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Friday, June 26, 2009

 
TURISCÓPIO ESPECIAL ONLINE – I
41 anos ... à procura da chave para o Turismo luso
Humberto Ferreira
////hsalvadorferreira@clix.pt
• À MARGEM DO PRÓS-E-CONTRAS DE 22 DE JUNHO: QUE FUTURO NO TURISMO?
O primeiro número do Publituris saiu a 1 de Março de 1968. Em Maio de 2011, Portugal deve comemorar (?) o centenário da sua 1ª Repartição de Turismo. No dia 2 de Julho, tem lugar a Gala dos Prémios Publituris 2008 no Castelo de S. Jorge e no passado dia 22 de Junho, Fátima Campos Ferreira promoveu uma edição do Prós-e-Contras, a 250 metros de profundidade, numa mina de sal-gema em Loulé, subordinada ao tema ”O Futuro do Turismo em Portugal”, com interrogações idênticas às que decorrem desde 1911, 1968, ontem ... e ... amanhã! Procura-se uma chave ... única, diferente, criativa e irresistível para um modelo de Turismo português! Avançou-se pouco mas dirigentes e convidados ficaram mais aliviados.
DIAGNÓSTICO REPETITIVO - Com efeito, continua a procurar-se um modelo de turismo diferente, melhor e mais lucrativo ... Não uma invenção mas uma estratégia já seguida noutros países, nomeadamente em Espanha, com bastante sucesso. Em Portugal, por um lado, olhamos pouco para o que os nossos concorrentes principais fazem – Espanha, Grécia e Caraíbas – e, por outro, politizamos demasiado planos como o PENT, à custa das reivindicações dos caciques regionais mais próximos de cada grupo temporariamente no poder. Multiplicam-se diagnósticos, queixas, e pedidos de apoio – para facilitar o acesso à competitividade fiscal (vulgo mais isenções), às obras remendadas, aos privilégios de certos segmentos, a mais parques desportivos e ao calendário de eventos Allgarve, AllEstrela, AllNorte, ou Alloeste – o resto é paisagem abandonada ... como a velha Lisboa degradada!
Menospreza-se a concorrência, em vez de se valorizar e aproveitar a nossa natural capacidade hospitaleira ... e a nossa criatividade e abertura à inovação. Neste debate poderiam ter partido de uma análise aos efeitos do PENT, três anos depois da sua implementação mas ninguém gosta de prestar contas públicas das medidas dos gabinetes. Despreza-se quem observa o desperdício. Tolera-se o improviso superficial e condena-se a análise dos problemas e das alternativas.
MUDANÇA E QUALIFICAÇÃO - Todos os protagonistas (presentes ou ausentes do Prós e Contras) têm projectos de mudança e qualificação da oferta. Neste caso gostei de ouvir PEDRO ALMEIDA (mudar a equação da nossa competitividade, criar produtos mais diferenciadores, proporcionar novas experiências e gerar emoções); MIGUEL JÚDICE (propôs a reengenharia das empresas, oferta mais diversificada e segmentada, para valorizar e seduzir mais turistas, criando produtos mais sexy e joviais), e JORGE ARMINDO (apostar na valorização concorrencial dos produtos hoteleiro e de animação). Mas espremendo estas ideias, fica-se com pouco sumo.
Achei francamente fracas as intervenções sobre a gastronomia ibérica. Quanto ao título deveria ter sido: QUE FUTURO NO TURISMO?
BOA VONTADE NÃO CHEGA? – Outros oradores prometeram superar a crise e alcançar, ou manter a liderança, mas por artes mágicas, repetitivas e já gastas.
MANUEL PINHO : apostar na qualidade com voos low-cost e promoção nas energias renováveis ... palavra de honra? Subimos no ranking da competitividade turística de 21º para 17º. (“Prontos” podemos ficar sossegados!)
Os hoteleiros JOSÉ CARLOS PINTO COELHO e JORGE REBELO DE ALMEIDA: se Lisboa é um destino de luxo tão conceituado porque saiu a Orient-Express da capital? Não estará a imagem de Lisboa uma nódoa, como Havana há décadas? De positivo: o pedido de reabilitação urgente dos prédios e bairros degradados em Lisboa.
PEDRO LOPES (grupo Pestana): a aposta na flexibilização do ciclo? Expansão da rede e novos produtos e atracções. Com tónica na internacionalização!
MÁRIO FERREIRA : tudo cor de rosa, satisfeito por estar já a vender cruzeiros fluviais e voos espaciais para 2011. Não para 2009 nem 2010! Oxalá as boas previsões se confirmem neste cenário de núvens, onde a própria Nasa e a Agência Espacial Europeia, por vezes, adiam os lançamentos.
BERNARDO TRINDADE (representando o grupo madeirense Porto Bay): a salvação da Madeira passa pela liberalização dos voos low-cost – ignorando a longa e desequilibrada batalha travada pela PGA e Air Luxor? E, afinal, gostaria de saber, quantos executivos lusos já voam por convicção em low-cost? Mais que os ingleses, alemães ou italianos? Nunca! Eu acho que a Madeira soube antecipar-se bem ao Algarve com um misto de unidades de luxo, modernas e tradicionais, e populares. O novo aeroporto ajudou e agora os voos low-cost estrangeiros também. Estes segmentos não são incompatíveis, desde que as operações e a promoção não se sobreponham! Mas é preciso muito cuidado em não rotular a Madeira como um destino low-cost. Os parceiros alemães, ingleses e espanhóis têm larga experiência do intercâmbio de segmentos na promoção de destinos. Por isso o futuro do produto Madeira-Mix não é preocupante, ao contrário de certas zonas e pólos turísticos continentais.
INCOMPATIBILIDADES – Alguns oradores foram a Loulé debater problemas internos. Que a França vai descer o IVA na restauração para 5%, Portugal mantém 12% e a Espanha 7%. Que quem investe na hotelaria deve fazê-lo numa perspectiva de longo prazo. Que a banca não tem apoiado alguns bons projectos. Que o RevPar em Lisboa é ainda muito baixo. E que o PENT vai perdurar até 2015 (que fé nos eleitores?). Faltaram conselhos à cooperação e bom senso!
Teorias há muitas e experiências também. Mas fórmula mágica - em 1911 como hoje –ainda não há! Já é bom que não se cometam mais erros ou exageros. Especialmente ao nível das últimas campanhas de promoção – qual PORTUGAL MAIOR? Só se for para irritar espanhóis? Ou visitar o fundo do Atlântico e a mina de sal-gema!

