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Sunday, June 08, 2008

 

À pesca de contradições

Mais uma crise. Mais polémicas. Mais um programa Prós e Contras na RTP1. Resultado: tudo na mesma. Inércia misturada com algumas contradições.

Temos um Estado ultra-desconfiado das potencialidades da sociedade civil. Um povo que prima pelo diz-se diz-se e que vê no governo a salvação para todos os seus males (por via de subsídios, isenções, excepções e similares), sejam empresários, trabalhadores ou desempregados. E uma imprensa à altura desta realidade. Ora a reboque do governo, ora a acompanhar as ridículas reivindicações empresariais ou sindicais. E falta-nos uma comunicação social mais pedagógica.

A agonia das pescas europeias é um facto. Mas esta crise também pode ser o começo de uma mudança que se impõe.

CONTROLAR O CUSTOS DE PRODUÇÃO

Vejamos a situação actual. Os pescadores são os únicos produtores activos a não controlar os custos de produção nem os preços de venda aos grossistas. Compram as embarcações, motores e aparelhos lançados no mercado, sempre com as melhores intenções mas nem sempre com resultados compensadores. O que era aconselhável e válido há seis meses, agora já não presta e para acompanharem a produtividade europeia são forçados a fazer novos investimentos, por falta de organizações profissionalizadas e emanadas das 20 associações de pescadores. Tudo porque a maioria deles (pescadores) não souberam aproveitar 34 anos de democracia para evoluírem no estudo da gestão dos seus próprios negócios. Para eles frequentar uma escola durante o defeso, por exemplo, é um sinal de fraqueza. É evidente: há excepções louváveis. Mas poucas.

Vão diariamente ao mar sem saber o que vão colher, ao contrário dos agricultores que acompanham o estado das sementeiras e pomares ao longo de cada época. Sabem como atacar as maleitas provenientes da geada, chuva, granizo e da seca, assim como de pragas e outros contratempos do campo.

ESTADO DESCONFIADO

Os pescadores não têm contratos de exclusividade para fornecer os seus clientes directos. Entregam, sem fixarem o preço mínimo para venda, o peixe na lota e pagam diariamente à cabeça as taxas impostas pelo Estado e pelo monopólio da respectiva comercialização. Diz o ministro da Agricultura e Pescas que não compete ao Estado vender peixe. E tem razão, mas os pescadores (desunidos em 20 associações) também não querem correr o risco da falência técnica em que se encontra a empresa monopolista desta actividade, presente nos principais portos pesqueiros.

Dai o Estado desconfiar dos pescadores e exigir-lhes dia-a-dia o pagamento das taxas e dos serviços prestados pela empresa pública montada para lhes prestar os referidos serviços obrigatórios de comercialização, da primeira venda.

ENTREGAM O DESTINO AOS INTERMEDIÁRIOS

Os compradores de peixe são registados pelo fisco e são eles que fazem o preço para os retalhistas e canal Horeca (hotelaria, restauração e catering) Também há as grandes superfícies a comprar à parte (através de contratos especiais) cerca de 60% do pescado (fresco, importado de Espanha, ou proveniente da aquacultura, mais o transformado por pequenas empresas especializadas) ao preço que mais lhes convêm ... não pelo preço justo de cada dia.

Mas depois são os consumidores, seja nos mercados municipais, peixarias, grandes superfícies ou restaurantes, que vão pagar o peixe até 17 vezes mais caro do que foi vendido na lota. A composição final dos custos até ao preço de venda final é opaca.

Suspeita-se que os lucros sejam exagerados em relação à soma dos custos de transporte interno, armazenagem, congelação, distribuição e promoção. Praticamente apenas as grandes superfícies é que fazem promoção do peixe. Seja pescado pela frota nacional, seja por estrangeiros ou de aquacultura.

É isto que está errado. O peixe tem um valor, cuja média não sobe há mais de uma década na lota. Só tem subido exponencialmente no retalho, prejudicando pescadores e consumidores, enquanto engorda os intermediários (negociantes de pescado e fornecedores de cantinas, restaurantes e hoteís).

SOLUÇÃO ACESSÍVEL

Uma solução (temporária até as associações de pescadores tomarem conta das lotas, sujeitas a um regulador idóneo nomeado pela Assembleia da República) para este problema de distorção do preço justo de cada captura diária, passa pela definição do valor diário do peixe de cada espécie, capturado por cada embarcação. O mestre (ou o armador) antes da chegada à lota deve calcular os custos fixos (gasóleo, amortização da embarcação, redes e equipamentos, seguros, taxas e impostos devidos ao porto, serviços veterinários, etc, salários e descontos para a Segurança Social e fisco) e custos variáveis (lucros do armador, partes da companha, avarias, isco, gelo, etc.). O somatório de ambas as parcelas seria ponderado com o preço médio da venda em lota no mês (ou semana) homóloga do ano anterior, para se encontrar assim o preço mínimo de venda (a propor para último lance na lota, pelo sistema actual de leilão de cima para baixo).

