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Tuesday, September 04, 2012
LETTER TO THE MEMBERS OF THE TROICA (IMF, CEB, and European Commission) MISSION INSPECTING THE 2011 MEMO, COVERING THE INTERNATIONAL FINANCIAL ASSISTANCE PROGRAM 2011-2013 TO THE PORTUGUESE STATE, UNDER HIGH FOREIGN DEBT WHICH HAS LAST YEAR RENDERED INCREASING DIFFICULT FOR THE GOVERNMENT AND BANKS IN SECURING INTERNATIONAL LOANS AND SOVEREIGN DEBT AT MODERATE RATES
Dated 2012 September 4
From HUMBERTO FERREIRA - Portuguese citizen, born and living in Lisbon, having lived four years in Scotland, and having visited over 50 countries, as a journalist, and promoting travel and shipping trades.
PORTUGAL
IS NOT A COUNTRY FOR PORTUGUESE PEOPLE
Most foreign residents and visitors like Portugal and the Portuguese people they meet and work with.
Most of us are excellent workers, managers, and executives. Thousands Portuguese with brilliant ideas are found in some of the top companies and business, all over the five continents. And many of them have made fortunes and nominated for leading important international projects in most areas, from industry to science, from shipping to air transportation, from trading to education, from art to technology. It has been easier for hundreds of thousands of Portuguese families to achieve success and excellent positions abroad rather than at home.
These Portuguese chose travelling abroad to find success in their lives and careers.
They are the heirs of the Portuguese Navigators and settlers who have - from 1418 (when Gonçalves Zarco discovered Madeira Island) to 1553 (when Jorge Álvares arrived in Macau as the first European to establish a trading depot in China) - discovered the present sea routes to Africa, India and the Far East, America and Australasia.
Besides Bartolomeu Dias who arrived in Cape Town, Vasco da Gama in Calecut, India, Pedro Álvares Cabral in Porto Seguro, Brasil, I make a point of racalling the first round the world sea crossing under the command of Fernão de Magalhães (Magallanes in Spanish, also adopted in English),who discovered the Magallanes Strait 1520, linking the South Atlantic to the Pacific Ocean. He was murdered in the Philippines in 1521, and his Spanish first mate Sebastian del Cano completed the RTW voyage in 1522.
Others, like myself, preferred to stay in Portugal and enjoy one of the best year round most diversified and pleasant climate in Europe. Making the utmost of their talent and leading modest lives.
With this troika's choke on our throat, I think I have made a heavy mistake, which due to my age I cannot now liberate my family from such unpleasant and repeating sacrifices in lower and cut wages, retirement cheque viz-a-viz the constant increases in the cost of a simple basic life.
We have now returned to the time of the British landlords, exploring the common village people working their lands, followed by the shipowners and trading lords of silk, cotton and pepper and other spices, and by the lords of the new industries, after the first steam engine applied to the railways was introduced in Soctland in 1830, and a new group of investors became banklords and industrial worldwide tycoons.
Just some other useuful references about my generation. I was born in 1930. At the time of the Great Depression, and after living the hard times of the second World War (1939-45), the Iron Curtain (1947-89), the Portuguese Colonial War (1961-74), the boom of the Europen Economic Community-European Union (1956-2007), the Oil Crisis, and the Sub-prime/US Dollar and Euro/Sovereign Debts Depressions (2007 up to the next years). No solution is anticipated as the Troika prescription is to place all countries, who have counted on the solidarity of the great Uncle Sam in the USA - manager of the IMF -, and the forefathers of the New and Peaceful Europe - managers of the European Make Believe Central Bank for the Euro -, in the first "slavery row" of the 21st century.
ONE QUESTION
The Memorandums of Adjustment of the four debtors: Greece, Ireland, Portugal, Cyprus, and others to follow (like Spain, Malta, Hungary, Latvia, and even maybe France and Italy) are becoming too heavy so support.
However, Portuguese industry, agricultural, and trading tycoons, hand in hand with the two governments in power (from Abril 2011 to 2014), have availed of this crisis with one top goal in mind: TO LOWER THE WORKERS WAGES.
For that purpose, talent, experience and dedication, no longer counts.
What they all require is to change to cheap labour. Above all, young unemployed labour to build an easier platform of labour relations without unions!
They are ofering 3,96 euros per hour for university nurses at Public Hospitals.
They are advertising vacancies for engineers, architects, and management holders of university degrees for 485 euros per month (12 salaries per year).
AND NOW, I ASK THIS INTERNATIONAL TEAM
from the International Monetary Fund, European Central Bank, and the European Commision in Brussels,
HOW MUCH THEY SPEND PER DAY, DURING THEIR CONSTANT INSPECTION VISITS TO THE INDEBTED CAPITALS ... in their mission of rendering financial assistance to countries in crisis?
I presume, not even the bank managers with whom we talk about any problem with our personal local accounts, have ever imagined to spend so much money in executive air travel, limousine service, the best city meals, and the 5-star hotels, plus credit cards for other expenses.
But they keep on advising our ministers and executives to lower the salaries of the Portuguese working force, whatever they do.
With one exception: the members of the government, altough all salaries are frozen, have been rewarded with an increase of 81 euros per month (I hope they only get 12 salaries this year and in the next years), but I hope they find a good cause do spend their 81 euro increase!
That's why I have not placed the question toour ministers. They are also, probably, the worst paid European government members!
That's all! I just feel I have dismasked the true goal of this Memorand of Budgetary Adjustment signed by the Portuguese Government in power in May 2011.
Sunday, July 08, 2012
UMA QUESTÃO DE HUMOR NEGRO EM 2012
"Antigamente, os
cartazes nas ruas, com rosto de criminosos, ofereciam recompensas;
hoje em dia, apelam para que
votem neles"
… Atenção à grande frase do século XXI em Portugal e arredores
A CONSTITUIÇÃO TRATADA PELAS RUAS DA AMARGURA NA RUA DO SÉCULO
Por Humberto Ferreira - cidadão, contribuinte, eleitor, reformado, antigo jornalista e cliente da Portugal EP
AVISO que acordei mal disposto com a notícia do dia: a agência de governação de Passos & Gaspar, especializada em serviços de outsourcing a 3,96 euros por hora, prepara-se para elaborar o Orçamento para 2013,
com uma sobretaxa de 7,1% sobre o rendimento anual de todos os trabalhadores e
pensionistas, pois é a forma mais directa (e simples) de poder cobrar os
2000 milhões de euros dos buracos adicionais (Madeira, BPN, altos juros da dívida exigidos pelo plano de assistência externa e antigos calotes das PPP, etc.).
Lembro que a troika não exigiu qualquer corte nos dois
subsídios que fazem parte dos proveitos anuais dos trabalhadores por conta de
outrem. Mas a agência de governação escolheu esta via para poupar na despesa (1,5
mil milhões de euros/ano pelo corte na despesa com salários da função
pública e do Sector Empresarial, mais 951,5 milhões de euros aos
pensionistas).
