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Friday, February 17, 2012

 
PORTUGAL EXCÊNTRICO OU “FOLLOW PORTUGAL’S LEADING STYLE”
Distribuição: como distribuir recursos, formalizar clusters e integrar estatísticas da exportação?
Humberto Ferreira

Vou onrinuar a escrever sobre a série temática “Contributos da Distribuição para uma História do Turismo em Portugal”. A actualidade a isso me impele, pois a cada dia o país fica mais submerso em buracos e contradições. Soube hoje que o custo da ‘privatização´ do BPN atinge 5,3 mil milhões de euros.
Li que um membro do governo admitiu: “Andamos a trabalhar para alimentar o Estado”.
Também soube que o Algarve vai ficar sem navios para a Madeira, por causa do desentendimento entre o armador espanhol e o governo regional madeirense (o armador pediu uma baixa nas taxas portuárias mas, devido à crise e ao "resgate" da Madeira, um dos aumentos de receitas apontado por Lisboa foi exactamente a subida das taxas portuárias.
Mas, valha-nos a sorte, o presidente da CIP – Confederação Empresarial Portuguesa – depois da recente vitória na Concertação Social, deixou de ter desculpas sobre a inflexibilidade da legislação, com as novas normas que baixam o custo dos despedimentos, horas extras, trabalho aos sábados e feriados, deslocalização do local de trabalho, e outros antigos encargos que afectavam o custo do trabalho em Portugal. Mesmo assim ele (antigo sindicalista) insiste na redução da TSU, num período em que o desemprego atinge o recorde de 14% com 1.200.000 desempregados. Se isto não é uma postura gremial, como classifica-la?
O único desafio positivo veio do Primeiro-Ministro, ao convidar os cidadãos a apresentar boas ideias para melhorar Portugal.
VAMOS RESPONDER AO DESAFIO DE PASSOS COELHO
Assim, aqueles dispostos a salvar o Turismo terão de arregaçar mangas e ajudar a salvar primeiro o País. Que está, aliás, a fazer repetidos negócios com a China, tornando-se o mais desleal concorrente da Europa vigiada por Bruxelas, pois, afinal, Portugal tem os custos mais baixos do trabalho duro e os mais altos para executivos e gestores públicos.
Para mim não é novidade, pois sempre ouvi dizer que Portugal é um país de contrastes sociais!
MUDANÇA DE RUMO
Mas que estamos a servir de ponta de lança aos objectivos da China na Europa nao há dúvida. A REN, edp e o retalho de roupas e bijuterias já são chineses, agora falta o porto de Sines e outros activos interessantes aos olhos dos liberais chineses.
Assim, face às mudanças indispensáveis do actual modelo de fraco desenvolvimento sócio-económico, a minha prioridade, como comentador da situação de Portugal e da Europa, passa da organização do cluster do Turismo para a recuperação de Portugal, do Euro e da Europa.
Várias vozes apontam para se mudar o modelo de distribuição instalado. Mas vão ser difíceis de implementar, pois não dependem apenas de nós mas dos europeus.
CONSELHOS LEAIS
Antes de apresentar um esquema de ideias para melhorar Portugal, vou enumerar alguns conselhos úteis e práticos.
1 – CAPÍTULO 11 – Passos Coelho disse na entrevista ao SOL: “Nenhum país pode crescer com grande dívida às costas” e “A ideia de que há oposição entre austeridade e crescimento é ociosa”.
Ora aqui vai a minha contraposição:
Sem financiamento adequado, podem as exportações crescer? E quantas empresas não têm encerrado sem fundos nem crédito para comprar matérias-primas nem para pagar salários e impostos? Os Estaleiros Navais de Viana (da estatal Empordef) está nessa situação caricata, e os operários só receberam na sexta-feira os salários de janeiro. É este o modelo imposto pelo governo? Numa empresa pública?
ALTERNATIVAS NEGADAS PELOS EUROPEUS
Ora os EUA têm uma lei para evitar o encerramento de empresas falidas. É o chamado acordo entre accionistas, a banca, credores e trabalhadores, passando a empresa a funcionar ao abrigo do Capitulo 11, durante o qual os credores não podem accionar os seus direitos nos tribunais.
Há milhares de empresas que se salvaram da bancarrota assim (a maioria das companhias aéreas já passou pelo capítulo 11), com acesso adequado a novas linhas de crédito da banca para aplicar segundo o acordo.
