheiros e guarda-costas que trabalham para o Estado, a recibo-verde. Mas bolas, é preciso vir algum técnico estrangeiro da Europa ou da delegação do FMI desempenhar essa missão? PORTUGAL não pode sustentar um ESTADO TÃO GORDO! Digam o que disserem os camaradas Jerónimo, Louça e Pereira da Silva!
Como podem constatar, em vez de 50 medidas, peço apenas três! A conta que Deus fez!

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Monday, March 21, 2011

 
O melhor bolo de chocolate do mundo…
Humberto Ferreira
Texto publicado no semanário PUBLITURIS, em Lisboa, em 18 de Março de 2011
(na página 4 intitulada TURISCÓPIO)

… é português, consta na internet, produz-se numa pastelaria de Campo de Ourique, com quatro franchisadas em São Paulo, e junta-se ao êxito do pastel de Nata, queijada de Sintra, Dom Rodrigo do Algarve, Brisas do Lis, etc. Portugal entra, assim, com bastante ambição no Festival do Chocolate em Óbidos e no novo concurso das 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, com final marcada para Santarém, a 10 de Setembro de 2011.
RODA DOS VINHOS - Temos conquistado grandes-prémios de vinhos, em concursos e rankings internacionais, mas poucos se lembram das marcas, dado haver mais de 15 mil referências de vinhos de mesa!
Sugiro há anos aos produtores que se concentrem em menos marcas com maior expansão.
Pois as marcas lusas primam pela ausência nos grandes hotéis, restaurantes, clubes, bares, cruzeiros e supermercados mundiais, à excepção do Mateus Rosé desde os anos 60.
Há regiões sobrepostas, como os vinhos de Lisboa, Tejo, Oeste e Ribatejo, esquecendo os de Colares e Carcavelos, mas não de Oeiras? O mercado carece de formação urgente!
À MESA – O que agrada mais aos turistas é a hospitalidade lusa à mesa. Para substituir as Tascas na BTL2011 escolheu-se “Prove Portugal”, a lembrar uma antiga piada da aviação. Prefiro: “Com Portugal à Mesa”.
Ao ignorar-se a memória, cresce o azar das propostas promocionais mais recentes. Vítor Neto indaga, bem, quantos turistas estrangeiros acrescentaram aos 12,2 milhões acolhidos em 2001, as “prodigiosas” campanhas “Go Deeper” e, abreviado, WC of Europe?
SETE MARAVILHAS DA GASTRONOMIA – Parabéns pelo inovador concurso nacional de gastronomia, que poderá abrir um novo ciclo.
1ª Sugestão – Se os PALADARES evoluem, este concurso deve ser repetido de 7 em 7 anos. Entretanto, mude-se o nome de alguns termos, pratos e ementas para os forasteiros se lembrarem facilmente dos nomes.
Peçam-se ideias à Academia Portuguesa de Gastronomia, e às Confrarias e Associações de Restauração, para dinamizar um sector carente de uma estratégia comum de organização, marketing e internacionalização, enquanto se optou por alimentar mais as rivalidades locais e regionais.
E onde entram os novos turistas estrangeiros atraídos para voar na TAP… de braços abertos?Uma campanha com um bom tema, aliás já experimentado pelo ex-Instituto de Promoção Turística nos anos 8o, com base na hospitalidade lusa!
2ª Sugestão – Substituir o redutor “pequeno-almoço” por “Primeiro Almoço”, ”Bufete Bom Dia” ou “mata-bicho”.
Não precisa o Turismo de maior eco internacional?
Facto: Os 70 membros do júri das 7 Maravilhas da Gastronomia vão, primeiro, seleccionar 700 maravilhosas opções divididas em sete categorias: ENTRADAS, SOPAS, MARISCO, PEIXE, CARNE, CAÇA e DOCES.
3ª Sugestão – Prefiro APERITIVOS, SALADAS, SOPAS, PRATOS DE PEIXE-MARISCO (seafood), AVES, CARNE, e SOBREMESAS.
Sempre com títulos em português acessível a estrangeiros, evitando alguns “r” e “aõs”.
Facto: esqueceram as SALADAS (tanto como prato, como guarnição), o que é negativo, em termos nutritivos e de mercado.
Juntei peixe e marisco na mesma categoria, e inclui "seafood" (gastronomia do mar)nos seis escalões de custos, remetendo a caça aos festivais típicos sazonais.
4ª Sugestão – Reorganizar a oferta em categorias, escalões, rotas temáticas e típicas, festivais, concursos e prémios nacionais, regionais e internacionais, promoções e ementas mix. associadas a feiras e eventos.
SOPAS – Notei que a marca “Smooth” anuncia As Melhores Sopas de Portugal, quando temos as Melhores Sopas do Mundo!
