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Sunday, September 26, 2010

 
COSTA VICENTINA IGNORADA DAS MARAVILHAS DA NATUREZA, É PALCO DE OPERAÇÕES ANTI-DROGA


Humberto Ferreira

A Costa Vicentina marca presença nos noticiários nacionais, não por ter sido votada uma das sete Maravilhas da Natureza, mas por frequentes apreensões de droga … É pena o motivo, mas a vigilância da costa à distância ajuda, pelo menos, a detectar movimentos estranhos de embarcações e viaturas e a fazer detenções frequentes em praias selvagens. E até dá sempre um certo alívio, saber-se destas operações bem sucedidas da GNR (unidade de controlo costeiro) contra traficantes internacionais.

Entretanto, tenho recebido algumas críticas por ter assumido por escrito o acordo pessoal à recente votação da Ria Formosa como "Maravilha da Natureza". Também li no semanário Sol, de 17 Setembro, o artigo do Mário Ramires "Dar o Douro aos bandidos". Aproveito, agora, para esclarecer duas coisas importantes:

(1) Concordei com a atribuição do título de Maravilha à Ria Formosa, porque o Douro nem sequer estava nomeado na lista da votação e, se estivesse, a bela paisagem actual, dos socalcos das quintas e vinhas do Douro, com os arruamentos, jardins e casas que se avistam do rio e das vilas, cidades, aldeias, e estradas vizinhas, não são fruto da Natureza, pois neste caso foram modeladas pelos braços do Homem.
Aliás, é uma paisagem bastante semelhante às das margens do Reno e Mosela na Alemanha, mas com a desvantagem para nós, desses vinhedos se enquadrarem junto a castelos, igrejas e palácios monumentais, de construção anterior às agradáveis "quintas das antigas abastadas famílias do Douro". E os cruzeiros no Reno e Mosela têm ainda outra vantagem: as respectivas zonas navegáveis permitem organizar cruzeiros semanais, com visitas diárias a cidades, vilas tradicionais, adegas para provas, castelos e outros monumentos durante os sete dias, numa visita incomparável ao passado e ao presente de duas surpreendentes regiões vinícolas europeias. Cuidado com a concorrência!

PORTUGAL NÃO É APENAS DOURO NEM ALGARVE
Em termos de produto e destino turístico, o Douro joga numa liga superior, aliás, reconhecida pela Unesco e que lhe confere o grau de Património da Humanidade.
Mas isso não significa minimamente que, de futuro, todas as iniciativas que se realizem para descobrir, reconhecer, e promover os valores de outras Maravilhas da Natureza ou do Património português, passem obrigatoriamente pela prévia licença ou delegação de "mérito subalterno", por parte dos responsáveis pela gestão das várias actividades do Douro, desde os produtores de vinho e os operadores turísticos aos vigilantes da Natureza.
Gostando eu muito do Algarve, e tendo raízes familiares algarvias - o meu avo paterno era da Costa da Caparica, a avó paterna de Ovar, e os avós maternos do Seixal e Algarve, enquanto os avós e pais da minha Mulher eram de Sagres - achei, pessoalmente, bem o Algarve ter sido contemplado com uma das sete "Maravilhas da Natureza".
E a Ria Formosa é, sem dúvida, uma zona fulcral positiva na conservação do eco-sistema e património natural no sul do Pais, funcionando, agora, como legítima representante das restantes "maravilhas" ignoradas pelos 650 mil votantes! E repare-se que não estou contra a votação mas, sim, contra quem não quis defender como mereciam as "Maravilhas" ignoradas! Fiquei alegre por isso e por Deus ter escrito direito ... por belas linhas ondulantes do litoral algarvio!

(2) Amigos lembram-me que a paisagem da Ria Formosa é bastante pior do que a do Parque Natural do Litoral Alentejano e Costa Vicentina. É verdade. Tirando alguns trechos das ilhas da Ria Formosa (fortemente fustigadas no inverno pelos temporais e por outros problemas na época balnear), e das praias que vão reconquistando a sua beleza pelo desaparecimento das barracas clandestinas, as imagens - quer ao vivo quer em fotografia ou vídeo - deixam bastante a desejar, pois vê-se muito mais lodo, detritos, abandono e desleixo da população e das autoridades, do que motivos de admiração da Natureza. Além disso, não deixam de ser praias oceânicas como tantas outras, tão belas pelo nosso litoral.
Aliás, conforme mencionei no meu artigo no Publituris, "As sete Maravilhas da Natureza mais a Costa Vicentina", também publicado a 17 de Setembro: notei alguma falta de criatividade promocional das forças vivas do Algarve, gestores e técnicos do PNLACV e empresas turísticas instaladas, na divulgação dos atributos das duas restantes "maravilhas" algarvias a concurso - o Promontório de Sagres e o Parque Natural do Litoral Alentejano e Costa Vicentina".
Ora, sem ovos, não se fazem omeletas! Acordassem mais cedo! Não, tão tarde e a más horas, como no dia da sentença do caso Casa Pia! Quem não sabe ser caixeiro, ...

