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Friday, June 26, 2009

 
TURISCÓPIO ESPECIAL ONLINE – I
41 anos ... à procura da chave para o Turismo luso
Humberto Ferreira
////hsalvadorferreira@clix.pt
• À MARGEM DO PRÓS-E-CONTRAS DE 22 DE JUNHO: QUE FUTURO NO TURISMO?
O primeiro número do Publituris saiu a 1 de Março de 1968. Em Maio de 2011, Portugal deve comemorar (?) o centenário da sua 1ª Repartição de Turismo. No dia 2 de Julho, tem lugar a Gala dos Prémios Publituris 2008 no Castelo de S. Jorge e no passado dia 22 de Junho, Fátima Campos Ferreira promoveu uma edição do Prós-e-Contras, a 250 metros de profundidade, numa mina de sal-gema em Loulé, subordinada ao tema ”O Futuro do Turismo em Portugal”, com interrogações idênticas às que decorrem desde 1911, 1968, ontem ... e ... amanhã! Procura-se uma chave ... única, diferente, criativa e irresistível para um modelo de Turismo português! Avançou-se pouco mas dirigentes e convidados ficaram mais aliviados.
DIAGNÓSTICO REPETITIVO - Com efeito, continua a procurar-se um modelo de turismo diferente, melhor e mais lucrativo ... Não uma invenção mas uma estratégia já seguida noutros países, nomeadamente em Espanha, com bastante sucesso. Em Portugal, por um lado, olhamos pouco para o que os nossos concorrentes principais fazem – Espanha, Grécia e Caraíbas – e, por outro, politizamos demasiado planos como o PENT, à custa das reivindicações dos caciques regionais mais próximos de cada grupo temporariamente no poder. Multiplicam-se diagnósticos, queixas, e pedidos de apoio – para facilitar o acesso à competitividade fiscal (vulgo mais isenções), às obras remendadas, aos privilégios de certos segmentos, a mais parques desportivos e ao calendário de eventos Allgarve, AllEstrela, AllNorte, ou Alloeste – o resto é paisagem abandonada ... como a velha Lisboa degradada!
Menospreza-se a concorrência, em vez de se valorizar e aproveitar a nossa natural capacidade hospitaleira ... e a nossa criatividade e abertura à inovação. Neste debate poderiam ter partido de uma análise aos efeitos do PENT, três anos depois da sua implementação mas ninguém gosta de prestar contas públicas das medidas dos gabinetes. Despreza-se quem observa o desperdício. Tolera-se o improviso superficial e condena-se a análise dos problemas e das alternativas.
MUDANÇA E QUALIFICAÇÃO - Todos os protagonistas (presentes ou ausentes do Prós e Contras) têm projectos de mudança e qualificação da oferta. Neste caso gostei de ouvir PEDRO ALMEIDA (mudar a equação da nossa competitividade, criar produtos mais diferenciadores, proporcionar novas experiências e gerar emoções); MIGUEL JÚDICE (propôs a reengenharia das empresas, oferta mais diversificada e segmentada, para valorizar e seduzir mais turistas, criando produtos mais sexy e joviais), e JORGE ARMINDO (apostar na valorização concorrencial dos produtos hoteleiro e de animação). Mas espremendo estas ideias, fica-se com pouco sumo.
Achei francamente fracas as intervenções sobre a gastronomia ibérica. Quanto ao título deveria ter sido: QUE FUTURO NO TURISMO?
BOA VONTADE NÃO CHEGA? – Outros oradores prometeram superar a crise e alcançar, ou manter a liderança, mas por artes mágicas, repetitivas e já gastas.
MANUEL PINHO : apostar na qualidade com voos low-cost e promoção nas energias renováveis ... palavra de honra? Subimos no ranking da competitividade turística de 21º para 17º. (“Prontos” podemos ficar sossegados!)
Os hoteleiros JOSÉ CARLOS PINTO COELHO e JORGE REBELO DE ALMEIDA: se Lisboa é um destino de luxo tão conceituado porque saiu a Orient-Express da capital? Não estará a imagem de Lisboa uma nódoa, como Havana há décadas? De positivo: o pedido de reabilitação urgente dos prédios e bairros degradados em Lisboa.
