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Divulgar Sagres. Bem-vindos ao melhor surf, pesca, mergulho, ciclo-turismo, e às praias vicentinas. Comentar a actualidade. Debater Ambiente, cruzeiros, aviação, excursões, hospitalidade, eno-gastronomia, desportos, cultura, eventos, formação e conhecimento. Aberto a contributos e críticas.

Monday, April 13, 2009

 
QUATRO DESABAFOS SALGADOS
Por Humberto Ferreira
DESCUÍDO MARÍTIMO
1º - Uma lancha a motor de actividades turistico-náuticas, da empresa Seasafaris de Vilamoura, encalhou em 9 de Abril, na praia dos Arrifes na zona de Albufeira (((o nome pelo menos está correcto))), com 14 turistas espanhóis, franceses e ingleses, a maioria crianças. O patrão descuidou-se e ficou entalado num recife em curiosa posição instável. Felizmente estava bom tempo, não houve feridos ... só sustos. E foi retirada na madrugada seguinte com a maré cheia. A empresa devolveu o valor dos bilhetes aos clientes (16 euros por pax). Tudo bem quando acaba em bem!
Mas então que patrões/mestres ou skippers é que estas empresas contratam? Os portugas deixaram de ser um povo marítimo ... para serem um povo que prefere o subsídio de desemprego, ou de reinserção social (((mas qual reinserção? O nome inventado por Guterres ficava melhor: subsídio de rendimento mínimo para ... pobres))). O "comandante" da capitania de Albufeira fez várias aparições na TV com medalhas e uniforme de cerimónia. E prontos? Do Turismo do Algarve ou de Lisboa ninguém falou! Mas se abrissem o bico, só diriam asneiras! Portugal deixou de ser um país marítimo e um país de turismo!
VILAMOURA VOLTA A MÃOS PORTUGUESAS?
2º - Paes do Amaral (((pensava eu que o apelido Pais se escrevia com i? Enganado!))), antigo sócio maioritário do semanário Independente (((extinto)))), da TVI e Grupo Media Capital, agora dedicado aos negócios da TV Cabo (((ARtelecom)) e dos livros (((editora Leya - que comprou a D. Quixote, Porto Editora, Caminho, Texto, e outras editoras))), está a analisar a compra de Vilamoura XXI - a tal cidade lacustre na extensão da marina para o interior - aos espanhóis do grupo Prasa e Procam (((sabe-se que muitas imobiliárias espanholas rebentaram com a bolha do imobiliário ibérico))). Assim, Vilamoura tem vindo, desde 1973, a passar de mão em mão. Da posse de Cupertino Miranda (((fundador da Lusotur))), do antigo BPA, para André Jordan e deste para a Prasa. Agora para um conhecido "raider", que compra tudo o que lhe "cheira" a lucro, para vender mais tarde a melhor preço. E faz ele bem, dentro do que é amplamente permitido pelo falhado sistema especulativo, onde o capital tem prioridade absoluta sobre o enquadramento social das empresas (((e quanto maior a nau, pior a tormenta!))).
PLANO GLOBAL DE ESTABILIZAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
Quando é que o G20 mete as mãos no lodo para limpar:
1º. as offshores do mapa económico mundial;
2º. as altas e baixas das cotações nas bolsas (((se forem superiores a variações de 2%, para cima ou para baixo, as Bolsas devem suspender esses títulos até estabilizarem. Aliás, como se faz quando a variação atinge 10% - o que é deveras excessivo - qualquer empresa não pode, numas horas, perder ou ganhar 10% dos seus activos, pela especulação de investidores bem avisados .. por quem?
3º. Cada Estado deve voltar a fiscalizar a gestão dos bancos, corretores, advogados corporativos e outras instituições de crédito. Não é o Estado intervir, é fiscalizar com rigor. Há operações e riscos tóxicos que banqueiros e investidores não podem continuar a tomar de livre vontade, à custa dos dinheiro dos despositantes!
Isto se quiserem evitar que os futuros reguladores - os existentes têm tido um comportamento negativo, em Portugal, EUA, UK, etc. - não venham a ser organismos multinacionais, tutelados pela OCDE, ONU, ou Comissão Europeia, no caso da Europa?;
