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Tuesday, April 28, 2009

 
TURISCÓPIO III - PUBLITURIS - SEMANÁRIO DA INDÚSTRIA DO TURISMO
Transportes, Turismo e Energias Renováveis
HUMBERTO FERREIRA

Ao ler este terceiro Turiscópio da série MOPTC creio que os leitores tenham interiorizado a afinidade Turismo-Transportes!
Hoje, apresento um Manual Simplex de transição do carbono para as renováveis, a usar pelos transportes e tentando alertar para a indispensável concepção de redes adequadas de distribuição da energia limpa. A não ser que se prefira fazer o aeroporto de Alcochete sem um oleoduto – tal como na Portela, para agradar ao lobi quatro-em-um: camionagem, obras rodoviárias, distribuição de gasolina e fabricantes de rodo-cisternas! Corrupção em Portugal não há, ou se há dá só pena suspensa! Aliás, os políticos seleccionados pelos partidos são da melhor linhagem de cada geração. Alguns vão ser santos até 2580!
INDÚSTRIA LIMPA? GREEN TRAVEL? QUANDO? – No Prós e Contras de 6/4 nada ouvi sobre os inevitáveis combustíveis limpos nem sobre os seus efeitos na dinâmica dos Transportes, Lazer e Turismo? Os combustíveis fósseis estão à beira do fim, não pelas convenções verdes, realizadas no Planeta Azul pela GreenPeace e Cª. (é azul ou verde?), mas pela especulação dos donos do petróleo em 2008. A redução de 60% na emissão de CO2, no prazo de 10 anos equivale a condenar o mundo industrializado aos sacrifícios que têm sido impostos desde há 70 anos aos portugueses da minha geração.
BREVE LEVANTAMENTO ENERGÉTICO – Aplaudo as iniciativas das renováveis, apesar de não apreciar ver belas paisagens rurais e marinhas, recheadas de aerogeradores. Compreendo o valor desta nova fonte num país ventosos q.b., assim como as imensas e feias placas de energia solar, nos campos e telhados do país. Já se promove a maior central foto-voltaica na Amareleja, como atracção turística. Ora aí está um bom uso para o aeroporto de Beja: excursões à Amareleja! As albufeiras das barragens valorizam o interior. Destaco a do Alqueva, o maior lago artificial europeu, a merecer destaque na promoção, tanto como a Amareleja! No 1º Plano de Desenvolvimento Turístico do Alqueva, em cujo estudo colaborei em 1997, adiantei que o Alentejo com o Alqueva será um dos fortes pólos de atracção turística, a par de Lisboa, Algarve, Madeira, Douro e Rota de Fátima! As 10 novas barragens aumentarão as reservas de electricidade. E a rota das Albufeiras dinamizará o Interior. Tenho seguido o pioneirismo da energia das ondas, lamentando o recente atraso na 1ª camada ancorada ao largo da costa Norte. Creio na recuperação deste desaire. Temos, ainda, biocombustíveis, ameça para muitosque receiam o desvio dos agricultores da alimentação para a energia, se obtiverem proveitos superiores. Em termos de plano energético nacional, e salvo a recusa nuclear, aprovo a estratégia e as quotas oficiais. Já na mudança para uma nova ordem económica global, lembro que devemos lutar para instituir reguladores capazes de equilibrar o circuito produção-armazenamento-exportação-distribuição-comercialização de bens agrícolas. Até aqui os agricultores dos países pobres (incluindo europeus) têm sido explorados, enquanto os “seis grandes” são beneficiados com chorudos subsídios! Mais áreas cultivadas em África (cana de açucar, oleaginosas, bio-massa) podem ser uma solução, tratando-se da fonte mais adiantada ao uso da aviação e autos. Por fim, há o hidrogénio, que espero venha a ser a energia mais popular, mas de que desconheço qualquer iniciativa local. E o aquecimento global estará controlado em 2020?
REDUÇÃO DA CAPACIDADE – Contamos, pois, com uma diversidade de energias: eólica, solar, hidráulica, marítima, biológica e nuclear! Já embarquei em dois navios nuclerares: Savannah e Nimitz. Resta saber quantos anos demora a transição energética do carbono para as fontes limpas? Nos transportes, indústria, iluminação urbana e entretenimento - pesado utente energético, de que se ouve falar pouco, graças ao respectivo lobi! Recomendo muito cuidado na integração das novas redes de distribuição, desde as que exigem carregamento frequente de baterias às dos biocombustíveis para aviões e carros.
Prevê-se que, apesar de tanta diversidade, seja preciso reduzir voos, navios, combóios, e carreiras ferro-rodo-urbanas, suburbanas e de médio a longo curso, assim como o uso de carros privados. Cabe ao MOPTC estudar e informar o País! O OAG avisa que só em Abril houve menos 6% de voos e menos milhões de lugares; no R.Unido menos 13% de voos e 1,6 milhões de lugares. Se há privados a estudar novas estruturas turísticas e de lazer, para hotéis, convenções, animação, desportos, feiras, museus, etc, o MOPTC tem obrigação de se antecipar às novas exigências nos transportes e energia, incluindo a adaptação das actuais gasolineiras urbanas e de estrada, à nova geração de terminais ferroviários, e aero-marítimos. O plano geral de Alcochete omite estas tendências. Também não se debate o bi-terminal do Oriente: shuttle para Alcochete e central do TGV para Porto-Vigo e Badajoz-Madrid. Mal localizado no termo de Lisboa e sem o espaço da Portela, finalmente servida por metro! O MOPTC quer-nos vender gato por lebre!
PREVISÃO DO LAZER – A procura muda para novos padrões ecológicos, sociais, sanitários, familiares, culturais e urbanos. Vivi em Portugal em depressão de 1931 a 1950 (crises de 1929, II Guerra e reconstrução multilateral). E a luta desde 1995 contra o défice e endividamento externo. Tudo leva a crer que a crise global dure mais dois anos e por cá se estenda até 2020, mas sem tempos de fartura garantidos, antes com o endividamento público e privado a crescer!
O lazer doméstico desce, enquanto a procura externa muda com a tónica em destinos e motivações a dois níveis. Um popular: férias low-cost, em alojamentos e serviços de 2/3 estrelas em locais verdes e balneares; e um nicho superior de ¾ estrelas em destinos mais cosmopolitas ou exóticos. Menos mega-eventos e mais pacotes. O desporto vai ser o elo comum aos programas mais vendáveis. O TGV e o A380 não são a última palavra! Um novo cluster agregará turismo, transportes e os municípios mais avançados na reconversão. Cabe à sociedade civil exigir já um plano intermodal de transportes, que se enquadre no futuro ecológico e na nova dinâmica da economia e lazer, feito com técnicos de cada sector!

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