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Friday, May 14, 2010

 
BENTO XVI EM PORTUGAL - UMA VISITA SINGULAR
marcada pela ESPERANÇA, pelo DIÁLOGO e pela SOLIDARIEDADE da Igreja de Roma
mas agravada pela AUSTERIDADE e pela REVIRAVOLTA GOVERNAMENTAL nas garantias da subida de impostos

Humberto Ferreira

Esta visita a Portugal de Bento XVI representou quatro dias de limpeza espiritual. Muito benéfica. Em resultado da qual vou tentar aproveitar as suas mensagens e também reaprender os velhos mas sábios ensinamentos do CRISTIANISMO.
Gostei, sobretudo, de ver como os portugueses sabem ainda receber, muito cordial e calorosamente, os grandes vultos da Humanidade e da História. Talvez com alguns excessos da parte de quem não interiorizou ainda o que é preciso poupar para livrae o euro da crise e Portugal da eventual situação de default em relação ao endividamente externo, avaliado no total em 115 por cento do PIB.
Diria mais, que a visita coincidiu, mas foi aproveitada,num período de grave crise económica e social à escala euripeia, em que o nosso fragilizado governo, contrariando, mais uma vez, as promessas eleitorais de Setembro de 2009, o próprio Orçamento de Estado de Janeiro de 2010, e os irados debates parlamentares sobre o Plano de Estabilidade de Crescimento, mais recentes, em que o "ministro" Sócrates aproveitou para tentar humilhar e provocar alguns deputados descrentes da oposição, ao interpelá-lo sobre a sua arrogante mas pouco convincente posição oficial de que o PEC era um plano intocável e suficiente para Portugal equilibrar as depauperadas finanças públicas e satisfazer, simultaneamente os mercados financeiros mundiais, dizia eu, que o nosso chefe do governo acabou por, em 13 DE MAIO de 2010, Dia de Nossa Senhora de Fátima, VOLTAR mais uma vez COM A PALAVRA ATRÁS e apresentar um terceiro pacote de medidas de austeridade aos sacrificados portugueses.

PEC MOTIVA NOVO PLANO DE AUSTERIDADE
Antes de mais, NÃO FUI EU QUE ESCOLHEU A DATA PARA DAR ESTA MÁ NOVA AOS PORTUGUESES, A QUAL FICARÁ, porém, INDELEVELMENTE LIGADA Á VISITA APOSTÓLICA DE BENTO XVI A PORTUGAL, EM MAIO DE 2010.
Do lado deste executivo terá, talvez, havido a expectativa de desviar a atenção dos católicos para o agravamento da situação de crise em que PORTUGAL mergulhou mais uma vez, perante um PEC insuficiente, mas optimista, apresentado em Bruxelas. Mas isso resulta das centenas de trapalhadas e suspeitas de que este e o anterior gabinete têm sido alvo, por se porem bem a jeito dos mercados, dos líderes da União Europeia, dos analistas dos mercados financeiros e dos jornalistas!
Relembro, agora, alguns destes sacrifícios adicionais, a quem anda a contribuir para tentar equilibrar as CONTAS PÚBLICAS há mais de 30 anos, mas deparando-se sempre com a inevotável volta à estaca zero: os trabalhadores por conta de outrém, quer do Estado quer do sector privado, quer ainda os trabalhadores por conta própria, os chamados promissores empreendedores!
1 - EM SEDE DE IRS, com desconto mensal na retenção da fonte, a partir de 1 de Julho de 2010, o governo vai decretar:
1.1 - o desconto adicional, para salários e reformas mensais até 2375 euros, de 1 por cento;
EXCEPÇÃO - ficando, aparentemente, isentos deste aumento de IRS quem receba até três salários mínimos/mês (três vezes 475 euros/mês = 1475 euros);
1.2 - Para salários e refromas mensais superiores, o desconto temporário de 1,5 por cento;
- A RECEITA EXTRA ESTIMADA NESTAS DUAS ALÍNEAS DERIVADAS DO IRS EQUIVALE A UM TOTAL DE 200 MILHÕES DE EUROS;
1.3 - Subida geral do IVA em todos os escalões.. - 1 por cento
Incluindo produtos alimentares essenciais e medicamentos; passando o escalão de 5% para 6%, de 12$ para 13& e de 20% para 21%). ESTA POUPANÇA EQUIVALE A UMA RECEITA EXTRA DE 280 MILHÔES DE EUROS DE JULHO A DEZEMBRO DE 2010;
1.4 - uma tributação especial de mais 2,5% a aplicar aos lucros das grandes empresas e Banca (as quais beneficiavam de um sistema especial abaixo da média geral, dado o significativo volume das verbas envolvidas e com receio, deste e de anteriores executivos, do recurso a alguma engenharia financeira internacional, que afastasse, eventualmente, as sedes fiscais dessas empresas para paraísos fiscais ou mesmo para países europeus mais satisfactórios (como Andorra e Luxemburgo). Os "offshores" foram artimanhas criadas há décadas e desenvolvidas pelo sistema económico financeiro vigente para beneficiar o grande capital e fugir aos impostos nos países de origem. Um verdadeiro tiro no pé dos governantes da época, mas que se mantém, tendo até países como o Reino Unido e Portugal sucumbido ao investimento em zonas francas próprias. O que não ganham em impostos, ganham em postos de trabalho e movimentação de fundos que agradam a banqueiros. Que o diga o fundador e antigo presidente do BCP, agora condenado a pagar uma multa estimada em um milhão de euros e sem poder exercer cargos dirigentes no sistema bancário durante nova anos. Outros administradores foram considerados culpados. O regulador finalmente actuou!