SEGUE A NOTÍCIA DO PÚBLICO SOBRE A APREENSÃO DE DROGA NA COSTA VICENTINA:

Duas pessoas detidas na operação

Unidade de Controlo Costeiro da GNR apreende duas toneladas de haxixe na praia das Furnas

Público - 25.09.2010 - 13:50

Duas pessoas foram detidas hoje na praia das Furnas, em Vila do Bispo (Faro), na sequência da apreensão de 2150 quilogramas de haxixe, informa a GNR.

Durante a operação, realizada de madrugada, foi também apreendido um barco de dois motores

Durante a operação, realizada de madrugada, foi também apreendido um barco de dois motores.

Segundo disse à Lusa o responsável das relações públicas da Unidade de Controlo Costeiro da Guarda Nacional Republicana (GNR), major Costa Pinto, durante a operação, realizada entre as 03h00 e as 04h00 de hoje, foram também apreendidas quatro viaturas e uma embarcação com dois motores.

Os dois detidos vão ser presentes ainda hoje a tribunal, referiu a GNR, acrescentando que as autoridades identificaram três pessoas.

Cinquenta quilogramas de uma substância por identificar, que está a ser analisada, grande quantidade de combustível e óleo e material de apoio à navegação, designadamente telemóveis, sistemas GPS e telefones por satélite, foram também apreendidos durante a operação.

(NOTA - A praia das Furnas está apenas assinalada como “selvagem”, localizada no concelho de Vila do Bispo, que integra várias praias, desde a costa Norte, na sede do concelho, às freguesias da costa meridional, de Sagres, Raposeira, Budens, Salema a Burgau. Em vez de uma foto de arquivo, teria sido preferível ao editor do jornal, ilustrar a peça com uma imagem da zona, tirada do Google, ou um mapa da Ponta Sudoeste da Europa, assinalando a localização da praia das Furnas. Hoje há bastante tecnologia mas também subsiste alguma falta de “criatividade”!)

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Thursday, September 23, 2010

 
OFICIALIZADO MAIS UM PASSO PARA AS PORTAGENS NAS SCUTS

Humberto Ferreira

... Mas agora, para destabilizar o sistema (não foi o que o Mr. Steps Rabbit fez?), também vou eu vou sugerir ao Provedor do Cidadão, que se pague portagens na via rápida da Caparica ...
Se vamos pagar na Via do Infante para tomar banho nas praias algarvias, também os lisboetas e ribatejanos terão de pagar para meter os pés na água da Caparica. Aliás, os madrilenos vão pagar ainda mais, quando chegarem ao Poceirão pelo TGV em 2013...!
O melhor negócio do mundo é ser governo ... sempre a facturar sem se precisar de amealhar capital ... basta gastar o que alguns antecessores conseguiram juntar! Que Diabo, ainda há ouro do tempo do Botas!
Entretanto, até 15 de Abril de 2011, vamos todas as semanas até ao Algarve, pois a Via do Infante ainda é de borla!
Depois, segue-se um interregno a pagar portagens até 30 de Abril de 2012.
Veremos ... se não são portagens vitalícias, como as da Ponte 25 de Abril, mandada construir e paga ainda pelo Botas!
Porque será que eles (os governantes desta praia da Europa) querem sempre dourar a pílula, mentindo no DR?
Em 2011 fica, assim, oficialmente marcado o fim das SCUTS - "estradas sem custos para os utentes" - passando a haver um novo tipo de estradas: CAPAIMEST - "contra-facção de autoestradas pagas por alguns, incluindo matrículas estrangeiras", cujos automobilistas serão obrigados a comprar o chip português (maravilha tecnológica lusa) nas filas da estação de serviço mais próxima! Simplex!
E podem ficar descansados e descansadas, que, ao abrigo do Alto Plano Tecnológico Português, o Governo vai providenciar a invenção de um aparelhómetro que dê a distância correcta entre a residência ou a sede da empresa e a antiga SCUT, para dirimir eventuais conflitos sobre quem tem, ou não, direito às isenções das novas portagens. Tudo simplex!
Grande negócio: portagens em 2010 = 57 milhões de euros; em 2011 = 235 milhões; e em 2012 = 369 milhões.
O pior é que cada ano, os encargos com a "construção adiantada" pelos privados, das tais SCUTS, custa mais de 700 milhões de euros aos contribuintes lusos! Graças ao engenheiro Cravinho ... que vive em Londres à grande e à portuguesa, ... e ao engenheiro Guterres, que vive na Suíça e viaja por todos os campos de refugiados, longe da família e dos amigos do partido ... um verdadeiro sacrificado! Guardado está o bocado ... no Além, para os grandes homens públicos e especialmente para os engenheiros da política! Que praga!


SCUT: Diploma hoje publicado em Diário da República

A resolução do Conselho de Ministros que define as regras para a cobrança de portagens em todas as autoestradas sem custos para utilizador (SCUT) foi hoje publicada em Diário da República.

