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Tuesday, April 26, 2011

 
QUANTA BOA VONTADE CONCENTRADA EM BELÉM EM 25 DE ABRIL
EX-PRESIDENTES APONTARAM AO NOVO GOVERNO UM ACORDO DE APOIO MAIORITÁRIO PARLAMENTAR

Humberto Ferreira

Aderi em 1974, com muita esperança, ao Movimento das Forças Armadas. Depois, começaram a chegar a Lisboa os chefes políticos exilados e começaram as minhas primeiras desilusões e dúvidas, alargadas ao comportamento de Otelo, como general graduado do CopCon, e sobre tantos outros episódios pouco dignificantes para a Democracia a instaurar. Duvidei em especial sobre a justificação atribuída desde logo à complexidade do exercício político? Tudo não seria melhor e mais fácil para os governantes, quanto mais simples fosse para o cidadão comum da época? Mas os políticos gostam de complicar tudo e baralhar todos. Foram estes maus exemplos que me afastaram da política em Portugal, depois de ter vivido quatro anos a desfrutar a fluente democracia britânica.
A esperança surgida com o 25/4 foi, assim, avara em frutos. E a verdade é que digam as maravilhas que queiram, os trabalhadores portugueses, sejam científicos, intelectuais, técnicos, agrícolas, industriais, comerciais, de prestação de serviços ou auxiliares, continuam passados 37 anos a auferir os salários mais baixos da União Europeia, em contraste com os vencimentos mais altos dos executivos de empresas públicas e privadas portuguesas. Até algumas das antigas repúblicas comunistas do Leste da Europa já conseguiram, numa dezena de anos, ultrapassar o salário médio luso. Mantendo e melhorando as suas indústrias, explorações agrícolas, escolas e centros de investigação, e apostando no comércio internacional.
A nossa descolonização apressada foi direccionada a favor do PC, criando demasiados anti-corpos, inclusivamente nos quadros e empresários portugueses residentes nas colónias, que foram trabalhar e investir noutras paragens mais flexíveis. A nível interno, as rivalidades políticas, bastante extremadas, também não permitiram nem governos de salvação nacional, nem a criação de um texto constitucional moderado, numa época em que já se adivinhava o colapso do comunismo internacional na Europa. O muro de Berlim cairia a 9 de Novembro de 1989 e o regime soviético a 29 de Agosto de 1991, respectivamente 15 e 17 anos após a revolução dos cravos em Lisboa. Mas vão lá relembrar, ainda hoje, estes factos aos filiados no PCP! Ainda não são capazes de admitir estas verdades, nem tão-pouco a sua derrota em querer transformar logo Portugal numa república soviética, obediente ao Kremlin! São falhados e teimosos!
Assim como não reconhecem, ainda hoje, o descalabro da reforma agrária e das cooperativas que enlutaram o Alentejo e a nossa agricultura, nem os crimes do PREC.

DESPREOCUPAÇÃO, ALTOS INTERESSES OU INCOMPETÊNCIA?
Hoje, tirando as vinhas, pomares e algumas estufas para mimos hortícolas, a agricultura lusa ainda não conseguiu recuperar dessa crise. Continua,pelo contrário, a atrair cada vez mais dificuldades para os últimos produtores da pecuária, florestais, seareiros, e outros. Portugal deve ser, hoje, o país europeu com maior parte das suas terras agrícolas abandonadas ou à venda à espera de compradores que as transformem em urbanizações fantasma, a que se junta cerca de 22% do nosso território verde dedicado a reservas naturais. Não somos ricos, mas temos a mania que podemos viver como os ricos, rodeados de reservas e parques naturais, que no verão até são pasto das chamas, por falta de meios de vigilância e ordenamento.

DIREITO À ALIMENTAÇÃO PASSA PELO ESTUDO E TRABALHO
E o pior é que uma parte significativa da população mais pobre pensa e acredita que se estamos na União Europeia, os países ricos que nos forneçam comida boa e barata. Pelos vistos esqueceram como foram tão explorados pelos fascistas portugueses, desejando repetir a dose com outros exploradores europeus do capital e do trabalho alheio. Como é possível ainda haver pessoas a pensar assim?
Isto, numa época em que os produtos alimentares sobem exponencialmente nos mercados, procurados para novos bio-combustíveis, por causa do excessivo custo internacional do barril do petróleo e, entre nós, agravado pelo excessivo peso dos impostos sobre produtos petrolíferos e pelo monopólio da refinação nacional, nas refinarias de Sines e Leixões.
Governantes, empresários e consultores de planeamento estratégico devem andar muito distraídos, pois não falta muito tempo para que outra crise nos atinja: a falta de cereais para o pão que consumimos, assim como de batata e legumes para a alimentação das famílias.
Terras faccionadas e abandonadas há décadas demoram alguns anos a preparar para sementeiras produtivas ao nível do resto da Europa. O minifúndio, a construção, o factor verde, e o individualismo deram cabo da agricultura. E o emparcelamento rural nunca foi bem aceite, mas quem paga as facturas dos erros de planeamento e as medidas erradas são sempre os mesmos. O povo que ainda consegue trabalho para pagar impostos!