PEDRO LOPES (grupo Pestana): a aposta na flexibilização do ciclo? Expansão da rede e novos produtos e atracções. Com tónica na internacionalização!
MÁRIO FERREIRA : tudo cor de rosa, satisfeito por estar já a vender cruzeiros fluviais e voos espaciais para 2011. Não para 2009 nem 2010! Oxalá as boas previsões se confirmem neste cenário de núvens, onde a própria Nasa e a Agência Espacial Europeia, por vezes, adiam os lançamentos.
BERNARDO TRINDADE (representando o grupo madeirense Porto Bay): a salvação da Madeira passa pela liberalização dos voos low-cost – ignorando a longa e desequilibrada batalha travada pela PGA e Air Luxor? E, afinal, gostaria de saber, quantos executivos lusos já voam por convicção em low-cost? Mais que os ingleses, alemães ou italianos? Nunca! Eu acho que a Madeira soube antecipar-se bem ao Algarve com um misto de unidades de luxo, modernas e tradicionais, e populares. O novo aeroporto ajudou e agora os voos low-cost estrangeiros também. Estes segmentos não são incompatíveis, desde que as operações e a promoção não se sobreponham! Mas é preciso muito cuidado em não rotular a Madeira como um destino low-cost. Os parceiros alemães, ingleses e espanhóis têm larga experiência do intercâmbio de segmentos na promoção de destinos. Por isso o futuro do produto Madeira-Mix não é preocupante, ao contrário de certas zonas e pólos turísticos continentais.
INCOMPATIBILIDADES – Alguns oradores foram a Loulé debater problemas internos. Que a França vai descer o IVA na restauração para 5%, Portugal mantém 12% e a Espanha 7%. Que quem investe na hotelaria deve fazê-lo numa perspectiva de longo prazo. Que a banca não tem apoiado alguns bons projectos. Que o RevPar em Lisboa é ainda muito baixo. E que o PENT vai perdurar até 2015 (que fé nos eleitores?). Faltaram conselhos à cooperação e bom senso!
Teorias há muitas e experiências também. Mas fórmula mágica - em 1911 como hoje –ainda não há! Já é bom que não se cometam mais erros ou exageros. Especialmente ao nível das últimas campanhas de promoção – qual PORTUGAL MAIOR? Só se for para irritar espanhóis? Ou visitar o fundo do Atlântico e a mina de sal-gema!

TURISCÓPIO ESPECIAL ONLINE – II
41 anos depois ... chegam as emoções
Humberto Ferreira
////hsalvadorferreira@clix.pt
• À MARGEM DO PRÓS-E-CONTRAS DE 22 DE JUNHO: QUE FUTURO NO TURISMO?
Falta definir objectivos concretos e plataformas transparentes. Para isso é preciso, em conjunto e não individualmente, diagnosticar os pontos fortes e fracos da oferta e antecipar a concorrência externa com propostas realistas e viáveis. Importa, sobretudo, acabar com os compartimentos estanques entre hoteleiros e transportadores, operadores e hoteleiros, agentes receptivos e gestores de destinos, sector público e privado. E acabar com as tensas rivalidades regionais, como se verificou com as estatísticas entre o Algarve e Lisboa. Assim, não levam a carta a Garcia! Nós, no PUBLITURIS, vamos tentar.
FÉRIAS RENOVADAS = EMOÇÕES – Dizem que o turismo mudou. É verdade! Mas pouco! Praticamente estava tudo descoberto quando abracei o Turismo em 1953. Hoje como ontem, as pessoas querem férias de praia, neve, campo ou cidade? Sendo que a praia, a montanha e a cidade são as três chaves que atraem maiores fluxos turísticos, seguidos dos congressos e feiras. Também querem cruzeiros ou circuitos (ex-forfaits) culturais de longo ou médio curso, expedições, safaris, raids, peregrinações? Querem praticar ou assistir às exibições dos seus ídolos, em desportos tradicionais ou radicais? Adoram participar ou assistir a mega eventos musicais, desportivos, culturais, científicos, temáticos, religiosos, ou sociais? Torneios e semanas desportivas, incentivos, galas, espectáculos, concertos, festivais, congressos, exposições e feiras também atraem fluxos de viajantes. Outros preferem tratar da saúde em spas, clínicas, ou em termas remodeladas? Há associações e sociedades de interesses comuns (observação de aves e da Natureza, coleccionadores, estudiosos de diversas matérias), cujos membros aproveitam os tempos livres para viajar, investigar, descobrir, conhecer ...!
