BelaSagres.blogspot.com

Divulgar Sagres. Bem-vindos ao melhor surf, pesca, mergulho, ciclo-turismo, e às praias vicentinas. Comentar a actualidade. Debater Ambiente, cruzeiros, aviação, excursões, hospitalidade, eno-gastronomia, desportos, cultura, eventos, formação e conhecimento. Aberto a contributos e críticas.

Saturday, October 09, 2010

 
PRIMEIRA PARTE
Valeu a pena navegar, voar, visitar e conhecer tantos e tão bons amigos

Humberto Ferreira

Uma semana emocionante. A sessão da Confraria Marítima de Portugal, na Fragata D. Fernando II e Glória, revendo mareantes amigos, a palestra do prof. Carvalho Rodrigues (a estratégia da “Marinha do Tejo” e a derrota de Massena na invasão francesa de 1810), e a entronização dos amigos Carlos M. Pitta e Gonçalves Viana. O jantar dos 60 anos da Apavt, no Casino Estoril, revendo centenas de amigos e vibrando com a distinção a Belmiro Santos, com quem trabalhei décadas, enquanto acompanhei o talento de sete presidentes, directores e pessoal da Apavt, quadros da DGT, TAP e aviação internacional. O telejornal de 29 de Setembro anunciou a certidão de óbito da economia, 100 anos após a da monarquia. Como se festeja a República num período de luto? Os anos 30 passaram sem festas. Só em 1940 assisti à Expo do Mundo Português. As gerações alimentam-se da estima colectiva, mas se perguntarem às famílias com cortes salariais e empresariais desde 2003, se aprovam gastos exagerados, a maioria dirá NÃO! É preciso produzir, vender e poupar mais. Por fim, o intervalo didáctico na mostra “Viajantes e Turistas à Descoberta de Portugal na 1ª República”. E, assim, o Dia Mundial do Turismo passou despercebido… O Turismo faz a ponte entre a economia, cultura e sociedade. Valeu a pena, nestes 60 anos, trabalhar e conhecer gente de alto gabarito e marcar presença nesta semana histórica. Obrigado a todos.

EXPOSIÇÃO VIAJAR EM 1910 – Quem não visitou esta mostra? Vale a pena até 31 de Dezembro no Terreiro do Paço! Boa iniciativa da Comissão do Centenário e TP. Estudantes e profissionais do turismo e transportes, comerciantes e autarcas, podem aproveitar os trunfos, apostando mais forte no Turismo. Apreciei o belo livro VIAJAR, da INCM - 154 páginas com muito interesse.
Reli com alegria os factores que mais dinamizaram a apetência externa pelos nossos “lugares de lazer”, a ferrovia e as primeiras excursões – Portugal, País de Excursões – e os papéis da Sociedade de Propaganda de Portugal (iniciativa privada de 1906); da 1ª Repartição de Turismo e do IV Congresso Internacional de Turismo na SG (1911); da 1ª classificação das 65 “terras de turismo” - 12 de 1ª e 53 2ª classe (1918); das primeiras 47 estâncias hidrológicas e 50 estâncias de praia (1923). Pergunto: não será útil, agora, o registo dos “municípios de turismo” e a “carta dos equipamentos e serviços de turismo”? Meios indispensáveis para requalificar a oferta? Nova proposta HF.
Portugal no Top5 na organização e planeamento do turismo. Além da agência Pinto Basto datar de 1771 e a Agência Abreu de 1840, o Sud-Express liga Lisboa a Paris e Calais, afinal ao centro da Europa, desde 1887, e os “cruzeiristas” da Mala Real Inglesa, P&O, Booth Line, Nelson Line e outras, visitavam e animavam a capital entre 1869 e 1969. Fausto Figueiredo e Guilherme Cardim abrem o Casino Estoril em 1916! Em 1921 já havia 135 “lugares de turismo” e data de 1922 uma foto no Cais do Sodré, com mais de 60 automóveis com cruzeiristas ingleses, à partida de uma excursão a Sintra e Estoril, sob a sugestiva legenda “Lisboa, cais da Europa”.
O Mar e Aviação mereciam maior destaque. Lembro que, enquanto a KLM foi criada a 7 Outubro 1919 (a completar 91 anos), os Serviços Aéreos Portugueses datam de 1927, a empresa Aero-Portuguesa de 1934, e os “TAP” de 14 Março 1945. A Lufthansa iniciou voos em 1926 e a British Airways em 1936. Marcas lusas na evolução da vida aérea europeia. Apaixonado pelo Mar, recorro a excertos da minha “Breve História de Cruzeiros, Armadores, Navios e Experiências de Turismo Náutico” (6 Out 2009, blogue Sagresschool-Bela Sagres):