Cada jurado vai depois apurar, na 1ª fase do concurso, das 700 concorrentes admitidas, 70 opções, 10 por categoria, que serão depois “provadas” e reduzidas a três vezes sete. No total, apenas 21 opções na final, num país tão diversificado em culinária e ementas com produtos frescos.
5ª Sugestão – Aplicar sempre o padrão "sete regiões", "sete categorias", obtendo na fase final sete opções em cada categoria, ou seja, no total 49 pratos (não 21) para optimizar a selecção final das nossas "maravilhosas" especialidades.
6ª Sugestão – Após a selecção das 7 maravilhosas sopas, por exemplo, nos anos par haveria Festivais das Sopas, para premiar a melhor receita e melhor revelação.
Assim como Festivais idênticos, mas desencontrados, nas restantes categorias, nos anos par.
7ª Sugestão – Incentivar a restauração a renovar o hábito da refeição com sopa, seguindo alertas nutritivos.
Festivais e Concursos são óptimos para promover novos hábitos e recolher dados sobre tendências dos mercados, visando articular os desejos de clientes nacionais e estrangeiros, com os conselhos dos nutricionistas e os produtos das empresas, marcas, escolas, profissionais, críticos, promotores e OCS.
8ª Sugestão – A restauração (alheada do concurso?) poderá também optimizar as 49 opções nacionais finais. Por isso acho poucas as 21 propostas finais a concurso, num país com tal variedade de produtos frescos e naturais. Por isso proponho competições e desafios intercalares mais comerciais, até à sugerida renovação das “7 Maravilhas” sete anos depois.
Se os hotéis renovam os quartos de 7 em 7 anos, para surpreender os hóspedes, os restaurantes devem fazê-lo tanto com as ementas como com o ambiente.
As minhas sugestões visam a internacionalização da gastronomia portuguesa, na senda das 7 Maravilhas … mas sem ponto final…, e desde que a marca 7 Maravilhas aceite a parceria pioneira e exclusiva com Portugal! Ou, colocando a questão em termos mais práticos, desde que Portugal tenha meios e retorno, para "alimentar" a rotatividade dos concursos de sete em sete anos, numa demonstração da força, vitalidade e variedade da sua incomparável gastronomia, aliada ao incremento das exportações de produtos alimentares, e ao desenvolvimento da procura turística valorizada.
PRÉMIOS E DESAFIO DA SALADA – Admitir: 1º QUE todas as 49 opções, nomeadas ao grande prémio nacional, são vencedoras! 2º QUE os enchidos, feijoadas, ensopados, guisados, fritos e cozidos com gorduras, não estão mais na moda nem na rota da nutrição. 3º MAS QUE as saladas sim! 4ª QUE a auto-estima da geração Erasmus subirá se a SALADA AMÁLIA fizer frente às saladas grega e César! (leia o meu TURISCÓPIO no PUBLITURIS de 27 de Agosto de 2010)
9ª Sugestão – Importa incutir, sem comprometer a tradição e a criatividade dos chefs, quanto vale agradar a 20 milhões de turistas/ano! O montante anual estimado de turistas, excursionistas e passageiros em trânsito marítimo e aéreo que entram em Portugal!
10ª Sugestão – Em anos impar, organizar além de festivais das especialidades típicas (incluindo a caça), concursos das melhores ementas em SEIS escalões: POPULAR (baixo-custo), CONTEMPORÂNEO (baixas calorias), TÍPICO (iguarias sazonais, sável, lampreia, caça, etc.), REGIONAL (receitas tradicionais a preço moderado, como sopa da pedra), GOURMET (alta-cozinha) e GALA (mix de alta sofisticação).
Creio que este seja um modelo complementar das 7 Maravilhas, mais comercial para premiar ementas e serviço de valor diverso, e conciliando concursos e festivais diferentes todos os anos. Para tornar Portugal num dos mais consagrados Templos da Gastronomia Mundial!
11ª Sugestão – Se a democracia une a roda social, recorra-se a um símbolo valioso para classificar a restauração, ligando a mesa à História. Recomendo o inimitável ASTROLÁBIO, em seis versões: de madeira, pedra, cobre, estanho, prata e ouro. Creio que sejam os materiais mais valiosos, com história nos solos do nosso país!
12ª Sugestão – Onde está o "chef" e o “templo da restauração” português, que se queiram candidatar à “cátedra” de Ferran Adriá? O El Bulli encerra este ano! Aqui fica mais um desafio. Desta feita aos nossos "chefs" e empresários da restauração!