ACTIVIDADE ECONÓMICA EM QUEDA
A organização e a dispersão do tecido empresarial português não têm ajudado a integração de Portugal na Europa competitiva.
A pesca e as indústrias também morreram, com poucas mas honrosas excepções, com destaque para a Autoeuropa, a Sonae Indústria e outros produtores de madeira e mobiliário, de moldes industriais de plástico e ferramentas.
Reina o ciclo da alta tecnologia, e das propostas low-cost. Mas até as fábricas e empresas tecnológicas têm sido alvo de sucessivas deslocalizações e encerramentos, tanto por parte de iniciativa lusa como estrangeira, com perdas de largos milhares de postos de trabalho e investimentos, nos últimos anos.

PONTO MÁXIMO DA DEMOCRACIA PORTUGUESA
Nota positiva do 25 de Abril foi a nossa capacidade de reintegração de cerca de 900 mil retornados das antigas colónias, num curto período.
Foi pena, esses portugueses, devido ao adverso clima político instalado nos cinco novos países da lusofonia (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, e Cabo Verde), terem preferido regressar a Portugal sem nada, em vez de integrar o desafio da esperançosa criação desses novos países. Ficaram marcados pela perda total dos seus investimentos, esforços, trabalho e dedicação de décadas. Hoje seriam parceiros influentes nessas zonas do globo.
O balanço destes 37 anos também é geralmente positivo. Mas poderia ter sido bastante melhor, com melhores políticos, dirigentes mais abertos à cooperação e maior audição aos membros mais sábios e experientes de cada geração. É pena os nossas políticos dedicarem-se mais à intriga política e ao debate eleitoral e menos a planear e construir um país viável.
Preferem sacrificar um povo que se vê, já três vezes, à beira da falência!

O 25 DE ABRIL DE 2011 SEGUNDO SAMPAIO
Ouvi, atentamente, os quatro discursos da manhã, na tenda montada nos jardins de Belém. Por acaso, esteve um dia lindo de sol. Se chovesse, como ontem ao fim da tarde choveu na praia dos Pescadores, em Albufeira, queria ver os ilustres convidados presidenciais …
Sampaio foi quem deu a mão a Sócrates, desprezando uma amizade antiga com o anterior líder do PS, Ferro Rodrigues, e tirando o tapete a Santana, pelo que a sua margem de manobra é algo reduzida.
Mas este antigo PR propôs a criação de uma estratégia para uma marca colectiva de promoção externa de Portugal, feita para projectar o talento português desenvolvido após o 25 de Abril nas mais diversas áreas: letras (Saramago, etc.), música, ciência, arquitectura, engenharia, tecnologia, universidades, gestão (por exemplo, Luís Horta Osório no Lloyds’ Bank, etc.), desporto, em vez de se destacar apenas os talentos individuais e dispersos. É uma sugestão prática com cabeça, tronco e membros. Mas custa dinheiro e sem “mecenas” hoje, nem há rissóis para as festas!
Sampaio também disse – e bem - que para grandes e novas doenças, como a nossa crónica insuficiência financeira para sustentar o modelo de Estado instalado, não bastam as mesmas receitas antigas!
Talvez numa alusão à repetitiva distribuição de votos racionados e dispersos, pelos eleitores cada vez mais ausentes das assembleias de votos (tal a desilusão sofrida). Ora estes molhos de votos dispersos, não favorecem governos estáveis nem reformas inadiáveis. Mas os portugueses são assim, gostam d distribuir as esmolas pelos pobres que lhes batem à porta!
Por isso, o que esteve na moda em Belém foram quatro apelos à unidade. Como se isso fosse possível e vantajoso. Eleições monocórdicas e superiores a 95% só na Coreia do Norte, Cuba, SLB, e Matosinhos (no recente congresso do PS foi tudo à imagem mediática de José Sousa).
E da União Nacional fiquei farto. Foi o partido inventado por Salazar, com todo o poder da época!
É evidente que esta sugestão de Sampaio caiu bem ao PCP e ao BE, pois ambos sonham ainda com a mudança radical das políticas liberais, mais ou menos, adoptadas nestes 37 anos quer pelo PS quer pelo PSD, aliás com resultados muito duvidosos. Só que uma vitória do comunismo ou trotskismo em Portugal, além de ser um regresso inoportuno ao passado, não passa de um sonho empacotado nas respectivas cassettes partidárias aos respectivos militantes. E tenho a certeza que também esse não seria o desejo do Presidente Sampaio.
À noite vi a entrevista de Sampaio a Fátima Campos Ferreira, e vi como está agitado e animado com esta crise política e financeira. Para ele não importa apurar responsabilidades, mas sim aos três partidos europeistas que sobram do arco parlamentar entenderem-se num governo apostado em enfrentar a crise e pedir todos os sacrifícios a que os portugueses estão habituados. Não tem havido década sem crise, nem governos que não imponham mais sacrifícios. Esse é o papel do povo, pagar sem refilar, enquanto os políticos passeiam pelo País e pelo mundo alegadamente a tratar deles. Até me deu para o comparar com José de Sousa, tal a imagem de determinação e convicção que transmitiu aos tele-espectadores.