No caso de ninguém licitar o peixe por esse valor, será retirado da lota, passando para a segunda venda (para congelação, transformação, etc.).

Nem se trata de um procedimento muito difícil. E seria a única forma dos pescadores passarem já a controlar o preço mínimo de venda do produto que apresentam na lota, incluindo o aumento frequente dos combustíveis. Que, quer se queira quer não, terá de ser suportado pelos consumidores. Nunca à custa dos pescadores nem do universo dos contribuintes. Já lá vai o tempo dos subsídios que faziam os preços artificiais dos bens de consumo em Portugal e outros países europeus. Vivemos na era da globalização. É isto que muitos portugueses ainda não entenderam. Desde pescadores a camionistas, desde políticos a consumidores. Querem que o governo pague os aumentos dos combustíveis e da inflação (com os impostos de todos), para continuarem contentes, como se a crise global poupasse Portugal por protecção divina! Ganhem juízo.

Quem não admitir já esta contradição nem emendar este erro arcaico da comercialização do pescado nas lotas (corrente na União Europeia e em Portugal), vai ser responsabilizado pela "morte" das pescas, pela extinção da classe piscatória, e pela carestia incomportável do peixe - no terceiro maior consumidor mundial da dieta do mar, mas apenas para continuar a engordar os negociantes de pescado por grosso. De qualquer modo, a procura irá baixar bastante, pois só os muito ricos poderão continuar a comer peixe e marisco frescos. E os ambientalistas marinhos vão finalmente ficar contentes.

Os pescadores têm que se unir. Têm que juntar esforços e pescar em embarcações e artes adequadas, que compensem os esforços da sua faina e os perigos da sua profissão. Nem todos podem ser mestres nem patrões. Há artes e espécies que dão muito trabalho e pouco lucro. O País não pode brincar às pescas e não pode apoiar iniciativas obsoletas. Compete ao governo reorganizar o sector de alto a baixo. Pedagogicamente. Com transparência. Com tolerância. E cativando mais jovens, sob pena de se ter de aceitar mais imigrantes para pescar, segundo novos métodos mais compensadores. Com apoios da União Europeia.

Cuidado que os custos de produção vão continuar a subir e o governo não mostra interesse nem capacidade em regulamentar a composição do preço do peixe na lota, tal como faz em relação aos combustíveis - constituindo este o factor estratégico causador das actuais crises energética, alimentar e económica.

Gosto mais de peixe do que de carne, mas não estou disposto a pagar mais impostos (IRS ou outro extraordinário) para o Governo subsidiar artificialmente o preço do peixe nos mercados e supermercados. Deus me livre.

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PESCAR CONTRADIÇÕES

Mais uma crise. Mais polémicas. Mais um programa Prós e Contras na RTP1. Resultado: tudo na mesma.

Temos um Estado ultra-desconfiado das potencialidades da sociedade civil. Um povo que prima pelo diz-se diz-se e que vê no governo a salvação para todos os seus males, sejam empresários, trabalhadores ou desempregados. E uma imprensa à altura desta realidade. Ora a reboque do governo, ora a acompanhar as ridículas reivindicações empresariais ou sindicais. Falta-nos uma comunicação mais pedagógica.

A agonia das pescas europeias é um facto. Mas esta crise pode ser o começo de uma mudança que se impõe.

Os pescadores são os únicos produtores activos a não controlar os custos de produção nem os preços de venda. Compram as embarcações, motores e aparelhos lançados no mercado, sempre com as melhores intenções mas nem sempre com resultados compensadores. Vão diariamente ao mar sem saber o que vão colher, ao contrário dos agricultores que acompanham o estado das sementeiras e pomares ao longo de cada época. Os pescadores não têm contratos de exclusividade para fornecer os seus clientes directos. Entregam, sem fixarem o preço mínimo para venda, o peixe na lota e pagam diariamente à cabeça as taxas impostas pelo Estado e pelo monopólio da respectiva comercialização. É este o aspecto desconfiado e agravante do governo. Os compradores são registados pelo fisco e quem faz o preço para os retalhistas e canal Horeca. Também há as grandes superfícies a comprar 60% do pescado (fresco, importado de Espanha, proveniente da aquacultura e o transformado) ao preço que mais lhes convêm, não pelo preço justo de cada dia. Mas depois os consumidores, seja nos mercados municipais, peixarias, grandes superfícies ou restaurantes, vão pagar o peixe cinco vezes mais caro. Adicionados os lucros e custos de transporte, armazenagem, congelação, distribuição e promoção.

