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Sunday, December 23, 2007

 
Multi-regionalex ou subregionalex de proximidade?
HORA PARA APOSTAR NAS JUNTAS DE TURISMO

Por Humberto Ferreira (publicado no PUBLITURIS em 2 de Novembro de 2007)

Ainda há juntas de turismo (JT): Estoril, Ericeira, Curia, Luso! Ainda bem que resistem. Com a adaptação das regiões de turismo (RT) ao modelo NUT II, importa dinamizar as JT, aliás pioneiras do turismo. A origem remonta aos sindicatos de iniciativa franceses. O turismo nos Açores e Madeira está autonomizado há anos, por isso não se queixa.
A ANRET não aceita a proposta da SET mas a ANMP sim. Faz sentido uma divisão turística diversa do ordenamento administrativo e territorial? Não faltam palpites divergentes. Desde cinco RT (a própria ANRET aceita as cinco separadas das cidades de Lisboa e Porto, ou seja, insiste em sete), nove, dez, até quem prefira manter as 19. Não admitem que o futuro do Turismo e Economia passa pela simplificação e corte de encargos? O PCP propõe federar as RT com atribuições de promoção e valorização das zonas, tendo justificado com experiências bem sucedidas ... mas pouco divulgadas (?). Será um eufemismo para as associações de RT vizinhas mas autónomas?

NOVO CICLO E NOVAS FUNÇÕES - As JT reforçam a capacidade da iniciativa privada local e voltam, agora, a ter novas oportunidades para exercer úteis funções. Servem de pontes, âncoras e eixos integrados da promoção e renovação turísticas nos pólos que comprovem satisfazer as condições essenciais de acolhimento e animação turística. As JT podem ser os elos mais dinâmicos entre a procura e a oferta. Se forem bem estruturadas, em breve, não há política que prescinda do know-how das JT.
Devem cooperar com as RT, municípios e outras autoridades, candidatando-se aos programas europeus para requalificar equipamentos públicos e proporcionar melhor padrão de vida aos residentes fixos e flutuantes. Devem cooperar com as sociedades e clubes recreativos, desportivos, culturais e cívicos da zona, congregando meios para diferenciar e valorizar a oferta integrada, face à concorrência. Devem cooperar com as empresas turísticas, com o comércio, pesca, lavoura, indústria, serviços e organizações empresariais locais, de cujos quadros mais experientes em contactos internacionais devem, aliás, emergir dirigentes e quadros, entre as mais qualificadas, dedicadas e influentes figuras locais.
Devem garantir a informação turística actualizada; prestar assistência aos viajantes e aos empresários abertos a investir na zona; coordenar e divulgar o calendário de eventos culturais, desportivos e recreativos; organizar e patrocinar festivais, concertos, torneios, concursos, feiras, exposições, workshops, visitas (jornalistas e empresários), mostras, cursos, portal electrónico, etc.; manter um canal informativo sobre a zona junto dos OCS; e organizar acções externas (feiras e congressos) para promoção das iniciativas e marcas de produtos e bens locais.
Em Itália há um modelo interessante a estudar. Nas estâncias balneares, termais e de neve há consórcios promocionais que compõem a entidade do turismo local. São núcleos de hoteleiros, restauração, operadores, animação, agricultores e produtores de bens alimentares, artesanato e comércio. Todos colaboram na promoção e assistência ao turismo de lazer e de negócios.

AGARRAR OPORTUNIDADES - Mas turismo não é só promoção. Com a nova estrutura central e regional (agrupada no Turismo de Portugal Instituto Público - que merece o prémio do pior título mundial entre os organismos oficiais do turismo) convém perguntar até que ponto os municípios continuam a ficar responsáveis pela aprovação técnica de projectos, licenças, alvarás, vistorias e inspecções de higiene das instalações e serviços de empresas e unidades de restauração, alojamento turístico e complementar, animação, distribuição de viagens e operadores? Além da assistência técnica e operacional a novos investidores? Será que fica tudo a cargo da ASAE armada?
Descentralizam por um lado, concentram por outro, multam e prejudicam por outro. Sabe-se, por exemplo, que muitas casas de comida e bebida chamadas "restaurantes" (há cerca de 90 mil e só cerca de 30 mil associados da Aresp) não dispõem de instalações nem dimensão adequadas ao cumprimento das normas. Produto do facilitismo das autarquias.
Nada transpareceu sobre o papel reservado às JT, provando que a reforma do turismo regional, durou cerca de um ano mas foi feita em cima do joelho esquerdo.
Chegou a hora de despolitizar o sector e profissionalizá-lo. A dinamização das RT e JT é um bom meio, se forem dirigidas por quadros experientes do cluster do Turismo, ou por empresários com experiência política.
As JT vão ter um papel essencial ao fazer a ponte entre a política e o turismo, funcionando como âncoras do sector e servindo de eixo para soluções que visam criar os clusters locais. Mãos à obra.

PORTELA-65
Inaugurada a 15 de Outubro de 1942, a Portela festeja 65 anos sob a ameaça de fecho em 2017. Em 1943 movimentou 10 mil passageiros e 12 milhões em 2006. Em curso tem obras de 380 milhões de euros. Em 2010 terá 21 portas e 13 mangas (sete actuais) no Terminal 1. Numa sondagem do ACI apurou-se que a Portela tem o pior serviço luso e um dos piores europeus na gama até 15 milhões pax/ano.

MASTERS NA TV
O Portugal Masters em golfe foi um êxito ignorado pela nossa press. Se fosse um jogo entre Massamá e SLB não faltariam horas de TV e páginas impressas. Cá nem vi o verde do Victoria Golf mas 40 canais transmitiram centenas de horas para 700 milhões. Parabéns André Jordan, promotor do evento, quando era ainda empresário dos golfes de Vilamoura.

CIMEIRA FECHOU RESTAURANTES
A cimeira que aprovou o Tratado de Lisboa atraiu a atenção global da TV e correu bem, não fora ter entupido a Portela, com restrições de ATC.
O PM espanhol, dizem, esperou horas por um slot. As pistas do Montijo, Alverca, Sintra e Tires, não foram opções para concentrar a segurança toda na Portela.
Para quem nada sobrou desta cimeira europeia foi para os donos dos restaurantes do Parque das Nações, forçados a encerrar dois dias por estarem no perímetro de segurança. Não há bela sem senão. E, proibir, assim, a abertura de estabecimentos comerciais sem pagar indemnizações também é típico das ditaduras.

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