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Wednesday, December 30, 2009

 
Alentejo teve o melhor ano turístico de sempre
Publicação Por jornal Público em 30-Dez -2009
Temas: Turismo regional - ALENTEJO COM CHAPÉU ÚNICO

COMENTÁRIO PRÉVIO DE Humberto Ferreira:
Uma das poucas medidas positivas, tomadas pelo anterior executivo de Sócrates, foi a "reforma" das 19 Regiões de Turismo continentais. Mas, como sempre, os protestos dos socialistas locais sobrepuseram-se ao correcto conceito inicial de adequar o mapa dos destinos turísticos ao futuro mapa das regiões político-administrativas.
Em vez de 5 "regiões de turismo" (correspondentes às Nuts II) acabaram por constituir cinco Entidades Regionais de Turismo mais seis Pólos de Desenvolvimento Turístico. No total foram criados 11 novos organismos sem qualquer relação ou enquadramento das regiões europeias, depois do Turismo Português ter sido um valoroso pioneiro nesta área - com a criação da Comissão Regional de Turismo do Algarve em 1972/3.
O ALGARVE manteve-se bem nesta reforma, como a tradicional região-piloto, tanto no Turismo como nas restantes áreas, continuando a ser a região mais sensível à crise, mas também aquela mais procurada por portugueses e estrangeiros em férias balneares ... ao longo de todo e cada ano.
O ALENTEJO uniu-se, contra ventos e marés, ficando apenas em dúvida se Setúbal e a sua península acabará por se enquadrar também no Alentejo (devido à continuidade do Litoral Alentejano desde Tróia a Odemira), ou se permanecerá na Área Metropolitana de Lisboa?
Esta mudança terá sido a mais positiva, representando o maior espaço turístico nacional em superficie, sendo inclusivamente servida pelo porto transoceânico de Sines e pelo novo Aeroporto de Beja ... a arrancar para as calendas lusas!
Sou da opinião que qualquer região de Turismo deve possuir um porto e um aeroporto abertos ao Turismo! Agora, em Portugal, só falta o aeroporto das Beiras ... no Centro ... talvez a Base da Cortegaça em Aveiro?
A ERT de LISBOA uniu, finalmente, a capital ao resto do território regional
de Lisboa e Vale do Tejo. Já havia antes um esquema de contratualização promocional, mas agora o espaço fica sob uma única gestão e imagem "umbrella" ... salvo os pólos do Estoril e Oeste, etc.
As BEIRAS concentraram-se na ERT do CENTRO. Estão a ver um sueco ou um japonês escolher férias no Centro de Portugal? Quando é que os dirigentes do nosso Turismo se convencem de que cada destino não é pode ser fruto de um qualquer arranjo burocrático mas deve ser, sim, baseado numa atraente definição geo-toponímica. Quanto a mim aquele espaço compreende a Beira Litoral, Beira Baixa e Beira Alta. Logo: vamos visitar e fazer férias nas BEIRAS!
E chegamos, assim, ao PORTO e NORTE DE PORTUGAL, também com legítimo direito a Área Metropolitana. Mas se à ERT de Lisboa acrescentaram (bem) VALE DO TEJO, porque não fazem o mesmo à do PORTO E VALE DO DOURO? A resposta é: talvez porque a arte da Política seja a arte dos maus compromissos! Só pode ser!
Todos os países, todas as regiões, todas as cidades, todas as vilas, e todos os destinos têm Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro.
TEMOS QUE SER MAIS CRIATIVOS E GENUÍNOS, adoptando os nomes ancestrais dos nossos recursos turísticos! EU não me vou calar enquanto os ilustres dirigentes do Turismo central, regional e polar deste meu País NÃO ENTENDEREM a minha mensagem - trabalho em Turismo desde 1955 e escrevo para os jornais, em português e inglês, desde 1953. MAS NÃO DESISTO DE FAZER OUVIR A MINHA VOZ ... desde o tempo de Salazar!