O diploma estabelece a universalidade no pagamento de portagens nas SCUT, mas altera a data de entrada em vigor, que inicialmente esteve prevista para 01 de agosto e apenas vai vigorar a partir de 15 de outubro nas Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata.

Nas restantes (Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve) a data definida para início de pagamento de portagens é 15 de abril de 2011.

A resolução hoje publicada cria igualmente um regime de discriminação positiva para os utilizadores locais, que vigorará de forma universal até 30 de junho de 2012.

A partir dessa data, as isenções e descontos previstos apenas vão abranger os utilizadores das regiões mais desfavorecidas (onde o PIB per capita seja inferior a 80 por cento da média do PIB per capita nacional).

A discriminação positiva abrange uma isenção de pagamento nas primeiras 10 utilizações mensais e descontos de 15 por cento nas utilizações seguintes para as populações e empresas locais que tenham residência ou sede em concelhos onde qualquer parte do seu território diste menos de 10 quilómetros da SCUT no caso das vias do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata.

Nas SCUT fora das áreas metropolitanas (Interior Norte, Beiras Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve) as isenções e descontos abrangem as populações ou empresas que residam ou tenham sede nos concelhos inseridos numa NUT III em que uma qualquer parte do seu território diste menos de 20 quilómetros da via.

O presidente da Estradas de Portugal (EP), ouvido terça feira (21 de Setembro) na Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, revelou que a empresa prevê arrecadar este ano receitas de 57 milhões de euros com a cobrança de portagens em todas as concessões.

A EP espera conseguir em 2011 receitas na ordem dos 235 milhões de euros e em 2012 prevê encaixar 369 milhões com a cobrança de portagens.

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Sunday, September 19, 2010

 
As sete Maravilhas Naturais e a Costa Vicentina

Humberto Ferreira


Foram divulgadas no final de um excelente espectáculo, realizado no sábado 11 de Setembro de 2010, nas Portas do Mar, Açores, as 7 Maravilhas Naturais de Portugal e, pela segunda vez, Sagres e a Costa Vicentina não foram votadas, nas três opções em que foram nomeadas: a Ponta ou Promontório de Sagres (na categoria de Zonas Marinhas), o Pontal da Carrapateira (Praias e Falésias), e o Parque Natural do Litoral Alentejano e da Costa Vicentina (Áreas Protegidas).

De facto, os votantes não só ignoraram um dos promontórios mais conhecidos no mundo, como o mais extenso parque natural da orla marítima portuguesa – o Litoral Alentejano e Costa Vicentina – que vai desde Sines a Burgau, e que pelos vistos não tem categoria nem beleza natural suficiente para ser uma Maravilha Natural deste país. Os votantes desprezaram, de uma forma ligeira, um dos grandes marcos civilizacionais das rotas marítimas.
Os espanhóis orgulham-se do Cabo Finisterra, os sul-africanos do Cabo da Boa Esperança, os chilenos do Cabo Horn, e os portugueses? Orgulham-se dos jogadores da bola. Ponto final!

BOA INICIATIVA
Mas atenção: a votação para as 7 Maravilhas da Natureza foi uma iniciativa da sociedade civil, com ampla divulgação das normas de apuramento dos 21 sítios nomeados por um "painel de notáveis", sob a moderação de António Vitorino.
O resultado, auditado pela PWC, não agradou a todos – nem a mim – mas representa a expressão maioritária dos 650 mil votantes. Não fazendo sentido, assim, as reacções regionais que se seguiram, sobre o esquecimento de outras incontestáveis “maravilhas” que foram vencidas, pois cada núcleo de promotores, padrinhos e patrocinadores teve liberdade e tempo para actuar, o que uns fizeram melhor que outros. No conjunto, penso que houve, sim, mau amadorismo com laivos da arrogância dos que pensam sempre conseguir facilmente vitórias conjugadas com os seus interesses.

Por outro lado, a emissão da RTP sobre Sagres teve lugar no dia da sentença da Casa Pia. A apresentadora inventou o “Pontal de Sagres” (aprendi que se chamava Promontório de Sagres, por ser um cabo elevado), e confundiram o Cabo de São Vicente, onde o programa foi realizado, com o sítio da “maravilha” nomeada, a 8 km de distância. Azar? Ou engano?

Também notei alguma falta de criatividade das forças vivas do Algarve, gestores e técnicos do Parque Natural da Costa Vicentina e empresas turísticas instaladas. Os promotores de Aljezur (embora derrotados) e da Ria Formosa (que ganhou bem na categoria de zonas aquáticas) foram mais dinâmicos. Parabéns.

FACTOS IGNORADOS
Convém lembrar que Fátima, com 3 milhões de visitantes/ano, e Sagres, com mais de um milhão, continuam a ser os locais que, ao longo de cada ano, atraem mais turistas nacionais e estrangeiros para excursões complementares e opcionais, que despertam interesse religioso, cultural, histórico, ambiental e panorâmico. O sítio de Sagres tem projectado, ao longo dos séculos, a nossa identidade marítima, não sendo apenas uma maravilha local, mas um monumento histórico-natural com larga projecção global. O título de Maravilha Natural seria bem atribuído mas não é fundamental!