PAQUETES PORTUGUESES – A 18 de Junho de 1910, a Empresa Nacional de Navegação (ENN) recebeu o paquete ”Lisboa”. Juntou-se ao ´”África” e “Lusitânia” na rota da África Oriental. O “Lisboa” partiu para a sua 2ª viagem a 1 de Outubro de 1910, sendo o último a largar com a bandeira da monarquia. Atracou em Luanda a 15 de Outubro, já sob o regime republicano. Partiu para Cape Town, onde era esperado a 24, mas na véspera encalhou em Soldiers’ Reef, a 60 milhas do destino, numa zona rochosa. Os náufragos foram salvos mas o navio perdeu-se. O “Lusitânia”(1905) da ENN encalhou a 18 de Abril de 1911 junto ao Cabo das Agulhas, com 800 passageiros e tripulantes, recolhidos e tratados na Cidade do Cabo, apenas com quatro baixas. A ENN ficou sem meios para novos navios. O “Lisboa” foi substituído pelo “Herzog” (1896), rebaptizado “Beira”, e o “Lusitânia” pelo “Bruxellesville” (1908), rebaptizado “Moçambique”. Na guerra de 1914-18, Portugal perdeu sete paquetes e 73 cargueiros. Finda a guerra, os Transportes Marítimos do Estado exploraram os navios alemães apreendidos em portos nacionais. Iniciativa pública fracassada.
Em Abril de 1918, a ENN mudou para Companhia Nacional de Navegação (CNN). A Sociedade Geral (Grupo CUF) data de 1919, e a Companhia Colonial de Navegação de 1922. A Empresa Insulana de Navegação operou de 1871 a 1974, quando se ligou aos Carregadores Açoreanos e Companhia Colonial de Navegação, mudando o nome para CTM – Companhia de Transportes Marítimos, até ser desactivada em 1985, quando Portugal “desistiu” do Mar.
PAQUETES OCEÂNICOS NOVOS – Só em 1929, a CNN recebeu o “Quanza”. Em 1930 a EIN recebe o “Carvalho Araújo” e o “Funchal” 31 anos depois, o qual ainda opera para a Classic International Cruises. Em 1967, a frota incluía 26 paquetes, tendo os últimos navios do despacho 100 – Renovação da Frota 1945-1955 – sido o “Funchal” e o “Infante D. Henrique” (este despacho concretizou 56 navios). Ambos foram adquiridos em 1977 e salvos da sucata pelo armador grego George Potamianos. O “Funchal” em 2011 será remodelado para “cruzeiro-boutique” e adaptado à Convenção Solas. Há quem invista no Mar. Este armador merece a Ordem do Infante, pela sua aposta em operar navios portugueses e ser o nosso único armador de cruzeiros internacionais. A esperança em Portugal, no Turismo e no Mar perdura! Mas jamais esquecerei o fraco Agosto turístico de 2010.