É isto que está errado. O peixe tem um valor, cuja média não sobe há mais de uma década na lota. Só tem subido exponencialmente no retalho, prejudicando pescadores e consumidores, enquanto engorda os intermediários.

Quem não admitir esta contradição nem emendar este erro (corrente na União Europeia e em Portugal) vai ser responsabilizado pela "morte" das pescas, pela extinção da classe piscatória, e pela carestia incomportável do peixe - no terceiro maior consumidor mundial da dieta do mar. Os custos de produção vão continuar a subir e o governo não mostra interesse nem capacidade em regulamentar a composição do preço do peixe na lota, tal como faz em relação aos combustíveis - o factor estratégico causador das crises energética, alimentar e económica.

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Apostar numa óptica de clusters estratégicos para o Turismo - I

Por Humberto Ferreira

O Turismo Português tem que saber como reagir favoravelmente, no ano do EuroFutebol e Jogos Olímpicos, à crise internacional (financeira, económica. energética, alimentar e laboral) e aos milhões que ficam em casa agarrados à TV.

Como? Vendendo os melhores produtos, tradicionais e inovadores, e cativando com propostas irresistíveis, pelo menos a nossa quota do mercado mundial entre os que podem investir em férias em Portugal. Quais as suas preferências? Quais as nossos trunfos? Serão as marcas? Por exemplo: Madeira's Green Beauty ou Madeira Wine? Algarve Best Surf ou Allgarve? Lisbon Surprises You? Ou Cruising in the Douro along Slanting Port Vineyards? The West Coast of Europe ou Reliable Holidays in the West of Europe? Ou Touring with Amigos in Portugal? Ou Taste Portugal's seafood and other culinary delights?

Será o clima ameno? Preços? Voos low-cost? Segurança? Hospitalidade? Paisagem? Praias? Enogastronomia? Cultura? Desportos? Eventos? Compras? Diria que a diversidade é o têmpero das escolhas de férias. A oferta turística nacional é caracterizada por um incomparável mix. Antecipando-me aos estudos oficiais (que não deixarão de se realizar) avanço com uma primeira estratégia construtiva, aproximando o comércio ao Turismo.

PROMOÇÃO - Juntar à promoção turística (seca e monótona) bons produtos que agradem aos públicos estrangeiros, A promoção é sempre o primeiro passo para a venda. E o Turismo vende-se também pelos atractivos complementares. Um programa impecável se não tiver surpresas agradáveis torna-se maçador. E cada opção deve ter as marcas fortes do ADN luso contemporâneo: design apelativo, estilo próprio e um mix irresistível, capaz de o distinguir da concorrência.

Num bar do Estoril, deparei, recentemente, com cinco garrafas de Porto e Madeira, abertas e com ar antigo. Perguntei ao barman se vendia muito? Não. Só a um inglês idoso. Nem a
franceses, alemães, espanhóis ou portugueses. Ora compete às empresas produtoras e também ao Instituto do Vinho do Porto dinamizar a venda? É tempo de interiorizar que o vinho do Porto não tem rival. E que temos excelentes vinhos de mesa, assim como a melhor porcelana, cristal, artes decorativas, filigrana e joalharia, pedras ornamentais, tapetes, rendas, moda e calçado, painéis de azulejos artísticos, gastronomia e, até, artesanato único.

Só que os turistas vêem mais artesanato industrial, peças religiosas e desportivas, outras pouco utilitárias em barro vermelho primitivo, usado apenas em países do quarto mundo.
O shopping e o catering são elementos essenciais. O Turismo não se pode afastar do artesanato nem da restauração, pois é o motor do negócio junto de 12 milhões de turistas/ano mais os clientes domésticos. Precisa-se visão estratégica e promoção articulada.

Seja um pacote all-inclusive, short-break, cruzeiro, congresso ou incentivo, o turismo é vendido pelo mix que cada destino oferece. Hoje, os turistas sabem como apreciar as opções disponíveis através da internet e das montras das agências de viagens, no exterior e em Portugal. E se vamos a um restaurante preferido saborear uma especialidade, a guarnição, vinhos, serviço, ambiente e vista, também contam muito. Hoje, interna ou globalmente, não há negócios isolados. Tudo faz parte do pacote.