QUANTO AOS PROJECTOS DA ERT DO ALENTEJO:-
Concordo a 100% com o conceito e orgânica do CHAPÉU ÚNICO.
SOBRE os resultados de 2009, PENA QUE NÃO DIVULGUEM OS
VALORES ATINGIDOS. SERÁ SEGREDO DA JUSTIÇA?
NÃO SE PODEM FAZER AFIRMAÇÕES DESTAS SEM NÚMEROS. VALE MAIS FICAR CALADO. QUANTOS TURISTAS NACIONAIS E ESTRANGEIROS? QUANTAS DORMIDAS NOS HOTEIS E ALOJAMENTOS LOCAIS? QUANTAS DIVISAS?
AGORA, OS CONTRIBUINTES NÃO PODEM É PAGAR o Observatório do Turismo do Alentejo!
SE O GOVERNO EXTINGUIU A DGT E O SEU CONSAGRADO GABINETE DE ESTUDOS, sediada em Lisboa.
Se outro Governo extinguiu o OBSERVATÓRIO DO TURISMO NACIONAL, sediado no Algarve, por alegada falta de capacidade de resposta aos utentes das estatísticas.
Se existe o INE para coligir, analisar e divulgar ESTATÍSTICAS em todos os sectores, áreas da vida nacional e divisões administrativas.
E se o governo delegou, tudo que diga respeito ao Turismo, no TURISMO DE PORTUGAL, cabe a este organismo satisfazer as necessidades de gestão dos dirigentes das várias ERT, dos Pólos de Desenvolvimento Turístico e dos empresários. Caso este organismo não tenha capacidade(?), que se mude tudo mais uma vez.
É muito meritória a colaboração da Universidade de Évora e dos Institutos Politécnicos de Beja e Portalegre, no projecto do Observatório do Alentejo, mas duvido que sejam mais expeditos e rigorosos que o INE. Sinceramente!
Quanto às dormidas, cabe às associções hoteleiras esta função analítica (como aliás sucede no Algarve (pela AHETA - talvez a mais antiga e mais pontual) e em todo o país (a nível da AHP, etc.). Tudo o que seja Observatórios regionais cheira-me a duplicações de empregos ou contratos de prestação de serviços, que não podem ser suportados em tempo de crise.
Não é o Alentejo genérico que tem que criar EVENTOS com projecção internacional, mas sim a própria ERT do ALENTEJO com o apoio dos empresários regionais!
O Alentejo tem um gastronomia muito apreciada pelos portugueses e muitos espanhóis. Mas daí até querer transformar-se o Alentejo, através da boa vontade da respectiva CONFRARIA, num destino de culto da gastronomia europeia, vai uma distância como de Beja a Tóquio (agora que a cozinha japonesa está na moda!). NADA DE EXAGEROS. Os turistas comem e apreciam muitas especialidades gastronómicas nos países que visitam. mas daí até os adoptarem e patronizarem ... BASTA ver os restaurantes nacionais e internacionais que conquistam prémios gastronómicos, e contar as unidades alentejanas presentes nesses guias e roteiros. VAMOS COM CALMA. Já o ALGARVE é o destino nacional com mais restaurantes classificados e "estrelados" no Guia Anual Michelin.
Todos os eventos que a ERT organize, patrocine e divulgue são merecedores da nossa atenção. Por exemplo, o Air Show de Évora e um evento com crescente projecção internacional. A Ovibeja também é um dos cartazes agrícolas com maior projecção peninsular. Há ralis, festivais, RECONSTITUIÇÕES HISTÓRICAS, festas tradicionais ligadas ao ciclo agrícola, Rotas de Vinhos, e eventos de caça e hipismo muito importantes, que merecem ser mais acarinhados e divulgados num calendário electrónico e em outdoors, tipo ALLGARVE ... Força!!!
AGRADEÇO, DESDE JÁ, CRÍTICAS E ACHEGAS A ESTA PROPOSTA PARA UM NOVO ESQUEMA DE REGIONALIZAÇÃO TURÍSTICA.

Texto original de Maria Antónia Zacarias - jornalista do PÚBLICO

"O Alentejo teve em 2009 o melhor ano turístico de sempre. Mas os responsáveis pelo turismo daquela região querem mais e o método de promoção do Alentejo como destino vai concentrar-se numa ideia. Em vez de dispersar forças, a região vai passar a promover-se como um todo. "Um chapéu único - Alentejo - que apresente um produto com qualidade e excelência que possa ser promovido a nível interno e externo", é o que diz o programa para 2010 da entidade que gere o turismo alentejano.

O presidente da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, adianta que até ao final do mês de Outubro, as estatísticas do sector turístico daquela região registava um valor superior aos dois anos transactos, em termos de dormidas, receitas, permanência média e taxa de ocupação.

Acreditando que é possível melhorar, a ERT pretende lançar eventos decisivos na afirmação do Alentejo como destino turístico. "O Alentejo tem forçosamente que criar eventos que entrem no calendário internacional", sublinha Ceia da Silva. Uma das iniciativas programadas está associada à gastronomia e aos vinhos. Em parceria com o Turismo de Portugal e a Confraria Gastronómica do Alentejo, será organizado um "grande evento internacional e de referência nesta área", disse.

A criação do Observatório Regional do Turismo é outro dos passos que a região pretende dar em 2010. Terá a seu cargo o barómetro regional de turismo. "Até agora, íamos recolher os dados ao Instituto Nacional de Estatística, mas queremos conhecer melhor o que os nossos visitantes pensam dos nossos serviços, qual o grau de satisfação e preferências de ofertas", sublinhou. Este trabalho caberá à Universidade de Évora, Institutos Politécnicos de Beja e Portalegre e núcleos empresariais.

A realização do primeiro congresso de turismo do Alentejo e um seminário sobre cultura são outras apostas."

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