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AS SETE MARAVILHAS DA GASTRONOMIA PORTUGUESA 2011

Humberto Ferreira

Decorre até 27 de Março a inscrição dos pratos concorrentes ao novo Concurso Nacional de Gastronomia, inserido na série As Sete Maravilhas de Portugal.
Primeiro, foram os sete novos monumentos clássicos mundiais, depois as sete Maravilhas do Património Monumental Português, as sete Maravilhas da Natureza em Portugal, e agora, em 2011, os sete pratos mais maravilhosos da nossa culinária.
Já estão nomeados 70 especialistas para apurarem 700 ementas concorrentes em sete categorias: Entradas, Sopas, Marisco, Peixe, Carne, Caça e Doces.
As iguarias concorrentes serão distribuídas por 10 regiões: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Beira Litoral, Beira Interior, Estremadura e Ribatejo, Lisboa e Setúbal, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira.
Estes 10 júris regionais vão, assim, ter um trabalho ciclópico para o apuramento das 70 ementas semi-finalistas, sete por cada região.
Segue-se, até 21 de Maio, o apuramento por outro júri nacional constituído por 21 personalidades de reconhecido mérito no sector, quando terá lugar a apresentação pública das 21 ementas seleccionadas para a fase final, três em cada categoria.
Decorre, então, até 7 de Setembro, a votação pública por sms, chamada telefónica ou no site oficial e no Facebook. As sete ementas vencedoras, uma em cada categoria, serão apuradas pelo maior número de votos, mas não serão eleitas mais do que duas Maravilhas por região.
A iniciativa culminará com um grande evento televisivo, a 10 de Setembro de 2011, transmitido em directo pela RTP, a partir de Santarém, capital do Festival Nacional de Gastronomia, que se realiza anualmente.
Está prevista a edição de um livro com as receitas das 70 ementas pré-finalistas, uma grande prova gastronómica com as 21 especialidades finalistas, e o lançamento do Guia das Maravilhas Gastronómicas de Portugal.
A organização deste evento conta com a participação da Câmara Municipal de Santarém, RTP, Federação Minha Terra, Associação Portuguesa de Desenvolvimento Local e Grupos de Acção Local (GAL), através dos projectos de cooperação Leader e no âmbito dos programas europeus Proder, Prorural e Proderam, visando promover a qualidade da culinária portuguesa, como eixo cultural da nossa identidade e factor decisivo na escolha de Portugal como destino turístico internacional. Esta iniciativa conta ainda com o apoio oficial do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Estado do Turismo.
A organização aponta, no regulamento, para a divulgação da gastronomia tradicional em paralelo com a evolução na forma de confeccionar a alimentação contemporânea, com base na pesquisa de conceituados "chefs" profissionais que tenham alcançado êxito na consagração gastronómica da excelente mesa portuguesa, valorizando o receituário português, garantindo o carácter genuíno dos produtos portugueses, e privilegiando a diversidade regional das associações ou confrarias que representam.
O regulamento prevê ainda que, cada um das 10 regiões participantes, será representada através do mínimo de três no total dos pré-finalistas.

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CONHECE A CONFRARIA GASTRONÓMICA DOS CHÍCHAROS DA SERRA, SEDEADA EM LEIRIA?

A planta que produz esta gramínea tem a sua origem na Europa Austral e no próximo Oriente. Desenvolve-se em terrenos fracos, com forte acentuação de rochas calcárias, avessos a outras produções. Por isso, os solos das serras de Aire e de Sicó, são propícios ao seu desenvolvimento.

Os habitantes das localidades serranas, em tempos ancestrais, em que as vias de comunicação eram praticamente inexistentes, para se alimentarem socorriam-se do que a terra dava e o rebanho proporcionava. “a pastorícia, em terreno a isso propício, foi um dos seus recursos utilizados, a par com as capoeiras as gramíneas que os solos pobres permitiam cultivar” (in Guia Gastronómico do Concelho da Batalha).

O grão, em si, é um legume seco com a forma do tremoço, de quem se diferencia por apresentar o grão engelhado (com pregas), enquanto o tremoço é de superfície lisa e regular. Foi sempre cultivado na Alta Estremadura, merecendo especial referência na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, que a isso se refere designando a região por Beira Litoral como, ao tempo, era chamada.

Não tendo semelhança ao feijão frade, regiões há em Portugal em que esse pequeno feijão de olho negro é “crismado erradamente”, com o seu nome.

Não carece de grandes cuidados de cultivo. Cedo foi adoptado na alimentação humana, dado o seu paladar aveludado e ser de consistência macia após a cozedura.

Combina perfeitamente com muita variedade de alimentos, mas a preferência dos consumidores alia-o ao bacalhau, quer seja cozido ou assado.

Na região serrana da freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, por ser tradição o seu cultivo e consumo, há cerca de uma dezena de anos intensificou-se o costume com a criação de um festival anual denominado “Chícharo da Serra”, que atrai centenas de forasteiros ávidos em saboreá-lo, regado com o genuíno azeite das oliveiras que abundam em toda a região.

A triologia, chícharo, bacalhau, azeite, levou a que, tivesse surgido, em pleno distrito de Leiria, a Confraria Gastronómica do Chícharo com o propósito de fazer a divulgação da iguaria à escala nacional, enaltecendo-lhe as qualidades alimentares por ser rico em proteínas, hidratos de carbono e sais minerais outrora prato omnipresente nas casas abastadas da região. E, não se julgue que é apenas nos alongados limites das referidas serras supra indicadas que a gramínea é consumida e apreciada (Alvaiázere –em plena Sicó, no norte do distrito leiriense; Satª Catarina –Serra de Aire, concelho de Leiria), porquanto o seu consumo estende-se à vasta área leiriense em que, muitos restaurantes o incluem nos seus cardápios.