Agora dizem-nos que a agência de governação vai estudar quais as opções
para garantir o mesmo efeito e apresentá-las à troika para aprovação. Ora se a troika está a
leste do ajustamento dos buracos, só pode ser para desresponsabilizar a equipa da governação
e atirar as culpas para a citada troika.
Mas aprendi, também hoje, pela boca do gerente Passos, que em 2012
a Portugal EP vai pagar cerca de 8.000 milhões de euros de juros pelo serviço da
dívida antiga. Ora como só esta parcela dos compromissos é muito superior
ao encaixe dos dois subsídios cortados em 2012, tudo me leva a crer que a empresa Portugal EP não seja viável com este crescente montante anual de compromissos!
Gostava de
ter perguntado ao gerente quais os montantes de serviço da dívida previstos até
2020? Mas o segredo continua a ser a estratégia dos políticos mais embaraçados.
OUTRA SAIDA – Há dias, o antigo director financeiro Miguel Cadilhe sugeriu a adopção de uma
taxa de 4% aos mais ricos, em termos do somatório de salários, lucros,
dividendos, bónus, rendas, juros, direitos de autor, e outros proveitos. Mas a agência de governação NEM SE DIGNOU COMENTAR.
Pois queria,
afinal, sacar bastante mais aos clientes portugueses que ainda conseguem ter contas bancárias
sem compromissos ou ónus!
Assim, quanto mais empenhados estão os clientes, mais isentos
ficam destas sobretaxas (simplesmente porque muitos porque não têm meios nem valores que possam ser
confiscados).
Já os clientes bem comportados nas suas contas e
compromissos privados, são sempre mais castigados, saqueados, e classificados
de ricos e privilegiados (basta ganharem mais de 628 euros/mês, valor fixado pela gerência para
perda de isenção das taxas moderadoras no SNS).
Práticas correntes sem qualquer sinal de incómodo
por parte dos inspectores judiciais da Rua do Século, quando, afinal, a aplicação de uma taxa
única de 4% também seria um sinal de falta de equidade fiscal.
Sem ser fiscalista, recomendaria, em vez da taxa fixa de 4%,
uma taxa variável em função dos escalões que determinam o valor da taxa de IRS aplicável
(o último disponível data de 2011).
Ora os oito escalões estão divididos em rendimentos brutos até proveitos de 4898
euros anuais (1); 7.410 euros (2); 18.375 euros (3); 42.252 euros (4); 61.244
euros (5); 66.045 euros (6); 153.300 euros (7); e o último escalão com
rendimentos superiores ao sétimo (8).
Neste quadro dos escalões de 2011 salta-me à
vista o “salto” entre 18.375 euros e 42.259 euros (uma diferença de 23.884
euros), o que suspeita a outra falta de equidade, até porque os dois escalões
seguintes (de 61.244 e 66.045) têm apenas 4.801 euros de diferença.
Deve certamente haver
uma explicação técnico-estatística para esta curva anormal. Que o fisco deve
esclarecer.
À Junta Constitucional compete verificar se um tão pequeno aumento de
proveitos justifica o pagamento à taxa do escalão superior! Por mim, haja
uma junta a quem o fisco obedeça!
Creio que não compete apenas ao fisco determinar quem é
pobre, remediado, moderadamente ou excepcionalmente bem remunerado. E muito
menos aplicar certos rótulos aos contribuintes, quando os seus dirigentes também se
enganam nas contas!
REVELAÇÃO ESPERADA
– A agência de governação Passos & Gaspara, afinal, nem se viu “entalada” com o alto parecer de falta de
equidade entre servidores públicos, trabalhadores efectivos ou serventes precários do
sector privado. A gerência já esperava esta decisão.
E curiosamente (ou não?) em 2012, a Junta Constitucional permite
à agência de governação e à assemblei geral da encosta da Estrela praticar actos inconstitucionais contrários ao princípio da
equidade: cortando apenas aos servidores públicos e aos pensionistas, os valores correspondentes às ajudas de férias (em Julho) e da quadra natalícia (em Novembro).
Mas para 2013 e anos seguintes podem dizer adeus aos ditos ajustamentos salariais. Possivelmente, pelo menos, durante mais quatro
anos, incluindo 2016 se não houver disponibilidade financeira para assumir este compromisso com os servidores públicos e das empresas do SEE não abrangidas pelas isenções entretanto aprovadas (excepções
autorizadas na TAP, NAV, Banco de Portugal, etc.). Vão todos ficar sem os ditos subsídios e se não estiverem bem, emigrem!
Aliás, creio, que o mais prático será os pessimistas dizerem já ADEUS para sempre a dois catorze-avos dos seus proveitos anuais! Os
optimistas não contam, porque não sabem ainda fazer contas (chumbam sempre na aritmética, tal como os actuais
diligentes dirigentes da secção de finanças públicas e privadas!
As contas públicas, com a economia em recessão, não vão
recuperar tão cedo. E a gerência não tem recursos, nem hoje nem em 2014, ou anos seguintes, para
pagar mais algum ano os referidos ajustamentos salariais. DESTA PODEM OS PORTUGUESES TER A
CERTEZA!
QUANTO AOS TRABALHADORES PRIVADOS, a dificuldade
da gerência está em conciliar, por um lado, as empresas que pagam a tempo os
salários aos seus trabalhadores e colaboradores, assim como os descontos
legais ao fisco, previdência social, e outras entidades constantes dos
respectivos acordos de empresa, ou contractos colectivos de trabalho, e por
outro lado o crescente número de empresas que não conseguem pagar estes
compromissos! Tal como os clubes de futebol que continuam a praticar cachets milionários, que depois não pagam. O fisco nem sabe o que perde ao não contratar esses dirigentes desportivos para a sua equipa!
Aliás, a receita da troika, tão magistralmente apoiada e
adoptada por Passos e Gaspar em Junho de 2011, conduz inevitavelmente à destruição do actual
tecido empresarial constituído por micro, pequenas e médias empresas que mal
ganham para pagar salários e as facturas dos fornecedores.
Por isso, o fisco também aplaude, sem reservas, a
receita da troika, na esperança de que os novos empresários sejam mais
dinâmicos, empreendedores e com vocação internacional, construindo empresas
modelo de grande sucesso.
Os acidentes de percurso não contam para estes tecnocratas formados nos EUA. Querem lá saber dos efeitos de uma geração de micro comerciantes e industriais aniquilada pelas suas teorias económicas!
É este o lado mais negro da actuação desta teimosa experiência em curso.
É uma
constatação dura mas inevitável, assistir-se à destruição das empresas, à depressão dos jovens, à miséria das famílias, e à forma renitente como estes doutorados no lucro e na especulação, acreditam na renovação valorativa do tecido empresarial luso,
após a política de terra queimada decretada pela troika, aprovada em São Bento, homologada em Belém, e implementada por Passos & Gaspar sem remorsos!