TURISCÓPIO ESPECIAL ONLINE – II
41 anos depois ... chegam as emoções
Humberto Ferreira
////hsalvadorferreira@clix.pt
• À MARGEM DO PRÓS-E-CONTRAS DE 22 DE JUNHO: QUE FUTURO NO TURISMO?
Falta definir objectivos concretos e plataformas transparentes. Para isso é preciso, em conjunto e não individualmente, diagnosticar os pontos fortes e fracos da oferta e antecipar a concorrência externa com propostas realistas e viáveis. Importa, sobretudo, acabar com os compartimentos estanques entre hoteleiros e transportadores, operadores e hoteleiros, agentes receptivos e gestores de destinos, sector público e privado. E acabar com as tensas rivalidades regionais, como se verificou com as estatísticas entre o Algarve e Lisboa. Assim, não levam a carta a Garcia! Nós, no PUBLITURIS, vamos tentar.
FÉRIAS RENOVADAS = EMOÇÕES – Dizem que o turismo mudou. É verdade! Mas pouco! Praticamente estava tudo descoberto quando abracei o Turismo em 1953. Hoje como ontem, as pessoas querem férias de praia, neve, campo ou cidade? Sendo que a praia, a montanha e a cidade são as três chaves que atraem maiores fluxos turísticos, seguidos dos congressos e feiras. Também querem cruzeiros ou circuitos (ex-forfaits) culturais de longo ou médio curso, expedições, safaris, raids, peregrinações? Querem praticar ou assistir às exibições dos seus ídolos, em desportos tradicionais ou radicais? Adoram participar ou assistir a mega eventos musicais, desportivos, culturais, científicos, temáticos, religiosos, ou sociais? Torneios e semanas desportivas, incentivos, galas, espectáculos, concertos, festivais, congressos, exposições e feiras também atraem fluxos de viajantes. Outros preferem tratar da saúde em spas, clínicas, ou em termas remodeladas? Há associações e sociedades de interesses comuns (observação de aves e da Natureza, coleccionadores, estudiosos de diversas matérias), cujos membros aproveitam os tempos livres para viajar, investigar, descobrir, conhecer ...!
Uns querem mais privacidade em ambientes tranquilos? Temos, como sempre houve, ofertas específicas para os diversos grupos etários e agregados sociais ou familiares! Infantis, jovens, adultos, solteiros, casais, famílias, séniores! Muitos preferem as mesmas esplanadas, bares, discotecas, ou restaurantes, onde se sentem bem e são já reconhecidos pelas férias repartidas que fazem? Mas até esses proprietários devem tentar, de dois em dois anos, mudar a decoração, as vestes do pessoal, melhorar o serviço, e introduzir novas propostas irresistíveis, evitando a fuga para concorrentes mais ousados.
A resturação lusa tem sido demasiado repetitiva ao longo dos seus vários ciclos e graus: os estalajadeiros, as quintas fora de portas (lembro-me da Quinta de S. Vicente em Telehiras - hoje há as quintas para casamentos e festas), as tabernas dos bairros típicos, as cantinas, as pensões e hotéis restaurantes, os cafés-restaurantes, as esplanadas à beira-mar, as pastelarias-restaurantes, os salões-restaurantes, os snack-bares e, agora, os design-restaurantes e restaurantes de autor. Precisa de um abanão. Talvez mais jardins-restaurantes como na Baviera e Áustria. E francamente não vislumbro as vantagens da gastronomia ser Património Cultural - pois se é? É mais um segredo pouco divulgado pelos interessados!
Hoje o Turismo vive das EMOÇÕES. Esta é a principal diferença do Turismo do século XX. E é o grande desafio aos hoteleiros, agentes de viagens, transportadores, gestores de eventos e promotores. O turista viaja à procura de emoções.
DIVERSIFICAÇÃO – Os turistas aventureiros preferem descobrir espaços e atracções alternativas? Querem afastar-se dos amigos e do carro antigo, experimentar um bólide e partir à procura de novas emoções e gente com costumes estranhos? Também há quem queira aproveitar as férias para se valorizar, frequentando congressos, workshops ou cursos profissionais! Ou especializar-se nos seus passatempos preferidos! Fazem férias prolongadas ou repartidas? Viagens individuais ou em grupo? Com famíliares e amigos? Romance, aventura, ou farra? Seja na hoteleria tradicional e contemporânea; no self-catering – variante de alojamento que tem evoluido, desde as camas paralelas e campismo selvagem dos anos 80, ao turismo residencial de diversas categorias da actualidade; no moto-caravanismo, campismo, ou no segmento social de baixo poder orçamental mas com uma forte rede de intercâmbio europeu e religioso. O cardápio é vasto pelo que deve apostar-se na viabilidade!
DESPERSONALIZAÇÃO – Ora o que mudou afinal? O acesso mais fácil a tão vasta variedade de programas e opções. As alternativas entre os paradigmáticos forfaits, ou pacotes tudo incluído, dos anos 60/90, e os auto-programas hoje construídos, passo a passo, na internet – incluindo transporte, alojamento, ocupação dos tempos livres, e alimentação. Mudaram as reservas, os depósitos e os bilhetes passaram a ser electrónicos. Temos mais informação e liberdade de escolha, mas perdemos a experiência profissional, abandonando o agente de viagens. Perdemos a capacidade de reclamar a uma pessoa conhecida, seja uma reserva falhada, um serviço de nível inferior, ou um engano no preço cobrado. Passamos às relações virtuais com fornecedores, intermediários, promotores de destinos, hotéis e outros produtos lançados por mega-grupos com uma marca forte ... mas distantes e sem rosto. Até ao telefone falamos com call-centres automáticos, pelas teclas. É um futuro artificial.
DA CRISE PARA AS EMOÇÕES – Já atravessei algumas das graves crises económicas internas e externas: a II Guerra Mundial (1939/45), após a Revolução dos Cravos (1974-77), e, agora, a primeira crise tóxico-financeira (2008/?). Conheço bem a capacidade de regeneração do turismo. Lenta mas certa! Penso que enfrentamos, agora, o fim de um ciclo de fartura económico-social, que dura há meio século, sem se conhecer ainda o novo figurino de desenvolvimento ou contenção que vai surgir? O que fez crescer a EMOÇÃO.
À ETC – European Tourism Comission – ou à UNWTO (ex-OMT) caberia promover inquéritos, sondagens, ou estudos anuais para se conhecer a evolução das motivações dos visitantes, turistas, hóspedes, passageiros, excursionistas e clientes na selecção de férias, pausas, fins-de-semana, cruzeiros, expedições ou circuítos. E saber o peso das EMOÇÕES.
Por exemplo, a RTP garantiu a segurança e novas EMOÇÕES aos cento e tal convidados ao Prós-e-Contras de 22 de Junho, na mina de sal-gema, onde, sob o patrocínio do ministro Pinho, os grupos Mello e Lágrimas se propõem instalar um hotel a 250 metros de profundidade. O CEO do Grupo Lágrimas disse que, assim como toda a gente fala no Hotel de Gelo, também vão falar do Hotel na mina de sal-gema no Algarve. Já o convidado espanhol recomendou que o local era bom para promover exposições, cocktails e reuniões especiais. Um pequeno hotel poderia funcionar ali melhor como um complemento do espaço de animação cultural ou profissional. Já almocei, a convite do DZT, numa antiga mina na Saxónia, a 750 metros de profundidade. Curioso mas não repetiria. Tive a minha dose mas o futuro passa pelas cidades, praias, montanhas, paisagens e parques. Logo, a escolha do local e do tema do programa de TV “Qual o futuro do Turismo em Portugal” também divergiram!