Uns querem mais privacidade em ambientes tranquilos? Temos, como sempre houve, ofertas específicas para os diversos grupos etários e agregados sociais ou familiares! Infantis, jovens, adultos, solteiros, casais, famílias, séniores! Muitos preferem as mesmas esplanadas, bares, discotecas, ou restaurantes, onde se sentem bem e são já reconhecidos pelas férias repartidas que fazem? Mas até esses proprietários devem tentar, de dois em dois anos, mudar a decoração, as vestes do pessoal, melhorar o serviço, e introduzir novas propostas irresistíveis, evitando a fuga para concorrentes mais ousados.
A resturação lusa tem sido demasiado repetitiva ao longo dos seus vários ciclos e graus: os estalajadeiros, as quintas fora de portas (lembro-me da Quinta de S. Vicente em Telehiras - hoje há as quintas para casamentos e festas), as tabernas dos bairros típicos, as cantinas, as pensões e hotéis restaurantes, os cafés-restaurantes, as esplanadas à beira-mar, as pastelarias-restaurantes, os salões-restaurantes, os snack-bares e, agora, os design-restaurantes e restaurantes de autor. Precisa de um abanão. Talvez mais jardins-restaurantes como na Baviera e Áustria. E francamente não vislumbro as vantagens da gastronomia ser Património Cultural - pois se é? É mais um segredo pouco divulgado pelos interessados!
Hoje o Turismo vive das EMOÇÕES. Esta é a principal diferença do Turismo do século XX. E é o grande desafio aos hoteleiros, agentes de viagens, transportadores, gestores de eventos e promotores. O turista viaja à procura de emoções.
DIVERSIFICAÇÃO – Os turistas aventureiros preferem descobrir espaços e atracções alternativas? Querem afastar-se dos amigos e do carro antigo, experimentar um bólide e partir à procura de novas emoções e gente com costumes estranhos? Também há quem queira aproveitar as férias para se valorizar, frequentando congressos, workshops ou cursos profissionais! Ou especializar-se nos seus passatempos preferidos! Fazem férias prolongadas ou repartidas? Viagens individuais ou em grupo? Com famíliares e amigos? Romance, aventura, ou farra? Seja na hoteleria tradicional e contemporânea; no self-catering – variante de alojamento que tem evoluido, desde as camas paralelas e campismo selvagem dos anos 80, ao turismo residencial de diversas categorias da actualidade; no moto-caravanismo, campismo, ou no segmento social de baixo poder orçamental mas com uma forte rede de intercâmbio europeu e religioso. O cardápio é vasto pelo que deve apostar-se na viabilidade!
DESPERSONALIZAÇÃO – Ora o que mudou afinal? O acesso mais fácil a tão vasta variedade de programas e opções. As alternativas entre os paradigmáticos forfaits, ou pacotes tudo incluído, dos anos 60/90, e os auto-programas hoje construídos, passo a passo, na internet – incluindo transporte, alojamento, ocupação dos tempos livres, e alimentação. Mudaram as reservas, os depósitos e os bilhetes passaram a ser electrónicos. Temos mais informação e liberdade de escolha, mas perdemos a experiência profissional, abandonando o agente de viagens. Perdemos a capacidade de reclamar a uma pessoa conhecida, seja uma reserva falhada, um serviço de nível inferior, ou um engano no preço cobrado. Passamos às relações virtuais com fornecedores, intermediários, promotores de destinos, hotéis e outros produtos lançados por mega-grupos com uma marca forte ... mas distantes e sem rosto. Até ao telefone falamos com call-centres automáticos, pelas teclas. É um futuro artificial.
