BelaSagres.blogspot.com

Divulgar Sagres. Bem-vindos ao melhor surf, pesca, mergulho, ciclo-turismo, e às praias vicentinas. Comentar a actualidade. Debater Ambiente, cruzeiros, aviação, excursões, hospitalidade, eno-gastronomia, desportos, cultura, eventos, formação e conhecimento. Aberto a contributos e críticas.

Wednesday, March 02, 2011

 
SELECÇÃO “NOTICIA DO DIA” HF

ERA INEVITÁVEL ...
... mas precisamos de nos acautelar com medidas preventivas.
Pois, as energias alternativas ...eólicas, barragens, ondas, e autos eléctricos não bastam! Fornecem pouco e a preços ainda muito mais elevados!

============================

IATA revê em baixa lucros para 8,6 mil milhões de dólares devido à subida do petróleo

Companhias de aviação esperam queda de 46 por cento nos lucros em 2011 (comparativamente a 2010)

FONTE: Público 2011Mar02

A escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais nas últimas semanas poderá fazer cair para quase metade (em 46 por cento) os lucros das companhias aéreas em 2011, comparativamente ao ano passado, calcula a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA).

A organização, que representa 93 por cento do tráfego aéreo comercial
...(quer dizer, os restantes 7% da capacidade de oferta do transporte aéreo mundial é representado pelas empresas de baixo-custo (ELCA), pelas regionais (ERA) e pelas transportadoras independentes (todas sem acesso à IATA ou associações específicas), ... reviu em baixa as previsões dos lucros de 2011 para 8,6 mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros), face aos 16 mil milhões de dólares (cerca de 11 mil milhões de euros) encaixados pelo sector no ano passado.

Quando, em Dezembro, a associação mundial do sector reviu em alta os resultados da indústria no ano passado, avisou que em 2011 o crescimento seria travado, temendo já uma subida do preço do petróleo. Nessa altura, a IATA estimava uma descida dos lucros para 9,1 mil milhões de dólares (6,6 mil milhões de dólares).

Agora, as estimativas apontam para uma quebra de 46 por cento dos lucros no sector, pelo que as transportadoras terão de garantir a sobrevivência através de uma margem apertada, de 1,4 por cento, que o director-geral da IATA, Giovanni Bisignani, considerou hoje “patética”.

Em Dezembro, as previsões tinham sido feitas com base no preço do petróleo a valer 86 dólares por barril, mas “os levantamentos políticos no Médio Oriente” obrigaram a uma revisão a partir do momento em que o petróleo escalou “acima dos cem dólares”, justificou o director-geral da IATA. O cálculo da organização foi feito tendo como referência o valor de 96 dólares o barril.

“A mudança mais significativa nas nossas previsões tem a ver com o preço do petróleo”, sublinhou à AFP Bisignani. Os gastos energéticos representam, em situação normal, 29 por cento da factura de custos operacionais das transportadoras, poderá situar-se nos 166 mil milhões de dólares (120 mil milhões de euros), agravados em dez mil milhões pela subida dos preços dos combustíveis.

Do lado das receitas, é esperada uma quebra para os 594 mil milhões de dólares (430 mil milhões de euros), não tendo Giovanni Bisignani dito se o sector poderá compensar as quebras com um aumento das tarifas.
===================