As iniciativas da Fundação das Novas Maravilhas (Mundiais e Nacionais) e dos organizadores e patrocinadores do evento foram, pois, inteligentes e positivas. Estando todos de parabéns. Resta agora tirar os devidos proveitos pela promoção televisiva obtida, a nível central, regional e privado.

SETE MAIS UMA
Levo à atenção dos operadores e programadores turísticos nacionais e estrangeiros: o pacote das Maravilhas Naturais está pronto, mas falta viabilizá-lo! Conheço bem e admiro as sete Maravilhas vencedoras. O voto popular até alinhou com as minhas escolhas, excepto no Promontório de Sagres e Costa Vicentina.

Quando nos perguntam no exterior de onde somos, os interlocutores mais populares ligam logo o País às mediáticas figuras do futebol (muitos até já esqueceram Amália) e ao Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Fernão de Magalhães, ou Bartolomeu Dias. A Liga das figuras históricas que perduram ao longo dos séculos. E a Sagres ou Fátima!Por serem dois sítios míticos. Outros pensam que Lisboa é uma cidade de Espanha e do vinho do Porto, francamente deixou de ser uma bebida apreciada pela juventude mundial e, portanto, é desconhecida! Por culpa dos seus produtores e promotores. Digam-me qual é a discoteca que vende uma garrafa desse néctar por mês? Merece um prémio especial.

Além disso, Sagres está numa incomparável zona marinha, com trunfos panorâmicos, ecológicos e geológicos na Ponta Sudoeste da Europa. Zona valorizada ainda com espécies raras da fauna e flora, observação de aves migratórias, e mar no horizonte infinito … onde a Europa (ou seja os europeus que passam férias no Algarve) admira o mais imponente Por do Sol no Atlântico. É ver centenas de pessoas nas escarpas do Cabo São Vicente ao por do Sol!

Por isso, a noite de 11 de Setembro foi da consagração das Sete Maravilhas Naturais mais da Costa Vicentina, com três nomeações! Todas as 21 nomeadas ganharam! A organização poderia ter concedido troféus de ouro, prata e bronze e os promotores regionais do Ambiente e do Turismo, ficariam satisfeitos.
É evidente que Sagres precisa, como outros destinos, de ser melhorada. A falta de manutenção da Fortaleza é urgente, mas creio estar para breve.

PROJECTOS PARA SAGRES
O que é feito do projecto do Centro de Estudos Oceanográficos de Sagres? E da Fundação Oceanis? Todo o trabalho executado foi abandonado? Por ter mudado a gestão política?
Lembro também, que entre 1985-1995 foi encomendado um estudo de ideias para valorizar o Promontório de Sagres e um deles previa a geminação de Sagres com Cape Canaveral (hoje Cape Kennedy), integrando a construção de uma extensa galeria subterrânea (para não obstruir a paisagem marítima, ainda por validar tanto nas iniciativas das 7 Maravilhas do Património como das 7 da Natureza), com duas exposições permanentes: de um lado, quadros e objectos representativas da epopeia das Descobertas marítimas portuguesas, nos séculos XIV e XV, e do outro lado, com objectos, instrumentos e figuras da epopeia espacial norte-americana no final do século XX e XXI.

O Passeio-Museu das Viagens e Globalização foi também apadrinhado pelo prof. Licínio Cunha, então secretário de Estado do Turismo! Passados 25 anos, e depois de novos contactos nos EUA, este poderá ainda ser o museu com projecção global que falta ao Algarve, capaz de deslumbrar os visitantes e turistas nacionais e estrangeiros, se vier a adoptar arrojadas soluções de arquitectura e museologia.

Muitos se lembram, quando visitavam Sagres, com frequência, milhares de jovens da Austrália, Nova Zelândia e outros países longínquos, com o guia mundial das Pousadas da Juventude, à mão! Com a extinção da Pousada da Juventude, no perímetro da Fortaleza, desapareceram, perante a indiferença dos locais. Mas com o Museu das Viagens e Globalização, voltarão a visitar Sagres!

Recentemente foi pintada na velha estrada, o início da grandiosa “ciclovia europeia”, que do Cabo de São Vicente se dirige para Norte até Finisterra e para Leste até à Andaluzia. Uma placa assinala o seu início no Cabo de São Vicente e já é usada por um crescente número de atletas e ciclo-turistas, mesmo com algumas deficiências de segurança, manutenção e vigilância.

Em matéria desportiva falta também dinamizar provas locais para amadores e profissionais, relançando práticas náuticas e estradais. Só o windsurf e surf estão activos.

Por fim, a recente Sociedade Polis da Costa Vicentina propõe-se enquadrar a grandiosa avenida, da entrada da vila à Fortaleza, permitindo admirar-se a imponência do Promontório e das ondas do Atlântico sobre as praias do Tonel e da Mareta.