SEGUNDA PARTE – UMA EXPLICAÇÃO
O fraco Agosto turístico 2010


O habitual comunicado do INE sobre o comportamento mensal da hotelaria portuguesa, referente a Agosto de 2010 e distribuído em 8 de Outubro, não podia ser mais optimista:
A hotelaria portuguesa conseguiu em Agosto 5,7 milhões de dormidas, 291,8 milhões de euros de proveitos e uma receita média por quarto disponível de 54,7 euros, com os quais ultrapassou os melhores resultados históricos para este mês, que datavam de 2007.
E continuava: “No mês de Agosto de 2010, a hotelaria apresentou 5,7 milhões de dormidas, representando um crescimento homólogo de 5,9%. Para este resultado contribuíram os não residentes (+8%) e também os residentes, embora com um aumento menos expressivo (+3,1%).”
Em 2009, segundo os dados divulgados à época pelo INE, as dormidas tinham baixado para 5,4 milhões e os proveitos tinham caído para 259,4 milhões de euros, depois de em 2008 terem também caído em relação a 2007 respectivamente em 1,1% e em 1,3%.
Sobre o RevPAR, o indicador que mede o valor médio de receitas por quarto disponível, e é o mais utilizado na hotelaria internacional, os 54,7 euros de Agosto deste ano comparam positivamente com 50,5 euros em 2009, 53,3 em 2008 e 51,1 em 2007. Assim, o Agosto de 2010 passa a ser o ano com o RevPAR mais elevado, segundo o INE.
A informação do INE assinala ainda: “o comportamento dos principais mercados emissores foi maioritariamente positivo” e destaca os crescimentos das dormidas de franceses e alemães, respectivamente em 14,7% e 14,6% - ignorando que 2009 foi um ano de crise mundial nas finanças, na economia e no turismo.
O INE releva que os turistas holandeses e irlandêses “foram os únicos” a terem quedas na hotelaria portuguesa em Agosto de 2010, respectivamente em 0,5% e 4,2%.
O aumento do número de dormidas, segundo a análise do INE, resultou tanto de um crescimento do número de hóspedes, em 4,9%, para 1,767 milhões, como de uma subida do tempo médio de permanência dos clientes, e levou a uma melhoria da taxa de ocupação (em camas) em 1,5 pontos, para 64,7%.

AGOSTO VIVIDO NO ALGARVE - Ora ainda me lembro bem de Agosto 2010 no Algarve – com poucos ingleses e alemães, alguns espanhóis, italianos e turistas do Leste da Europa, e muitos portugueses... mas "tesos". Quanto a franceses, irlandeses, holandeses, belgas e escandinavos nem se dava por eles nas praias, nos restaurantes, bares, esplanadas, supermercados e centros comerciais.
Sabe-se que, mesmo assim, foram os clientes portugueses que "livraram" do colapso a hotelaria no Algarve e em Lisboa. Sim, Lisboa, pois ainda há algumas famílias da província que aproveitam as férias de Verão para visitar a capital e mostrar os monumentos e museus mais emblemáticos aos filhos. Mas já na Madeira e outros destinos turísticos, a história foi bastante diferente: menos turistas, menos emigrantes, menos veraneantes, menos vendas e menos receitas. Havendo muitas famílias que nem saíram de suas casas na Grande Lisboa e Grande Porto. Outras optaram por ir todos os dias de carro, ou transportes públicos, para a Caparica e praias das linhas do Estoril e Sintra, onde chegaram a ocasionar desacatos, sendo necessário reforçar o policiamento. Sinal de crise social latente!
É certo que as praias tiveram sempre cheias entre Junho e Setembro, graças ao bom tempo e aos desempregados no Algarve e na Grande Lisboa – numa ida pouco se gasta além da deslocação. Creio que também o resto do País foi afectado pela mesma situação de “aperto” das famílias! Mais um sinal da crescente crise! Ou será que o número de desempregados também é mentira da reacção?

