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Friday, May 11, 2007

 
ALGARVE PASSA HORAS DIFÍCEIS - PARTE I
DESAPARECIMENTO DE MENINA INGLESA NA PRAIA DA LUZ POR RESOLVER
AO OITAVO DIA POLICIA JUDICIÁRIA AINDA NÃO REVELA PISTAS

No melhor pano cai a nódoa mas investigação parece desorientada

Tem- se ouvido, com apreensão, enaltecer a alta segurança no Algarve a dois níveis. O oficial e o privado. Fico preocupado porque não vi planos de segurança nem meios humanos que garantam a promessa. Na quinta-feira, 4 de Maio, à noite, enquanto os pais jantavam no restaurante do Ocean Club, na Praia da Luz (Lagos), a 30 metros do apartamento em que passavam férias, uma pequena inglesa (a completar quatro anos, no sábado, 12 de Maio) desapareceu do alojamento onde dormia com dois irmãos menores.
A GNR local tomou conta da ocorrência, competindo a coordenação ao seu núcleo de investigação criminal nas primeiras 48 horas. O caso passou, entretanto, para a PJ das Directorias de Portimão/Faro - tendo esta há poucos anos o infeliz caso Joana - uma menina portuguesa desaparecida, cujo corpo nunca foi encontrado.
À Praia da Laz foram chegando jornalistas nacionais e ingleses, cada um a investigar e a noticiar à sua maneira. Também três polícias britânicos para assegurar a ligação interpolicial.
Mas o controlo da fronteira (e só na ponte do Guadiana) arrancou depois das 15HOO no segundo dia (e foi logo interrompido à noite por falta de meios, tendo a GNR optado pela alternativa, a olho, de operações stop de surpresa nas principais estradas do Algarve).
O terreno foi 'varrido', em perímetros de 5 e 12 km, pelas forças de segurança sem resultado. Cresceram as manchetes negativas nos jornais e televisões, assim como o desespero dos pais - ambos médicos ingleses - a par da consternação geral.
Sem qualquer resultado nos oito dias que se seguiram. Silêncio quase absoluto. Entrevistas, como convém, só com psicólogos e com os responsáveis do Turismo local, além das conferências de imprensa diárias da PJ - que mandou chamar um inspector-chefe de Lisboa, fluente em inglês.

COMENTÁRIOS INADEQUADOS
Um dos responsáveis do Turismo do Algarve, admitiu "os efeitos nefastos do caso", embora teimando que "o Algarve é um destino seguro e que não se pode ter um polícia à porta de cada turista". Outro lamentou que "a repercussão do caso é desajustada (?) e rejeita que venha a ter reflexos negativos no turismo regional". Cada qual é livre da sua opinião, mas há que fazer mais pela segurança, a nível oficial e privado. Face à globalização, aos exemplos que surgem com frequência e à agitação internacional, o turismo é uma área de fácil penetração para mediatizar actos de terrorismo, assaltos, raptos e desvios do foro psíquico. Meter a cabeça na areia é irresponsabilidade.

ADIAMENTO DA CAMPANHA «ALLGARVE - ESPERIÊNCIAS QUE MARCAM»
E que de maneira, acrescento! Ao quarto dia o ministro da Economia (titular do Turismo) mandou adiar a promoção prevista para Londres da nova campanha cultural Allgarve. Foi um alívio para a maioria mas alguns teimaram logo que este caso não tinha nada a ver com a indispensável promoção do Algarve no mercado britânico, tendo em vista a proximidade da época alta. O ministro Pinho disse que a ocasião não aconselhava à mediatização do Algarve enquanto decorriam as investigações, mas que não abdicava do tema nem do contéudo desta campanha não obstante a polémica e a ofensa que representa a mudança do nome da sua terra para a maioria dos algarvios.

SEGURANÇA - FACTOR SEMPRE PRESENTE
O dono do Ocean Club Praia da Luz é britânico mas cabe a todos os operadores turísticos em território português avisar, (com instruções e placas acessíveis nos principais idiomas) as precauções a tomar sempre pelos clientes nas unidades de alojamento, restaurantes, locais de animação e transportes, contra a eventualidade dos quatro percalços desagradáveis a evitar (acima referidos). Sensibilizando para se cooperar e não para facilitar na segurança.
Face à ausência de patrulhas policiais frequentes em cada zona, devem os nossos operadores contratar segurança privada para equipar postos de vigilância e fazer rondas às suas instalações, aliás como noutros países. A segurança começa na proximidade. O acesso às áreas dos aposentos deve ser reservado e garantido com portas e portadas (mais seguras que os estores residenciais). E, por fim, segundo os psicólogos, os pais nunca devem deixar crianças até 12 anos sozinhas a dormir! Há baby-sitters. Estes clientes até tinham direito a este serviço no pacote.
Estas minhas sugestões são dirigidas a empresários, profissionais, arquitectos, autarcas, reguladores, polícias, turistas e residentes.
E recado ao governo: sem pessoal especializado, motivado e reforçado não devem falar, muito menos propagandear, a segurança em Portugal. Oxalá se consiga encontrar, com brevidade, o/s suspeito/s e a menina volte com saúde, para bem do turismo.
Texto actualizado da crónica publicada na edição do PUBLITURIS em 11 de Maio de 2007.

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