Do mesmo modo, cabe aqui referir que o luxuoso Hotel Vale Flor (Grupo Pestana), sito no Palácio do mesmo nome, Rua Jau, em Lisboa, de que é responsável de cozinha uma destacada figura internacional, várias vezes galardoada, o Chef Aimé Barroyer, tem no seu bem elaborado cardápio “Chícharos com bacalhau assado”.



Modo de preparação

A Barrela

Colocam-se os chícharos, em seco, num recipiente em que possam ser recobertos de água e ficarem com folga. Sobre a boca desse recipiente coloca-se um pano que cubra toda a superfície bucal.

Ao lado têm-se cinza fria, de lenha de oliveira e não de outra lenha qualquer, que se coloca sobre o pano. Sobre a cinza derrama-se, devagar, água morna até os chícharos estarem recobertos dela. Deixa-se, nesta barrela, toda uma noite.

A Cozedura

Na manhã seguinte, quando for altura de os cozer, retira-se o pano e lavam-se muito bem em água fria até estarem devidamente limpos da barrela.

Uma vez lavados, colocam-se numa panela, se for das antigas de ferro, tanto melhor, com água que os cubra, um raminho de salsa de uma cebola grande inteira, a que se poderá dar um golpe lateral e sal q.b. Deixam-se cozer durante mais ou menos uma hora, vigiando para que não fiquem cozidos em demasia. Nem todos carecem do mesmo tempo de cozedura. Consoante os solos, onde foram criados, assim é a sua resistência, pelo que convém fiquem cozidos sim, mas não derretidos.

Bacalhau

Se for assado, basta que seja posta alta e se asse lentamente sobre brasas.

Empratamento

Faz-se colocando broa que convém tenha sido cozida de véspera, esfarelada no lastro do prato e, sobre ela colocar os chícharos bem escorridos da água da cozedura. Sobre eles, a boa posta de bacalhau acabada de assar. Ou, de cozer, se for esse o caso.

Ao lado, coloca-se salsa picada e cebola picada, conjuntamente com o galheteiro bem provido de azeite, afim de que o comensal se sirva a seu talante.
Texto por Mapone

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Monday, March 14, 2011

 
Esta noite choveu sacrifício
Humberto Ferreira
(em 2011Mar12)
Uma noitada inesquecível, com ensaio geral na cosmopolita Bruxelas e estreia simultânea marcada nos dez estádios do Euro94 na "WC da Europa" – obras maravilhosas do pai do Estado Social Europeu à Rasca – os animados templos das galas de despedida às vitoriosas conquistas do 25 de Abril.
Em cena José & Fernando, os grandes mestres do Estado Social Europeu à Rasca (ESER), incansáveis obreiros da versão pelintra do século XXI, a que doaram agora a sua mais genial criação: o revolucionário IMPOSTO ESPECIAL PARA IDOSOS, nascidos e criados na Lusitânia, o mais pobre estado europeu, … pois tem as fronteiras mais antigas! Portanto paga mais taxas e não tem direito a reembolso.
Esta dupla faz parte da banda dos eméritos descobridores da nova Europa do Desemprego e da Desilusão, que este ano vão concorrer em Dusseldorf ao Eurofestival da Melhor Canção Europeia, com o "simpatico" grupo "Homens da Luta". Uma Europa que se quer com mais Estado e mais Sector Empresarial do Estado. Com governos a regular tudo e todos, desde o tamanho ideal da maçã ao teor de sal no pão e do açúcar no café! Para não falar de outros casos como não ser preciso curso médio nem superior para desempenhar qualquer profissão, excepto médico e advogado! E como é que o nosso Zé Manuel, tão amigo do Cherne, foi dirigir um "time" destes em dois longos mandatos de cinco anos cada?
É certo que a União está frágil. Sim, mas bem centrada na caverna do Ali Babá, onde se depositam todos os tesouros portugueses de milhares de intocáveis institutos, fundações, missões, empresas públicas, empresas municipais, empresas regionais, projectos e obras públicas megalómanas, sem esquecer as famosas parcerias público privadas. Tesouros destinados a valorizar as fortunas dos beneméritos tubarões da imparável Europa agro-industrializada de raiz.
José & Fernando são também os autores dos novos parâmetros e indicadores económicos mais ambicionados pelos responsáveis pela transformação da União Europeia do Desemprego em Massa na Grande União EuroAsiáticaAfricana do Desemprego Crónico.
Os indicadores previstos são: mais desemprego, mais trabalho precário, mais salários baixos, mais cortes nos salários e nos apoios sociais (incluindo o abono de família aos pais que se atrevem a criar mais jovens para o Desemprego e para a Noite), mais pobreza, mais improdutividade, mais concorrência desleal, mais dumping, mais reformados precoces e mais crime organizado. Uma verdadeira revolução social que nem os "chinas" se atrevem a patrocinar.
Mas a grande fama internacional de José & Fernando foi devida a sua atitude altamente humanitária de encerrarem tudo o que custa dinheiro aos pobres desempregados, jovens, adultos e idosos, e que, por tabela, retira as verbas para as pequenas extravagâncias do grupo da Academia do Largo do Rato.
Sejam o encerramento compulsivo de mais hospitais, urgências, maternidades e centros de saúde, escolas públicas e privadas, linhas férreas, fábricas, oficinas, lojas e armazéns, serviços públicos, esquadras policiais e postos da guarda, unidades especializadas no combate ao contrabando, ao cumprimento facultativo das normas da estrada e das pontes (estas cada vez mais esburacadas, com mais acidentes e menos receitas), para que os automobilistas paguem mais multas ou "coimas" como agora se diz...
Pois nesta renovada Europa islamizada o que é preciso são mais partidos políticos, para dar emprego a mais candidatos à boa vida, mais manifestações de protesto, mais horas produtivas perdidas, mais insegurança pública, mais assaltos, mais violência, mais criminosos com pena suspensa, mais processos arquivados, mais traumas psicológicos, e mais pessoas descontentes, de todas as idades, profissões, condições e ambições.
Na noite de 11 de Março deu-se, assim, no recato da vida bruxelense, esta espectacular e inesquecível produção dramática, candidata ao Nobel do Novo Estado Social Transeuropeu, Transiberiano e TransAtlas.
Mais uma lança no coração da Europa, num tiro sublime do Grande Sócrates! Governante, filósofo e engenheiro civil a quem não se aplica aquele dito de ferrador: “uma no cravo e outra na ferradura”, mas, sim, “sempre a doer”. E quanto mais melhor, seja nos pobres, jovens, adultos, ou idosos, sejam privados ou públicos! Para isso, aliás, ele dispõe sempre da dedicação do astuto ponta-de-lança Augusto, o malhador de serviço mais disputado pelos clubes europeus!
Que pena José & Fernando estarem a esgotar o seu tempo de antena. Por favor, deixem-nos no poleiro até ao fim do ano! Para que os não crentes – dos poucos que restam – possam até lá usufruir das suas manhas por mais nove meses e sair pela porta dos fundos!
Afinal, é o menos que este escriba pode fazer para lhes demonstrar a sua censura, desprezo e repulsa. Com mais nove meses, não haverá português de lei que volte a cair na esparrela desta impagável dupla de desgovernantes!
E depois? É esperar por um novo milagre da multiplicação dos pães! Já não há almoços grátis!