TURISCÓPIO ESPECIAL ONLINE – III
41 anos depois ... reunir recursos turísticos
Humberto Ferreira
////hsalvadorferreira@clix.pt
• À MARGEM DA GALA DOS PRÉMIOS PUBLITURIS – CASTELO DE S. JORGE 2 JULHO 2009
Não me esqueci de que qualquer produto, ou serviço de Turismo, deve primar pela simplicidade, facilidade de acesso e operação, a um preço justo e com um factor de originalidade e emoção que o diferenciem da concorrência directa. Mas admito que é defícil reunir todas estas condições na organização de um debate televisivo sobre o futuro do Turismo, numa mina de sal-gema a 250 metros de profundidade, como sucedeu no Prós-e-Contras de 22 de Junho, em Loulé. No final, se o elevador (tipo gaiola usada pelos operários) tinha capacidade para cinco pessoas, teve que fazer quase 40 viagens para escoar a assistência e pertences. Implicando um risco exagerado. No meu almoço na mina da Saxónia a 750 metros de profundidade fomos por via férrea interna. Detalhe importante em termos de segurança!
SORRIA! ESTÁ EM ESPAÑA – O convidado de Fátima Campos Ferreira, Rafael Anson, ex-presidente da Real Academia da Gastronomia Espanhola, acabou por ser o porta-voz das mensagens que faltam ao Turismo português. Disse que, dos 50 milhões de turistas que visitam anualmente a Espanha, 50% gostam mais da alimentação e bebidas que lhes são servidas. O resultado de estudos aplicados é imprescindível. Por isso, comer, beber e animar é uma boa lição para satisfazer turistas.
Anson disse que Portugal tem quatro dos melhores produtos do mundo: MARISCO, PEIXE, VINHOS E QUEIJOS. Precisa, sim, de ter mais e melhor comunicação para concorrer com DESTINOS mas fortes e maiores, como a França e Espanha. Precisa de melhor sinalização turística nas estradas e localidades, incluindo as novas unidades de hotelaria e restauração. As autarquias devem facilitar a deslocação dos turistas. Não complicar! É sempre bom ouvir estrangeiros falar bem de Portugal e sugerir melhorias!
Este especialista lembrou que a Espanha mudou em 1990 de modelo de promoção, apostando mais na qualidade e nos factores de diferenciação sobre os principais concorrentes, recorrendo às novas tecnologias sem abandonar os meios tradicionais das feiras, outdoors, imprensa escrita e TV. Hoje é a potência europeia que discute com a França a liderança no movimento de turistas, na projecção da sua gastronomia, nos mega-eventos, na imagem e até nos cruzeiros internacionais.
Mas QUEM SE LEMBRA ENTRE NÓS DESTES CONSELHOS? A Espanha leva-nos 19 anos de avanço! E nós não encontramos a chave de acesso aos Top-10 no ranking mundial do turismo?
UM OLHAR PELA CONCORRÊNCIA – Sinceramente esperava dos oradores convidados melhores sugestões e algumas alternativas ao actual (e gasto) modelo de promoção e exploração turística seguido na Europa e, em especial, em Portugal.
A França acaba de dar um sinal positivo com a mudança de imagem e organização da Maison de France para Atout-France, e os EUA vão criar uma funadação público-privada para promover o turismo, depois de se aperceberem que ultrapassaram a França em número de chegadas internacionais, apesar da crise mas graças ao câmbio favorável do euro face ao dólar.
Sei que é bastante difícil, num programa televisivo, expor uma sequência de ideias com princípio, meio e fim. Mas não houve uma única ideia invulgar ... uma pedrada no charco!
Como faço sempre, vou adiantar algumas questões que merecem uma avaliação mais rigorosa, já que não resulta de um debate entre profissionais. Pretende ser apenas a achega que faltou na segunda-feira dedicada por Fátima Campos Ferreira ao Futuro Turismo de Portugal.
E começo por temas inadiáveis, projectando perspectivas comuns “de presente e futuro para um turismo mais sustentável”, e contribuindo para a actualização do Inventário dos Recursos Turísticos e das Cartas e Rotas das zonas turísticas aprovadas. E por favor, acabem com invenções (entidades e pólos em vez de regiões e juntas de turismo), Agora há regiões e zonas para tudo ... menos de Turismo! Qual é o preconceito?
1 - LISBOA NÃO É HAVANA – A nossa capital chegou ao fundo do cartaz das cidades mais degradadas e abandonadas. Da Avenida da Liberdade aos bairros típicos de Alfama, Castelo, Graça. Mouraria, Alto Pina, São Bento, Madragoa, Alcântara, em todas as fotos que se tiram aparecem prédios em ruínas, com gente a habitar em condições miseráveis. Qual destino de hotéis de luxo com tanta ruína e miséria envolvente? E a limpeza urbana, incluindo os pontos-eco, deixa muito a desejar. Aliás, as marcas de recolha e reciclagem de resíduos fazem publicidade televisiva mas esquecem-se que nos locais fronteiros aos pontos-eco devem ter placards apelando à separação dos resíduos, com instruções fáceis. Vejo diariamente, pessoas deixar no contentor azul objetos de plástico, no verde deixam plásticos, etc. Temos muitos analfabetos ou descuidados?
2 – OUTRAS CIDADES CARECEM DE REABILITAÇÃO URGENTE – A lei do arrendamento precisa de ser mudada, com as devidas precauções sociais. Mas em 35 anos de democracia não se vislumbra a mudança da geração dos habitantes mais idosos e carenciados. Há qualquer coisa que falhou no desenvolvimento das populações urbanas, do estádio miserável da ditadura para a esperança da liberdade e de nivelamento europeu! Como disse Seruca Emídio, presidente da autarquia de Loulé, o Programa Polis é positivo mas não chega! Qual País de turismo com casas tão degradadas? E com pontos-eco que são lixeiras à porta das nossas casas? Os autarcas preocupam-se com outros detalhes!
3 – JARDINS DE PORTUGAL – Em cada ano o TPip poderia seleccionar um tema para projectar os pontos fortes da nossa oferta. Um dos primeiros deve ser os JARDINS. Temos já uma excelente experiência na Madeira e em algumas cidades da provìncia, assim como alguns encontros de floricultura. Mas é preciso ombrear com a Holanda! Autarcas e habitantes devem ser estimulados a colaborar na limpeza, manutenção e apresentação dos mais lindos jardins de cada terra. A competição é um meio infalível para reunir talentos e orgulho.
4 – OUTROS ATRACTIVOS – Organizar ANOS do CICLO-TURISMO (promovendo as novas ciclo-pistas e eco-pistas); do SURF (temos algumas das melhores praias europeias para estas modalidades); da VOLTA A PORTUGAL EM VELA (a tradição naútica assim o exige); das GRANDES EXPOSIÇÕES DE ARTES PLÁSTICAS (a coincidir com as efemérides dos nossos pintores e escultores, ou dos estilos mais valiosos da arte em Portugal); da GASTRONOMIA DAS REGIÕES (pratos típicos: caldeiradas, grelhados, bacalhau, carnes bravas, caça, aves, arroz, massas, legumes, sopas, etc.); do GOLFE (para comemorar torneios, efemérides, ou eventos, transmitindo ao mundo que os Portugueses Amam o Golfe); do CAVALO (focando a criação, concursos de hipismo, raids e saltos, etc.); dos FESTIVAIS DE VERÃO (concurso entre os principais festivais de música, canto, hip-hop, cultura urbana, etc). Não faltam temas nem grupos-alvo interessados. Falta é cooperação e dedicação.
5 – RACIONALIZAR FÉRIAS TEMÁTICAS – Cada região é rica em quatro áreas de lazer, podendo desenvolver novas rotas e atracções com mais-valia, desde que enquadradas num plano de promoção forte e eficaz, tendo por núcleo o calendário de eventos por temas, regiões e zonas. Aliás, há dois excelentes exemplos: Macau e Madeira orientam toda a sua promoção anual à volta dos respectivos calendários de eventos seleccionados. Todos os turistas sabem o que podem encontrar em cada época naqueles territórios. Para Portugal sugiro:
5.1 – FÉRIAS VERDES (Turismo de Natureza) – Açores, Madeira, Minho, Douro e Nordeste Transmontano, etc.
5.2 – FÉRIAS AZUIS (Turismo Náutico) – Algarve, Costa Vicentina e Litoral Alentejano; Alqueva e Guadiana; Oeste e Berlengas; Vale do Tejo Internacional; Mondego e Gândaras (Beiras); Vale do Vouga/Ria de Aveiro; Costa de Lisboa/Cascais/Estoril e Península do Sado; Rios Paiva e ...; Douro Litoral, etc.
5.3 – FÉRIAS BRANCAS (Turismo de Interior) – Alentejo; Serra da Estrela, Beira Interior, Monsanto/Monfortinho; Serras do Marão, Gerês, Alvão, Gardunha, S. Mamede, ..., etc.
5.4 – FÉRIAS DE PRATA (Turismo Urbano) – Área Metropolitana do Porto; Área Metropolitana de Lisboa; Fátima e Leiria; Figueira da Foz, etc. Centros de Congressos e de Exposições, Parques Desportivos.
6 – Quanto às ROTAS e EVENTOS - comuns a algumas das REGIÕES, propõe-se a organização local das seguintes opções: A – Rotas de Vinhos; B – dos monumentos religiosos, militares, paços e civis (por estilos); C – das religiões (muçulmana, cristã, hebraica, Caminho de Santiago, Roteiro Mariano), etc.; C – da gastronomia e doçaria regional; D – das profissões e artes – pescadores, lavradores, seareiros, madeireiros, pedreiros, bordadeiras, etc.; E – do artesanato regional; F – das aldeias históricas; G – dos parques naturais e áreas protegidas; H – das Termas e Spas; I – da Defesa Costeira (fortes); J – dos Desportos Náuticos (marinas, praias e piscinas); L – dos Estádios de Futebol; M – dos Balões de Ar Quente; etc.
Valeu a pena assistir ao Prós-e-Contras de 22 de Junho, que me proporcionou mais esta reflexão. Obrigado Fátima Campos Ferreira!