DA CRISE PARA AS EMOÇÕES – Já atravessei algumas das graves crises económicas internas e externas: a II Guerra Mundial (1939/45), após a Revolução dos Cravos (1974-77), e, agora, a primeira crise tóxico-financeira (2008/?). Conheço bem a capacidade de regeneração do turismo. Lenta mas certa! Penso que enfrentamos, agora, o fim de um ciclo de fartura económico-social, que dura há meio século, sem se conhecer ainda o novo figurino de desenvolvimento ou contenção que vai surgir? O que fez crescer a EMOÇÃO.
À ETC – European Tourism Comission – ou à UNWTO (ex-OMT) caberia promover inquéritos, sondagens, ou estudos anuais para se conhecer a evolução das motivações dos visitantes, turistas, hóspedes, passageiros, excursionistas e clientes na selecção de férias, pausas, fins-de-semana, cruzeiros, expedições ou circuítos. E saber o peso das EMOÇÕES.
Por exemplo, a RTP garantiu a segurança e novas EMOÇÕES aos cento e tal convidados ao Prós-e-Contras de 22 de Junho, na mina de sal-gema, onde, sob o patrocínio do ministro Pinho, os grupos Mello e Lágrimas se propõem instalar um hotel a 250 metros de profundidade. O CEO do Grupo Lágrimas disse que, assim como toda a gente fala no Hotel de Gelo, também vão falar do Hotel na mina de sal-gema no Algarve. Já o convidado espanhol recomendou que o local era bom para promover exposições, cocktails e reuniões especiais. Um pequeno hotel poderia funcionar ali melhor como um complemento do espaço de animação cultural ou profissional. Já almocei, a convite do DZT, numa antiga mina na Saxónia, a 750 metros de profundidade. Curioso mas não repetiria. Tive a minha dose mas o futuro passa pelas cidades, praias, montanhas, paisagens e parques. Logo, a escolha do local e do tema do programa de TV “Qual o futuro do Turismo em Portugal” também divergiram!

TURISCÓPIO ESPECIAL ONLINE – III
41 anos depois ... reunir recursos turísticos
Humberto Ferreira
////hsalvadorferreira@clix.pt
• À MARGEM DA GALA DOS PRÉMIOS PUBLITURIS – CASTELO DE S. JORGE 2 JULHO 2009
Não me esqueci de que qualquer produto, ou serviço de Turismo, deve primar pela simplicidade, facilidade de acesso e operação, a um preço justo e com um factor de originalidade e emoção que o diferenciem da concorrência directa. Mas admito que é defícil reunir todas estas condições na organização de um debate televisivo sobre o futuro do Turismo, numa mina de sal-gema a 250 metros de profundidade, como sucedeu no Prós-e-Contras de 22 de Junho, em Loulé. No final, se o elevador (tipo gaiola usada pelos operários) tinha capacidade para cinco pessoas, teve que fazer quase 40 viagens para escoar a assistência e pertences. Implicando um risco exagerado. No meu almoço na mina da Saxónia a 750 metros de profundidade fomos por via férrea interna. Detalhe importante em termos de segurança!
SORRIA! ESTÁ EM ESPAÑA – O convidado de Fátima Campos Ferreira, Rafael Anson, ex-presidente da Real Academia da Gastronomia Espanhola, acabou por ser o porta-voz das mensagens que faltam ao Turismo português. Disse que, dos 50 milhões de turistas que visitam anualmente a Espanha, 50% gostam mais da alimentação e bebidas que lhes são servidas. O resultado de estudos aplicados é imprescindível. Por isso, comer, beber e animar é uma boa lição para satisfazer turistas.
Anson disse que Portugal tem quatro dos melhores produtos do mundo: MARISCO, PEIXE, VINHOS E QUEIJOS. Precisa, sim, de ter mais e melhor comunicação para concorrer com DESTINOS mas fortes e maiores, como a França e Espanha. Precisa de melhor sinalização turística nas estradas e localidades, incluindo as novas unidades de hotelaria e restauração. As autarquias devem facilitar a deslocação dos turistas. Não complicar! É sempre bom ouvir estrangeiros falar bem de Portugal e sugerir melhorias!