1.5 - subida do IRC das empresas de 25% para 27,5%, com excepção das pequenas e médias empresas.- Mais uma medida cega. Há pequenas e médias empresas que se comportam melhor do que as grandes empresas. E há outras que são classificadas como empresas só em Portugal. Nos outros países são pequenas lojas, pequenas oficinas, pequenos negócios em nome individual! Sem grande futuro! Mas muito acarinhados pelos políticos portugueses, dado o seu significativo número. Mas já o seu cadastro fiscal deixa algo a desejar!
1.7 - tributação sobre as mais-valias bolsistas de 20% sobre as operações lucrativas. O governo estima esta receita extra em cerca de 100 milhões, mas os analistas não acreditam, pois o comportamento dos investidores tem apontado para a procura de alternativas mais favoráveis na "BolsoEsfera".
1.8 - congelamento de novas admissões na Função Pública, enquanto não descer o défice - uma medida cega, uma vez que na Saúde, na Segurança e na Educação, pelo menos, o Estado não pode furtar-se a prestar os serviços públicos mínimos. Bastará ao "ministro" Sócrates deixar de inventar mais organismos, missões, gabinetes, comissões e centrais de propaganda política. CHEGOU A HORA DE ACABAR COM EUFEMISMOS e chamar a atenção do poder, de frente! Até proque nem encontrei qualquer estimativa desta poupança?
1.9 - Corte nas remessas do OE para as autarquias, NO VALOR DE 100 MILHÔES DE EUROS - outra medida cega, na medida em que há autarquias com compromissoas inadiáveis (até derivadas de estragos recentes causados por fenómenos naturais e outras ... mais folgadas neste sentido! Mas este governo é cego!

PLANO ALTERNATIVO DO PSD
Entretanto, refiro,com EVIDENTE DESGOSTO, que o novo líder do PSD, Passos Coelho, foi ontem (antes do anúncio oficial)recebido em São Bento pelo "ministro" Sócrates. Ia mandatado com três propostas pelo conselho nacional do seu partido (o órgão máximo entre congressos). E foram as seguintes as propostas social-democratas:
2.1 - um corte salarial extraordinário e temporário, na função pública, de 2,9%;
2.2 - um corte geral nas despesas médias correntes do sector público num montante equivalente ao produto do corte salarial na FP, de modo a que todos - trabalhadores, empresários, governo, titulares de cargos públicos, gestores públicos e funcionários públicos no desempenho das respectivas funções, façam sacrifícios de montante semelhante; Não encontrei estimativa desta poupança, mas li que a mesma deve equiparar-se à poupança prevista com o corte de salários e benefícios sociais.
2.3 - um corte de 5% nos vencimentos dos membros de cargos públicos,e dos gestores das empresas públicas A única proposta aceite pelo governo, embora o "ministro" Sócrates tenha admimitido na conferência de imprensa dedicada apenas aos canais de TV, que o fez a contra gosto, por não gostar de embarcar em medidas populistas. Ora toma Passos! Aguenta-te agora no balanço!