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Tuesday, June 23, 2009

 
Transportes, Turismo e Energias Renováveis
III artigo da série MOPTC publicado no semanário PUBLITURIS - O jornal da indústria do Turismo - em 5 de Junho de 2009

Humberto Ferreira - in TURISCÓPIO
////hsalvadorferreira@clix.pt

Com este terceiro Turiscópio sobre o MOPTC creio que os leitores fiquem esclarecidos sobre as vantagens e afinidades Turismo-Transportes! Hoje, apresento um Manual Simplex de Transição do carbono para as renováveis, alertando para o urgente estudo de redes adequadas à distribuição de energia limpa. Receio que o plano do Novo Aeroporto Internacional de Lisboa em Alcochete, nem tenha contemplado o oleoduto, para agradar ao lobi quatro-em-um: camionagem, estradas, distribuição de gasolina e fabricantes de rodo-cisternas! É pena, pois se os políticos não podem ser experts em todas as matérias que são chamados a intervir, podem, pelo menos, seleccionar e ser bem aconselhados por assessores à altura destas novas responsabilidades ambientais, sociais e tecnológicas.

INDÚSTRIA LIMPA = GREEN TRAVEL – No programa "Prós e Contras" de 6 de Abril, nada ouvi sobre os inevitáveis combustíveis limpos? Os fósseis vão acabar, não pelos protestos verdes, realizados no Planeta Azul pela GreenPeace e Cª., mas pela forte especulação dos donos dos poços e gasolineiras, pois o barril já ronda os 60 dólares! Por outro lado, a redução de 60% até 2018 na emissão de CO2, equivale a condenar mais gerações à vida dura da primeira metade do século XX. Enquanto há uma crescente parte da população preocupada com o aquecimento global, as ameaças climatéricas e a qualidade de vida no planeta, por cá continua-se a gastar em obras faraónicas e a legar grandes pegadas carbónicas, à custa da miséria alheia. Repete-se a cena do Titanic: salvam-se os passageiros de 1ª ignorando os da 2ª e 3ª classes! E, afinal, onde viaja Portugal e os portugueses? Qual primeira classe?
BREVE INVENTÁRIO – Aplaudo as iniciativas das energias renováveis, embora não aprecie belas paisagens rurais e marinhas recheadas de aerogeradores. Mas aceito o valor desta fonte num país ventoso q.b., assim como as imensas placas de energia solar, nos campos e telhados do país. Mas acho exagerada a promoção da central foto-voltaica na Amareleja como atracção turística.
Já se aceitam excursões à Amareleja, para os voos que hão-de aterrar em Beja?