Este especialista lembrou que a Espanha mudou em 1990 de modelo de promoção, apostando mais na qualidade e nos factores de diferenciação sobre os principais concorrentes, recorrendo às novas tecnologias sem abandonar os meios tradicionais das feiras, outdoors, imprensa escrita e TV. Hoje é a potência europeia que discute com a França a liderança no movimento de turistas, na projecção da sua gastronomia, nos mega-eventos, na imagem e até nos cruzeiros internacionais.
Mas QUEM SE LEMBRA ENTRE NÓS DESTES CONSELHOS? A Espanha leva-nos 19 anos de avanço! E nós não encontramos a chave de acesso aos Top-10 no ranking mundial do turismo?
UM OLHAR PELA CONCORRÊNCIA – Sinceramente esperava dos oradores convidados melhores sugestões e algumas alternativas ao actual (e gasto) modelo de promoção e exploração turística seguido na Europa e, em especial, em Portugal.
A França acaba de dar um sinal positivo com a mudança de imagem e organização da Maison de France para Atout-France, e os EUA vão criar uma funadação público-privada para promover o turismo, depois de se aperceberem que ultrapassaram a França em número de chegadas internacionais, apesar da crise mas graças ao câmbio favorável do euro face ao dólar.
Sei que é bastante difícil, num programa televisivo, expor uma sequência de ideias com princípio, meio e fim. Mas não houve uma única ideia invulgar ... uma pedrada no charco!
Como faço sempre, vou adiantar algumas questões que merecem uma avaliação mais rigorosa, já que não resulta de um debate entre profissionais. Pretende ser apenas a achega que faltou na segunda-feira dedicada por Fátima Campos Ferreira ao Futuro Turismo de Portugal.
E começo por temas inadiáveis, projectando perspectivas comuns “de presente e futuro para um turismo mais sustentável”, e contribuindo para a actualização do Inventário dos Recursos Turísticos e das Cartas e Rotas das zonas turísticas aprovadas. E por favor, acabem com invenções (entidades e pólos em vez de regiões e juntas de turismo), Agora há regiões e zonas para tudo ... menos de Turismo! Qual é o preconceito?
1 - LISBOA NÃO É HAVANA – A nossa capital chegou ao fundo do cartaz das cidades mais degradadas e abandonadas. Da Avenida da Liberdade aos bairros típicos de Alfama, Castelo, Graça. Mouraria, Alto Pina, São Bento, Madragoa, Alcântara, em todas as fotos que se tiram aparecem prédios em ruínas, com gente a habitar em condições miseráveis. Qual destino de hotéis de luxo com tanta ruína e miséria envolvente? E a limpeza urbana, incluindo os pontos-eco, deixa muito a desejar. Aliás, as marcas de recolha e reciclagem de resíduos fazem publicidade televisiva mas esquecem-se que nos locais fronteiros aos pontos-eco devem ter placards apelando à separação dos resíduos, com instruções fáceis. Vejo diariamente, pessoas deixar no contentor azul objetos de plástico, no verde deixam plásticos, etc. Temos muitos analfabetos ou descuidados?
2 – OUTRAS CIDADES CARECEM DE REABILITAÇÃO URGENTE – A lei do arrendamento precisa de ser mudada, com as devidas precauções sociais. Mas em 35 anos de democracia não se vislumbra a mudança da geração dos habitantes mais idosos e carenciados. Há qualquer coisa que falhou no desenvolvimento das populações urbanas, do estádio miserável da ditadura para a esperança da liberdade e de nivelamento europeu! Como disse Seruca Emídio, presidente da autarquia de Loulé, o Programa Polis é positivo mas não chega! Qual País de turismo com casas tão degradadas? E com pontos-eco que são lixeiras à porta das nossas casas? Os autarcas preocupam-se com outros detalhes!