OS INDICADORES DO TURISMO - Sei que é mais fácil para os serviços do INE trabalharem (por amostra) os dados da hotelaria e sossegarem o povo com os belos resultados dos hotéis seleccionados em Agosto. O problema é que o INE nunca foi um departamento especializado em Turismo. Até cerca de 1995, as estatísticas oficiais sobre Turismo eram compiladas e distribuídas pela extinta Direcção Geral do Turismo. Agora nem o Turismo de Portugal intervém.
Portanto, aqui vou relembrar aos mais distraídos, que as estatísticas de qualquer ano, época, trimestre, ou mês turístico, a nível nacional ou regional, devem integrar os seguintes factores:
1 – as dormidas e taxas de ocupação na hotelaria e meios complementares de alojamento local.
2 – as entradas de turistas de nacionalidades estrangeiras (que permaneçam mais de 24 horas em território nacional) nas fronteiras aéreas, terrestres e marítimas.
3 – as entradas de excursionistas estrangeiros (que permaneçam menos de 24 horas), incluindo os passageiros de navios de cruzeiro e de voos com ligações nos aeroportos nacionais, mais o intenso movimento transfronteiriço.
4 – as entradas de cidadãos portugueses (emigrados ou residentes no exterior), os quais também concorrem para a balança turística com divisas e despesas durante a sua estada em férias.
5 – as vendas de serviços complementares aos turistas, excursionistas e passantes: as voltas nos campos de golfe; a venda de excursões comerciais ou organizadas e cruzeiros fluviais e costeiros, com itinerários curtos ou de duração superior a 24 horas (incluindo, portanto, dormidas), para grupos fechados; as entradas em parques temáticos (parques aquáticos, zoológicos, desportivos, piscinas, programas de animação desportiva e de diversões nas praias e parques desportivos, museus, monumentos e matas nacionais, festivais, concertos, exposições, romarias, peregrinações, e outros eventos de impacto local, regional e nacional.
6 – as vendas de transportes nas linhas de expressos rodoviários, comboios inter-cidades, táxis e transportes locais.
São estes, afinal, os seis núcleos de serviços que constituem o produto turístico contemporâneo e que as universidades e os serviços de turismo devem analisar e divulgar, sem copiar a propaganda política que transparece dos comunicados do INE.

PORTUGAL 2010 – De facto, se perguntarem, como eu, aos banheiros (agora são concessionários de apoios de praia, licenciados pela Autoridade Marítima (Capitania do Porto mais próximo - pois deixou de haver Delegações Marítimas nas antigas vilas piscatórias e balneares), em instalações aprovadas pelo POOC - Programa de Ordenamento da Orla Costeira, subordinado ao Ministério do Ambiente - o que eles inventam para o Simplex oficial e artificial... se tiveram em Agosto de 2010 mais receitas do que em Agosto de 2008 (2009 foi outro ano para esquecer) com o aluguer de toldos, espreguiçadeiras, gaivotas e outras "brincadeiras" de lazer, ou mais vendas de "alimentação e bebidas, DIZEM-LHES QUE NÃO.
Agosto de 2009 e 2010 foram duas épocas seguidas de praia, com receitas baixas e prejuízos. Nunca vi as "concessões" tão vazias e o “areal livre” tão cheio de chapéus de sol e toalhas estendidas!
Tal como para os alojamentos locais (que substituíram as pensões, residenciais, albergarias, hospedarias e "rooms, chambres e zimmer", apartamentos, e casas de férias para alugar nas praias e termas - agora podem chamar-se "Beach Residence" ou "Beach Boutique"... mas “residencial” não é mais permitido!). Estas unidades, muitas delas familiares, viveram dificuldades para pagar os salários aos colaboradores e as facturas dos fornecedores. Há várias unidades à beira da falência. Mas devem ser analisadas, certamente, por outro sector do INE!
Entretanto, em Agosto de 2010 notava-se, à vista, o elevado número de lugares vagos nos restaurantes, esplanadas, cafés, snack-bares (detesto esta categoria) e, também, no comércio local. Até os mercados municipais e supermercados se queixaram da baixa de vendas nas praias e termas em Agosto de 2010.
Talvez, os únicos estabelecimentos que se "livraram" desta crise foram as discotecas e "derivados da noite" - outro sinal da grave crise social e de insegurança pública que também está a crescer, embora em sentido contrário, como alternativa à obtenção de proveitos alternativos, pois basta ver as páginas de "ofertas sexuais" nos diários mais populares e na internet.
Pensava eu que um Governo constituído por portugueses ilustres, com cabeça, tronco e membros, deveria estar atento aos sinais negativos da crise, sem tentar vender "gato por lebre"! Mas enganei-me.