ALQUEVA – As albufeiras, além da energia e rega, valorizam bastante o interior, desde que a "Rota das Albufeiras" seja direccionada para valorizar a economia regional. Mas este produto é ignorado pelos empresários contemporâneos, salvo as poucas excepções no Alqueva e Esporão! O maior lago artificial europeu merece mais promoção que a Amareleja!
No 1º Plano de Desenvolvimento Turístico do Alqueva, em que colaborei em 1997, adiantei que o Alentejo será um pólo da procura turística, a par de Lisboa, Algarve, Madeira, Douro e Fátima! Passados 12 anos mantenho a previsão. Os radicais criticam-me, alegadamente, por na época “querer copiar para o Alqueva o modelo do Algarve litoral”! A cegueira não os deixa ver mais além! Nem entendem que as 10 barragens agora previstas são essenciais para reforçar as reservas de água e energia e reduzir a factura da nossa importação de produtos petrolíferos!Mas aos radicais não importam custos nem o bem-estar das gerações. Quanto mais atrasadas e sacrificadas melhor!

REGRESSO AO MAR – Nem Bruxelas (União Europeia) nem Oslo (Comissão Europeia de Segurança Marítima) têm politicas de incentivo à expansão do transporte marítimo, para compensar a retirada das mercadorias da estrada, e até para evitar os crescentes assaltos aos TIR nas estradas europeias – copiados dos navios ao largo da Somália! Para combater piratas, a NATO destacou uma mini-força multinacional de cinco fragatas, quando pelo menos três são precisas para escoltar comboios diários entre Aden e Mombassa e v.v. Não é com patrulhas de vigilância num mar tão extenso que os piratas vão ser derrotados! É com comboios organizados e vigiados por vasas de guerra dos aliados. Numa guerra terrorista, as forças aliadas devem adoptar estratégias de defesa logística, se não quiserem ser humilhadas. A vigilância aérea e electrónica é incapaz de evitar assaltos, nas longas rotas ao longo da costa oriental de África. E se na Europa continuarem a assaltar TIR, também devem ser criados comboios vigiados por militares nas principais auto-estradas. É este o preço do comércio livre!
Neste hiptético regresso da Europa ao Mar, sigo o advento da energia das ondas, lamentando o recente atraso na plataforma experimental ancorada ao largo da nossa costa Norte.

AGRO-ENERGIA – Acredito nos biocombustíveis, apesar do generalizado receio de que os agricultores troquem a produção alimentar pela energia, se der rendimento superior.
Aceito a estratégia e quotas do diversificado Plano Energético Nacional, salvo a recusa nuclear. Já na mudança para a Nova Ordem Económica Global, também devemos lutar para instituir reguladores capazes de equilibrar o circuito dos bens agrícolas (produção-pesquisa-reservas-exportação-distribuição-comercialização). Está provado que o mercado por si, começa por tirar as maiores vantagens para os membros de cada corporaçã, sobrando pouco ou nada para os produtores e transportadores. Por isso é urgente que os G20 mais os BRIC se entendam quanto a um sistema de produção e comércio equlibrado. Os agricultores dos países pobres têm sido ultra explorados, enquanto os “seis grandes” recebem chorudos subsídios de Bruxelas para travarem a produção! Talvez, mais áreas de cultivo em África (açucar, oleaginosas, bio-massa) possam ser a solução natural, tratando-se os bio-combustíveis da fonte mais adiantada ao uso da aviação e autos. Urge, por isso, implantar as primeiras redes de distribuição e o Brasil tem experiência neste âmbito.
Por fim, há o hidrogénio, que dizem vir a ser a energia mais popular, mas onde se desconhece qualquer iniciativa lusa. E estará o aquecimento global controlado e a economia bem abastecida até 2020? Não acredito!

CAPACIDADE REDUZIDA – Há diversidade de energias: eólica, solar, hidráulica, marítima, biológica e nuclear!
Até já naveguei em dois navios nucleares -Savannah e Nimitz- é uma fonte inevitável!
Quantos anos demora a transição energética do carbono para as fontes limpas? Nos transportes, indústria, iluminação urbana e entretenimento – este ramos é um pesado utente energético. É urgente planear novas redes de distribuição, pois algumas exigem carregamento frequente de baterias e outras os biocombustíveis para aviões e carros.
Mas, apesar de tanta diversidade, prevê-se que seja necessário reduzir voos, navios, combóios, e carreiras ferro-rodo-urbanas, suburbanas e de médio a longo curso, assim como o uso de carros privados.
Cabe ao MOPTC estudar e informar o País!

AVISO DO OAG: em Abril houve, na aviação, à escala mundial, menos lugares disponíveis e 6% de menos voos. Só no Reino Unido houve menos 13% de voos e menos 1,6 milhões de lugares.
Havendo privados a estudar e a investir em novas estruturas turísticas e de lazer, hotéis, convenções, animação, desportos, feiras, museus, etc, o MOPTC tem obrigação de se antecipar às novas exigências do mercado, nos transportes e energia, incluindo a evolução das actuais gasolineiras urbanas e de estrada, e na concepção de terminais rodo-ferroviários e aero-marítimos.
O plano geral e layout de Alcochete omite esta inevitável evolução energética. E urge, também, debater a expansão do "bi-terminal do Oriente" com uma solução para os anos 30/40: o "shuttle" para Alcochete e a estação central do TGV para Porto-Vigo e Badajoz-Madrid (com ou sem as tranvias Sintra-Alverca e os comboios intercidades, da rede ferroviária convencional à partida da capital. Mal localizada, no termo da cidade de Lisboa, a estação do Oriente, não tem o espaço da Portela, por exemplo, onde vai chegar em breve o Metro e onde já há carreiras rodoviárias urbanas e suburbanas!
Querem-nos vender gato por lebre? No próximo Turiscópio foco as oções sobre Alcochete, Alcântara e novas tendências de Transportes, Turismo e Mar, a que Portugal não pode ficar alheio.

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REFORMAS: DE ESMOLAS A ALTAS MORDOMIAS?

