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Friday, September 05, 2008

 
VERSÃO REVISTA EM 06 SET. 2008 PARA O BLOGUE sagresschool:

Turismo de Portugal desmente manchete do DN:
"O PIOR AGOSTO DE SEMPRE PARA O TURISMO"

1ª PARTE - Transcrição da notícia do AmbiturOnline de 05Set2008:

"Reposição dos factos da verdade". É desta forma que o Turismo dePortugal inicia o comunicado enviado esta sexta-feira às redacções,desmentindo a notícia avançada hoje (05 Setº) pelo Diário de Notícias, com o título ""Pior mês de Agosto de sempre para o turismo português". De acordo com o documento, a entidade (TPip) "vem rectificar formalmente a veracidade de tal notícia e o seu título sensacionalista".
O PIOR É DOS MELHORES DE SEMPRE: Segundo o Turismo de Portugal,"embora ainda não estejam disponíveis os números oficiais (INE) relativos a ocupação hoteleira e receitas turísticas em Agosto, é já possível garantir que o corrente ano e o próprio mês de Agosto terão sido, sim, dos melhores de sempre.
"TURISTAS INGLESES PRESENTES: "Mesmo em relação ao Algarve, onde o turismo inglês tem um peso significativo e sofreu com a desvalorizaçãoda libra face ao euro, é completamente infundado dizer "não há memória de um mês tão fraco". Basta comparar (O QUÊ?) com os anos de 2006 e anteriores para verificarmos que a situação está longe de confirmar aquela afirmação", lê-se no comunicado.
REACÇÃO OFICIAL POSITIVA: O Turismo de Portugal acrescenta ainda que, apesar das "razões conjunturais que levam a um decréscimo dos fluxos turísticos internacionais, tem sabido enfrentar esse desafio e reagir positivamente à crise internacional.
IMPERA O OPTIMISMO: Criticando a notícia publicada na primeira página do título da Controlinveste, o Turismo de Portugal acrescenta que "é ainda mais injusto publicar notícias e títulos alarmistas que criam um sentimento negativo totalmente contrário à realidade do sector turístico em Portugal, que é tudo menos pessimista.
ESCLARECIMENTOS A PEDIDO - "O Turismo de Portugal disponibiliza-se desde já para fornecer quaisquer elementos ou informações que lhe sejam solicitados, o que, a propósito da notícia em apreço, não aconteceu", conclui a entidade."
NOTA: OS ANTETÍTULOS SÃO DA MINHA RESPONSABILIDADE
PARA MELHOR SITUAR A POSIÇÃO DO TPip FACE Á NOTÍCIA DO DN
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COMENTÁRIOS SAGRESSCHOOL.BLOHSPOT.COM by HF:
1ª PARTE
TURISMO RECEPTIVO E DOMÉSTICO NO VERÃO 2008