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Thursday, March 03, 2011

 
Portugal Ignora Paquete Funchal Reclassifcado ...

Humberto Ferreira
O armador é grego. Porque não houve nenhum empresário ou industrial português com coragem de comprar o Funchal em hasta pública em 1980, e pô-lo a navegar em cruzeiros desde então.
Este armador grego constituiu a sua empresa em Lisboa e tem hoje cinco navios na frota, todos com bandeira portuguesa (Funchal, Athina, Princess Danae, Princess Daphne e Arion).
Contrata, na maioria, comandantes, oficiais e tripulantes portugueses.
Tem os únicos paquetes portugueses a navegar pelos portos mundiais, da Austrália ao Canadá.
Em 2011 entraram em vigor novas regras de Convenção Solas para melhorar a segurança dos navios, evitar naufrágios e derrames de combustível nos oceanos.
Todos os navios modernos têm agora casco duplo, enquanto os antigos têm que se reconverter.
George Potamianos decidiu investir cerca de 15 milhões de euros para continuar a operar o "Funchal" (construído em 1961).
Assim, o Funchal ficou em fabrico, em Lisboa - em estaleiro portugueses (Naval Rocha e Alfeite)- desde o final da época passada, no Outono quando cumpriu o seu programa de cruzeiros.
Quando terminar esta reconversão, em Junho, realizará um mini-cruzeiro para o mercado nacional, partindo em seguida para mais uma época na Austrália.
INCRÍVEL
Pois bem (ou, antes, pois mal), não houve ainda NENHUM GOVERNO ou ENTIDADE OFICIAL, que se lembrasse de homenagear este armador.
Quem, no logotipo da Classic Internacional Cruises, até desenhou a Torre de Belém e uma caravela com a Cruz de Cristo! Visível nas chaminés da frota.
E é o único armador que o Sindicato do Pessoal da Marinha Mercante homenageou com o título de sócio-honorário.
Mas, pior! Também, não houve nenhuma associação ligada ao Mar ou ao Turismo, nem comissão de Prémios, que se lembrasse, até agora, de homenagear este armador!
Pior, ainda! Não houve Órgãos de Comunicação Social, nem associações de jornalistas, que se lembrassem de DAR NOTÍCIAS sobre esta grande reconversão do FUNCHAL em Lisboa, excepto o portal da Infocruzeiros.
AFINAL, foi preciso um portal internacional de cruzeiros, para que o FUNCHAL na doca-seca em Lisboa FOSSE MATÉRIA PARA NOTÍCIA INTERNACIONAL, COM FOTOS!
Estou desolado!
Ainda haverá alguém que vá a tempo de remediar esta nódoa lusa?
É que, em 16 de Maio de 2011, comemora-se na Sociedade de Geografia de Lisboa, o 1º Centenário do Turismo oficial em Portugal. E um dos "eventos" previstos no programa oficial é uma visita a um navio de cruzeiros, dado o importante papel das excursões organizadas para os passageiros dos paquetes estrangeiros, que escalam os portos de Lisboa e Funchal desde os tempos da República!
Mas ninguém das altas esferas do Turismo se lembrou do FUNCHAL ... É verdade que está no estaleiro ... mas é visitável e vai, em breve, continuar a flutuar e a içar a bandeira portuguesa pelas principais rotas marítimas mundiais.
Segue a notícia de 28 de fevereiro, em inglês, sobre a entrada do Funchal em doca-seca em Lisboa.
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Cruise News