EXCEPÇÕES CONFIRMAM A REGRA – Quanto aos hotéis de praia, houve algumas novas unidades, que pela curiosidade, por um lado, e recente falta de unidades de concepção arrojada, por outro, conseguiram, de facto, angariar ocupações interessantes. Mesmo assim, não como antigamente, quando as famílias com três e quatro filhos (coisas do antigamente) faziam normalmente superar, em Agosto, a taxa de ocupação dos 100%.
Talvez os actuais dirigentes centrais, regionais e locais do Turismo nem se lembrem deste factor? As ocupações acima dos 100% de ocupação dupla, no topo da época balnear, quando o ano escolar começava a 7 de Outubro, e os alunos se aplicavam mais ao estudo, absorvendo maior cultura geral.
Normas que se aplicam ainda aos cruzeiros durante todo o ano! A capacidade dos navios é, actualmente, indicada multiplicando por dois o número de camarotes (pois também deixou de haver camarotes individuais, tal como nos hotéis) mas, em muitos cruzeiros (tal como nas excursões de estudantes finalistas na Páscoa, sucede nos hotéis dedicados a este segmento) a ocupação dos camarotes não duplica apenas, mas quadruplica, com filhos ou amigos jovens no mesmo camarote... nas suites... ou no mesmo quarto, com camas suplementares!
Mas nos últimos anos, com o aumento da capacidade hoteleira, especialmente no Algarve, Lisboa e Madeira, estas taxas superiores a 100% deixaram de ser atingidas ou reveladas. Eram um sinal da consistência da procura externa ou interna.
Agora, a imprensa, reflectindo o dia-a-dia, dá outras notícias. Por exemplo, da apreensão dos hoteleiros e outros operadores do sector quanto à baixa procura. Serão os jornalistas os enganados? Eu leio os jornais e vejo os telejornais, todos os dias! E nem saí este ano para o estrangeiro!

O MISTÉRIO DO RevPAR – Por fim, o RevPAR médio de Agosto de 2008, calculado pelo INE deu 53,3 euros, e dois anos depois deu 54,7 euros (uma diferença de apenas 1,4 euros). Mesmo assim, tendo em atenção que os clientes portugueses é que reequilibraram as receitas, quer dizer que os hoteleiros cobram mais aos clientes portugueses!
Ora, no início da crise, a subida de 2007 (51.1 euros) para 2008 tinha sido mais proveitosa (2,2 euros).
Enquanto no auge da crise, entre 2009 e 2010, a inesperada subida foi de 4,2 euros. Será que o INE mudou os parâmetros?
Agora 5,7 milhões de dormidas e 1,767 milhões de hóspedes (incluindo portugueses) num mês é OBRA.
E 291,8 milhões de euros de proveitos também. Parabéns!
Quanto cabe agora ao Fisco? De IVA e IRC! O ministro Teixeira que deixe de se queixar. Please!
E só gostava de saber onde vão os técnicos do INE passar férias?

Labels:


Comments: Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]





<< Home

Archives

October 2006   November 2006   December 2006   January 2007   February 2007   March 2007   April 2007   May 2007   June 2007   July 2007   October 2007   November 2007   December 2007   February 2008   March 2008   June 2008   July 2008   August 2008   September 2008   October 2008   November 2008   December 2008   January 2009   March 2009   April 2009   May 2009   June 2009   July 2009   August 2009   September 2009   October 2009   December 2009   January 2010   February 2010   March 2010   April 2010   May 2010   June 2010   July 2010   August 2010   September 2010   October 2010   November 2010   December 2010   January 2011   February 2011   March 2011   April 2011   May 2011   June 2011   July 2011   December 2011   February 2012   May 2012   June 2012   July 2012   September 2012  

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscribe to Posts [Atom]