Mas nas falésias não se pode permitir mais auto-caravanas acampadas, conforme muito bem avisou Clara Ferreira Alves na revista Única-Expresso de 14 de Agosto 2010, sob o sugestivo título "Selvagens nas Dunas"! Por isso, antes de consagrada “Maravilha”, a Costa Vicentina tem muita obra a concluir para elevar a auto-estima colectiva dos algarvios e dos portugueses em geral.

NOVO CARTAZ TURÍSTICO
Para que conste, eis as 7 Maravilhas Naturais mais votadas:

Lagoa das Sete Cidades, São Miguel, Açores (categoria: Zonas Não Marinhas); Praia do Portinha da Arrábida (praia e acessos praticamente abandonados, a merecer maior atenção das entidades públicas e privadas), situada entre Setúbal e o Cabo Espichel (Praias e Falésias); conjunto florestal Laurissilva, Madeira (Florestas e Matas); Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico, Açores, o pico mais alto de Portugal (Grandes Relevos); Grutas de Mira d’Áire, nos municípios de Porto de Mós (Grutas e Cavernas); Ria Formosa, representando o Algarve, entre as praias do Ancão e Cabanas (Zonas Marinhas); e o Parque Nacional da Peneda-Gerês, abrangendo os municípios de Terras do Bouro, Arcos de Valdevez, Melgaço, Ponte da Barca e Montalegre; mas o parque foi alvo de grandes incêndios florestais neste verão, com muitos hectares de vegetação ardida (Áreas Protegidas).

MODELO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

O maior inimigo do equilíbrio ambiental no nosso País é a vertiginosa corrida à construção civil. Quantas casas, apartamentos, lojas e oficinas há vagas? E quantos prédios abandonados há em Portugal? Li que há em Portugal mais de 300 mil casas por vender e o dobro de casas abandonadas e muitas em ruínas, valendo o título de Portugal das casas vazias! Como alerta a edição da revista Visão de 17 de Setembro. E, além deste quadro de desleixo e péssima aplicação dos recursos da nação, quantas famílias continuam a viver em condições sub-humanas? Umas em habitações municipais impróprias e outras em barracas? Mas que sociedade foi esta? Reconstruída desde 25 de Abril, são 36 anos de ilusões perdidas! Sem falar do crescimento dos sem-abrigo! São vergonhas de que não gosto de escrever mas é preciso para relembrar as prioridades aos nossos governantes e aos dirigentes regionais que, como os dirigentes do futebol, só vêem os seus interesses e nada mais! Sou pela regionalização, mas não com estes senhores!

Ora tudo isto não será um aviso de que o modelo económico adoptado nas últimas décadas também está errado?

É uma situação que se estende a todo o País. Como se não houvesse outros negócios mais viáveis, na indústria, agricultura e fruticultura, pesca, serviços e ciência... na marinha, por exemplo!
Mas enquanto do excesso da oferta imobiliária, não resultar o rebentamento de nova bolha – que começa a afectar os EUA, Espanha e outros países apostados no betão – as entidades e a banca portuguesa vão autorizando mais betão, mesmo se o mercado e a imprensa não escondem o excesso da oferta!

Este problema merece um debate rápido e uma solução breve, com a participação de todos os parceiros e dos responsáveis de todas as actividades económicas.
Por exemplo, a banca, os construtores civis, os empreiteiros e promotores imobiliários, e os investidores hoteleiros já se uniram há largos anos em projectos que hoje estão em velocidade de cruzeiro. Constituíram grandes parcerias de hotelaria e turismo. Será fácil, portanto, reunirem-se com as autoridades do Planeamento e Estratégia (haverá um Conselho Superior?) e adoptarem um novo rumo de desenvolvimento, marcando, por exemplo, uma presença mais forte nas obras em projecto e construção em África, Médio Oriente, América Latina, Ásia-Pacífico, etc. E, entretanto, vendam os milhares de apartamentos e vivendas vagas que sobram em Portugal.

AUTO-ESTIMA
As populações precisam de bons motivos para elevar a auto-estima! Portanto, deixo aqui quatro sugestões válidas para a Costa Vicentina:

1ª - O Passeio Museu das Viagens e Globalização;
2ª - O prometido Centro de Estudos Oceanográficos de Sagres;
3ª - A melhoria da "ciclovia europeia";
4ª - A dinamização das actividades desportivas , em conjunto com a urbanização da vila e da zona balnear de Sagres, ao abrigo do plano não divulgado da Sociedade Polis da Costa Vicentina,.
Creio que com estas quatro âncoras Sagres se colocará sob o merecido foco de milhões de visitantes/ano.

Proteja-se o Património. Valorize-se a Natureza. Acolham-se melhor os visitantes e turistas civilizados! E não se permita "acampar" ou estacionar “hospedarias ambulantes”nas frágeis falésias da Costa Vicentina aos novos "invasores" selvagens, sejam portugueses ou estrangeiros!

INTERNACIONALIZAÇÃO
Por último, gostei bastante do programa especial da RTP, da Fundação New 7 Wonders e do Governo Regional dos Açores, a 11 de Setembro.