Amigos: O Correio da Manhã de 26 Março de 2009 fez manchete sobre outra ameaça social do governo do sr. José Sócrates. Alertando os leitores para o inevitável: as pensões mais altas vão passar a ser mais taxadas.Os gestores quando são confrontados com prejuízos cortam na despesa. Primeiro nos salários do pessoal, depois nos mais variados items ... até ao papel higiénico. Mas a maior parte dos governantes como não tem experiência empresarial corta nos encargos sociais. Primeiro aos reformados, seguidos dos doentes, dos deficientes, dos jovens, e dos apoios aos projectos oriundos da oposição, a nível privado ou autárquico!
No interior do CM traz o relato de mais uma apresentação pública de Sócrates e do ministro Vieira da Silva, realizada para "comemorar" o novo Código das Contribuições para a Segurança Social (SS).
Ao lado, o título: PENSÕES PAGAM TAXA MAIS ALTA.
E em destaque: Aposentados com actividade profissional e reformas mais altas vão descontar mais para a SS.
A notícia está ilustrada com um mapa mostrando a Comparação entre a situação actual e a proposta governamental. Há múltiplos casos imorais de altas reformas por tão leve serviço público.
Pois bem, nada encontrei (MAS SEI)sobre o caso da pensão do Padre Melícias (sócio do SCP - e depois as má línguas dizem que, nos dias dos jogos do SCP na TV, as lojas maçónicas reúnem-se em conclave?).
Afinal, POR ANO, são APENAS 7 450 euros vezes 14, para os fundos da Ordem dos Franciscanos descalços.
Não foi o Salazar que fez um decreto a proibir pessoas descalças nas ruas? Pois bem, passados 40 anos ainda há franciscanos descalços a pedir pensões chorudas à SS.
Nesse mesmo dia também assisti a uma parte do programa da manhã da Sic, onde a Simone de Oliveira, o Ribeiro Cristóvão (ex-Rádio Renascença/titular do programa Os Donos da Bola Branca) e o João Braga (outro sócio de mérito do SCP), debateram o mesmo problema.
Disse a Simone: há muitos artistas a viver com pensões miseráveis. E explicou: mas houve um governo que inventou o subsídio de mérito cultural (que dá em média 300 euros) para ajudar esses artistas. E acrescentou: enganaram-se no nome. Não é para recompensar o mérito cultural mas sim mais uma migalha para atestar um "subsídio de pobreza".
Eu digo: se com estas medidas somam miséria à miséria, só podem favorecer o crescimento ilimitado da miséria.
Mas quem sou eu? Nem sociólogo, nem político, nem socialista! Nem tão-pouco ambientalista!
SEI É QUE ISTO NÃO É UM PAÍS, É UM SÍTIO MUITO MAL FREQUENTADO E CADA VEZ PIOR GOVERNADO. Enquanto a élite se pavoneia, com pensões ao estilo da Europa rica, o resto da população afunda-se na pobreza envergonhada! ONDE ESTÁ A JUSTIÇA SOCIAL?
Onde está a moralidade?
humberto ferreira: lisboeta de gema, descontente, desiludido mas não convencido e pronto a dar a cara, para a luta por acções a favor da justiça social!

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Friday, June 19, 2009

 
A METAMORFOSE ... DA FERA PARA CORDEIRO
Por Humberto Ferreira

Introdução: Já tivemos o "menino-guerreiro" em 2005. Protagonizado por outro político falhado. Mas esse fracasso, lamentavelmente,não serviu de exemplo ao animal feroz, que agora se transformou em cordeiro manso, humilde, carinhoso e pronto a engolir sapos, de 7 para 8 de Junho de 2009 - data inesquecível do seu terceiro revés político seguido.
Curiosamente este tema chega a propósito de um bem estruturado aviso da Direcção Geral de Saúde - valha-nos as Santas da devoção de cada português/portuguesa, que mantêm pessoal técnico competente e politicamente descomprometido, pelo menos, em alguns serviços essenciais, como a Saúde.

Cuidado: Então a cena começa assim: anda aí a Gripe A com o virus H1N1 enquanto a crise TÓXICO-FINANCEIRA GLOBAL também continua em cena. Ora duas epidemias em conjunto não é bom agouro. E pode dar uma explosão!

AMIGOS: Pois é, as ameaças conjuntas da epidemia gripal e do desemprego, desesperam qualquer pessoa! E há dois factos que os meus compatriotas estão a descurar:
(1) os efeitos vindouros, RESULTANTES da actual crise tóxico-financeira global, nas suas vidas privadas a breve prazo;
e (2) os efeitos desta gripe assinalada há dois meses no México e com data de chegada a Portugal no Outono - ou seja, a partir de Setembro de 2007 - exactamente no próximo período das campanhas eleitorais legislativas e autárquicas, que se seguem ao Verão. Os portugueses são exagerados em tudo! Correm para eleições como quem vai à festa da romaria, ou ao encontro de futebol com a equipa da aldeia rival!

APELO PESSOAL- Vamos lá ver se TODOS colaboram MAIS e tomam as indispensáveis medidas de precaução e mudança de hábitos. Pois, ambos os casos são MUITO graves! E acabam por ser OS NOSSOS FILHOS E NETOS que vão pagar, com imenso sacrifício, o desmando de alguns banqueiros, altos especuladores da Bolsa e da Economia Global, acompanhados ou seguidos de políticos altamente incompetentes, A ELEVADA FACTURA DA DÍVIDA ACUMULADA ... DURANTE UM PERÍODO DE TEMPO ainda MAIS PROLONGADO, do QUE TODAS AS CRISES CÍCLICAS MAIS RECENTES e que prejudicaram a minha e as gerações seguintes.

ATENÇÃO - Além disso, AS PRÓXIMAS DÉCADAS, em termos de condições de trabalho, rendimento, clima de desenvolvimento económico e social, e mudança de padrão de vida, VÃO ASSEMELHAR-SE AOS ANOS 30/40/50/60/70 (que eu senti e vivi na pele, com fome, desemprego, guerra e várias epidemias e crises).
É preciso que, pelo menos em termos sanitários, a frágil situação epidémica global do H1N1 fique controlada ENTRE NÓS! Como primeira medida VOU ENCOMENDAR MÁSCARAS e Tamiflu!

Mas a POLÍTICA é a CHAVE do nosso futuro colectivo. E na última década só nos tem calhado lorpas. Lamento que sobre a crise, sobre empregos, ou sobre como fugir aos cortes de rendimentos, os meus conselhos sejam FRACOS. Mas os conselhos do Governo Sócrates ainda sáo piores. Até agora só têm sido DILATÓRIOS.
Especialmente na sua recente versão de Sócrates CORDEIRINHO - tão amável e preocupado que ele anda com os seus infiéis eleitores de 2005. Mas a cassette é sempre a mesma: oxalá que a crise dos outros passe, para eles (os da nova élite lusa, adeptos do "PS IV série" do grupo Sócrates & minorias fracturantes mais tubarões da banca e das obras públicas) poderem respirar e passar a sacar mais algum dinheiro grande aos ETERNOS SACRIFICADOS, os contribuintes portugueses - ou seja, aos que trabalham por conta de outrém ... mais aos reformados sem alternativa e aos comerciantes honestos (outra espécie em extinção!).