Dir-me-ão: esta é uma das diferenças entre a América e a Europa! Então voto na América!
Portanto, enquanto faltam fundos para qualquer país, empresa, ou projecto, avançar, os credores não devem exigir prioridade na liquidação urgente dos créditos, mas, sim, apoiar um plano viável de prestações, fornecendo o indispensável crédito, até controlado por um auditor independente credível, para se produzir e vender bens transaccionáveis e serviços que possam subir as receitas e reequilibrar a economia. O que se aplica a qualquer empresa, pode aplicar-se, também, aos países sob assistência financeira do FMI, BCE e UNião Europeia. A troika insiste na austeridade e em repetir o lamentável caso da Grécia. Logo, não voto na troika.
2 – AFOGAR-SE JUNTO À PRAIA
– O PM diz: “Pobres já somos mas alguns ainda não perceberam” e “Temos que passar de um registo consumista para um de poupança e investimento”.
Pergunto: pode um povo pasar a alimentar-se mal e pode um país assistir à falência diária de dezenas de empresas e ao despedimento de milhares de trabalhadores, durante três anos seguidos? Enquanto a minoritária população activa se sacrifica mais para adiantar o pagamento da dívida? Será que somos os novos escravos europeus de colarinho branco?
3 – EUROPA QUO VADIS – Apoiar empresas em dificuldades, evitando despedimentos e segurando a economia, é uma norma elementar, lamentavelmente esquecida pelos actuais responsáveis da troika e da maioria dos dirigentes da “União” do Desemprego Europeu.
Chegados à beira da rotura, face ao fracasso de um fraco naipe de líderes europeus e mundiais, resta-nos o dever urgente da sociedade civil sensibilizar e tentar mudar o existente modelo sócio-económico.
A Europa fica insustentável com cerca de 40 milhões de desempregados. Portugal entre subsidiados e desempregados de longa duração e outros à procura do primeiro emprego, caminha para os 1.200000. Um recorde vergonhoso!
A grande prioridade do Governo, do empresariado, dos sindicatos e dos portugueses em geral, é pois criar emprego e dinamizar as exportações.
O que só pode ser conseguido com o crescimento de cada sector ou cada empresa. E com um PLANO INTEGRADO DA ECONOMIA EUROPEIA e de outro enquadrado neste, capaz de fomentar o DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL. Os espanhóis chamam-lhe PLANO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL. Sem uma economia adjacente pujante, não há turismo nem indústria que resista!

NOVO MODELO DE SOCIEDADE
Há que mudar, assim, o modelo de distribuição da riqueza produzida, dos recursos disponíveis, e do know-how adquirido, nas universidades e na prática profissional, mas mal aplicado nas últimas décadas, face ao fracasso do modelo internacional da austeridade imposto desde os anos 70. Impõe-se aprovar e implementar outro mais eficaz e não especulativo.
O que a Europa, e quiçá o mundo, precisam é de uma Agência para a Recuperação Equilibrada do Trabalho, Investimento, Produtividade e Distribuição de Recursos, Meios e Proveitos. Uma SOCIEDADE PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL AVANÇADO.
PAPEL DO TURISMO – Em vez de cada país ter um embaixador na ONU, seria a ONU a deslocar um consultor especializado para apoiar cada governo assistido, a superar a sua crise específica. Aliás, Portugal aparenta estar satisfeitíssimo com o intercâmbio gerado com a troika. Diz Passos Coelho: A troika tem apresentado o exemplo de Portugal nos seus contactos com o exterior e isso +e muito importante porque nos separa da Grécia. Contraponho: só não consegue influenciar as agências de rating!
Perguntam-me: e o que tem o Turismo a ver com essa reorganização utópica?
Tem tudo. O Turismo é a única actividade (a caminho dos mil milhões de turistas em 2012 e de 1.800 milhões em 2030), que pode servir de charneira a esta ciclópica tarefa de reequilibrar o excessivo endividamento global dos governos, empresas, e famílias. O Turismo é o sector que tem mais experiência internacional e de intercâmbio de relações comerciais. É o ramo que promove mais feiras, congressos, encontros, e inovação operacional. E o que apresenta mais pesquiza em novos destinos, programas e soluções. Admito que nas últimas décadas não conseguiu gerar quem se tenha sobreposto no exterior, tanto nos organismos e associações internacionais como na gestão empresarial.
PROPOSTA PARA MUDAR PORTUGAL – Vou, entretanto, enumerar uma receita caseira.