Pena que não tivesse sido mais dirigido para o exterior, com apresentação bilingue, até por ter sido emitido entre a Europa e a América do Norte.
Não se podem perder ocasiões, como esta, para se promover 21 maravilhas Naturais de Portugal! E se boda molhada é abençoada, esta vai ser badalada! Mas temos que vender melhor o nosso turismo no exterior e esta foi uma ocasião exemplar.

De alguns protagonistas da “casa” anotei as seguintes declarações curiosas, os quais, na maioria, ignoraram a dimensão internacional do evento, valorizando, pelo contrário, o sentimento provinciano que contagia uma grande parte da população desde a época de Eça de Queiroz:

Catarina Furtado e José Carlos Malato – Registei que ambos declararam, em público “o seu amor pela Natureza e pelos 21 Monumentos Naturais” em competição.

Jorge Costa – Sócio da PriceWaterCoopers, responsável pela auditoria – Sou testemunha das 656 mil declarações de amor dos portugueses à Natureza.

Jorge Romeira – presidente do município de São Vicente, da Madeira – O mundo científico reconheceu a Floresta Laurissilva como Património da Humanidade. Agora deu-se o reconhecimento popular.

Humberto Rosa – secretário de Estado do Ambiente – Os nossos parques naturais estão bem, pois recuperam depressa dos fogos florestais...

Jorge Alamo, deputado estadual de Massachusetts, natural do Pico – Obrigado Pico!

Nunes Correia – ex-ministro do Ambiente – O Algarve não é só praias e discotecas cheias. Também tem incalculáveis valores da Natureza.

Rosa Mota – antiga atleta campeã olímpica e madrinha do Parque Nacional da Peneda-Gerês – Obrigado por me permitirem regressar à competição e à vitória.

Carlos César – presidente do Governo Regional dos Açores – Obrigado pela nota máxima: duas vitórias para os Açores: A Lagoa das Sete Cidades e a Paisagem Vulcânica do Pico. Portugal inteiro vai beneficiar, nos mercados do Turismo, da mais-valia destas duas Maravilhas Açorianas da Natureza , que acrescentarão mais valor, mais beleza, mais projecção e mais memória global.

PRÓXIMAS MARAVILHAS
Fernando Segadães – responsável da organização – Adianto que o ciclo das Maravilhas de Portugal vai continuar com um nova iniciativa: eleger as Sete Âncoras da Identidade dos Portugueses, entre outros para destacar e honrar o talento na música, espectáculo, ciência, engenharia, arquitectura, medicina, artes plásticas, vinicultura, etc. Os campeões do talento português! Na próxima década.
Que seja tudo a favor da subida coerente da nossa auto-estima colectiva!
Estou já a antecipar a concorrência entre o Fado, Vira, Fandango, Malhão e Corridinho; ou entre as Torres das Amoreiras, do Colombo e o Estádio de Braga. Ou, ainda entre o verde Alvarinho, e os vinhos tintos do Douro, Dão, Beiras, Bairrada. Oeste, Lisboa, Palmela e Alentejo, mas quem sabe se o vinho do Algarve e do Pico também não concorrem? E os brancos da Vidigueira e os espumosos da Bairrada? Uma coisa é certa, o que este País precisa é de mais concorrência e excelência!É por isso que eu escrevo!

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Tuesday, September 07, 2010

 
PORTUGAL CONTEMPORÂNEO

Por Humberto Ferreira

Os estádios construídos para o Euro2004 raramente enchem.
As Sads estão falidas. Os jogadores ganham muito acima do que valem.
Os treinadores da FPF ganham mais que o Presidente da ... República.
O futebol é o ópio da malta fixe. O fado deixou de ser o calmante.
Mas os concertos rock e os ralis de motards enchem-se.
Valha-nos Fátima e a bênção papal.
Os pilares do País andam distraídos com as rentrées para o Outono político.
Os últimos fogos florestais queimam o verde que resta.
Assaltantes e criminosos andam desvairados. Portugal é o novo Faroeste da Europa!
Manoel de Oliveira prepara o guião deste novo filme neo-realista!
O Povo anda desgovernado, com o PM em promoção constante pela província, para ver inloco como poderá facturar ainda mais taxas e impostos para pagar as dívidas e fazer as obras megalómanas prometidas. E aproveita para tratar do futuro, candidatando-se a líder da confederação europeia dos empreiteiros de obras públicas. E vão mais quatro a emigrar de alto ... José Manuel, António, Jorge e ... José
Agosto acabou, toca a trabalhar e, como o dinheiro falta cada vez mais até ao ordenado seguinte, resta-nos a TV para ver o futebol europeu e doméstico (de borla, ou à conta da zon e do meo, no "snack-bar" da esquina), esperando que os jogadores seleccionados hoje para Oslo aprendam melhor a técnica do piloto-automático ... para evitar que também os poderosos da Alexandre Herculano emigrem para a Fifa, para a Uefa, ou para África. No Brasil não são precisos!
Nos últimos 10 anos já emigraram 700 mil portugueses! Dantes culpavam os fascistas. E agora? Já sei: culpam os americanos!
Portugal: um país que vale por mil! Malcriados, vaidosos, prepotentes, mentirosos, e agarrados aos tachos ... como sempre!
Mas, afinal, quem é o CQ?
Foi você que pediu uma democracia assim! Ou uma réplica da outra senhora?