TENDÊNCIA COMPLICADEX - Por outro lado, como conciliar os pagamentos desta nova
sobretaxa, (de 7,1% em princ+ipio) pelos profissionais liberais, trabalhadores
independentes e os premiados empreendedores? Sempre mais dispersos e desorganizados, e que sertamente repetirão nos anos 20 as mesmas técnicas de evasão fiscal.
Para a gerência basta descobrir o denominador comum mais fácil de implementar.
Assim, hoje sábado, a
central de propaganda da agência governamental já emitiu um palpite para a Comunicação
Social.
No tempo do Salazar havia o Secretariado Nacional de Propaganda
dirigido por António Ferro. Com transparência e sito no Palácio Foz, nos
Restauradores à vista de meia Lisboa. Hoje, alguém conhece qual é e onde fica a
central de propaganda? É tudo mais opaco e complicado! Mas o pessoal
está mais confiante. Isso é o que interessa!
Para a cena ficar completa, o sócio-gerente Gaspar, à chegada a
Lisboa, disse apenas que o parecer da Rua do Século é para se cumprir, pelo que vai apresentar
o plano B no debate do Outono em São Bento. Quer dizer nem confirma nem desmente a notícia
da sobretaxa de 7,1% para 2013.
PAPÉIS NÃO FALTAM
– Gaspar chegava de Pequim, onde foi, patrioticamente, apelar à China para
ajudar na compra de títulos lusos, pois a dupla Passos & Gaspar teima em
voltar a oferecer papéis da dívida lusa aos mercados dos especuladores das
dívidas soberanas, já em Setembro de 2013.
Oxalá o mercado reconheça o justo
valor desses créditos. Mas para tal é preciso ignorar os ratings e informações das agências norte-americanas de notação financeira sobre os bons
e duvidosos credores internacionais. Mas Passos & Gaspar não poupam esforços para varrer para debaixo do tapete as constantes informações negativas
sobre os maiores e mais ligeiros desequilíbrios orçamentais em Portugal, Grécia, Chipre, Irlanda, Espanha,
Itália, França, Reino Unido, quem sabe na Alemanha (se a recessão continuar?), EUA,
etc. Ontem, o sr, Rajoy em Madrid, teimava, também, em que a Espanha pode
pagar juros à volta de 7%. Mas omitiu até quando?
Não sei se o objectivo desta viagem relâmpago a Pequim foi
este. Mas é humilhante quando divulgado publicamente. E quando nem é
oficialmente desmentido, o caso ainda é mais grave! Ir pedir apoio a mais de um ano de
distância?
O GOLPE – Lembro
que salários líquidos acima de 1000 euros já têm uma retenção mensal de 14% em
sede de IRS. E que em 2013 poderão passar a descontar 21,1%.
Passos & Gaspar poderão aplicar, assim, aos
trabalhadores privados por conta de outrem uma retenção IRS de 21,1%.
Pelos vistos os 17 grandes que se reúnem às quintas-feiras
na Rua da Imprensa à Estrela, nem os que trabalham na Casa Ratton, na Rua do
Século, se preocuparam ainda, minimamente, sobre a equidade entre quem ganha entre 1000 euros
e 250 mil euros por mês. Isto se estiver nos planos do Terreiro do paço cobrar a
ambos os segmentos laborais, a sobretaxa extraordinária de 7,1%, destinada a tapar os grandiosos buracos lusos!
Estas contas feitas em cima da hora podem não estar correctas,
mas a avaliar pelas medidas das gerências anteriores, quem ganha pouco paga
muito e quem ganha muito, paga pouco!
É um facto que estamos melhor do que em 1974, Mal feito
fora. Mas não poderíamos estar melhor se os especialistas em ciência política (formados num ano académico pesadissimo) e os magnatas tivessem
trabalhado melhor e repartido mais?
Sou europeu e vejo com desagrado o mau caminho que a Europa
teima em trilhar! Mas assim como uma andorinha não faz a Primavera, um
português sozinho não pode mudar o rumo errado pelo timoneiro. Não estamos em 7 de junho de 1494,
quando foi assinado o Tratado de Tordesilhas!
ACIMA DAS RECEITAS – Compreende-se que o fisco (ou secção de cobranças) não tenha avalista nem
cobrador às ordens para calcular, proporcionalmente aos proveitos, nem para
reter esta nova sobretaxa aos profissionais liberais, trabalhadores
independentes, artistas, etc.
Mas com esta solução, vamos aumentar a rúbrica das RECEITAS DO
ESTADO, por via de novos ou impostos extraordinários, mantendo o elevado nível
da DESPESA PÚBLICA, por termos que sustentar uma ORGANIZAÇÃO PÚBLICA
MEGALÓMANA, com duplicações desnecessárias ao nível do aparelho oficial.
Lembro o excesso de direcções gerais e
institutos públicos (em vez de repartições), agências e autoridades reguladoras (para fazerem pior, a
maior parte do trabalho que compete às DG e IP), autoridades e brigadas de
fiscalização (armadas agora em polícia criminal, idem), protecção civil (em vez das
corporações de bombeiros em crise, idem) e tantos outros exemplos mal copiados do
estrangeiro!
CONCENTRAÇÃO NO
FISCO – O mais ridículo passo da gerência Passos & Gaspar é o jogo
de empurrar as cobranças dos impostos de circulação automóvel, do IMI e
esgotos, das taxas moderadores dos hospitais e centros de saúde, etc., para as
DIRECÇÕES DE FINANÇAS (apesar do seu número ter sido igualmente reduzido).
Em Portugal agora só sobem os preços dos custos de produção e de venda ao público e os contratos de encomendas de serviços externos a consultores, juristas, e outros artistas.
Querem teimar em fazer omeletas
sem ovos, retirando competências aos autarcas (desertificando a província e teimando em afastar os serviços públicos dos cidadãos mais isolados, idosos e probres), e
às tesourarias hospitalares. Desde 2 de julho que as Direcções de Finanças
estão repletas de milhares de contribuintes a reclamar cartas recebidas para
pagar dívidas atrasadas ao Estado. Verdadeiros arraiais de maus modos pelos erros detectados nesta campanha da angariação de supostas dívidas! O sócio Gaspar
bem deveria visitar os seus serviços nestes períodos de contestação às contas
erradas das Finanças e outros Serviços do Estado. O SIMPLEX LUSO NO SEU PIOR!
CAIU O MURO DE
BERLIM, ENTROU O ALI-BABÁ – Ora isto pressupõe que vivemos numa
REPÚBLICA NO FAROESTE DA EUROPA, onde os políticos eleitos (ou não, ministros e
outros não são eleitos) podem fazer tudo o que lhes der na gana, para
agradar aos dirigentes da decadente União Europeia e da periclitante banca, a necessitar de apoios públicos em várias frentes.
O caso é que quem manda
hoje na Europa são os poderosos BANQUEIROS mesmo falidos!
Depois das Offshores encomendadas
aos políticos, descobriram o maná das PPP. É um fartar vilanagem. E tal como com a
lei anti-corrupção, os políticos atrasam em eliminar, devido à emergência vivida
por um crescente número de países da União Europeia viciados em offshores.