A - APOIAR A NATALIDADE – A primeira questão que um chefe de governo deve saber é em que País desejam, afinal, os cidadãos viver e criar os seus descendentes?
Creio que a baixa taxa de natalidade nas últimas décadas em Portugal,é um sinal evidente das erradas políticas aplicadas pelos sucessivos governos. O Japão, por exemplo, com uma população de 126 milhões, preocupa-se com as previsões da quebra de 33% da população até 2060. Os 81,7 milhões de japoneses do grupo etário dos 15 aos 64 anos devem baixar para 44,1 milhões, constituindo 50,9% da população total, enquanto o grupo etário dos seniores (com mais de 65 anos) sobem de 23% para 39,9%. Tóquio avisa que o país será insustentável nestes moldes e que vai tomar medidas adequadas. Em Portugal o desequilíbrio já é maior, mas em Lisboa, não ouvi nem li qualquer proposta oficial para inverter a situação. Portanto, é preciso um PROGRAMA DE APOIO ao Crescimento Sustentável da TAXA DE NATALIDADE.
B – ESTRATÉGIA NOVA PARA O DESENVOLVIMENTO – Sei que os portugueses estão fartos de pagar Planos, Estudos, Programas e Medidas falhadas pelos diversos governos e autarquias. Mas desenvolver um país sem um consensual PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL, é uma missão impossível. Por isso, recomendo, com urgência, a encomenda de um amplo plano com este objectivo nacional mas enquadrado numa Europa do Emprego e Unida.
Um país com boas perspectivas de crescimento e rendimentos sustentáveis? Ou um país sujeito à instável vontade dos mercados financeiros e seus agentes (agiotas globais que ganham fortunas à custa dos juros especulativos)?
B – EIXOS ESTRATÉGICOS – Em segundo lugar, importa elaborar, aprovar e implementar um PLANO DE PRIORIDADES ESTRATÉGICAS consensuais, que atravesse o espectro partidário, social, económico e laboral. Mais do que um Programa de Governo, deve ser um PROGRAMA NACIONAL, que abranja a sociedade civil, e não focado nos interesses dos novos “grémios”, excessivas federações e confederações. Todos devem participar. As sociedades científicas e tecnológicas, as universidades e os melhores génios e “campeões” nas seguintes vertentes:
1 - APOIAR O EMPREGO – Se a Segurança Social foi incapaz de dinamizar os centros de emprego, entregue-os à gestão a especialistas de colocação de pessoal – “agências de casting”. Em Espanha sabe-se, por exemplo, que devido á crise, as agências de viagens reduziram 7600 postos de trabalho entre 2008 e 2011. Não foram apenas mais 7600 desempregados mas 7600 postos de trabalho e de vendas perdidos. Outra ideia importante é actualizar e dinamizar as estatísticas em todas as vertentes. São tardias e não correspondem ás exigências dos novos gestores nem dos académicos, políticos e jornalistas.
2 - POLITICA SALARIAL MAIS JUSTA – Sem a qual a produtividade e a competitividade não sobem. Portugal não pode continuar a ter os salários mais baixos da União. As exportações lusas só crescem pela qualidade e design. Não pelo baixo custo do trabalho pouco produtivo e especializado;
3 - POLITICA FISCAL MAIS JUSTA – Acabar com os escalões de rendimentos no IRS, e aplicar uma taxa média equilibrada, para evitar a empresas e independentes suspender a facturação ao aproximarem-se do escalão seguinte. O governo calculou quanto perde com este sistema? Quem tudo quer…! Sabe-se agora que o Fisco tem vigiado o movimento dos cartões de crédito em restaurantes, lojas, e hotéis. Custa-me a acreditar que num país, com uma Comissão de Protecção de Dados tão vigilante para defender a privacidade dos cidadãos e dos suspeitos de assaltos em locais públicos, permita agora esta intromissão fiscal sobre o que cada cartão de crédito movimenta em tipos específicos de terminais? Por isso é preciso saber em que País querem os portugueses viver? Sob uma ditadura fiscal, não!
4 – EXPORTAR MAIS E MELHOR – Proponho que se acabe com este conceito vago, substituindo-o pelas seguintes acções directas:
4 A – CONSOLIDAR clusters, empresas, autarquias e a academia, em máxima sintonia possível, com o Governo, Banca, Sindicatos, e Redes de Distribuição Interna e Externas a apoiar e não para complicar;
4 B – BAIXAR custos de produção das empresas que alcancem as metas médias fixadas anualmente pelos respectivos clusters (beneficiando de descontos nos custos da energia, combustíveis, impostos, taxas e outros encargos administrativos). O custo do trabalho é importante, até para dinamizar o consumo interno e a qualidade de vida da população. Mas não há milagres!