1º - OUTSOURCING PÚBLICO E PRIVADO - É triste que o organismo central do Turismo de Portugal (TPip) não possa, a 5 de Setembro, dispor da projecção estatística do movimento das dormidas e das entradas nos aeroportos durante o mês anterior (Agosto). Tem de esperar pelos dados recolhidos, tratados e divulgados pelo INE (organismo dependente do Departamento Central de Planeamento, Finanças e Economia). Até há poucos anos (cerca de 1998) o SET (Vítor Neto) dispunha para este efeito de um serviço interno especializado: o Gabinete de Estudos da DGT (José Sancho e a equipa José Martins/Rente Fernandes). Agora, o cluster Turismo depende da tutela do INE para estatísticas públicas em outsourcing, descurando as estatísticas recolhidas pelos privados e parcerias público-privadas.
2º - ESTATÍSTICAS ATEMPADAS - As associações empresariais e regionais continuam a recolher estes dados, nas respectivas vertentes, divulgando-os com a brevidade hoje exigida pelas empresas, que representam o mercado, e pelas próprias estruturas do cluster. Com destaque para a AHETA, Adeturn, ex-RTA, ATL, ANA, etc.É triste que o Estado se tenha demitido, assim, do apoio oficial concedido nesta área aos media, aos destinos e às principais vertentes do cluster (hotelaria, transportes, animação, formação, turismo de incoming, outgoing e doméstico). E mais triste que as estatísticas oficiais sejam usadas para pura propaganda política.
As estatísticas ou são divulgadas com brevidade ou deixam de ter valor, pois se reveladas tarde impedem a implementação das indispensáveis reacções do mercado à flutuação da procura interna e externa.
Este ano diversos factores influíram no Turismo. O Euro (Áustria e Suíça), os Jogos Olímpicos (China), o câmbio mais favorável do dólar americano (logo ideal para se visitar destinos intercontinentais onde corre o dólar), e, em contrapartida, assistiu-se à quebra cambial da libra esterlina (o Reino Unido continua a ser o principal cliente da hotelaria lusa). Aqui está uma análise breve e directa que todos sabemos fazer, menos o ... TP ip e o INE!
3º - TEORIA E PRÁTICA - Outra coisa é a constatação entre as projecções trabalhadas nos gabinetes do INE à posteriori, e a constatação in loco da ocupação das esplanadas, restaurantes, discotecas, alojamentos complementares e comércio turístico, especialmente no Algarve, verificada por qualquer operador e observador atento.Uma coisa é falar com os empresários e profissionais destes ramos para se avaliar a situação, outra é a versão oficial divulgada alguns meses depois, com o propósito de defender a todo o custo as erradas políticas oficiais do modelo Allturismo.Quanto custou e que benefícios trouxeram essas acções?2008 foi também o ano da anulação do mega-evento Rali Lisboa-Dacar, com fortes prejuízos.
4º - FALTOU CONTRADITÓRIO, SOBROU LAUDATÓRIO - Dou nota negativa à referida reportagem do DN (de 5 Set. 2008) por outros motivos. A autora não ouviu o responsável do TPip nem publicou uma parte com a versão oficial de defesa. Falta de espaço? Não se entende, já que a peça teve honras de manchete no caderno principal e na capa do suplemento DNbolsa.O título estará exagerado, pois quedas de 3% na ocupação e de 2% no volume de negócios (obrigando as empresas a baixar os preços, apurados pela Aheta), relativamente a Agosto de 2007, não resultarão no "pior Agosto de sempre". Normalmente, os autores das peças não são responsáveis pelos títulos.
Por outro lado, lamenta-se que ainda haja serviços oficiais a querer controlar a informação sobre a respectiva actividade, como se depreende do estilo do comunicado oficial transcrito pelo Ambitur (e acima).Dá ideia dos relatos de futebol das nossas selecções e clubes, em encontros internacionais transmitidos na Televisão - seja em que canal luso for, onde os jogadores são "deuses" que tratam sempre a bola, os colegas e os adversários com fairplay e excelente técnica, quando todos os tele-espectadores vêem o contrário.Lembro esta analogia, pois acabo de assistir ao encontro Inglaterra-Portugal pelas selecções Sub-21, ganho pelos ingleses por 2-0, em que os jogadores lusos fizeram mais uma vez fraca figura. As selecções jovens têm andado ao invés da equipa A, desde a péssima prestação nos Jogos Olímpicos de Atenas ao não apuramento para os Jogos de Pequim.
Pois, mesmo à vista de tantos adeptos de futebol, a maioria dos portugueses gosta de ser enganada pelos comentadores desportivos. Podem dizer mal dos treinadores e dos dirigentes desde que os seus ídolos fiquem intocáveis! O Turismo oficial, assim, também está inteiramente ao serviço deste governo, a lembrar outras épocas!
O TP deve querer que os jornais e jornalistas elogiem exclusivamente a sua acção política ao serviço do modelo "Allturismo".
Quem aprovou, afinal, o texto deste convite para se esconder a verdade e se proibir notícias e títulos alarmistas, que provoquem sentimentos pessimistas e contrários à realidade?
Resta saber qual realidade? A do TPip? Ou a do mercado e dos próprios turistas?
O tempo dos três FFF já passou e o da censura também. Há outras formas de ganhar a boa vontade dos media. Com maior transparência! Por exemplo, admitindo que a situação interna e internacional não está propícia à expansão do turismo e que tanto a aviação como a hotelaria internacionais estão também a baixar lucros, receitas, vendas e taxas de ocupação.
A teoria de que Portugal é excepção acaba por ser negativa e o "jogo duplo" dá para televisão, não para esclarecer os leitores nem o mercado!
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2ª PARTE
NOVA AVIAÇÃO - SÉC. XXI: O CÉU É O LIMITE NAS ... TAXAS COBRADAS