Após a queda do muro de Berlim a 9 de novembro de 1989 e da
queda do regime comunista na URSS a 21 de dezembro de 1991, surgiram de
rompante os BANQUEIROS para se aproveitarem dos elos mais fracos.
O capitalismo selvagem, aprofundado e esquematizado em
vários fóruns de facções político-financeiras (grupos Davos, Bilderberg, G8,
G20, etc.), acreditou, entre 1989 e 1991, que tinha chegado a sua hora de tomar
conta dos activos mais valiosos da economia mundial, desvalorizando o trabalho
e multiplicando exponencialmente o capital.
Perante a distracção dos prémios
Nobel da Economia e dos académicos distraídos, doutorados pelas mais prestigiadas
universidades internacionais! Todos brindaram, alegres, á nova era da liberalização
político-económica.
ORA, QUEM SOU EU, PARA AGORA LHES VIR LEMBRAR QUE A “FESTA” QUE
ELES ORGANIZARAM FOI SOL DE POUCA DURA. De facto DUROU APENAS 21 ANOS?
ANTEDECEDENTES
– Quero, porém, lembrar que a actual crise internacional das várias bolhas
imobiliárias, que enfrentamos desde Fevereiro de 2007, mal denominada crise do
sub-prime, foi desencadeada através dos chamados “veículos de aplicações
bancárias arriscadas” e altamente especulativas, idealizadas por executivos agiotas,
ávidos pelos créditos e bónus milionários que negociaram com os não menos
ambiciosos e sequiosos accionistas!
Só o corretor norte-americano Bernard Maddof foi julgado e condenado. Os outros continuam à solta a “sacar” o que podem e não devem! Perante o
conluio de alguns altos dirigentes políticos. Acima dos políticos, quem manda? ENTRE UNS E OUTROS, O DIABO QUE ESCOLHA!
ALIMENTAR O BURACO
– Ora os egrégios da Rua do Século, sete meses depois da aprovação do OE
2012 na AR, vieram atirar mais achas para a fogueira do pouco que resta da
economia interna.
A partir de 1 de janeiro de 2013, os portugueses, empregados
ou não, na função pública ou não, activos ou não, vão ter que pagar 23% de Iva,
mais cerca de 7,1% de sobretaxa especial,
mais os novos escalões de IRS (14% a 46%) e de IRC, mais uma sobretaxa de 100
euros extra de IMI, mais os aumentos nos transportes, combustíveis, luz, gás,
água, etc. O INFERNO MUDA-SE PARA PORTUGAL,
Falta, por enquanto, a taxa sobre a respiração e a mobilidade! Mas há
na forja novas taxas sobre dormidas em alojamentos turísticos, sobre taxas de
emissão de CO2 ou troca de créditos ambientais, etc. Não faltam cérebros a
inventar onde as respectivas corporações podem ainda sacar mais receitas, com o
apoio dos governos mais gastadores!
FRAGILIDADES DO
SECTOR PRIVADO – Por exemplo, os ilustres da Casa Ratton não averiguaram
QUANTAS EMPRESAS NÃO PAGARAM, EM 2011, aos trabalhadores, os subsídios de
Férias e de Natal? NEM quantas declaram insolvência e não vão pagar esses
subsídios em 2012 e anos seguintes? E, já agora, se os subsídios de desemprego
e de reinserção social contemplam 14 meses por ano? Tudo sempre por uma questão de equidade
geral?
O QUE PODE UM CIDADÃO COMUM, CONTRIBUINTE, ELEITOR,
TRABALHADOR (1955-1998) MAIS FAZER? ALÉM DE ESCREVER E VINCAR O SEU DESCONTENTAMENTO?
PS – Prometo
não escrever mais textos tão extensos. Não resisti, porém, hoje pois este caso é muito
importante para as nossas vidas pessoais e colectivas, e o momento é tão difícil
para os portugueses, europeus e ocidentais. Evito mencionar pessoas de outras
origens, porque cada etnia tem conceitos diferentes do mundo, da justiça, do
poder, e da democracia. Apenas gostava de ainda poder assistir ao desenvolvimento
equilibrado do meu país, se os governantes e os líderes da economia seguissem o
rumo certo! Não digo que só eu tenho razão! Mas sei que cresce o
descontentamento popular. Tento, assim, aprofundar as questões. Nada me move contra
este ou aquele, mas chamo os animais pelos nomes, usando o meu sentido de humor. A Comunicação Social já deixou de aprofundar as grandes questões que afectam a comunidade. Os artigos são superficiais, feitos à pressa, e descobre-se quase sempre (como no meu caso) as tendências pesoais do reporter. Mas críticas e comentários são
bem-vindos. Escrevo para quem aprecie ser mais esclarecido sobre as medidas tomadas contra nós! A nosso favor, só em anos de eleições. Bruxo! HF
Wednesday, June 27, 2012
NÃO HÁ MAIS
MILAGRES - Contas públicas: encargos acima das receitas
Verba para apoios sobe três
vezes mais do que receita da Segurança Social
Fonte:
Público 2012junho27 - 11:17
GovernoPassosGastaComSSacimaPosses2012jun27
FileRef:
SegSocialEmPerigoMenosreceitasMaisEncargosJunho2012
As contas públicas dos primeiros cinco
meses são claras. A destruição do emprego tornou-se numa crise social. Mas só os
encargos com as pensões de bancários ultrapassam a verba para RSI ou pensões de
idosos. CONTAS, MAIS UMA VEZ, MAL FEITAS PELO PESSOAL DO TERREIRO DO PAÇO! SERÁ POR REPRESÁLIA AO CORTE DO SUBSÍDIO DE FÉRIAS 2012?
A austeridade está a degradar o saldo da Segurança Social. Por cada
unidade adicional de receita conseguida de Janeiro a Maio de 2012 face ao mesmo
período de 2011, a despesa social (sem pensões)
subiu três vezes mais.
Dois terços dessa subida foram para subsídios de desemprego. A receita corrente
da Segurança Social ainda cresceu face a 2011, mas graças às transferências do
Fundo Social Europeu e do Orçamento do Estado para pagar as pensões dos
bancários. Já
as contribuições sociais estão a cair desde Janeiro de 2012
face a 2011.
As conclusões retiram-se dos números da execução orçamental, divulgados
recentemente pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO). E
pretendem mostrar os
impactos distintos que a conjuntura actual tem na Segurança Social.
O Governo alega ter sido surpreendido pelo impacto na economia da política
seguida, mas as contas da Segurança Social mostram o contrário. Desde Maio
de 2011 - quando o memorando com a troika se tornou público -,
o número de
novos desempregados inscritos nos centros de emprego começou a subir. Se,
em Abril de 2011, a inscrição de novos desempregados estava a cair 14% face a
2010, no mês seguinte subiu logo 5%. E continuou a subir todos os meses. Um ano
depois, ainda estava a crescer a um ritmo de 12%.