* 3/3/11 - Grenada Planning More Berthing Space
* 3/2/11 - Construction of American Cruise Lines’ Mississippi Sternwheeler Ahead of Schedule
* 3/2/11 - Hurtigruten Posts Preliminary Results
* 3/2/11 - Holland America Launches Stateroom Direct Service
* 3/2/11 - Los Angeles 'Plugs In' Three Different Cruise Lines to Shore-Side Electrical Power
* 3/2/11 - Norwegian Pearl to Set Sail from New York for the First Time
* 3/2/11 - San Francisco’s Pier 80 Welcomes Freighter Carrying America’s Cup Winning Trimaran
* 3/2/11 - SeaDream Announces Machu Picchu Tours
* 3/2/11 - Celebrity Cruises 3-D Street Art at New York Stock Exchange (photos)
* 3/2/11 - Puerto Rico Spending Heavily on Infrastructure
*

* 3/2/11 - Winter 2012/2013: Oosterdam to Australia
* 3/1/11 - Solstice to Australia for Winter 2012/2013
* 3/1/11 - Norwegian Upping Cruise Fares on April 1
* 3/1/11 - Silversea Enhances Group Sales Program
* 3/1/11 - San Diego City Council Approves Funding Plan for North Embarcadero Project
* 3/1/11 - Second Pier Discussions Ongoing for St. Kitts and Nevis
* 3/1/11 - MSC Menus Feature Top Quality Ethnic Foods
* 3/1/11 - Royal Caribbean Debuts Latest ‘Musical’ on the Phone Lines
* 3/1/11 - Carnival Announces Winning Couple for Cooper River Bridge Run 2011 Wedding
* 2/28/11 - Royal Caribbean Schedules Trial Call for Allure in St. Kitts
* 2/28/11 - Funchal Drydocking in Lisbon
* 2/28/11 - Columbus to Leave Hapag-Lloyd Fleet
* Archives: Costa Carla A
* 2/25/11 - Norwegian Drops Mazatlan Calls
* 2/25/11 - Celebrity Expands Premium Culinary Offerings
* 2/25/11 - Mario Martini Appointed to New Position at Costa
* 2/25/11 - Brian MacDonald Remembered
* 2/25/11 - STX Europe 4Q 2010 - Strong Improvement
* 2/25/11 - Abercrombie & Kent to Resume Operations in Egypt
* 2/24/11 - MSC Offers Carnival in Venice

2/28/11 - Funchal Drydocking in Lisbon

Funchal in drydock. Photos: Rui Minas Agostinho
The Funchal is undergoing a 20-day drydocking at NavalRocha in Lisbon, according to Sergio Rodrigues, commercial director for the yard.

“We will handle the tail shaft removal and work on steel renewal,” said Rodrigues. “The work is straightforward, it is typical steel and mechanical work.”

Funchal in drydock. Photo: Rui Minas AgostinhoThe biggest challenge, according to Rodrigues, is the age of the vessel, which can lead to unexpected work. Fortunately, the 1961-built vessel had been tied up since the start of the year, giving the yard to time to evaluate the job, which required 100 workers.

“A second drydocking will take place at the start of the summer, where we will fit back the tail shafts and propellers and conclude the class renewal as well as a complete hull treatment in order to have a great arrival in Australia.”

The refit was estimated by operator Classic International Cruises at 5 million euro.

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Wednesday, March 02, 2011

 
SELECÇÃO “NOTICIA DO DIA” HF

ERA INEVITÁVEL ...
... mas precisamos de nos acautelar com medidas preventivas.
Pois, as energias alternativas ...eólicas, barragens, ondas, e autos eléctricos não bastam! Fornecem pouco e a preços ainda muito mais elevados!

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IATA revê em baixa lucros para 8,6 mil milhões de dólares devido à subida do petróleo

Companhias de aviação esperam queda de 46 por cento nos lucros em 2011 (comparativamente a 2010)

FONTE: Público 2011Mar02

A escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais nas últimas semanas poderá fazer cair para quase metade (em 46 por cento) os lucros das companhias aéreas em 2011, comparativamente ao ano passado, calcula a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA).

A organização, que representa 93 por cento do tráfego aéreo comercial
...(quer dizer, os restantes 7% da capacidade de oferta do transporte aéreo mundial é representado pelas empresas de baixo-custo (ELCA), pelas regionais (ERA) e pelas transportadoras independentes (todas sem acesso à IATA ou associações específicas), ... reviu em baixa as previsões dos lucros de 2011 para 8,6 mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros), face aos 16 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros) encaixados pelo sector no ano passado.

