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Futebol e hoquei em patins: geração de ouro ou inábil?
Ontem (21 de Junho de 2007) os portugueses perderam a esperança depositada nas selecções de sub21 e de hoquei em patins.
Na Holanda, no jogo de playoff com a sua congénere italiana, para a qualificação para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, os seleccionados de José Couceiro e da FPF perderam aos penáltis por 3-5, depois de 120 e tal minutos de jogo.
O seleccionador disse que Portugal saiu de cabeça erguida. É pouco para um naipe de jovens jogadores que valem largas dezenas de milhões de euros no mercado internacional. E as críticas dizem que os portugueses jogaram bem mas tiveram azar. Os jornalistas desportivos são os únicos que preferem sempre amimar os jogadores com paninhos quentes, ao contrário dos jornalistas de política, economia e artes que são críticos que basta. E Madaíl, o inefável presidente da FPF, garantiu a permanência de Couceiro até ao fim do contrato. A jornalista do DN, isaura Almeida, enviada ao estádio de Nijmegen, não poupa louvores aos jogadores, mas remata o seu relato assim: "Depois de 90 minutos intenso, as duas equipas retraíram-se no prolongamento e José Couceiro demorou a perceber que estava em vantagem numérica (desde os 74 minutos) e que já tinha perdido o meio campo há muito. Só na segunda parte do prolongamento sacricifou João pereira para fazer entrar Djaló". Continuamos sempre à espera do milagre do culto sebastiano! Ou, afinal de contas, voltamos ao tempo das vitórias morais do desporto instituído pelo Estado Novo?
Sem ser jornalista ou especialista de futebol (dos chamados treinadores de bancada, muito menos de alto gabarito intelectual como MRS!) adianto o seguinte raciocínio pessoal:
O que se poderia, afinal, esperar de uma equipa que não passou da fase do primeiro grupo de quatro equipas (com a Holanda, Bélgica e Israel) nos quartos de final do Europeu de sub21? De uma equipa que não conseguiu marcar um golo em 120 minutos com a Itália amedrontada pela fama dos jovens portugueses? De uma equipa que não conseguiu aproveitar para marcar num dos sete ou oito cantos que conquistou? De uma equipa que insiste em jogar mais individual do que colectivamente - os adeptos lusos gostam é dos desequilíbrios provocados nas defesas adversárias, em que os nossos habilidosos jogadores humilham os seus colegas, mas enquanto perdem a oportunidade e o timing para marcar? Sabendo-se, agora, que bastaria em qualquer destas oportunidades a nossa equipa marcar um golo! E, por fim, de uma equipa que falhou dois penáltis em cinco?
Ora estes jovens têm ainda muito a aprender e a treinar. Como marcar golos de canto! Como acertar na baliza! Como desmarcar-se dos adversários! Como marcar penáltis! E como jogar em colectivo!
Nani desde que assinou com o Manchester United tem outra postura a jogar. Deixou de se divertir para estar a fazer um frete! Manuel Fernandes considera-se mais experiente que os outros. Não precisa de ouvir nem o treinador nem os avisos dos árbitros! Varela precisa de dominar melhor a bola! Moutinho precisa de ser mais aplicado nos passes e nos remates!
Hoquei em patins para esquecer
Já perdi o interesse por esta modalidade. A primeira que animou a minha juventude, nos anos 50/60, com títulos internacionais no desporto.
E com selecções destas parece que não vai muito longe!Portugal depois de estar a ganhar 2-0 à Suiça, perdeu por 2-3 e não avançou para as ameias-finais do Mundial de Hoquei em Patins, a decorrer em Montreux. O pior desempenho de sempre, enquanto a Espanha continua imbatível! Mais palavras para quê? Humberto Ferreira