Esta evolução reflectiu-se na Segurança Social. A variação homóloga do saldo da
Segurança Social subiu até atingir um ponto mais alto entre Abril e Junho de
2011. E, a partir daí, abrandou até ficar inferior aos valores do ano anterior.
Em Maio passado, o saldo acumulado dos primeiros cinco meses era de 315
milhões de euros, menos 57% do que em igual período de 2011.
O que contribuiu para esta evolução? Em primeiro lugar,
uma quebra das
receitas, ligadas à descida do emprego - quebra das contribuições sociais.
Estas representaram, em 2011,
cerca de 60% das receitas do sistema de
protecção social. Ora, o número de empregados está a cair desde final de
2008, mas acentuou-se de forma abrupta desde finais de 2011. Desde Agosto de
2011 que a entrada de contribuições sociais se tem vindo a atenuar face ao
período homólogo.
Desde Janeiro de 2012, verificou-se mesmo uma quebra, que
se tem vindo a acentuar ao longo de 2012.
Em parte, essa quebra das contribuições sociais
foi atenuada por uma subida
das transferências do Orçamento do Estado (OE). Mas essa entrada de
recursos do Estado não foi para cobrir gastos sociais - essas transferências
impostas pela Lei de Bases da Segurança Social estão em queda face a 2011.
Foi
antes para pagar os novos encargos da Segurança Social com as pensões dos
bancários, cujo sistema de protecção social foi integrado no regime geral para
melhorar as contas orçamentais de 2011, mas está a prejudicar as actuais
(bruxedo?). Nos primeiros cinco meses de 2012, atingiram já
222 milhões de
euros, mais do que a protecção na doença, com o complemento solidário para
idosos (CSI) ou com o RSI (A MANTA É CURTA, OS PÉS SÃO DEMASIADOS!).
Em segundo lugar, o saldo degradou-se porque
a crise obrigou a mais apoios
sociais. De tal forma que, apesar das medidas adoptadas desde meados de
2010 - de limitação dos apoios sociais -
a despesa social voltou a subir.
Isso é visível
no subsídio de desemprego (mais 22%, apesar das alterações em
vigor desde 1 de Abril passado), no
rendimento social de inserção (mais
3,1%) e no
subsídio familiar (ainda em quebra face a 2011 - menos 1,1% -
mas a recuperar de uma quebra máxima de 33% em Novembro de 2011). E o
Governo tenta melhorar os números,
cortando nos apoios à acção social, no
CSI e nos custos com a administração do sistema.
Olhando para as contas globais, é de antever que
o prolongamento desta
trajectória terá consequências gravosas para o sistema de protecção.
Enquanto em 2011 (face a 2010), o saldo se manteve positivo porque as despesas
se reduziram mais do que as receitas,
a situação inverteu-se em 2012. As
receitas apenas crescem à custa do OE e as despesas estão a subir face a 2011,
com o saldo em queda. E como não é de prever que, proximamente, as
contribuições subam ou que se reduzam os apoios sociais
, o saldo da
Segurança Social vai degradar-se até que o emprego volte a subir.
--- --- ---
COMENTÁRIO HF – Temos ouvido, neste último ano,
os líderes da coligação PSD-CDS criticar o facto dos governos anteriores terem
induzido os portugueses a gastar acima dos seus escassos (ou parcos) salários e
proveitos, certamente desde os governos da AD (1979-81) e de Cavaco (1985-95).
E também ouvimos Passos Coelho garantir, durante a campanha eleitoral de
Maio-Junho 2011 (destinada, essencialmente, a apagar da nossa memória o
pesadelo dos governos de Sócrates (2005-2011) e para dar outra alternativa aos
portugueses, que iria praticar a política da VERDADE. Em contraponto com as
constantes MENTIRAS DE SÓCRATES E DOS SEUS MAL FAMIGERADOS BOYS E GIRLS.
Afinal, temos tido, SIM, mais da mesma receita errada e do mesmo comportamento
arrogante!
Ele, COMO OU OUTRO, nunca se engana.
Nós é que temos de lhe pagar para ele continuar
a errar!
As mesmas derrapagens nas contas orçamentais.
O descontrolo da
Administração Pública em auto-gestão!
Mais viagens à volta do mundo, como caixeiro viajante, a
vender banha da cobra, sem carteira profissional. Mais nomeações de boys e girls,
a varrer para debaixo do tapete os casos bicudos dos Serviços pouco Secretos de
Informações, da PGR, do Tribunal Constitucional e, entre outros, o pagamento
dos salários dos 700 trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo (sem
trabalho) mas como é uma empresa pública (nacionalizada pelo Portas quando foi
ministro da Defesa, no curto “reinado”, para esquecer, do Santana) há que pagar
para eles jogarem às cartas!
Mas que regime económico é este?
Que sustenta
empresas inviáveis. A holding Empordef queixa-se que tem uma encomenda da
Venezuela para dois navios, mas não consegue crédito da banca para comprar aço
e outros materiais e equipamentos. Incentivando ministros a fazer o seu trabalho!
Mas que economia é esta, que não consegue
financiar as empresas com encomendas?
Sabes que mais? Está tudo errado em Portugal.
Andamos há 38 anos a ser enganados por políticos e partidos incompetentes,
inexperientes, e vazios de estratégia de desenvolvimento integrado!
NAVEGAM ao sabor
das correntes e das mudanças do vento vindo da Europa!
E, pior, Passos tornou-se em outro MENTIROSO
COMPULSIVO.
Não muda uma vírgula das suas medidas e políticas erradas, que
estão a levar Portugal à MISÉRIA.
Não ouve conselhos nem sugestões de
ninguém.
Nem dos vindos do interior do PSD ou CDS.
Tornou-se, em menos de um ano,
num verdadeiro AUTISTA e num arrogante chefe de governo!
Para esquecer!
Pela ÚLTIMA VEZ, aviso-o, por escrito, que tem de mudar
de rumo, caso contrário sucede-lhe o mesmo que ao capitão e ao oficial de
quarto na ponte.
SIM, quando o Costa Concordia se “espetou” contra um
recife assinalado nas cartas náuticas, na aproximação à ilha de Giglio, em janeiro 2012.
A autoconfiança de PPC é tão excessiva que teima em ir contra a rocha!
Senão se tratasse
do meu querido País e dos meus compatriotas, cuja maioria sai prejudicada desta
aventura teimosa de mais austeridade - para das cinzas da troika renascer, por
milagre, uma economia portuguesa renovada, crescente, dinâmica, confiante, e
imbatível - dava-me vontade de lhe dizer, alto e bom som, BEM FEITO!
AFINAL, QUEM TE MANDOU, PPC, IMITAR o Zé
Sócrates de Má Memória?
Foi o Ângelo ou a Ângela?
ENTÃO. Demite-te. Emigra. Vai
procurar nova vida, longe da nossa ira!
Humberto Ferreira (desabafo de quarta-feira, 27 junho
2012). O dia em que Portugal vai derrotar a selecção de Espanha, e ganhar
acesso à final do Euro 2012 de Futebol! Viva Portugal!