Aliás, o DN pública na mesma edição, duas páginas com outra matéria polémica:
"O céu é o limite nas taxas cobradas nas viagens",
que, ao fim e ao cabo, pretende resumir as práticas e tendências da Nova Aviação (New XXI Century Air Trends).

LIVRE CONFUSÃO - Como as transportadoras estão proibidas de combinar preços, através da IATA e outras associações ou organismos reguladores, deixou de haver um mercado equilibrado de passagens aéreas. Passou a haver, sim, guerras suicidas de tarifas. Eis o resultado prático desta versão da concorrência para beneficiar artificialmente o consumidor e destruir as empresas. É a lei a favorecer os mais atrevidos!Até as companhias aéreas de serviço completo (Full Service Carriers) deixaram de o praticar (serviço completo), seguindo um tipo de publicidade enganosa que os reguladores toleram. Hoje não se descobre a fronteira entre Full Service e Low-Cost?
As FSC esmagam os preços para concorrer com as de baixo custo (Low Cost Carriers), passando a cobrar também taxas extras por tudo.Desde a forma escolhida para a reserva ao próprio bilhete.
Aplica-se, com efeito, uma taxa diferente se a reserva é feita pela internet, telefone, agência de viagens, GSA, ou loja da companhia (na cidade ou no aeroporto), assim como se o bilhete for impresso em papel ou electrónico (neste caso basta um papel branco impresso pela entidade vendedora, enviado por e-mail, ou até decorar apenas o código da reserva e do pagamento electrónico.
A bordo só há mordomias para os chamados passageiros "premium" (de primeira classe, executiva ou "business") tais como: jornal, cabide para agasalhos e/ou casaco, estojo de viagem, comidas e bebidas, assentos ou camas confortáveis, etc.E no terminal estes também dispõem de canal especial de atendimento mais rápido no check-in e na inspecção de raio-x da bagagem, acesso ao salão VIP de espera (com auto-serviço de bebidas e snacks), etc.
mAS Há outra tendência crescente: mais companhias que só transportam passageiros "premium" em voos exclusivos. Com mais espaço, conforto e serviço personalizado, muito prometido mas praticamente abandonado na aviação em geral!
A comprovar que há um nicho de mercado que não se compadece com o actual padrão da oferta, nivelado por baixo. Não faz sentido a ninguém, um voo low-cost Portugal/Londres custar 39/49 euros e pagar-se mais do dobro em taxas e sobretaxas! Enquanto o voo Lisboa/Madeira custa o dobro n a tarifa e sobretaxas!

PASSAGEIROS DE TERCEIRA - Os passageiros de económica, discount ou lazer nas FSC pagam tudo. Por exemplo: 17,00 euros por uma segunda mala, 4,80 euros pelo aluguer de uma almofada ou cobertor, 5,00 euros por uma sanduiche, 3,00 euros por uma garrafa de água, ou 70 cêntimos por um café de bordo.
Há companhias que chegam a negar um copo de água para se tomar um comprimido!
Outro extra a explorar a bordo, em breve, será o acesso pago à internet e às chamadas de telemóvel. As companhias já esfregam as mãos na expectativa de cobrar milhares de milhões de euros, no seu conjunto, por estes novos serviços electrónicos. A bordo dos cruzeiros já sabemos quanto custam estas chamadas!