Quando, em Dezembro, a associação mundial do sector reviu em alta os resultados da indústria no ano passado, avisou que em 2011 o crescimento seria travado, temendo já uma subida do preço do petróleo. Nessa altura, a IATA estimava uma descida dos lucros para 9,1 mil milhões de dólares (6,6 mil milhões de dólares).

Agora, as estimativas apontam para uma quebra de 46 por cento dos lucros no sector, pelo que as transportadoras terão de garantir a sobrevivência através de uma margem apertada, de 1,4 por cento, que o director-geral da IATA, Giovanni Bisignani, considerou hoje “patética”.

Em Dezembro, as previsões tinham sido feitas com base no preço do petróleo a valer 86 dólares por barril, mas “os levantamentos políticos no Médio Oriente” obrigaram a uma revisão a partir do momento em que o petróleo escalou “acima dos cem dólares”, justificou o director-geral da IATA. O cálculo da organização foi feito tendo como referência o valor de 96 dólares o barril.

“A mudança mais significativa nas nossas previsões tem a ver com o preço do petróleo”, sublinhou à AFP Bisignani. Os gastos energéticos representam, em situação normal, 29 por cento da factura de custos operacionais das transportadoras, poderá situar-se nos 166 mil milhões de dólares (120 mil milhões de euros), agravados em dez mil milhões pela subida dos preços dos combustíveis.