COMENTÁRIO de Humberto Ferreira
O ”histórico” dos altos e baixos da gestão financeira e operacional da aviação comercial (desde que foi introduzida uma pseudo-liberalização nos EUA, entre 1977 e 1980, durante o mandato do Presidente Carter e sob a estratégia de Alfred Khan, professor de Economia na Universidade de Cornell (NYC), nomeado para presidir ao extinto CAB – Civil Aviation Board - passa exactamente pela constante busca de se agradar aos reguladores mais apostados, acima de tudo e de todos, em proteger os consumidores do que as empresas e centenas de milhares de trabalhadores da aviação. O QUE PARA MIM, NÃO FAZ SENTIDO, NUM SECTOR ESTRATÉGICO!
Para os passageiros (nacionais e estrangeiros) viajarem quase de graça (a sete e oito euros à partida de Faro para destinos europeus, tarifas artificiais como a Ryanair tem vindo a promover desde o Outono de 2010), os governos europeus permitem que outras companhias de aviação constituídas entrem em falência, suspendam operações e despeçam os trabalhadores.
EM PORTUGAL, entre as companhias que não conseguiram acompanhar esta pressão, destaco: a Air Luxor, Air Sul, Air Columbus, Linhas Aéreas Regionais, etc.
DESREGULAMENTAÇÃO
O passado da desregulamentação (aérea processo iniciado nos EUA em 1977 e seguido na União Europeia duas décadas depois) demonstra BEM não haver a mínima contemplação com as frequentes falências de grandes companhias internacionais(como a PanAm, TWA, Braniff, Eastern, Panair e Varig, Swissair (aliás Grupo Sair), AOM, Air Liberté, British United, British Caledonian, etc.) nem com o despedimento de largas dezenas de milhares de trabalhadores dessas companhias e de outras que continuam em risco!
GESTÃO AGRESSIVA
É evidente que os executivos da aviação internacional também são BASTANTE culpados pela sua teimosia e resistência à subida normal das tarifas, de acordo com a flutuação dos custos operacionais e financeiros da sua actividade... ao longo deste conturbado período. Sonham sempre, em primeiro lugar, na destruição da concorrência, por eles serem os melhores gestores e os que conseguem lucros com as tarifas mais baixas do mercado. E quando dão por eles, são os primeiros a ter que abandonar o mercado e a deixar milhares de desempregados atrás!
O FANTASMA DO DUMPING
A prática também demonstra, ainda, que os executivos da aviação mundial, preferem praticar o DUMPING (totalmente condenado por leis nacionais e internacionais, mas amplamente consentido pelos reguladores em nome da tal defesa dos consumidores), em vez de calcular bem e aplicar correctamente os preços das passagens e dos fretes aéreos, em consonância com alguns custos que não dominam. Desde os combustíveis às crescentes taxas e impostos aplicados ao sector; ás graves condições impostas pelo ATC (Controlo de Tráfego Aéreo e Navegação) e pela maioria dos aeroportos mais populares; à concorrência de novos e mais dispendiosos modelos de aviões; e ao desafio da abertura de novos aeroportos e consequente mudança de estruturas locais (de vendas, operações, manutenção e imagem); e, por fim mas não menos importante, à complexa distribuição – hoje alargada a seis vectores: (1) as redes de agências de viagens; (2) as agências de viagens independentes; (3) as suas próprias redes de lojas de venda ao público, nas cidades e nos aeroportos, por um lado, e (4) de “call-centres” estrategicamente deslocados em países terceiros, por outro lado; (5) a intervenção dos GDS (agora sob cerrado ataque da American Airlines); (6) e, por fim, a importante oferta de promoções na hora, e de reservas com antecedência e de última hora, através da internet, e em articulação com a técnica do yield management, que exige uma gestão de 24 sobre 24 horas nos inventários de milhares de voos, em partida de centenas de aeroportos e de mercados, o que se torna numa operação complexa, variável e altamente dispendiosa para se tornar eficaz!
SUGESTÃO DIFÍCIL
Por isso, esta sugestão para a IATA recorrer ao aumento das tarifas … não faz sentido! Os executivos receiam que aumentar tarifas seja sempre aproveitado pela concorrência para os "destruir".