3 – JARDINS DE PORTUGAL – Em cada ano o TPip poderia seleccionar um tema para projectar os pontos fortes da nossa oferta. Um dos primeiros deve ser os JARDINS. Temos já uma excelente experiência na Madeira e em algumas cidades da provìncia, assim como alguns encontros de floricultura. Mas é preciso ombrear com a Holanda! Autarcas e habitantes devem ser estimulados a colaborar na limpeza, manutenção e apresentação dos mais lindos jardins de cada terra. A competição é um meio infalível para reunir talentos e orgulho.
4 – OUTROS ATRACTIVOS – Organizar ANOS do CICLO-TURISMO (promovendo as novas ciclo-pistas e eco-pistas); do SURF (temos algumas das melhores praias europeias para estas modalidades); da VOLTA A PORTUGAL EM VELA (a tradição naútica assim o exige); das GRANDES EXPOSIÇÕES DE ARTES PLÁSTICAS (a coincidir com as efemérides dos nossos pintores e escultores, ou dos estilos mais valiosos da arte em Portugal); da GASTRONOMIA DAS REGIÕES (pratos típicos: caldeiradas, grelhados, bacalhau, carnes bravas, caça, aves, arroz, massas, legumes, sopas, etc.); do GOLFE (para comemorar torneios, efemérides, ou eventos, transmitindo ao mundo que os Portugueses Amam o Golfe); do CAVALO (focando a criação, concursos de hipismo, raids e saltos, etc.); dos FESTIVAIS DE VERÃO (concurso entre os principais festivais de música, canto, hip-hop, cultura urbana, etc). Não faltam temas nem grupos-alvo interessados. Falta é cooperação e dedicação.
5 – RACIONALIZAR FÉRIAS TEMÁTICAS – Cada região é rica em quatro áreas de lazer, podendo desenvolver novas rotas e atracções com mais-valia, desde que enquadradas num plano de promoção forte e eficaz, tendo por núcleo o calendário de eventos por temas, regiões e zonas. Aliás, há dois excelentes exemplos: Macau e Madeira orientam toda a sua promoção anual à volta dos respectivos calendários de eventos seleccionados. Todos os turistas sabem o que podem encontrar em cada época naqueles territórios. Para Portugal sugiro:
5.1 – FÉRIAS VERDES (Turismo de Natureza) – Açores, Madeira, Minho, Douro e Nordeste Transmontano, etc.
5.2 – FÉRIAS AZUIS (Turismo Náutico) – Algarve, Costa Vicentina e Litoral Alentejano; Alqueva e Guadiana; Oeste e Berlengas; Vale do Tejo Internacional; Mondego e Gândaras (Beiras); Vale do Vouga/Ria de Aveiro; Costa de Lisboa/Cascais/Estoril e Península do Sado; Rios Paiva e ...; Douro Litoral, etc.
5.3 – FÉRIAS BRANCAS (Turismo de Interior) – Alentejo; Serra da Estrela, Beira Interior, Monsanto/Monfortinho; Serras do Marão, Gerês, Alvão, Gardunha, S. Mamede, ..., etc.
5.4 – FÉRIAS DE PRATA (Turismo Urbano) – Área Metropolitana do Porto; Área Metropolitana de Lisboa; Fátima e Leiria; Figueira da Foz, etc. Centros de Congressos e de Exposições, Parques Desportivos.
6 – Quanto às ROTAS e EVENTOS - comuns a algumas das REGIÕES, propõe-se a organização local das seguintes opções: A – Rotas de Vinhos; B – dos monumentos religiosos, militares, paços e civis (por estilos); C – das religiões (muçulmana, cristã, hebraica, Caminho de Santiago, Roteiro Mariano), etc.; C – da gastronomia e doçaria regional; D – das profissões e artes – pescadores, lavradores, seareiros, madeireiros, pedreiros, bordadeiras, etc.; E – do artesanato regional; F – das aldeias históricas; G – dos parques naturais e áreas protegidas; H – das Termas e Spas; I – da Defesa Costeira (fortes); J – dos Desportos Náuticos (marinas, praias e piscinas); L – dos Estádios de Futebol; M – dos Balões de Ar Quente; etc.
Valeu a pena assistir ao Prós-e-Contras de 22 de Junho, que me proporcionou mais esta reflexão. Obrigado Fátima Campos Ferreira!

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