Do lado das receitas, é esperada uma quebra para os 594 mil milhões de dólares (430 mil milhões de euros), não tendo Giovanni Bisignani dito se o sector poderá compensar as quebras com um aumento das tarifas.
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COMENTÁRIO de Humberto Ferreira
O ”histórico” dos altos e baixos da gestão financeira e operacional da aviação comercial (desde que foi introduzida uma pseudo-liberalização nos EUA, entre 1977 e 1980, durante o mandato do Presidente Carter e sob a estratégia de Alfred Khan, professor de Economia na Universidade de Cornell (NYC), nomeado para presidir ao extinto CAB – Civil Aviation Board - passa exactamente pela constante busca de se agradar aos reguladores mais apostados, acima de tudo e de todos, em proteger os consumidores do que as empresas e centenas de milhares de trabalhadores da aviação. O QUE PARA MIM, NÃO FAZ SENTIDO, NUM SECTOR ESTRATÉGICO!
Para os passageiros (nacionais e estrangeiros) viajarem quase de graça (a sete e oito euros à partida de Faro para destinos europeus, tarifas artificiais como a Ryanair tem vindo a promover desde o Outono de 2010), os governos europeus permitem que outras companhias de aviação constituídas entrem em falência, suspendam operações e despeçam os trabalhadores.
EM PORTUGAL, entre as companhias que não conseguiram acompanhar esta pressão, destaco: a Air Luxor, Air Sul, Air Columbus, Linhas Aéreas Regionais, etc.
DESREGULAMENTAÇÃO
O passado da desregulamentação (aérea processo iniciado nos EUA em 1977 e seguido na União Europeia duas décadas depois) demonstra BEM não haver a mínima contemplação com as frequentes falências de grandes companhias internacionais(como a PanAm, TWA, Braniff, Eastern, Panair e Varig, Swissair (aliás Grupo Sair), AOM, Air Liberté, British United, British Caledonian, etc.) nem com o despedimento de largas dezenas de milhares de trabalhadores dessas companhias e de outras que continuam em risco!
GESTÃO AGRESSIVA
É evidente que os executivos da aviação internacional também são BASTANTE culpados pela sua teimosia e resistência à subida normal das tarifas, de acordo com a flutuação dos custos operacionais e financeiros da sua actividade... ao longo deste conturbado período. Sonham sempre, em primeiro lugar, na destruição da concorrência, por eles serem os melhores gestores e os que conseguem lucros com as tarifas mais baixas do mercado. E quando dão por eles, são os primeiros a ter que abandonar o mercado e a deixar milhares de desempregados atrás!
O FANTASMA DO DUMPING
A prática também demonstra, ainda, que os executivos da aviação mundial, preferem praticar o DUMPING (totalmente condenado por leis nacionais e internacionais, mas amplamente consentido pelos reguladores em nome da tal defesa dos consumidores), em vez de calcular bem e aplicar correctamente os preços das passagens e dos fretes aéreos, em consonância com alguns custos que não dominam. Desde os combustíveis às crescentes taxas e impostos aplicados ao sector; ás graves condições impostas pelo ATC (Controlo de Tráfego Aéreo e Navegação) e pela maioria dos aeroportos mais populares; à concorrência de novos e mais dispendiosos modelos de aviões; e ao desafio da abertura de novos aeroportos e consequente mudança de estruturas locais (de vendas, operações, manutenção e imagem); e, por fim mas não menos importante, à complexa distribuição – hoje alargada a seis vectores: (1) as redes de agências de viagens; (2) as agências de viagens independentes; (3) as suas próprias redes de lojas de venda ao público, nas cidades e nos aeroportos, por um lado, e (4) de “call-centres” estrategicamente deslocados em países terceiros, por outro lado; (5) a intervenção dos GDS (agora sob cerrado ataque da American Airlines); (6) e, por fim, a importante oferta de promoções na hora, e de reservas com antecedência e de última hora, através da internet, e em articulação com a técnica do yield management, que exige uma gestão de 24 sobre 24 horas nos inventários de milhares de voos, em partida de centenas de aeroportos e de mercados, o que se torna numa operação complexa, variável e altamente dispendiosa para se tornar eficaz!
SUGESTÃO DIFÍCIL
Por isso, esta sugestão para a IATA recorrer ao aumento das tarifas … não faz sentido! Os executivos receiam que aumentar tarifas seja sempre aproveitado pela concorrência para os "destruir".
Tal como não tem solução á vista, a questão da actual asfixia dos produtores portugueses de leite, batata, legumes, fruta (por exemplo banana) pescado fresco, e outros produtos. Uma vez que os portugueses não conseguem produzir e vender a preços de concorrência ... pela falta de dimensão crítica do nosso mercado e por falta de apoios comunitários aos pequenos PAÍSES. Pois é, ainda ninguém deu por isso? E note que a tendência para este desequilíbrio da produção, distribuição e comercialização de alimentos, viagens, etc., … é cada vez pior para pequenos países, como Portugal, subsídio-dependentes!
VOLTAR AO SISTEMA DOS PREÇOS CONTROLADOS
A única solução seria voltar ao antigo sistema em que a IATA não permitia às companhias associadas BAIXAR TARIFAS em cada rota, exactamente em nome da concorrência leal, entre parceiros. Havia tarifas aprovadas e publicadas pela IATA (através do OAG) e as companhias nem descontos podiam fazer a ninguém sem estar previsto nas normas, tais como gestores e empregados e familiares, agentes de viagens adstritos à venda do transporte aéreo e à programação e comercialização de pacotes de férias, congressos e viagens de incentivos, com voos incluídos.
Diziam os defensores do sistema actual que havia o perigo de cartelização por parte das transportadoras. E agora? Há o perigo das falências e do desemprego maciço de pessoal!
PRIVATIZAÇÃO DA TAP
É neste quadro internacional, que o Governo de Lisboa acredita poder fazer, em 2011,, o negócio das Arábias (que tarda desde 2002),com a privatização (venda) da TAP a algumas companhias estrangeiras interessadas? (Qatar Airways e Lam-LanChile?).
O MOPTC parece ter dito numa comissão parlamentar, que há companhias estrangeiras muito interessadas em "beneficiar do excelente trabalho produzido pela administração brasileira nos últimos 11 anos (lembro que esta equipa foi inicialmente contratada pelo grupo suíço SAIR (1997-2001) para gerir a TAP, em nome dos prometidos accionistas suíços, que, afinal, acabaram por falir primeiro, quando a UBS, num dia de Outubto de 2001, lhes tirou o tapete!). Foi o MOPTC Jorge Coelho que aproveitou a experiência dessa equipa e reiterou a sua contratação. Que, aliás, tem sido renovada, dados diversos êxitos alcançados, até à data!
Mas pelos vistos, o actual MOPTC está afastado da problemática internacional do sector e dos factores que nem ele nem o governo dominam.
Como, até onde vão subir os preços do petróleo?
Qual vai ser o impacto negativo nos resultados das transportadoras? aéreas, marítimas, rodoviárias e ferroviárias?
E em que sentido vai acabar a agitação no Magrebe e no Médio Oriente?
PORTUGAL NA ENCRUZILHADA, ENTRE O MEDITERRÂNEO E O ATLÂNTICO
Ninguém tem a certeza, mas coisa boa não se espera certamente!
Já sabemos do fatal destino dos governos da Tunísia, Egipto e Líbia (o líder deste país – amigo do actual chefe do governo de Lisboa - continua em guerra civil com a oposição, mas tem o destino marcado!).
Só não conhecemos o que o futuro reserva a esses países e a essa zona estratégica do globo?
Que grupos e interesses irão dirigir esses países? A Al-Qaeda? Os moderados? Ou outros radicais ainda piores em termos de abrirem frentes de batalha? Como o Hamas?
E o que vai acontecer nos outros países ÁRABES onde já correm intensos focos de agitação contra os poderes instalados? Desde Marrocos aos Emirados Árabes Unidos?
Uma das companhias interessadas na privatização da TAP até é dos Emirados Árabes Unidos!
ESTOU MUITO PREOCUPADO! MAS, ESPERO, SINCERAMENTE, QUE, PELO MENOS, O PM TRAGA, HOJE, BOAS NOTÍCIAS DE BERLIM!
TRANSPORTES, TURISMO E IMAGEM DE EFICÁCIA SÃO VITAIS PARA PORTUGAL, nesta encruzilhada!

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