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Wednesday, September 01, 2010

 
PARA MELHORAR O TURISMO EM PORTUGAL
Criar a salada Amália e classificar, em cada ano, os melhores restaurantes com “Astrolábio” de platina, ouro, prata, bronze e revelação

Humberto Ferreira
Publicado no semanário PUBLITURIS em 27 de Agosto de 2010 (na versão técnica)

Diferenciar, melhorar e inovar os produtos de verão e inverno, dinamiza a oferta turística. Cabe às empresas e destinos, tal como aos criadores da moda e calçado, renovarem a colecção e estilo em cada época. Por isso, também as empresas e destinos devem apresentar anualmente roupagens novas, que atraiam mais segmentos das diferentes origens, grupos etários e poder de compra. Hoje vou escrever sobre sabores, restaurantes e como ultrapassar os habituais travões burocráticos e convencionais para conduzir a nossa gastronomia a uma posição de destaque na cena mundial. Outros países pequenos, como a Suíça, a Grécia e a Holanda já conseguiram alcançar esse estatuto, enquanto Portugal continua a derrapar ...

FÉRIAS MAIS SABOROSAS – Há poucos pratos internacionais, aptos a concorrer com outras cozinhas. Faltam receitas irresistíveis à mudança de hábitos à mesa, com os quais possamos alcançar projecção mundial. Por exemplo: salada Amália , espetadas com molho Vera Lagoa, e chá Catarina de Bragança podem ser um começo. Bons produtos naturais, boas receitas, bons profissionais, bons restaurantes e bom serviço não faltam. O que falta então? Dinamismo, ambição e criatividade!

QUAL PEQUENO ALMOÇO - E vamos, também, mudar o nome do pequeno-almoço (termo negativo no Brasil e junto de operadores) para “PRIMEIRO ALMOÇO” (como em Itália) ou “MESA DA MANHÃ à BEATRIZ COSTA". O primeiro almoço português deve ser diferente pela variedade de fruta da época, ao longo do ano: citrinos, maçãs, pêras, cerejas, ginjas, nêsperas, ameixas, uvas, melão, melancia, ananás, romãs, etc.
Boa mesa e talento são duas companhias ideais.

ADEUS SNACK-BAR - Mas, por favor, desistam do “snack-bar” e “coffee-shop”. Usem: Café, Pastelaria, Confeitaria (à boa moda do Norte), Esplanada, Retiro, Taverna, Bar ou Restaurante Gourmet, Executivo, Turístico ou Popular.
E tratem de criar prémios regionais, promovendo concursos na época baixa, para o melhor petisco, o melhor primeiro almoço, o melhor almoço e jantar “tudo incluído” (talvez uma saída para a crise?). Não se acanhem a distinguir os melhores, como fazemos nos prémios Publituris!

ACADEMIA DE GASTRONOMIA – Sugiro que a dedicada roda de jovens chefs, sob orientação da Academia Portuguesa de Gastronomia (APG), possam coligir uma colecção dos melhores pratos tradicionais adaptados à moda, com nomes de mulheres que se destacaram na história, artes ou negócios. Uma carta sazonal de renovação que cative restaurantes nacionais e estrangeiros, valorizando as propriedades da nossa gastronomia.
Na primeira edição deve constar a salada Amália - uma renovada salada mista com ervas aromáticas.
Espero que o João Braga não se ofenda, quando milhares de turistas pedirem, todos os dias, uma salada Amália, em vez da salada mista! E penso que a Amália gostaria de ser lembrada por tanta gente em qualquer parte do mundo, tal como se pede a salada grega ou do César (Ritz), promovendo, finalmente, pratos identificados com a nossa cultura!
A liderança desta iniciativa de renovação da gastronomia lusa, caberia, em minha opinião, à APG, incentivando os parceiros a aplicar-se ao voluntariado associativo. Alertando e congregando especialistas, marketeers, gestores dos consórcios nos destinos, organismos oficiais, escolas, técnicos e jornalistas, visando a mais-valia da gastronomia e restauração.
Criando em cada Comunidade de Turismo núcleos de gastronomia atentos ao mercado e visando classificar e projectar os restaurantes “Astrolábio”, de platina, ouro, prata, bronze ou revelação – quem sabe, ao nível das estrelas Michelin? Em vez dos simplórios garfos amarelos, em acrílico transparente, que os mais "envergonhados" empresários da restauração, tentam esconder das portas e fachadas dos seus estabelecimentos.
Este sector está a precisar urgentemente de um choque de marketing.