TENTAÇÃO DO SHOPPING - As boas compras são factor primordial na avaliação positiva de umas férias. Temos dos melhores centros comerciais, mas vendem mais marcas estrangeiras. Pouco resultam as campanhas da AEP para comprarmos made in Portugal. E enquanto milhões de turistas não virem cá mais anúncios aos produtos e opções lusas, marcamos passo. Também nós próprios, só depois de vermos os estrangeiros comprar marcas nacionais, nos convenceremos da sua competitividade. Nas crises é quando se precisa mais de anunciar. Sem publicidade, seja exterior, televisiva ou electrónica, pouco se vende.

Nos EUA já se anuncia na web que os agentes de viagens neutralizam o câmbio do dólar com pacotes vantajosos. E congressos temáticos com vagas, anunciam inscrições grátis para profissionais. Os blitz sem surpresa são história. Cada acção exige um plano criativo e objectivos definidos e aceitáveis.

Portugal tem 10 empresas inscritas no ranking Forbes dos 2000 gigantes globais: EDP, BCP, PT, Galp, BPI, Sonae, Cimpor, REN, Brisa e Jerónimo Martins. Vamos conquistar estas e outras que possam lucrar no filão turístico, para patrocinar e dinamizar as próximas acções do TP e Aicep - embaixadas do BEST OF PORTUGAL, à base do intercâmbio entre clusters inseridos na área alargada do Turismo.

PRÉMIOS INICIATIVA E EXCELÊNCIA - Destaco um recente TopSix BEST OF PORTUGAL:
1 - REDE DE MUSEUS NO ALGARVE: Abriu a 18 de Maio (Dia Mundial dos Museus) o Museu Municipal de Portimão, na antiga Fábrica de Conservas La Rose de Feu Hermanos, que se junta à rede algarvia (Lagos, Silves, Lagoa, Albufeira, Loulé, Faro e Tavira, mais o Museu do Trajo de S. Brás de Alportel e o Museu Marítimo de Faro). O de Portimão expõe valioso espólio naval, industrial, arqueológico, etnográfico e subaquático. A vertente cultural do Algarve.

2 - MUSEU DO ORIENTE - Também Lisboa, depois do Museu Berardo, foi inaugurado o museu da Fundação Oriente, que aproximará Portugal do mercado asiático. Haverá planos para potenciar este trunfo na esfera do Turismo e Aviação?

3 - TAP E TURISMO - Protocolos com os órgãos de Turismo de Lisboa, Norte e Algarve, abrem a esperança de novas iniciativas comuns entre a TAP e o sector. O lucro de 32,8 milhões de euros em 2007 também reflecte um Portugal viável, apesar da nuvem escura do preço actual do petróleo. Mas as empresas aéreas podem (e devem aumentar as tarifas), já que as rodoviárias têm os preços (mal) congelados pelo Governo distraído.

4 - CASINO E HOTEL DE CHAVES - Mais um trunfo para valorizar o Turismo do Interior e atrair mais clientes da Galiza.

5 - DESTAQUES EMPRESARIAIS DO SECTOR - No ranking das TopPME/DN2007, a Turiscar ficou no Top10 e o Clube Viajar no Top20.

6 - TURISMO RURAL - Vítor e Alexandra Fernandes estão rendidos a este trabalhoso mister, na sua herdade Água d'Aire, Aldeia de Serra, Redondo, onde se destaca o jardim de alfazemas e alecrim. Vítor é piloto da TAP e percorre 180 km depois de aterrar na Portela. Chama-se a isto empreendedorismo e amor pela valorização dos recursos rurais ao serviço do Turismo e do País.

Também só com divulgação destas mais-valias, teremos turistas mais exigentes.

INTERCÂMBIO COMÉRCIO-TURISMO - Numa estratégica construtiva, descreverei ao longo das próximas crónicas, as 10 fileiras de produtos made in Portugal, a integrar no pacote das próximas acções de campanhas do Turismo. Um desafio que dá trabalho mas cria, pelo menos, dez PPP. Mais o embrião do alargamento do PORTUGAL TOURISM CLUSTER e da cooperação com outros pólos de produção lusa:

1 - VINHOS - Porto, Madeira, espumante, aguardentes, moscatéis e vinhos de mesa devem marcar mais forte presença nos nossos hotéis, restaurantes, esplanadas e bares. Devemos dar maior projecção às nossas Rotas de Vinho e Enoturismo. Devemos ter as principais marcas à venda nos principais grupos hoteleiros e de restauração internacional, assim como nos navios de cruzeiro e até nas transportadoras aéreas. Só vi, uma vez, na British Airways um vinho português. Há muito trabalho a desenvolver e muita rotina a quebrar.

Este tema CONTINUA no próximo TURISCÓPIO (coluna mensal do semanário PUBLITURIS e semanal neste blogue).


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