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Mais empreendedorismo e muito trabalho …Humberto Ferreira
(Publicado no PUBLITURIS em 8 Julho 2011, na coluna TURICÓPIO)
Para se sair da crise, só com mais empreendedorismo, trabalho, organização, mobilização e poupança colectiva.
Afinal,
o brinde do Turismo saiu ao CDS, apesar do PSD ter o programa mais equilibrado nesta área.
E a pasta da Administração Interna, ponto forte do CDS, foi para o PSD, com o Faroeste no Algarve e outros pólos de aptidão turística.
A moda agora é deitar gás para as “ATM”.
Mas isto vai melhorar com as credenciais da nova equipa. Competência e mérito não lhe faltam. Pois não?
Acabo de ouvir afirmar ao patrão da CTP: o
Estado precisa de ideias e gente fresca! Talvez!
Desde que não suba o salário mínimo para 500 euros…num país de alta qualidade e low-cost.
Aplaudo de pé a escolha do prof. Manuel Pinto de Abreu para secretário de Estado do Mar. O Mar, Turismo e Compras Made em Portugal são três eixos a valorizar.
Todavia, valeu mais a Secretaria de Estado do Turismo a tempo inteiro, depois de se falar que iria ser partilhada com outra.
“Boys & Girls” ganharam assim a aposta certa!
MEMÓRIA – Sem acreditar em superministros, pensei que
os secretários de Estado do ciclo Passos viessem a ser dignificados, como Santana Lopes e Licínio Cunha foram no ciclo Cavaco.
Lembro a fase anterior do Ministério do Comércio e Turismo, e da Secretaria de Estado do Turismo sob o Ministério da Economia, sem esquecer a experiência do 2º Ministério de Turismo em 2004. Instalado em Lisboa, com o secretário de Estado no Algarve, todos os dias a caminho da capital.
Até que, agora, chegou o superministério da Economia, com sete pastas de três anteriores ministérios:
Economia, Inovação e Energia; Emprego; e Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Vai ser excitante observar uma equipa multidisciplinar dinamizar tantos clusters, sob uma voz experiente, nomeadamente a indústria, comércio, exportações, Turismo, energia, transportes, portos, aeroportos, estradas, inovação e emprego!
O Turismo vai, finalmente, reencontrar a vocação receptiva e
validar a garantia dada aos congressistas da Divisão Internacional da ASTA, reunidos na Gulbenkian, em 1977:
“O Turismo em Portugal é um sector privado, a incentivar a vertente do Turismo receptivo".
Após 34 anos só falta, afinal,
segmentar o turismo receptivo, doméstico, social e emissor. Pouca coisa.
NOVO ESTILO – A Feira do Artesanato de Lisboa foi primeira visita pública de
Álvaro Santos Pereira, titular da “Economia e Companhia”, que mostrou dinamismo e
recomendou aos expositores para identificarem as peças nacionais com bandeiras de Portugal.
A auto-estima faz falta e ajuda a valorizar a nossa imagem colectiva, como Scolari e Marcelo conseguiram no Euro2004, quando as janelas e lojas se coloriram com bandeiras verdes e vermelhas.
O futebol continua a ser o nosso maior orgulho e alimento para a auto-estima, mas os esforços para o estender ao artesanato, outros desportos e artes, são bem-vindos!
CINCO MEDIDAS – Espero que Álvaro queira ler algumas das minhas sugestões:
1º - Inventariar os recursos, produtos, marcas e serviços diferentes e mais genuínos, que
Portugal possa vender melhor. E entre os que estão ao nível da nossa concorrência, quais os que os estrangeiros mais apreciam? Para os integrar na sua nova estratégia alargada!
2º - Criar um conselho informal de gestores dinâmicos, para se maximizar e programar prioridades, e elaborar
uma estratégia consensual para 2012-2014.
Conforme exposto na recente
ExpoEventos, deve-se
apostar em marcas fortes (começando por reduzir as 15 mil de vinhos), visto
a marca branca Portugal não transmitir, há mais de 10 anos, as boas experiências que os turistas podem viver nas férias entre nós.
3º - Com o apoio de operadores externos,
inventariar as vantagens SWOT da oferta receptiva e propor programas articulados com parceiros dinâmicos, servidos por políticas transversais nas redes de aeroportos, portos, viárias e intermodais, e nas regiões plano continentais, mais Madeira e Açores.
4º - Actualizar e divulgar o
Calendário Electrónico de Eventos Sazonais com interesse externo, nas áreas do desporto, património, indústria cultural, arte popular, entretenimento, etc.
5º -
Articular o Turismo com os programas do MOPT e fomentar a sociedade civil a formalizar as constelações dos recursos viáveis, desde a exportação à produção agrícola e tecnológica, ao comércio e Turismo.
PROGRAMA DO GOVERNO – Destaco a aposta no
Turismo Atlântico; a a
rticulação horizontal das políticas de Turismo, transportes, equipamentos públicos, Ambiente, Mar, Saúde, Desporto e Cultura; e o
Código do Turismo (criando e apoiando os municípios turísticos).
Convém que Estado e autarquias não penalizem mais empresas e iniciativas.
Aguarda-se a nova estratégia promocional em vez da “
umbrela Portugal” sem mais-valia agregada.
Se quando se viaja, trazemos brindes para obsequiar familiares e amigos,
como se promove um programa turístico sem se associar o comércio à estratégia promocional? Bens transaccionáveis não faltam! Oxalá não se percam mais apostas de cooperação horizontal!
QUADRO DE HONRA 1º -
PRÉMIO ULYSSES conferido
pela Unesco à Secretaria Regional de Turismo e Transportes da Madeira, no Fórum Algarve, na categoria de
melhor iniciativa de governação pela emissão de certificados às unidades mais amigas do Ambiente.
Os meus Parabéns a Conceição Estudante.
2º -
DIA DA MARINHA DO TEJO – 25 de Junho, incluído nas
Festas de Lisboa, com o Cais das Colunas emoldurado com canoas, catraios e faluas, objecto da reportagem da RTP, com arrais, dirigentes, presidente da CML António Costa, CEMA e prof, Carvalho Rodrigues.
Uma das raras oportunidades para os lisboetas e turistas de passagem se aproximarem da comunidade marítima do Tejo!
3º -
PAISAGEM CULTURAL DO TEJO – As
Associações Tagus Universalis de Portugal e Espanha preparam o processo para a
Rede Cultural do Tejo Ibérico a Património Mundial da Unesco. Será a confirmação da incomparável "aliança" entre os monumentos classificados na zona histórica ribeirinha (Jerónimos e Torre de Belém)e a protegida Reserva do Estuário do Tejo na margem sul, reforçada pela cultura avieira das comunidades piscatórias a montante.
4º -
VELA INTERNACIONAL – As regatas para o
campeonato mundial WMRT em Match Racing, em Portimão de 22 a 26 Junho. A
ISAF e velejadores
optaram pelo Algarve pelo 8º ano seguido. E lembro que,
de 6 a 14 de Agosto, o Clube Naval de Cascais acolhe a 1ª série da ACWS da Taça América 2013 (America's Cup World Series), cuja fase final terá lugar na Baía de San Francisco. Daqui incentivo o Turismo, vela e comunicação social
a apoiar este 1º evento da Taça América em águas nacionais. Como? Comparecendo na Marina de Cascais nos treinos e regatas e divulgando os resultados e os programas sociais.
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