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GERAÇÃO INCONSTANTE
Por Humberto Ferreira
No dia-a-dia deparamos com apelos a boas práticas ecológicas e cívicas, por um lado, e por outro constatamos a nossa incapacidade de as cumprir.
Não me refiro ao corte frequente nas relações sentimentais, políticas, profissionais, desportivas e empresariais entre as novas gerações, mas às incríveis contradições do politicamente incorrecto na vida quotidiana.
Alguns exemplos: dizem-nos para poupar água mas, em nossas casas - mesmo nas mais modernas - gastam-se litros de água antes que chegue morna à casa de banho. Desafio os inventores a poupar água para os mais simples usos domésticos.
Dizem-nos para poupar luz mas há ruas com os candeeiros acesos de dia. Desafio os técnicos da iluminação pública a afinarem os comutadores electrónicos.
Dizem-nos que o combate ao desemprego deve ser prioridade nacional, mas não deixam de cortar postos de trabalho na administração pública e nas empresas, mesmo sabendo que o público ou os clientes ficam muito mais mal servidos e perdem horas á espera de ser atendidos. E os assuntos continuam a demorar anos, meses, semanas para ser resolvidos, não obstante o Simplex! Desafio os responsáveis a organizarem-se melhor.
Falam-nos da defesa da qualidade dos bens "made in Portugal", mas encontramos dia-a-dia mais defeitos em praticamente tudo que compramos nos supermercados, ou em qualquer comércio tradicional. O controlo de qualidade deixou de valer?
Apelo a que se entendam todos e comuniquem melhor estas mensagens, visando esclarecer e não confundir a opinião pública. Os jornalistas também têm o papel importante de seleccionar a informação e separar o trigo do joio, para não andarmos tão desnorteados! Pois a nossa principal fonte de informação continua a ser as dos meios de comunicação social, tanto da imprensa escrita, da televisão, da rádio como da internet.
Basta aos jornalistas articularem toda a informação que recebem e transmitem, comparando-a com o que se passa na vida do cidadão comum.
Também se diz que a juventude adere mais facilmente às boas práticas ecológicas e cívicas, mas no prédio onde moro, vejo os mais jovens não separarem o lixo doméstico, não ligarem à segurança, fazerem festas nocturnas ruidosas, com música a altos decibéis,e "arrumarem" mal os carros, prejudicando peões e outros automobilistas. Há qualquer coisa que falhou na educação destes jovens: a arte da convivência cívica!
Labels: COMPORTAMENTO CIVICO
posted by humberto salvador ferreira #
11:22 AM 