4 C – INVENTARIAR, analisar, monitorizar e APOIAR, legislativa e publicamente, os clusters com maior potencial, pelos respectivos nomes (por exemplo): Mar; Turismo; Transportes e Logística; Calçado; Vestuário (moda, pronto a vestir, têxteis, confecção, marcas, etc.), Vinhos e Bebidas; Gastronomia, conservas, alimentos e sobremesas congelados; Obras Públicas e Civis em países estrangeiros (em Portugal só quando esta crise for paga!); Tecnologia; Ciência; Agricultura (pecuária, horticultura, floricultura, transformação, e marcas), Floresta, Cortiça, Madeiras e Pasta de Papel, Indústria Ligeira e Pesada; Aeronáutica; Construção Naval; Automóveis; Pedras Ornamentais; Joalharia; Cultura, Desporto, etc.
Não esquecendo ainda os sectores exportadores previstos na Nomenclatura Combinada do INE (que peca por desactualização): Máquinas e Aparelhos; Veículos (acima: cluster automóvel); Combustíveis; Químicos; Plásticos e Borracha; Metais Comuns; Minerais e Minérios; Produtos Alimentares (acima: cluster gastronomia, conservas e congelados); Óptica e Precisão; Peles e Couros.
O novo Fundo de Fomento da Exportação (creio que o legado passou para a tímida AICEP) deve promover um CONCURSO ANUAL INTERNO para apurar os maiores e mais consistentes exportadores em cada uma das fileiras (enumerei acima um total de 22 a que acrescentei mais oito retirados da Nomenclatura Combinada por categoria de produto agregada. No total, temos aqui 30 trunfos em clusters com vasta experiência mas com organizações distribuídas em compartimentos estanques. E há mais! Sendo bom relembrar que a união faz a força!
4 D – GARANTIR O ACESSO AO CRÉDITO indispensável às exportações – Sem bancos e apoios semelhantes aos praticados, por exemplo, nos Emirados Árabes Unidos, Irlanda e Holanda, entre outros, um País pequeno e descapitalizado, como Portugal, não terá grande hipótese de avançar e superar a crise. Menos ainda se continuar focado na AUSTERIDADE (aliás, tanto o FMI como a Cimeira da União Europeia em 30/31 de janeiro, já admitiram isso ao mundo). Também não vale insistir na falhada tónica de que o endividamento público e privado é positivo mas tudo o que é público é fixe, enquanto tudo que é privado é duvidoso;
5 – PROMOVER A IMAGEM DE PORTUGAL - Melhor e com mais profissionalismo, lembrando que PORTUGAL não é uma marca, mas uma boa referência, boa opção, ou boa aposta. Promover mais os nossos PRODUTOS, BENS, SERVIÇOS e, especialmente, MARCAS mais representativas no exterior. Como, por exemplo, o Mateus Rosé, a Vista Alegre, a TAP, a Agência Abreu, os papéis Renova, canoas Nelo, pranchas de surf, etc.
Lembro que é imperioso LANÇAR MARCAS COM NOMES PORTUGUESES MAIS ACESSÍVEIS AOS ESTRANGEIROS. Há casos de sucesso como “RENOVA tissues”, mas são raros. Os clientes precisam de decorar com facilidade e associar as marcas portuguesas e qualquer dos clusters de qualidade acima referidos, no ponto 4 C. Para vender mais no mercado interno, também ajuda os portugueses saberem o que os estrangeiros mais apreciam da produção nacional. O povo deve ser mais mobilizado para apoiar as exportações e o Turismo.
6 – DISTRIBUIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES – Creio que nesta fase, o BALCÃO ÚNICO DAS EXPORTAÇÕES poderia ser formalizado sob uma entidade público-privada, por exemplo, sob um rótulo sugestivo. Por exemplo ESTILO PORTUGAL, PORTUGUESE STYLE! Your help desk online! Ou FOLLOW PORTUGAL’S LEADING STYLE!
ATENÇÃO: no título, Portugal Excêntrico é outra forma de criticar Portugal periférico.