RIGOR E ÉTICA - Nesta reportagem do DN nota-se alguma falta de rigor e ética, pois apesar da "entrevistada" Inês Varela atacar fortemente o atendimento na Iberia, nem foi encarada a defesa desta empresa, através de um contacto ao seu responsável em Lisboa para apresentar a perspectiva da transportadora! Uma vez que se trata de uma reportagem, não de um texto de opinião!E a jornalista Rita Seabra Gomes escreve numa passagem: "O consumidor quando adquire o bilhete já tem conhecimento dos serviços a que tem direito". Ora, dantes era, de facto, assim. O titular de um bilhete de avião conhecia os seus direitos - semelhantes em todas as empresas e voos.
Aplicava-se então o AirSimplex. Havia, praticamente, apenas bilhetes de primeira e classe turística (mais tarde económica).
Agora, aplica-se o AirChance Complicadex, com milhares de opções no mercado (a TAP oferece cinco tarifas diferentes), ninguém sabe bem o que o espera em cada voo. Já tenho tido tudo (na low-cost Air Berlin) e já tenho viajado sem direito a nada (em companhias Full Service)! Por isso viajamos sob o risco AirChance! Agosto também foi farto nesta área!

ATENDIMENTO EM MASSA - Por outro lado, a reportagem ignora outro aspecto importante, pois não há mais milagres. Cada companhia e cada agência de viagens tem que vender sempre mais passagens para poderem sobreviver a esta crise universal na aviação (enquanto as receitas não superarem os custos). Por isso, a tendência é para um atendimento de passageiros sempre pior, independentemente das atraentes mensagens do marketing e da publicidade de cada empresa. A Ryanair é campeã nesta área.
A IATA prevê um recorde anual de prejuízos para a maioria das companhias associadas, enquanto as "low-cost" começam, finalmente, a imitar as mais antigas no que respeita a acumular prejuízos.
O texto em causa dá a entender que cabe ao agente de viagens informar exaustivamente o passageiro do serviço correspondente a cada tarifa. O que antes era possível e normal, uma vez que todas as companhias eram obrigadas ao mesmo pacote de serviço/tarifa.
A classe turística, por exemplo, não dava direito a bebidas alcoólicas grátis. Uma simples cerveja era paga como extra. Mas a TAP foi a primeira a "furar" esta norma IATA, provando que um copo de leite ou sumo em Portugal era mais caro que um copo de vinho.
Hoje todas as semanas e até todos os dias as centenas de novas e antigas empresas de aviação lançam tarifas, normas, taxas e sobretaxas diferentes, que é preciso conhecer, estudar e esclarecer para informar melhor os passageiros desses génios do transporte aérea, a troco de ... comissão zero!
Qual é o outro ramo profissional de turismo que trabalha por tão pouco? Talvez alguns jornalistas!

FUNÇÃO HISTÓRICO-PROFISSIONAL - Por outro lado, não é exclusivo da TAP as cinco categorias/tarifas diferentes em cada voo. Trata-se de uma técnica com décadas, designada como "flight/route fare yield management" (gestão da tarifa média por voo ou rota).
Aliás, muito bem trabalhada pela TAP em 2008, em termos de campanha de marketing.
A técnica consiste em alcançar em cada voo uma determinada receita total. Para isso, há um programa informático que coloca à venda os lugares que restam abaixo, ou acima, do valor médio, consoante o caso, para se atingir uma taxa de ocupação equilibrada com a receita estimada.
Turismo, hotelaria e transportes internacionais, são matérias muito sensíveis e que requerem muito estudo, experiência e uma análise profunda por parte dos jornalistas, editores e comentadores. A troco da satisfação ... pessoal e desejo de transmitir aos mais jovens a experiência adquirida!
O que nem sempre sucede no Novo Jornalismo (New XXI Century PressTrends).
OXALÁ ... que "Agosto 2008" não tenha sido o pior de sempre para o turismo em Portugal! E que o TPip não demore, agora, meses a apresentar as estatísticas e análises comprovativas da tese dos respectivos responsáveis! Aguardamos!

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