O DESEJO DE MÁRIO SOARES
Soares falou bem no seu experiente estilo. Mas além de apelar à unidade eleitoral – como se isso fosse possível e natural, mesmo para curar uma crise? – avançou pouco mais.
Teve a coragem de dividir as responsabilidades pela crise, o que não terá agradado a José Sousa, pelos motivos conhecidos (a culpa é toda do PSD).
No final, só lhe faltou trazer e distribuir fichas de inscrição para os convidados do PSD (e sabe-se lá do CDS) se inscreverem já no PS, antes da campanha eleitoral e dos dislates habituais. Pois, certamente, não espera sensibilizar os camaradas de esquerda, Jerónimo e Louçã.
Mas os portugueses também já tiveram tempo e ocasião que baste para verificar que José de Sousa tão-pouco é menino para honrar acordos políticos a quatro anos. Nem horas depois. O seu extinto de animal feroz já é conhecido de sobra. Está-lhe na massa do sangue transmontano.“Penso eu de que…!”

A LIÇÃO DO DOUTOR EANES
Coube ao general e doutor Eanes apresentar uma curiosa tese no 25 de Abril. Os partidos e os governos têm sido surdos ao pulsar do país. Têm descurado quatro grandes objectivos estruturais, a saber: desburocratizar, reformar, despartidarizar (não admira vindo de em ex-militar mas sem efeito junto dos políticos mais duros do país), e descentralizar (emagrecendo o aparelho do Estado).
Também não poupou a sociedade civil, pois não foi capaz de eliminar o egoísmo e o excessivo endividamento. Os civis nem foram capazes de exigir uma informação verdadeira em vez da crescente queda para a propaganda política.
Ora já cá faltava o toque da praxe aos jornalistas! São sempre os culpados de tudo e de mais alguma coisa!
Mas Eanes teve o bom senso de admitir, neste capítulo, que falta ainda uma classe média forte e mais empreendedora.
O PCP e BE não devem ter gostado desta!
E adiantou que cabe à sociedade civil entender as vantagens de eleger a 5 de Junho, um governo maioritário, capaz de projectar mais estabilidade e concluir mais reformas inevitáveis no quadro da aliança europeia.
O terceiro orador presidencial deu uma no cravo e outra no ferro, concedendo aos diversos governos a introdução de melhorias significativas, realçando o acolhimento e integração dos retornados. Concluiu que “tudo o que se fez até aqui NÃO FOI SUFICIENTE”.
Um verdadeiro atestado de incompetência geral. Bem feito!
Acrescentando uma verdade dura e actual: a insustentatibilidade económica, financeira e orçamental foi a marca da maioria dos 37 anos da nossa Democracia.
E terminou a sua lição com uma citação de Torga: Somos nós que fazemos o Destino!