Tal como não tem solução á vista, a questão da actual asfixia dos produtores portugueses de leite, batata, legumes, fruta (por exemplo banana) pescado fresco, e outros produtos. Uma vez que os portugueses não conseguem produzir e vender a preços de concorrência ... pela falta de dimensão crítica do nosso mercado e por falta de apoios comunitários aos pequenos PAÍSES. Pois é, ainda ninguém deu por isso? E note que a tendência para este desequilíbrio da produção, distribuição e comercialização de alimentos, viagens, etc., … é cada vez pior para pequenos países, como Portugal, subsídio-dependentes!
VOLTAR AO SISTEMA DOS PREÇOS CONTROLADOS
A única solução seria voltar ao antigo sistema em que a IATA não permitia às companhias associadas BAIXAR TARIFAS em cada rota, exactamente em nome da concorrência leal, entre parceiros. Havia tarifas aprovadas e publicadas pela IATA (através do OAG) e as companhias nem descontos podiam fazer a ninguém sem estar previsto nas normas, tais como gestores e empregados e familiares, agentes de viagens adstritos à venda do transporte aéreo e à programação e comercialização de pacotes de férias, congressos e viagens de incentivos, com voos incluídos.
Diziam os defensores do sistema actual que havia o perigo de cartelização por parte das transportadoras. E agora? Há o perigo das falências e do desemprego maciço de pessoal!
PRIVATIZAÇÃO DA TAP
É neste quadro internacional, que o Governo de Lisboa acredita poder fazer, em 2011,, o negócio das Arábias (que tarda desde 2002),com a privatização (venda) da TAP a algumas companhias estrangeiras interessadas? (Qatar Airways e Lam-LanChile?).
O MOPTC parece ter dito numa comissão parlamentar, que há companhias estrangeiras muito interessadas em "beneficiar do excelente trabalho produzido pela administração brasileira nos últimos 11 anos (lembro que esta equipa foi inicialmente contratada pelo grupo suíço SAIR (1997-2001) para gerir a TAP, em nome dos prometidos accionistas suíços, que, afinal, acabaram por falir primeiro, quando a UBS, num dia de Outubto de 2001, lhes tirou o tapete!). Foi o MOPTC Jorge Coelho que aproveitou a experiência dessa equipa e reiterou a sua contratação. Que, aliás, tem sido renovada, dados diversos êxitos alcançados, até à data!
Mas pelos vistos, o actual MOPTC está afastado da problemática internacional do sector e dos factores que nem ele nem o governo dominam.
Como, até onde vão subir os preços do petróleo?
Qual vai ser o impacto negativo nos resultados das transportadoras? aéreas, marítimas, rodoviárias e ferroviárias?
E em que sentido vai acabar a agitação no Magrebe e no Médio Oriente?
PORTUGAL NA ENCRUZILHADA, ENTRE O MEDITERRÂNEO E O ATLÂNTICO
Ninguém tem a certeza, mas coisa boa não se espera certamente!
Já sabemos do fatal destino dos governos da Tunísia, Egipto e Líbia (o líder deste país – amigo do actual chefe do governo de Lisboa - continua em guerra civil com a oposição, mas tem o destino marcado!).
Só não conhecemos o que o futuro reserva a esses países e a essa zona estratégica do globo?
Que grupos e interesses irão dirigir esses países? A Al-Qaeda? Os moderados? Ou outros radicais ainda piores em termos de abrirem frentes de batalha? Como o Hamas?
E o que vai acontecer nos outros países ÁRABES onde já correm intensos focos de agitação contra os poderes instalados? Desde Marrocos aos Emirados Árabes Unidos?
Uma das companhias interessadas na privatização da TAP até é dos Emirados Árabes Unidos!
ESTOU MUITO PREOCUPADO! MAS, ESPERO, SINCERAMENTE, QUE, PELO MENOS, O PM TRAGA, HOJE, BOAS NOTÍCIAS DE BERLIM!
TRANSPORTES, TURISMO E IMAGEM DE EFICÁCIA SÃO VITAIS PARA PORTUGAL, nesta encruzilhada!

Labels:


Comments: Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]





<< Home

Archives

October 2006   November 2006   December 2006   January 2007   February 2007   March 2007   April 2007   May 2007   June 2007   July 2007   October 2007   November 2007   December 2007   February 2008   March 2008   June 2008   July 2008   August 2008   September 2008   October 2008   November 2008   December 2008   January 2009   March 2009   April 2009   May 2009   June 2009   July 2009   August 2009   September 2009   October 2009   December 2009   January 2010   February 2010   March 2010   April 2010   May 2010   June 2010   July 2010   August 2010   September 2010   October 2010   November 2010   December 2010   January 2011   February 2011   March 2011   April 2011   May 2011   June 2011   July 2011   December 2011   February 2012   May 2012   June 2012   July 2012   September 2012  

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Subscribe to Posts [Atom]