Thursday, June 07, 2012
Pastel de nata virou Llilian's Egg Tart em Xangai
Pastel de nata virou Lillian's Egg Tart em Xangai
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O email do contacto foi adicionado ao Livro de Endereços
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Por Humberto Ferreira
Decididamente, Portugal não tem sorte com esta equipa ministerial nem com os empresários altamente complicados e desconfiados, que o sistema político incentivou nos últimos 38 anos!
Mas não é culpa desta geração. Foi sempre assim.
Nos anos 40/60 as nossas principais exportações eram:
cortiça, conservas, vinho a granel, algum vinho do porto, tapetes de
Arraiolos, caixas de fósforo, volfrâmio, pirites, mármores, estacas de
pinho para as minas, e rezina.
Mas quem estava à frente desses negócios eram quase sempre estrangeiros.
Italianos nas conservas, franceses no vinho, ingleses nos vinhos do
Porto e da Madeira, assim como nas minas, mármores e pit-rods.
FOMOS SEMPRE SUBORDINADOS
Hoje, por sinal, temos dois bons exemplos contrários:
Cristiano Ronaldo e José Mourinho.
Ambos acreditam que são os melhores do mundo!
E comportam-se como tal.
Melhor, provam-no com frequência na alta competição.
Mas, mesmo assim, creio que faria bem a ambos tomaram cursos de relações públicas.
Por vezes, exageram ao querer sobressair sobre jornalistas e adeptos.
E ao primeiro fiasco a alcateia vai cair-lhes em cima!
Afinal, nem os chinas brincam em serviço:
quais pastéis de nata ou de Belém?
SÃO, SIM: "LILLIAN'S EGG TARTS".
PROBABLY, THE BEST IN SHANGHAI!
AVISO AMIGO: SÓ A CIDADE DE XANGAI TEM 23 MILHÕES DE HABITANTES!
Bom apetite! Segue-se o extracto de uma notícia do Público, de 2012maio15:
humberto
O ministro Álvaro bem tentou avisar a malta,
mas a malta anda a passo de caracol e olhar bovino... atrás da bola e da ilusão de ganhar o Euromilhões.
Vai daí 1300 milhões de potenciais apreciadores de pasteis de nata (uma das maravilhas da gastronomia portuguesa, eleitas em Setembro de 2011) já têm fornecedor estabelecido em Xangai:
a Julia e a cadeia Lillian Cakes de Xangai, que foi
quem confecionou e serviu 1700 pasteis de nata, num só dia, no Pavilhão de
Portugal da Expo de Xangai em 2010.
... ... ...
Comentário HF:
Creio que a Casa dos Pastéis de Belém, em Lisboa - uma das mais pequenas capitais europeias -, produz e vende mais que 1700 unidades por dia!
PERGUNTO:
O que ganha a economia portuguesa com este empreendedorismo em Xangai?
A exportação de ovos de aviários lusos para a China? Claro que não! A exportação de farinha? Tão-pouco! A exportação de canela? Isso foi ao contrário: no início do século XVI mercadores portugueses compravam no Ceilão canela para as cortes da Europa. Quer dizer importavam canela para o entreposto em Portugal e exportavam depois para o resto da Europa.
Até que a Companhia Holandesa das Indias Orientais invadiu o mercado das especiarias naquelas paragens, afastando os portugueses, por vezes agressivamente.
MARCAS REGISTADAS - O pastel de nata é algum produto com marca internacional registada de origem?
Não! Mas o de Belém é!
Até o Vinho do Porto e o Vinho da Madeira têm tido problemas, por causa da ausência de marcas portuguesas associadas aos registos internacionais, havendo vinhos que continuam a usurpar a denominação de port-wine, produzidos na África do Sul, etc.
Por outro lado, há poucas marcas de Porto com projecção internacional (Ferreirinha, Calém, Ramos Pinto, ou Real Companhia Velha), e as existentes usam marcas pouco acessíveis aos principais idiomas estrangeiros.
O cluster dos vinhos - um dos mais activos e bem sucedidos - anda a precisar de uma ajuda sobre branding! Temos marcas de vinho que são dificilimas de decorar em português, muito mais por clientes estrangeiros.
A escolha de uma boa marca é meio caminho andado nas exportações. Contudo, os empresários portugueses gostam mais de complicar a marca e a apresentação dos produtos com explicações desnecessárias.
Já nos vinhos verdes, a marca mais acessível é a Alvarinho, produzido no Minho mas talvez com maior produção e projecção na vizinha Galiza. De mil e tal marcas registadas, lembro-me de quatro: Aveleda, Casal Garcia, Lagosta e Muralhas.
Por aqui os especialistas na proliferação de marcas podem ajuizar do interesse dos consumidores médios, internos e externos, pela dificuldade em decorar tantas marcas de vinhos!
Elementos úteis para os autores do Livro de Recordes Guiness (uma marca global de uma cerveja irlandesa): Portugal tem cerca de 12 tipos de vinhos (Porto, Madeira, generosos, Moscatel, aperitivos secos, de mesa tintos, brancos, palhetes, rosés, espumantes, frisantes, e verdes) e 10 denominações de origem. No total somando mais de 15 mil marcas e referências. Até os experts devem ter dificuldade em conhecer tanta variedade de vinhos. Ora os compradores e consumidores contemporâneos não podem perder tanto tempo a estudar esta colossal enoteca.
Não haveria vantagem em racionalizar esta exagerada gama de produtos?
SUCESSO IMBATÍVEL - O vinho português mais conhecido no exterior continua a ser o Mateus Rosé da casa Sogrape. Resultou de uma marca e uma garrafa original, lançadas em 1942, que completam em 2012 a venerável idade de 70 anos, continuando a ser exportado para 125 países. O Lancer's, vinho rosé produzido pela casa José Maria da Fonseca desde 1944,também é bastante vendido nos EUA. Pena ser com um nome inglês!
LINDAS PALAVRAS PORTUGUESAS IGNORADAS - É curioso como os empresários portugueses compram, para os seus filhos e famíliares, roupas, calçado, acessórios, refrigerantes, chocolates e biscoitos, assim como outros produtos e bens, de marcas internacionais, mas ainda não entendem que Portugal não é uma marca registada.
Tal como a França, ou a Suíça também não são marcas mas nomes de países! Pode usar-se: relógios e chocolates suíços, ou moda e automóveis franceses! Mas não há pastéis nem bifes franceses!
Os mercados funcionam há décadas pela força das marcas mais apreciadas à escala global. Um amigo diz-me que devemos registar o nome de pastel português em vez de pastel de nata.
Por acaso, nata em inglês é cream. Que se usa no café ou em certas comidas e sobremesas. Por isso, usaria antes o nome em português: pastel de nata ou nata pastry! Ora Portugal nem sempre é um bom trunfo para qualquer marca ou produto. Basta que a etiqueta mostre o norma internacional: Made in Portugal. Já é uma indicação preciosa!
Em Xangai, pelos vistos, vai vingar, e oxalá por muito anos, a marca Lillian's Egg Tarts para identificar "Portuguese nata pastry".
