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Thursday, June 07, 2012

 

Pastel de nata virou Llilian's Egg Tart em Xangai

Pastel de nata virou Lillian's Egg Tart em Xangai
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Por Humberto Ferreira
Decididamente, Portugal não tem sorte com esta equipa ministerial nem com os empresários altamente complicados e desconfiados, que o sistema político incentivou nos últimos 38 anos!
Mas não é culpa desta geração. Foi sempre assim.
Nos anos 40/60 as nossas principais exportações eram:
cortiça, conservas, vinho a granel, algum vinho do porto, tapetes de Arraiolos, caixas de fósforo, volfrâmio, pirites, mármores, estacas de pinho para as minas, e rezina.
Mas quem estava à frente desses negócios eram quase sempre estrangeiros.
Italianos nas conservas, franceses no vinho, ingleses nos vinhos do Porto e da Madeira, assim como nas minas, mármores e pit-rods.
FOMOS SEMPRE SUBORDINADOS
Hoje, por sinal, temos dois bons exemplos contrários:
Cristiano Ronaldo e José Mourinho.
Ambos acreditam que são os melhores do mundo!

E comportam-se como tal.
Melhor, provam-no com frequência na alta competição.
Mas, mesmo assim, creio que faria bem a ambos tomaram cursos de relações públicas.
Por vezes, exageram ao querer sobressair sobre jornalistas e adeptos.
E ao primeiro fiasco a alcateia vai cair-lhes em cima!
Afinal, nem os chinas brincam em serviço: 

quais pastéis de nata ou de Belém?
SÃO, SIM:  "LILLIAN'S EGG TARTS".
PROBABLY, THE BEST IN SHANGHAI!
AVISO AMIGO: SÓ A CIDADE DE XANGAI TEM 23 MILHÕES DE HABITANTES!
Bom apetite! Segue-se o extracto de uma notícia do Público, de 2012maio15:
humberto

O ministro Álvaro bem tentou avisar a malta, mas a malta anda a passo de caracol e olhar bovino... atrás da bola e da ilusão de ganhar o Euromilhões.
Vai daí 1300 milhões de potenciais apreciadores de pasteis de nata (uma das maravilhas da gastronomia portuguesa, eleitas em Setembro de 2011) já têm fornecedor estabelecido em Xangai: 
a Julia e a cadeia Lillian Cakes de Xangai, que foi quem confecionou e serviu 1700 pasteis de nata, num só dia, no Pavilhão de Portugal da Expo de Xangai em 2010. 
... ... ...
Comentário HF:
Creio que a Casa dos Pastéis de Belém, em Lisboa - uma das mais pequenas capitais europeias -, produz e vende mais que 1700 unidades por dia!
PERGUNTO:
O que ganha a economia portuguesa com este empreendedorismo em Xangai?
A exportação de ovos de aviários lusos para a China? Claro que não! A exportação de farinha? Tão-pouco! A exportação de canela? Isso foi ao contrário: no início do século XVI mercadores portugueses compravam no Ceilão canela para as cortes da Europa. Quer dizer importavam canela para o entreposto em Portugal e exportavam depois para o resto da Europa. 
Até que a Companhia Holandesa das Indias Orientais invadiu o mercado das especiarias naquelas paragens, afastando os portugueses, por vezes agressivamente.
MARCAS REGISTADAS - O pastel de nata é algum produto com marca internacional registada de origem? 
Não! Mas o de Belém é!
Até o Vinho do Porto e o Vinho da Madeira têm tido problemas, por causa da ausência de marcas portuguesas associadas aos registos internacionais, havendo vinhos que continuam a usurpar a denominação de port-wine, produzidos na África do Sul, etc. 
Por outro lado, há poucas marcas de Porto com projecção internacional (Ferreirinha, Calém, Ramos Pinto, ou Real Companhia Velha), e as existentes usam marcas pouco acessíveis aos principais idiomas estrangeiros. 
O cluster dos vinhos - um dos mais activos e bem sucedidos - anda a precisar de uma ajuda sobre branding! Temos marcas de vinho que são dificilimas de decorar em português, muito mais por clientes estrangeiros. 
A escolha de uma boa marca é meio caminho andado nas exportações. Contudo, os empresários portugueses gostam mais de complicar a marca e a apresentação dos produtos com explicações desnecessárias. 
Já nos vinhos verdes, a marca mais acessível é a Alvarinho, produzido no Minho mas talvez com maior produção e projecção na vizinha Galiza. De mil e tal marcas registadas, lembro-me de quatro: Aveleda, Casal Garcia, Lagosta e Muralhas.
Por aqui os especialistas na proliferação de marcas podem ajuizar do interesse dos consumidores médios, internos e externos, pela dificuldade em decorar tantas marcas de vinhos! 
Elementos úteis para os autores do Livro de Recordes Guiness (uma marca global de uma cerveja irlandesa): Portugal tem cerca de 12 tipos de vinhos (Porto, Madeira, generosos, Moscatel, aperitivos secos, de mesa tintos, brancos, palhetes, rosés, espumantes, frisantes, e verdes) e 10 denominações de origem. No total somando mais de 15 mil marcas e referências. Até os experts devem ter dificuldade em conhecer tanta variedade de vinhos. Ora os compradores e consumidores contemporâneos não podem perder tanto tempo a estudar esta colossal enoteca.
Não haveria vantagem em racionalizar esta exagerada gama de produtos?    
SUCESSO IMBATÍVEL - O vinho português mais conhecido no exterior continua a ser o Mateus Rosé da casa Sogrape. Resultou de uma marca e uma garrafa original, lançadas em 1942, que completam em 2012 a venerável idade de 70 anos, continuando a ser exportado para 125 países. O Lancer's, vinho rosé produzido pela casa José Maria da Fonseca desde 1944,também é bastante vendido nos EUA. Pena ser com um nome inglês!   
LINDAS PALAVRAS PORTUGUESAS IGNORADAS - É curioso como os empresários portugueses compram, para os seus filhos e famíliares, roupas, calçado, acessórios, refrigerantes, chocolates e biscoitos, assim como outros produtos e bens, de marcas internacionais, mas ainda não entendem que Portugal não é uma marca registada.
Tal como a França, ou a Suíça também não são marcas mas nomes de países! Pode usar-se: relógios e chocolates suíços, ou moda e automóveis franceses! Mas não há pastéis nem bifes franceses!     
Os mercados funcionam há décadas pela força das marcas mais apreciadas à escala global. Um amigo diz-me que devemos registar o nome de pastel português em vez de pastel de nata.    
Por acaso, nata em inglês é cream. Que se usa no café ou em certas comidas e sobremesas. Por isso, usaria antes o nome em português: pastel de nata ou nata pastry! Ora Portugal nem sempre é um bom trunfo para qualquer marca ou produto. Basta que a etiqueta mostre o norma internacional: Made in Portugal. Já é uma indicação preciosa!
Em Xangai, pelos vistos, vai vingar, e oxalá por muito anos, a marca Lillian's Egg Tarts para identificar "Portuguese nata pastry".
Agora se o ministro Álvaro não se apressa, com brevidade, a apresentar um plano de incentivo a novas exportações, não será com os pastéis de nata que vamos sair do buraco!

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