O PONTO DESTA VIRAGEM INESPERADA DE José Sócrates, FOI DADO NA ENTREVISTA DADA À SIC PELO PM (ou era o SG do PS?) em 17 de Junho - 10 dias depois da "barraca" europeia.
Afinal, ELE É TÃO BOM SUJEITO QUE NEM NUNCA PERSEGUIU NINGUÉM.
Nessa noite não teve escrúpulos democráticos e disse descaradamente que É TUDO MENTIRA DA ... OPOSIÇÃO e dos JORNALISTAS não alinhados... especialmente dos travestis ...(((curioso: ainda não vi os solícitos e combativos dirigentes do SJ, por tantas causas fracturantes, sexuais e políticas, virem agora defender os seus camaradas de trabalho das atoardas do sr. José Sócrates, acossado no seu palco principal - o da imagem e comunicação! Coisa estranha ou normal, na nova cultura lusa tão MAL instituída pela ERC dominadora e obediente?)))

LISTA DOS LUSITANOS PREJUDICADOS E OFENDIDOS - O fulano tenta fazer-nos ESQUECER a nós, contribuintes cumpridores, DE TODAS AS CLASSES PROFISSIONAIS QUE ELE PENALIZOU desde que tomou posse em 2005!
MAS EU LEMBRO-ME e LEMBRO-LHE: foram os juízes, magistrados, notários e advogados; os farmacêuticos, médicos, enfermeiros e auxiliares; os polícias, espiões, guardas e militares; os funcionários públicos; os professores, estudantes e AUXILARES DE EDUCAÇÃO; os agricultores, lavradores e pescadores; os proprietários rurais e armadores de pesca e da marinha mercante; os jornalistas (a Casa de Imprensa foi reduzida a posto de primeiros socorros) e os editores (sujeitos à nova Censura da ERC e ao seu intocável presidente - personagem retirada de uma novela urbana italiana); os micro e mini empresários em nome unipessoal, os ourives ambulantes sem segurança; os feirantes, os vendedores de tabaco assaltados, os comerciantes abandonados sem segurança; os construtores civis, promotores imobiliários e operários da construção civil em fim de ciclo; os resistentes espécimens do mundo rural e os mineiros; os comerciantes tradicionais, os donos e pessoal da restauração e padarias; os industriais dos têxteis, metalurgia, transportes, produtos químicos, alimentares e madeiras; as CRIANÇAS sem protecção e os JOVENS dos bairros periféricos e problemáticos (cujos programas de recuperação foram anulados por este executivo socialista); os licenciados à procura do primeiro emprego, os técnicos sem futuro à vista; os casais hipotecados e defrontados com a alternativa da hiperburocratização sobre a dilatação dos prazos das suas dívidas excessivas (promovidas incessantemente na TV por um sistema bancário com um regulador artificial que AINDA não viu nem sequer entendeu como prevaricavam alguns dos bancos que ele tinha por MISSÃO supervisionar (trata-se de um antigo SG do PS e um dos governadores centrais da banca mais antigos, bem pagos e altamente protegido, claro, por Sócrates, Teixeira e pelo impagável SS-Santos & Silva); os barbeiros, cabeleireiros e afins; e os cantoneiros e técnicos da limpeza urbana e doméstica. FALTOU ALGUÉM? Por favor AVISEM-ME? Faltam os políticos? Mas esses até tiveram uma nova lei de financiamento dos partidos para poderem gastar à farta e à socialista! Vamos a ver se o PR ganha esta partida? É preciso coragem!

ENFIM, em 2005 foi desencadeada uma perseguição TOTAL aos portugueses em geral (incluindo muitos dos seus próprios ingénuos correlegionários e comprometidos eleitores), comparável á da Revolução Cultural chinesa!
A nossa cultura europeia e os nossos brandos costumes, porém, não permitiram as prisões e os assassinatos maoistas levados a cabo na longínqua China! De resto tem sido "fartar de malhar" nos bolsos e nas perspectivas das várias classes trabalhadoras mais activas! Porreiro! Pá! Diz ele aos poucos amigos que lhe restam! Entre os quais se destaca o fiel e solícito Salgado! Bruxo - quanto se prepara este para facturar na obra e financiamento do TGV, TTT e PRN? Tudo siglas à moderna!

OBRA CAPITAL E PESSOAL INTENSIVA - Já agora, aquela do Lino dizer que o TGV vem garantir 56 mil trabalhadores PERMANENTES parece mais uma "PINOQUIADA" do chefe. Coitado, na noite das eleições, de tão agoniado que estava, teve que sair do Altis para fumar um cigarro!
ORA VAMOS POR PARTES: que durante a construção da linha Madrid-Lisboa trabalhem, por vezes, TEMPORARIAMENTE, 56 mil pessoas, entre trabalhadores braçais da via férrea, técnicos de electrónica, comunicações, material rolante e de construção dos equipamentos, em Espanha e Portugal, tudo bem! Mas dúvido que a RAV lusa e a RAVE espanhola empreguem, mesmo no seu conjunto, 56 mil trabalhadores PERMANENTES, nas operações diárias de 18 composições entre as duas capitais, sendo o percurso mais longo do lado espanhol. Embora, a TTT (3ª Travessia do Tejo) seja uma obra complementar que também irá empregar muita gente na construção mas, mais uma vez, sem cariz permanente!
NÃO ENTENDO, como os políticos mentem tanto? Não há necessidade disso!

E SE FOR VERDADE? A RAV empregar 56 mil pessoas permanentes? Então, fica provado que não é um negócio MINIMAMENTE VIÁVEL! E que a Europa está desorientada em política de transportes. É, sim, o que eu sempre disse: qualquer companhia de voos Low-Cost leva o TGV à falência, em POUCOS MESES!

O FACTOR AÉREO - Mais a mais como são ALTAMENTE CONCEITUADAS E "PROTEGIDAS EM PORTUGAL", as companhias de voos Low-Cost - TODAS ESTRANGEIRAS, pois a única excepção lusa foi a Air Luxor, eliminada pelo regulador HÁ MAIS DE CINCO ANOS (portanto antes da Era Sócrates). O regulador acabou por lhe retirar a licença de voar, mais por incumprimento financeiro e queixas de fornecedores - mas, na essência, devido a ter beneficiado duas empresas públicas concorrentes ao concurso de prestação de serviço aéreo público na rota Açores-Continente. ESSES ERAM OS TEMPOS FAMOSOS (não longínquos mas herdados da outra era sinistra: a de Salazar). EM QUE AS EMPRESAS PÚBLICAS MANDAVAM EM TUDO! E, assim, a Air Luxor faliu e poucos já se lembram dela! Os portugueses acabam sempre por cair nos monopólios, que é para poderem ser abusados à vontade!