Agora se o ministro Álvaro não se apressa, com brevidade, a apresentar um plano de incentivo a novas exportações, não será com os pastéis de nata que vamos sair do buraco!
Thursday, May 17, 2012
Portugal tem 109 Observatórios
Portugal tem 109 Observatórios
para ajudar o Governo e o Aparelho de Estado
a governar e a servir melhor cidadãos e empresas
Isto é que é inovar e simplificar!
Humberto Ferreira
Ainda ontem (16 maio), o nosso tão querido governo da austeridade e dos cortes cegos na Saúde, Educação, Justiça, Forças de Segurança, Cultura, ObraPúblicas e Coordenação Económica e Turística, representado ao mais alto nível, por PPC e VG, deu posse à COMISSÃO DE RECRUTAMENTO E SELECÇÃO PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, constituída pelo professor João Bilhim, e pelos vogais (ainda não foram promovidos a consoantes, mas para VOTAR todos votam), José Pereira do Nascimento, Maria Proença de Almeida e Maria Dias Ferreira.
Podemos, assim, não ficar descansados pois que, agora, para se entrar na função pública, tem que se saltar mais esta barreira burocrática!
Para já, ficamos a saber que os proveitos médios dos 608 746 funcionários públicos (à data constantes da folha de pagamento) é de 1600 euros por mês (mas apenas 12 meses por ano até 2018. Depois se verá! Este governo vai a eleições antes de Junho de 2015).
E sabemos que, no primeiro trimestre de 2012, entraram para o Estado, em plena crise, 5816 funcionários, tendo saído 8643. O saldo é negativo: 2827 elementos não foram substituídos.
Não faço ideia como vai, assim, o ilustre gestor do memorando da troika, cumprir o "afastamento" de milhares de funcionários dos encargos do Estado em 2012 e 2013!
Já vamos em 17 de Maio e só sairam cerca de três mil, quando o objectivo, assinado há um ano, abarcava menos 15% em dois anos!
Mas na Europa contemporânea, nada é para se cumprir.
Basta escrever, comunicar aos jornalistas, debater nos parlamentos e nos canais da TV, e mais nada!
A maioria do povo obedece. E os não cumpridores acabam por ser favorecidos por um sistema de justiça regido
por leis feitas para proteger exactamente os tais!
Dar contas, aos eleitores do andamento da carruagem e da locomotiva, JAMAIS, como dizia, muito bem o antigo ministro Lino, em francês!
"TACHOS" PARA FUNCIONÁRIOS ESPECIAIS
109 BELOS E GORDOS OBSERVATÓRIOS 109
Tantos "observam", todos mamam mas nada fazem!*
Uma coisa é certa não há político com poder, que tenha coragem para acabar com os 109 Belos e Gordos Observatórios da Vida Portuguesa Contemnporânea!
A razão é simples: estão lá colocados muitos dos seus compadres, afilhados, amigalhaços e Irmãos!
Mas já para cortar salários, funções, serviços, e destruir os postos de trabalho, basta só redigir um decreto-lei, ou até uma simples portaria, mandar para homologação em Belém, e faz de lei.
Estes políticos estão, em 11 escassos meses, a demonstrar não ter a necessária preparação ética nem conhecerem os antedecentes da contratação colectiva dos funcionários públicos e dos trabalhadores privados.
Sempre os dois elos mais fracos de Portugal!
Pois os reforços dos magros salários praticados neste País são, exactamente, os subsídios de Féria e do Natal.
Alvo de duras negociaçoes entre o Estado, o Parlamento, as associações empresariais e os sindicatos, depois do 25 de Abril.
Para quê? Para compensar essas desvantagens da sociedade e da economia portuguesa.
Mas os actuais ministros não aprenderam esse pormenor, ou esqueceram tudo além da cartilha ideológica que adoptaram e pratenicam até às últimas conseguências. neste caso até reentrarmos na bancarrota!
SÓ NÃO VÊ QUEM É CEGO!
Mas, pelos menos, podemos "observar! à grande!
LISTA DOS BONS OBSERVADORES DA VIDA PORTUGUESA EM 2012
1. Observatório das actividades culturais--1996
2. Observatório Alzheimer
3. Observatório ambiental de teledetecção atmosférica e comunicações
aeroespaciais
4. Observatório do ambiente
5. Observatório dos apoios educativos
6. Observatório das artes e tradições
7. Observatório para os assuntos da família
8. Observatório de biologia e sociedade
9. Observatório da caça
10.Observatório da censura
11.Observatório do centro de pensamento de política internacional
12 Observatório de cheias
13.Observatório da cidadania
14.Observatório das ciências e do ensino superior
15.Observatório das ciências do 1º ciclo
16.Observatório das ciências e tecnologias
17.Observatório do comércio
18.Observatório da competitividade e qualidade de vida
19.Observatório da comunicação
20.Observatório da comunicação (Obercom)Duplicado?
21.Observatório da comunicação local
22.Observatório da criação de empresas
23.Observatório do desenvolvimento do Alentejo
24.Observatório do design
25.Observatório da economia mundial
26.Observatório para a educação sexual
27.Observatório do emprego e formação profissional
28.Observatório do emprego em Portugal
29.Observatório do endividamento dos consumidores
30.
Observatório de entradas na vida activa
31.Observatório estatístico
32.Observatório estatístico de Oeiras
33.Observatório dos estudantes do ensino superior
34.Observatório europeu da droga e toxicodependência
35.Observatório europeu das pequenas e médias empresas
36.Observatório europeu do racismo e xenofobia
37.Observatório europeu das relações profissionais
38.Observatório europeu da sismologia
39.Observatório europeu do sul
40.Observatório de festas e património
41.Observatório do fogo
42.Observatório geopolítico das drogas
43.Observatório para a gestão de áreas protegidas
44.Observatório da globalização
45.Observatório da habitação
46.Observatório ibérico do acompanhamento do problema da degradação dos
povoamentos de sobreiro e azinheira
47.Observatório para a igualdade de oportunidades
48.Observatório da imigração
49.
Observatório da imprensa
50.Observatório da inovação e conhecimento
51.
Observatório de inserção profissional
52.Observatório da inteligência económica
53.Observatório para a integração de pessoas com deficiência
54.Observatório jornalismo electrónico e multimédia
55.Observatório da língua portuguesa
56.Observatório da literatura e da literacia
57.Observatório local da Guarda
58.Observatório Mor das comunicações
59.Observatório magnético de Coimbra
60.Observatório dos medicamentos e dos produtos da saúde
61.Observatório médico
62.Observatório do mercado de arroz
63.Observatório dos mercados agrícolas
64.Observatório nacional da dança
65.Observatório nacional da diabetes
66.Observatório nacional das doenças reumáticas
67.Observatório nacional da droga e toxicodependência
68.Observatório nacional das profissões de desporto
69.Observatório nacional dos recursos humanos
70.Observatório nacional de saúde
71.Observatório nacional dos sistemas multimunicipais e municipais
72.Observatório da natureza
73.Observatório da neologia do português
74.Observatório de neologismos do português europeu
75.Observatório do ordenamento do território
76.Observatório permanente do ensino secundário
77.Observatório permanente da juventude
78.Observatório permanente da justiça
79. Observatório permanente das organizações escolares
80.Observatório permanente da segurança do Porto
81.Observatório de políticas de educação e de contextos educativos
82.Observatório das prisões portuguesas
83.Observatório português dos sistemas de saúde
84.Observatório qualidade
85.Observatório da qualidade do ar
86.Observatório da qualidade em serviços de informação e conhecimento
87.Observatório sobre o racismo e intolerância
88.Observatório para a reabilitação urbana
89.Observatório das regiões em reestruturação
90.Observatório regional de Leiria
91.