ESPECIALIDADES REBATISADAS – Com a salada Amália surgiu-me a ideia de homenagear mais mulheres ilustres, com receitas tradicionais ou inovadoras, identificando as melhores sopas, caldeiradas, "arrozadas", "massadas", feijoadas, ensopados, estufados, "coentradas", alhadas, cataplanas, grelhados, cozido de carne brava, filetes, leitão, sem esquecer os pratos de bacalhau, marisco e aves.
A APG poderia beneficiar desta iniciativa, editando cada colecção anual em pagelas ilustradas em vários idiomas, assim como nas redes sociais de penetração global, para mais restaurantes nacionais e estrangeiros aproveitarem o material e difundirem a gastronomia lusa nos circuitos internacionais. Enquanto os "chefs" (ou gestores) de cozinha de autor, manteriam o negócio ao seu nível. Há que ter a coragem de admitir que a percentagem de clientes atraída pela cozinha de autor é muito escassa, enquanto a maioria dos clientes fica praticamente abandonada à rotina dos restaurantes tradicionais.

OS MITOS ALIMENTAM - De férias no Algarve fico a saber que, afinal, a cataplana foi introduzida no Algarve pelos invasores franceses, no início do século XIX, que a típica chaminé algarvia não é de origem árabe mas romana, que os primeiros colonos do Algarve, nos séculos XVI e XVII, foram transmontanos (e os árabes? A Ibéria e o Algarve (o Oeste) não foram invadidos pelos árabes no séc. VII?), e, para cúmulo, garantiram-me que o Infante D. Henrique nunca esteve em Sagres!
Por favor, entretenham-se nas tertúlias, mas aprendam com gregos, árabes, anglo-saxões, celtas, japoneses, etc., o valor das lendas e da tradição. Convido-vos, sim, a cultivar sabores e lendas para quem visita Portugal e aprecia os mistérios da história.
Os nossos pratos têm mais nomes de homens, enquanto tantos jovens desconhecem a história das mulheres ilustres. Que melhor ensejo para relembrar à mesa, as mulheres que mais se distinguiram ao longo das gerações e memorizar os elos fortes da gastronomia e cultura lusas? Resta apelar à experiência e interesse de académicos gourmets, promotores turísticos e chefes, para em conjunto projectarem a crescente presença da nossa gastronomia nas ementas dos hotéis, restaurantes e cruzeiros mundiais. Um contributo que não penaliza o Orçamento de Estado nem carece de subsídios, mas garante um bom impulso promocional à gastronomia e, pr tabela, ao Turismo!

TALENTO À MESA – Eis algumas nomes que poderiam valorizar saborosas ementas a propor pela APG: Brites de Almeida (Padeira de Aljubarrota – 1350-1395), Brites de Avis (n. 1503), Marquesa de Alorna (1750-1838), Catarina de Bragança (1638-1705 – filha de D. João IV foi Rainha de Inglaterra e regente do Reino, já viúva de Carlos II), Inês da Castro (1320-1355), Luísa de Gusmão (1613-1666), Filipa de Lancastre (1359-1415), Josefa de Óbidos (n. Sevilha 1630-1684), Antónia Ferreira (1811-1896), Emília das Neves (1823-1883), Guilhermina Suggia (1882-1950), Florbela Espanca (1895-1930), Beatriz Costa (1907-1996), Carmen Miranda (1909-1955), Vera Lagoa (1917-1996), Laura Alves (1922-1986), Ivone Silva (1935-1987), etc. Cabe à APG sugerir os nomes mais adequados a cada sabor. Só peço que à salada portuguesa, a lançar nas ementas mundiais, seja dado o nome de Amália … com ervas aromáticas, como ela apreciava!
Se os nomes históricos não chegarem, sugiro que outras receitas podem ser valorizadas, em vez da rotina “á Casa, ou á Algarvia”, com os nomes dos destinos mais dinâmicos: Douro, Minho, Porto, Vidago, Costa de Prata-Ria de Aveiro, Beiras, Estrela, Mondego, Fátima, Rotas dos Templários e Cister, Estremadura, Ribatejo, Lisboa, Estoril, Costa Azul, Alentejo, Alqueva, Baia de Sines, Costa Vicentina, Algarve - Barlavento e Sotavento, Açores (9 ilhas), Madeira e Porto Santo. Críticas e sugestões são bem-vindas, pois desde 1953 que escrevo sobre alternativas dinâmicas para melhorar o Turismo!

RESUMO DAS PALAVRAS-CHAVE – Pratos portugueses com nomes de mulheres ilustres, como salada Amália (para identificar a salada portuguesa mais popular: a mista).
Mudar o redutor pequeno-almoço para primeiro almoço, de preferência em auto-serviço.
Classificar e projectar os nossos melhores restaurantes (por exemplo a Selecção da AHRESP)com o “Astrolábio” de platina, ouro, prata, bronze e revelação, em cada ano. Propor à APG a publicação anual da carta de renovação das ementas mais valorizadas pelos experts, em cada especialidade culinária, e incentivando a sua aplicação em restaurantes no estrangeiro, através de um concurso internacional anual, que substituiria, com vantagem, os jantares, almoços e cocktails de promoção nas habituais feiras de Turismo!
Mais uma tentativa para auto-sustentar o nosso Turismo.

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