Ontem a TVI revelou que o MOPTC já gastou mais de 100 milhões de euros em estudos prévios, alguns de índole sociológica (CALCULEM) para o TGV da RAV.
PERGUNTA INOCENTE - Mas quanto é que os contribuintes lusos JÁ pagaram, AO LONGO DAS ÚLTIMAS DÉCADAS, pelos aturados estudos do MOPTC, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, e de consultores nacionais e estrangeiros de transportes sobre a viabilidade do TGV?
Ora, aqui estou eu, simples cidadão, a apontar os erros desses altos-estudos oficiais! E a oferecer os resultados directamente ao chefe do Governo!
Os voos Low-Cost levam qualquer TGV à falência, excepto nas seguintes rotas Madrid-Barcelona, Milão-Roma, Bruxelas-Paris e Paris-Londres, onde existem grandes e potenciais fluxos diários de viajantes, que dão para sustentar os dois meios de transporte em simultâneo!

MANSO E ARREPENDIDO NO ENSINO - AGORA Sócrates veio dizer-nos também, na sua nova versão de CORDEIRINHO, que se orgulha da sua reforma no ENSINO. E a jornalista da SIC não teve coragem de o interromper e lhe perguntar duas coisas simples:
(1) - QUANTOS MAIS DOCENTES É QUE o governo DELE CONTRATOU DESDE 2005 PARA MELHORAR O NÍVEL DO ENSINO?
Pois sem ovos não se fazem omeletas! E os milagres já acabaram na Cova da Íria em 1917.
FILME REBOBINADO AO CONTRÁRIO - (A) Que eu saiba, o filme do Ensino sob Sócrates foi ao contrário: ELE deixou no desemprego, mas sem qualquer subsídio, MAIS DE 20 MIL DOCENTES, que antes tinham conseguido um lugar mesmo a 300 KM DE DISTÂNCIA. Mas com ele de passagem em S. Bento, nem à lista oficial dos desempregados puderam concorrer nos Centros de DesEMPREGO!
(B) SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DOS DOCENTES DISTANCIADOS DA FAMÍLIA DURANTE TRÊS ANOS, a estabilidade do corpo docente É MELHOR PARA OS ALUNOS, MAS reparem É À CUSTA DO enorme SACRIFÍCIO DESSES DOCENTES! Nem eu lhe desejava que ELE fosse obrigado pelo patrão Estado a viver s 300 km de distância dos filhos!

(2) - E QUANTAS MAIS ESCOLAS PÚBLICAS SE APROXIMARAM DAS MELHORES ESCOLAS PRIVADAS NO RANKING ANUAL DAS MELHORES MÉDIAS ESCOLARES?
Uma? Duas? É pouco! Muito pouco!
(C) CAUSA PRINCIPAL - As escolas públicas, apesar de toda a propaganda oficial, continuam a trabalhar com falta de meios, com tudo preso por arames, sem papel, sem computadores, sem tinteiros, mas com mais violência, indisciplina e desacatos diários.
É DISTO QUE Sócrates SE ORGULHA? OU TAMBÉM NEGA? Não admira que lhe chamem o PINÓQUIO ... DESCARADO!
POIS TUDO O QUE FEZ NO ENSINO FOI CONTRA OS DOCENTES! ENQUANTO ALGUNS DOS MELHORES RESULTADOS OBTIDOS, FORAM Á CUSTA do TRABALHO EXTRA, da DEDICAÇÃO e das DESPESAS EXTRAS dos PRÓPRIOS DOCENTES, receosos COM A AMEAÇA do QUADRO dos DISPONÍVEIS inter-ministeriais! ESTE GOVERNO VIROU, SIM, à categoria de "EXPLORADOR máximo" do funcionalismo E NÃO SÓ!

PRÓXIMAS BATALHAS ELEITORAIS - ATENÇÃO - MUITA ATENÇÃO - USEM BEM OS VOSSOS DIREITOS DE CIDADANIA - NEM QUE SEJA PARA ME CONTRARIAR, POIS A DEMOCRACIA PARTE DE UM DEBATE ABERTO DE IDEIAS E CONCEITOS DE VIDA. EU APENAS AVISO E LEMBRO AS CALINADAS DESTE SENHOR.
Portanto, lembrem-se destes factos quando ele LHES voltar a pedir UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE. IRRA!

DESCARAMENTO - E AS MEDIDAS QUE ELE INVENTOU PARA AUXILIAR os DESEMPREGADOS, FAMÍLIAS ENDIVIDADAS E EMPRESÁRIOS FALIDOS também foram - como a LEI DAS RENDAS - UM FRACASSO super burocratizado COMO SEMPRE! Ele pensa que os portugueses são todos iletrados, pobres, sujos, bêbados, sei lá? E QUE CHEGOU A SÃO BENTO, ILUMINADO PARA MONTAR UMA MÁQUINA CAPAZ DE DOMINAR TODOS COM OS SEUS CAPRICHOS DE MENINO BEM. Veio a conhecer-se, agora, as ligações da sua família com offshores e negócios afins!

E O QUE SE PASSA NA EUROPA? - Os partidos liberais, conservadores e afins, ganharam as recentes eleições para o Parlamento Europeu. Assim, José Manuel Barroso, CONTANDO com o apoio unânime dos 27 Países Membros (incluindo dos governos socialistas de Portugal, Reino Unido e Espanha), no Conselho de 19 de Junho, vai ser reeleito Presidente da Comissão Europeia no Outono.
Entretanto, o PS EUROPEU, vencido mas não convencido, mas também sem olhar para o umbigo, DIZ QUE O BALANÇO DO JOSÉ MANUEL BARROSO NA COMISSÃO EUROPEIA FOI FRACO!
POIS é, esquecem-se que O DESEMPENHO DOS SOCIALISTAS NA EUROPA TEM SIDO MUITO MAIS FRACO: EM ESPANHA é uma miséria! NO REINO UNIDO andam à deriva; e em PORTUGAL não é o que o DN escreve ... é o que o nosso POVO SOFRE sob esta gastadora onda rosa!
E viu-se a 7 de Junho: com o cartão amarelo das Europeias!

T E M A S A Ú D E - MAS sobre a SAÚDE garanto-vos que vou acatar as instruções da DGS SOBRE a GRIPE A (virus H1N1). E aproveito para me LIVRAR DO VIRUS socialista,,, felizmente em declínio acelerado.

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