SUA SANTIDADE DESPROMOVIDA A SUA EMINÊNCIA
Depois deste episódio triste do nosso fado que é pagar todos os desvarios politicos, destaco a visita de Bento XVI a Portugal com outros episódios negativos da televisão.
Tudo o que é demais não presta. Nesta semana ( de 8 a 14 de Maio) fomos forçados (os pagantes da RTP/RDP) a ver, aliás, em todos os canais abertos de TV e em toda a imprensa escrita, as notícias e relatos da vitória do SLB, na Liga de Futebol, e da visita de Sua Santidade a Portugal.
Sem alternativas, cedo de manhã até depois do jantar e altas horas do serão familiar.
Não sou benfiquista mas sou católico e até gostei de ver as passagens e intervenções principais sobre a vinda do Papa a Portugal.
Até consegui mudar a avaliação geral que tinha feito sobre este Papa germânico, depois da generalizada admiração sentida por João Paulo II.
Penso que os três canais principais cumpriram a sua missão bem, pese embora a triplicação das reportagens, mais os RM repetidos na RTP2. Também endereço os meus parabéns à maioria dos jornalistas destacados para estas edições especiais, a revelar profissionalismo e espírito de equipa. E destaco o trabalho da RTP1, talvez por ter mais meios, mais influência, e menos compromissos alternativos.
Mas na quarta-feira, 12 de Maio, na cobertura da RTP1 de Fátima, assisti a duas intervenções de que, creio, não havia necessidade! E que deviam ser evitadas!

DEFENDER O INDEFENSÁVEL
A primeira, foi, lamento dizer, protagonizada por Fátima Campos Ferreira, ao insistir com um convidado em defender uma grande gaffe do "ministro" Sócrates.
Já agora explico porque o despromovi de "primeiro-ministro" para "ministro".
A jornalista que nos tem proporcionado bons programas da série Prós e Contras, entendeu correcta a renitência do chefe do governo chamar ao Papa "Sua Santidade". Como tal sempre que se referiu ao ilustre convidado papal, do alto da sua reconhecida arrogância institucional, usou o termo "Sua Eminência", aplicado ao tratamento com um cardeal.
É uma questão básica protocolar, que os jornalistas sabem ... ou devem saber.
Por isso, eu - um português anónimo, mas que dou o nome - sinto-me no direito de despromover este primeiro-ministro, de quem não gosto, para "ministro" - aliás cargo que ele também já desempenhou, tal como Bento XVI também foi Cardeal, aliás condição sine qua non.
Lamento que FCF tenha usado este argumento barato (de Sua Santidade também ser cardeal), para rebater a observação do clérico, seu convidado na reportagem, e que entrevistava em directo do Santuário de Fátima, sobre as três referências seguidas e erradas, que Sócrates usou revelando aos jornalistas, passagens do seu encontro com "Sua Eminência" - em vez de "Sua Santidade", "Santo Padre", ou simplesmente,"Papa". A cena passou-se quando ele (PM) falava à TV, à saída da Nunciatura Apostólica, em Lisboa, depois de ser recebido por Sua Santidade.
Ora um lapso qualquer um tem. Mas insistir em defender um erro indefensável, só pode ser teimosia! O que hoje é intolerável nos directos.É como se um canal destacasse para a reportagem da recente vitória do SLB um jornalista que fosse um ferveroso adepto do FCP, que indignado com a vitória benfiquista, a classificasse em directo de "campeonato dos túneis", parafraseando o polémico presidente do FCP. Estão a ver a polémica que seria assim provocada? Mas neste caso foi tudo abafado ao estilo luso!