E a nova AICEP (como referido acima) deve promover anualmente CONCURSOS INTERNOS para apurar os maiores e mais consistentes exportadores em cada um dos 30 clusters. Além do valor das vendas, ou dos preços mais convenientes dos produtos, o que as empresas e consumidores mais apreciam são os prémios relacionados com marcas, empresas e especialidades regionais ou locais. Na distribuição dos prémios seriam convidados os melhores importadores estrangeiros, com visitas guiadas, no roteiro das exportações (a criar) para se interessarem, potencialmente, por outros produtos.
Nas feiras internacionais, a nova AICEP (aliada às propostas parcerias privadas) deve distinguir os produtos portugueses importados em maior volume em cada mercado, e as respectivas importadoras, distribuidoras gerais e retalhistas. Queira o leitor notar que estou a referir-me ao conjunto das exportações portuguesas e não apenas ao Turismo. Este sector é o que, de facto, se enquadra bem em qualquer feira temática internacional, e nas feiras de Turismo até merece a “companhia” de vinhos e bebidas, gastronomia, moda e calçado, equipamentos desportivos e de viagem; joalharia, cultura, desporto, etc.
Por fim, as CAMPANHAS DE PROMOÇÃO DAS NOSSAS EXPORTAÇÕES, em cada mercado potencial e específico, devem ser organizadas em moldes diferentes e a médio prazo. Seleccionando, por exemplo, 12 clusters complementares por ano, e focar um diferente em cada mês e cada mercado. Se tivermos 12 mercados e 12 clusters, teremos um total de 144 temas, spots, ou cartazes diferentes num ano. Podendo sempre associar-se cada produto a cada região de origem ou de fabrico, numa articulação útil entre o fabrico e o turismo.
EUROENEWS – Hoje, a promoção externa faz-se através de múltiplos meios e ideias (aliás, tal como a interna). Mas um país ou um produto ausentes dos canais internacionais da TV e da internet são votados ao esquecimento. Sucede que a Euronews atravessa dificuldades – a comprovar que afinal os 27 Estados não estão muito interessados em aderir ao conceito da Europa Unida, mas apenas em retirar o melhor proveito possível dos ”eurofundos”, à custa do reforço do espírito nacionalista de cada povo. Por vezes, basta que um pequeno país, como Portugal, aproveite melhor as vantagens disponíveis da Europa Unida. A RTP poderia negociar com a Euronews, por exemplo, a continuidade do programa em português contra a emissão de programas semanais sobre as exportações e o Turismo de Portugal. Seria um bom negócio para ambas as partes. E Portugal marcaria, assim, presença assídua entre os telespectadores da Euronews, a um custo que já faz parte da divulgação mundial da língua portuguesa.
7 – RECICLAGEM DE TRABALHADORES - Resolvida a abertura da via para o aumento das exportações, sob o rótulo ESTILO PORTUGAL, temos o problema do DESEMPREGO parcialmente resolvido. Mas é preciso investir mais na formação permanente dos activos de forma a aproveitar os talentos mais abertos à ADAPTAÇÃO aos novos métodos de PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE – afinal são estes os maiores trunfos dos portugueses que se destacam no exterior! Mas o crescimento do EMPREGO depende essencialmente do aumento da procura interna e externa, da disponibilidade do crédito bancário, e do crescimento articulado dos sectores público, autárquico, privado e misto. Não há milagres!
8 – TALENTO – Entre os melhores recursos portugueses (naturais, económicos, culturais e científicos), escolho os nossos talentos individuais e colectivos, nas mais variadas actividades laborais, intelectuais, desportivas e comunicativas. Mas lamento ter assistido nas últimas cinco décadas ao desperdício de muitos talentos, que tiveram que emigrar para ser reconhecidos. A Pátria não os contemplou, apressada como tem estado a idolatrar políticos e futebolistas. Há responsáveis de departamentos públicos que actuam como se receassem a concorrência de jovens que lhes apresentam sugestões e soluções. Assim, continua-se a viver, mesmo depois do 25/4, sob o NEPOTISMO. Foi preciso Passos Coelho vir com esta excelente ideia de pedir ideias aos portugueses, aliás sem descriminar idades. É de facto preciso que sejam criadas mais oportunidades aos jovens com talento. Mas este concurso ou passatempo é um bom prenúncio para se criar e respeitar uma BOLSA DE TALENTOS LUSOS, a cargo de uma entidade privada.
CONTINUA: Distribuição V: Aproveitar marcas, Natureza e âncoras para diferenciar Férias com Estilo, em Portugal

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