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Divulgar Sagres. Bem-vindos ao melhor surf, pesca, mergulho, ciclo-turismo, e às praias vicentinas. Comentar a actualidade. Debater Ambiente, cruzeiros, aviação, excursões, hospitalidade, eno-gastronomia, desportos, cultura, eventos, formação e conhecimento. Aberto a contributos e críticas.

Sunday, December 06, 2009

 
A minha primeira escolha ...

Humberto Ferreira

Turiscópio para Publituris em 11 Dez 2009 e www.Sagresschool.blogspot.com

... é comprar produtos e bens made in Portugal. A segunda é melhorar o Turismo. Por isso, não entendo a Comissão Europeia sem comissário do Turismo. A Europa, as empresas, os países e os cidadãos afirmam-se não através do show-off político no xadrês mundial ou doméstico, mas sim pelo seu potencial e iniciativas na agricultura, indústria, tecnologia, ciência e ensino, saúde e bem-estar, comércio, energia e ambiente, transportes e turismo, produtividade e finanças. Quantos milhões de pessoas utilizam transportes e turismo? Pelo menos 365 vezes a própria população europeia de 493 milhões. Há para cima de 200 mil milhões de utentes anuais e, segundo o Tratado de Lisboa, a Europa destaca primeiro as pessoas, mas mal, pois ignora a primeira necessidade que se sente ao sair de casa: procurar transporte, seja para o trabalho, lazer, reunião de negócios ou férias. Esta é o primeiro pedido ao presidente Barroso. Bem espero que a comunidade turística me acompanhe?

VERDE + PROGRESSO - A minha proposta para 2010 é implantar o conceito “Portugal = um Mundo de Turismo mais Verde! Portugal = The World for Green Holidays & Meetings”.

Aplaudo os cuidados da Convenção-Quadro de Copenhaga, mas lembro o aviso do Presidente Cavaco, no final da Cimeira Ibero-Americana no Estoril: “É preciso conciliar crescimento económico com o respeito pelo Ambiente”. Há de um lado, a crise do Northern Rock, Lehman Brothers, BPN, BPP e milhares de fábricas e empresas que não aguentaram a crise de 2007/09, despedindo milhões de trabalhadores. Do outro, há o efeito que a redução de 42% das emissões de CO2 até 2030/40, poderá provocar na economia europeia e mundial, agravando Transportes, Turismo e mais centenas de milhões de pessoas empregadas e desempregadas. A chave é a urgente conversão para energias e combustíveis limpos!

NOVO CICLO
- Se bem entendi, ao encerrar o recente Congresso da APAVT, em Vilamoura, o ministro Vieira da Silva revelou, além de que o Turismo é uma das suas três prioridades, o seguinte plano Top5:

1ª – Abertura de linha de apoio específica para o Turismo, ao abrigo do QREN e integrada no pólo da competitividade. Afinal, o Turismo era orfão nesta área, apesar do TP relembrar que entre 2006 e 2009, beneficiou de investimentos de 690 milhões de euros, 220 milhões dos quais em incentivos. Mas quantos aguardam licenciamento e financiamento há anos?

2ª – Apoio à captação de investimentos de dimensão na hotelaria e eventos mundiais. Aposta no Ibero Mundial de Futebol 2016 ou 2020 mas marginaliza resorts all-inclusive. Ao menos avisou o mercado, mas sem garantir que outros projectos podem contar com um sim ou não mais breve? Nem com a conciliação ponderada entre crescimento económico e protecção ambiental? E Portugal, que entrou de cabeça nos voos low-cost, não pode dar-se ao luxo de dispensar all-inclusive resorts.

3ª – Reavaliação do Programa Qualificação e Emprego. Reformulação na Formação e Ensino do Turismo, talvez mais dirigida a investimentos, qualificação na gestão, e atendimento no âmbito Customers' Relations Management. Matérias que o ministro domina bem.

4ª – Reforço do Programa de Captação Turística para combater a sazonalidade. Tradução: emoldurar a promoção pública com parcerias público-privadas em programas reprodutivos. Tese muito antiga mas válida.

5ª – Aposta no Programa de Turismo Sénior. Mais abertura aos privados, atenuando a sazonalidade. O Turismo oficial nunca interiorizou a divisão em turismo comercial e social, com vertentes comuns: receptivo, doméstico, emissor, etc. O Inatel monopoliza o turismo social, curiosamente sob a anterior tutela deste ministro.

PRÁTICA – Segue a análise prática anunciada pelo SET no mesmo congresso:

1º – Alargar à África do Sul (visando o Mundial 2010) e à diáspora a campanha “Descubra um Portugal Maior”. Tema de facto mais adequado aos emigrantes do que aos turistas estrangeiros.

2º – Novo Programa de Promoção Turística mais focado na captação de congressos. Dotado de um milhão de euros a três anos. Os congressos ganham 333 mil euros por ano, mas os Convention Bureaux de Lisboa, Estoril, Porto, Batalha, Madeira, Açores, devem ser fundidos no Portugal Convention Bureau, com a missão de coordenar também os grandes eventos e evitar invejas tipo Red Bull Air Race. Boa notícia, se for reforçada a promoção do “bread and butter”: turismo balnear, cultural e desportivo; geo-excursionismo intermodal; escapadelas a Portugal; festas religiosas e tradicionais, víndimas, rotas do vinho; saúde-bem estar, etc. Se as verbas forem baseadas em função dos resultados é uma inversão importante, face à dúvida entre custos e benefícios do Allgarve. E se este Programa for baptisado AllPortugal?

3º – Reforço de 50 milhões de euros na Linha Tesouraria,inserida no PME Investe III. Além dos 100 milhões já atribuídos, o SET quer aprofundar o alinhamento estratégico das Agências Regionais de Promoção com os objectivos nacionais da promoção externa, ou seja, quer olear a correia de transmissão central? De cima para baixo e sem conselhos regionais nem Conselho Nacional de Turismo?

4º – Registo Nacional de Turismo facilitando procedimentos administrativos e uma informação mais ampla. OK desde que se defina bem o que é turismo ao nível de concelhos, aldeias, vilas, pólos, entidades, agências regionais,empresas, resorts, parques, aldeamentos, rotas, transportes, terminais, cais, praias, parques aquáticos, marinas, campismo, centros, postos, feiras, gestores, técnicos, e profissionais de turismo. E o Registo incluirá actividades do mix de turismo, ou só os hotéis e agências? Todos pensam que o Turismo é a árvore das patacas e agora sentem o elevado preço da desistência do Inventário dos Recursos Turísticos depois de 1991?

5º – Plano de Gastronomia XXI visando tornar a gastronomia num factor de preferência pela escolha do destino Portugal, sem referir, porém, a meta mais cara: dignificar o Património Cultural da Gastronomia. Projecto ambicioso enquanto a restauração não admitir pelo menos um diplomado em cada unidade gastronómica. O mau amadorismo, disfarçado de empreendedorismo sem bases, não é mais nocivo?

ANÁLISE POSITIVA – É um plano simples e objectivo de mais um ministro. Também, um atestado negativo à gestão 2005-2009, pois basta ler os propósitos das medidas enunciadas: abrir, captar, reavaliar, reforçar e renovar, em vez de cumprir e continuar. E aos Conselhos Nacional e Regionais de Turismo e ao 1º Centenário em 2011, disseram nada! Boas Festas!

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