POLÍTICA INTERNACIONAL BARATA
A segunda cena lamentável, foi o tempo de "opinião" de política internacional dispensado a Márcia Rodrigues, também em directo de Fátima, que enumerou, longa e exageradamente, todas as intervenções e casos polémicos do Pontificado de Bento XVI, desde as suas principais afirmações que desagradaram a islamistas radicais (aliás com provas dadas da sua extrema violência), a judeus, e a protestantes das seitas que querem ser igrejas, mas que nem os dirigentes dos credos protestantes mais representativos reconhecem.
MR além de relembrar e insistir na alegada condescedência do cardeal Ratzinger às denúncias sobre padres pedófilos, enquanto perfeito da Congregação da Fé, tudo tentou dizer, repito numa reportagem de Fátima, em directo, quando Sua Santidade era o sujeito da atenção especial dos telespectadores da RTP1 e dos outros canais (alguns estrangeiros), para somar, algo dito e redito, à sua aparente dúvida do efeito apaziguador desta visita Papal a Portugal.
Eu aprendi que numa reportagem, o jornalista não pode ter o papel de comentador político numa prolongada diatribe focando alegados erros de um Chefe de Estado, convidado em visita oficial a Portugal, num directo do maior e mais sagrado Santuário do País!
Também aprendi que o livro de estilo de cada OCS, contém a forma correcta de escrevermos sobre e falarmos com as personalidades sobre as vamos noticiar, entrevistar ou opinar.
E o que dizer quando o nosso Presidente da República convida o Papa a vir a Portugal e depois, jornalistas da RTP - Serviço Público, destacados para a cobertura do programa, aceitam e reforçam a despromoção do chefe de Estado visitante e chefe da Igreja Católica, de Papa a cardeal, ou então enfatizam todas as polémicas que, na actualidade, afligem os católicos de todo o mundo, num dia especial em que o Papa veio ao Santuário de Fátima - Altar do Mundo - trazer a sua mensagem e dar esperança aos portugueses sobre o futuro, a Paz e a Solidariedade entre homens e mulheres de Boa Vontade!
Não haverá directores nem editores na RTP que chamem a atenção para esta descortesia profissional?

EMBANDEIRAR EM ARCO
pOR FIM, no Jornal da Tarde da RTP1 de quarta-feira, 12 de Março, também o pivot de serviço rejubilava com a divulgação dos dados do INE do 1º trimestre, dando a entender que a crise em Portugal estava finalmente ultrapassada, com a economia a crescer graças à procura interna, relevando, tal como o "ministro" Sócrates, a GRANDE VANTAGEM de Portugal ter sido o país europeu com o maior crescimento no primeiro trimestre de 2010. Um recorde certamente para o Guiness!
Eu, quando a esmola é grande, desconfio do doador! E pergunto, com irreverência: quem dá conta do ranking dos países europeus que crescem mais e menos todos os trimestres é o nosso INE? Ou o Eurostat?

Quem ouvisse este "telejornal" da RTP1, pensou que, pelos vistos já nem era preciso reformular o PEC, nem subir o IVA, nem decretar um imposto especial sobre os rendimentos colectáveis em IRS.
Mas não esperamos mais do que 24 horas pela pancada dura e crua da realidade, também através da TV, num atitude indigna de um governo, que marginalizou os jornalistas da imprensa escrita nessa conferência de imprensa de quinta-feira, 13 de Maio. Talvez, quem sabe, por já não haver o Jornal de Sexta na TVI!
Por mim, a única coisa que posso é convidar a equipa da Informação da RTP a visitar o Centro de (Des)Emprego de Benfica e as lojas que têm encerrado! Talvez a triste realidade lhes corte alguma da desnecessária euforia demonstrada nestes episódios!
Um simples desabafo ... para colmatar o encobrimento das gaffes notadas.

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