CAVACO APELA AO ENTENDIMENTO
O Presidente Cavaco Silva veio ler a mensagem política que a crise exige, lembrando que bom seria repetir o sentimento originado no 25 de Abril (eu creio que foi apenas em 1 de Maio de 1974):”Sem divisões entre portugueses!
Como num brinde, disse: “vamos hoje celebrar as esperanças de Abril!” (aquelas ainda por concretizar, acrescentaria eu!).
E chamando as coisas pelo nome, apelou: “sem crispações artificiais e sem conflitos em permanência!” Mereceu aqui, os meus aplausos!
Depois, teórico, como compete a um professor universitário, mas não ao Chefe do Estado, reclamou: “a comunicação social deve ser imparcial!
Onde? Onde é que a comunicação social é imparcial? Na Coreia do Norte, China, Venezuela e China, certamente (mas só segundo a perspectiva unânime dos respectivos secretários-gerais ou general-presidente). E talvez nos países árabes onde a democracia e a liberdade tardam em chegar?
Palavra de honra: uma vez por todas, cada jornal canal de TV, rádio, ou jornalista deve ser livre de expressar a sua opinião e a opinião dos seus leitores e ouvintes!
Será isto alguma doença crónica que ataca os políticos portugueses? Esta de sonharem com jornalistas anémicos?
Cada povo tem direito a aceder a todas as correntes de pensamento político, social e económico, e Portugal é um bom exemplo desta liberdade, praticada pelo menos até agora, salvo algumas tentativas de manipulação de OCS e de afastar jornalistas inconvenientes, aliás, apenas José Sousa é suspeito de ter conseguido o recorde do afastamento do maior número de jornalistas hostis!
O que a Lei de Imprensa pode regulamentar é que, pelo menos, a partir de um mês antes de cada acto eleitoral, cada OCS deve publicar/editar, em espaço destacado, uma nota da direcção esclarecendo leitores, teles-espectadores e ouvintes, qual o partido ou a lista que, a Redacção por consenso, apoia. Homem ou mulher, bem avisado, vale por dois.

PARTE FINAL
O Presidente Cavaco sugeriu para os portugueses: “compararem as esperanças de Abril de 1974 com a realidade de 2011”.
Fazendo a tal análise de custos-benefícios (ou SWOT – análise dos pontos fortes, fracos e das oportunidades e ameaças; usadas em marketing), levará cada um a conferir que há mais factores positivos que negativos.
Oxalá, no dia 16 ou 17 de Maio, possamos ter a mesma opinião? Ou seja, no dia da assinatura do acordo sobre o empréstimo tripartido FEEF, BCE, FMI.
Por fim, fez mais quatro apelos: “somos os HERÓIS que, no presente, vamos construir um país digno da memória de Abril". "Vamos unir, no essencial, as discrepâncias que nos separam". "Respondemos por Portugal e o Futuro" (relembrando o livro de Spínola que, em Fevereiro de 1974, sustentou o plano para a mudança política concretizada, em Abril, pelo Movimento das Forças Armadas). "Respondemos pela adopção de soluções estáveis e credíveis e queremos um governo com apoio maioritário na Assembleia da República"!

REACÇÕES IMEDIATAS
Alguns dos comentadores políticos ouvidos pela TV, após a cerimónia, interpretaram o discurso do Presidente Cavaco como um aviso sério aos partidos e aos eleitores, de que não dará posse a um governo que não garanta um acordo de apoio político maioritário, negociado após os resultados de 5 de Junho.
E que as suas palavras sugeriram, ainda mais, um acordo anterior à assinatura do pedido de empréstimo ao FEEF, BCE e FMI, sem o qual, será difícil a aprovação pela União Europeia.
E, de facto, os quatro oradores presidenciais apontaram todos no sentido desse desejável compromisso político.
Os comentários televisivos mais críticos partiram dos representantes da CGPT, PCP e BE.
O líder do PSD, acompanhado da Mulher, e o líder parlamentar laranja, disseram meia dúzia de futilidades, perante uma bateria de jornalistas desejosos, cada um, de um exclusivo. Os directores dos canais televisivos ainda não aprenderam que, nestas maratonas políticas dá mais resultado fazer como nos EUA (acompanhei a campanha eleitoral de Jimmy Carter, que levava sempre dois aviões com jornalistas americanos e internacionais) sortear apenas um arguente experiente, capaz de interpretar melhor, a cada passo, a principal dúvida popular após cada intervenção, para as entrevistas flash com os candidatos.
Neste caso, se o PSD aceita, ou não, acordos multipartidários visando o empréstimo e o novo governo?
De manhã, só o líder parlamentar falou à TV, mas pouco adiantou. E os quatro notáveis titulares da PR escusaram-se igualmente a comentar. Fica esta reportagem possível. E esclarecedora, espero! Foi para lembrar o tempo em que trabalhei em redacções políticas, sob alta pressão

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