4º - garantir aos produtores agrícolas e industriais de cada país um plafond médio universal para a venda anual dos seus produtos no mercado interno, de modo a evitar a disparidade de preços práticados na Europa e América ricas, quando comparada com o resto dos países pobres - incluindo Portugal, onde apesar da pobreza e da especulação imposta, por exemplo, pelas grandes superfícies aos produtores nacionais, encontramos mais produtos e bens estrangeiros à venda, do que nacionais - um contrasenso inqualificável e destabilizador. Solução? Pode criar-se um sistema de quotas, sob fiscalização de uma credível Autoridade da Concorrência, concedendo por exemplo: 50% para produtos nacionais e 50% para produtos estrangeiros, importados, pelo menos, de cinco países, ou seja, 10% de cada um. Isto não seria seria um sistema de livre comércio sem regras, mas um sistema que garanta a cada país um tecido empresarial estável, capaz de absorver a mão-de-obra disponível e ainda poder exportar para mercados onde, através de boas práticas de marketing as suas marcas se imponham.
e 5º - garantir aos jovens e desempregados de longa duração, em Portugal e outros países desprotegidos, a indispensável requalificação profissional e abertura de postos de trabalho compatíveis, nos sectores público e privado!.
Estes são, a meu ver, os cinco pontos em que é preciso actuar com urgência e a nível multinacional, sob pena de alguns países (Argentina, Islândia, Irlanda, Grécia, Portugal, etc.) falirem por não conseguirem produzir o suficiente para alimentar as suas populações e desenvolver as famílias jovens!
Quem não tem dinheiro, não pode sustentar vícios! A bom entendedor! Como vêem , caros leitores, sou como o PM Sócrates (salvo seja), sonho com um país equilibrado num mundo mais amigável de mercadores e industriais menos gananciosos| A questão da confiança inter-bancária e entre comsumidore,s produtores e vendedores, viria depressa com estas condições garantidas!
INCÊNDIO NA MARINA
3ª - Um semi-rigido (para pesca e passeios privados) incendiou-se e afundou-se na marina de Olhão (?) em 10 de Abril, ficando pendurado nos passadiços da marina (quer dizer ardeu tudo menos os cabos da amarração?). De seu nome Zimbro, o alarme foi dado às 06H30 e a autoridade marítima adiantou que a causa mais provável é um curto-circuíto. Espero que tenha seguro de respons- civil, pois as embarcações mais próximas ficaram danificadas. Estes "botes voadores" não costumam ter motores fora de borda? Curto circuíto só se tem a cablagem descarnada por falta de manutenção ou descuido dos utilizadores! Enfim, lá vimos o "comandante" da capitania de Olhão (creio que o porto é de Faro-Olhão?), todo aperaltado, a mandar umas bocas. Hoje, estes descuídos pagam-se caro, até nos apartamentos e vivendas. No Porto ardeu um apartamento em que vivia um jovem que se alumiava com velas (não pagava a conta da electricidade?), danificando os haveres dos vizinhos de baixo. Não há respeito nem cuidado!
PIRATAS DOMINADOS
4º - Segui com interesse o caso do sequestro do Maersk Alabama (US?) ao largo da Somália. As nossas TV fizeram um grande alarido porque a fragata Corte Real tem a bordo o C/Alm. que comanda a força naval da Nato, constituída por meia dúzia de fragatas de diversas armadas. Nos dias que antecederam a operação de resgate do comandante do navio, estava descansado pois a Corte Real não iria empregar a força, mas observava, de uma posição estratégica, o movimento dos piratas.
Afinal, foi um pequeno destacamento de fuzileiros americanos, embarcado num semi-rigido, que actuou, liquidando três dos quatro piratas e prendeu o outro, libertando o oficial americano que comandava o Maersk Alabama. A Corte Real, ninguém viu! Estava na sua zona de observação, pois o nosso Almirantado esqueceu-se de fazer o seguro de risco de guerra da tripulação - possivelmente s.p.p. (((Se pega, pega, ou seja, se a tripulação regressar toda sem qualquer "sinistro", poupam uma boa maquia à dupla Socrates e Teixeira - a Marinha continua muito à esquerda! - e ainda vão ganhar umas medalhas, à custa do risco para os tripulantes e suas famílias))). Honrai a Pátria, que a Pátria vos contempla! Dizia Camões, também tão mal tratado pelo poder da época! A nossa sina já vem de longe. Ao que chegamos!
E, depois, não entendo, os piratas, assim como os terroristas e manifestantes, em Pataia, Bangkok, Londres, França, Alemanha ou Itália, etc. podem fazer tudo: gritar, vandalizar, ferir, matar, e as autoridades têm que andar com pézinhos de lã ... a fingir que não é nada com elas! A lei acaba por os proteger e se algum transeunte morre, apanhado no tiroteio, ninguém se incomoda, e os tribunais demoram seis a dez londos anos para declarar a morte por acidente!
Mais uns desabafos salgados.

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