Observatório da restauração
92.Observatório de reumatologia
93.Observatório robótico
94.Observatório de segurança
95.Observatório da segurança nas profissões
96.Observatório da segurança rodoviária
97.
Observatório do sistema de aviação civil
98.Observatório da sociedade de informação
99.Observatório solar e heliosférico
100.
Observatório do sul Europeu
101. Observatório dos tarifários e das telecomunicações
102. Observatório dos territórios rurais
103. Observatório têxtil
104. Observatório de Timor Leste
105. Observatório transfronteiriço Espanha-Portugal
106.
Observatório do turismo receptivo, emissor, doméstico e internacional
107. Observatório urbano do eixo atlântico
108. Observatório de vida
109. Observatório virtual da astrofísica
E DEPOIS DE TANTO OBSERVATÓRIO, QUEM SÃO OS OBSERVADORES?
Não são conhecidos nem vão aos debates nos diversos canais da TV.
Preferem realizar o seu trabalho nos gabinetes e fornecer informações vitais,
apenas à tutela!
Para comunicar aos cidadãos há outro observatório na Rua da Imprensa à Estrela,
onde se concentra a central de informação pública, com o apoio dos clippings
e relatórios do SIED.
Quem tem um país assim organizado, tem tudo!
Friday, February 17, 2012
PORTUGAL EXCÊNTRICO OU “FOLLOW PORTUGAL’S LEADING STYLE” Distribuição: como distribuir recursos, formalizar clusters e integrar estatísticas da exportação?
Humberto Ferreira
Vou onrinuar a escrever sobre a série temática “
Contributos da Distribuição para uma História do Turismo em Portugal”. A actualidade a isso me impele, pois
a cada dia o país fica mais submerso em buracos e contradições. Soube hoje que
o custo da ‘privatização´ do BPN atinge 5,3 mil milhões de euros.
Li que um membro do governo admitiu: “
Andamos a trabalhar para alimentar o Estado”.
Também soube que o Algarve vai ficar sem navios para a Madeira, por causa do desentendimento entre o armador espanhol e o governo regional madeirense (o armador pediu uma baixa nas taxas portuárias mas, devido à crise e ao "resgate" da Madeira,
um dos aumentos de receitas apontado por Lisboa foi exactamente a subida das taxas portuárias.
Mas, valha-nos a sorte,
o presidente da CIP – Confederação Empresarial Portuguesa – depois da recente vitória na Concertação Social, deixou de ter desculpas sobre a inflexibilidade da legislação, com as novas normas que baixam o custo dos despedimentos, horas extras, trabalho aos sábados e feriados, deslocalização do local de trabalho, e outros antigos encargos que afectavam o custo do trabalho em Portugal. Mesmo assim ele (antigo sindicalista)
insiste na redução da TSU, num período em que o desemprego atinge o recorde de 14% com 1.200.000 desempregados. Se isto
não é uma postura gremial, como classifica-la? O único desafio positivo veio do Primeiro-Ministro,
ao convidar os cidadãos a apresentar boas ideias para melhorar Portugal.
VAMOS RESPONDER AO DESAFIO DE PASSOS COELHO
Assim,
aqueles dispostos a salvar o Turismo terão de arregaçar mangas e ajudar a salvar primeiro o País. Que está, aliás, a fazer repetidos negócios com a China, tornando-se
o mais desleal concorrente da Europa vigiada por Bruxelas, pois, afinal,
Portugal tem os custos mais baixos do trabalho duro e os mais altos para executivos e gestores públicos.
Para mim não é novidade, pois sempre ouvi dizer que Portugal é um país de contrastes sociais!
MUDANÇA DE RUMO
Mas que estamos a servir de ponta de lança aos objectivos da China na Europa nao há dúvida. A REN, edp e o retalho de roupas e bijuterias já são chineses, agora falta o porto de Sines e outros activos interessantes aos olhos dos liberais chineses.
Assim, face às mudanças indispensáveis do actual modelo de fraco desenvolvimento sócio-económico, a minha prioridade, como comentador da situação de Portugal e da Europa,
passa da organização do cluster do Turismo para a recuperação de Portugal, do Euro e da Europa.
Várias vozes apontam para se mudar o modelo de distribuição instalado. Mas vão ser difíceis de implementar, pois
não dependem apenas de nós mas dos europeus.
CONSELHOS LEAIS
Antes de apresentar um esquema de ideias para melhorar Portugal, vou enumerar alguns conselhos úteis e práticos.
1 – CAPÍTULO 11 – Passos Coelho disse na entrevista ao SOL: “
Nenhum país pode crescer com grande dívida às costas” e “
A ideia de que há oposição entre austeridade e crescimento é ociosa”.
Ora aqui vai a minha contraposição:
Sem financiamento adequado, podem as exportações crescer? E quantas empresas não têm encerrado sem fundos nem crédito para comprar matérias-primas nem para pagar salários e impostos? Os Estaleiros Navais de Viana (da estatal Empordef) está nessa situação caricata, e os operários só receberam na sexta-feira os salários de janeiro. É este o modelo imposto pelo governo? Numa empresa pública?
ALTERNATIVAS NEGADAS PELOS EUROPEUS
Ora os EUA têm uma lei para evitar o encerramento de empresas falidas. É o chamado
acordo entre accionistas, a banca, credores e trabalhadores, passando a empresa a funcionar ao abrigo do Capitulo 11, durante o qual os credores não podem accionar os seus direitos nos tribunais.
Há milhares de empresas que se salvaram da bancarrota assim (
a maioria das companhias aéreas já passou pelo capítulo 11), com acesso adequado a novas linhas de crédito da banca para aplicar segundo o acordo.
Dir-me-ão: esta é uma das diferenças entre a América e a Europa!
Então voto na América! Portanto, enquanto faltam fundos para qualquer país, empresa, ou projecto, avançar,
os credores não devem exigir prioridade na liquidação urgente dos créditos, mas, sim,
apoiar um plano viável de prestações, fornecendo o indispensável crédito, até controlado por um auditor independente credível, para se produzir e vender bens transaccionáveis e serviços que possam subir as receitas e reequilibrar a economia. O que se aplica a qualquer empresa, pode aplicar-se, também, aos países sob assistência financeira do FMI, BCE e UNião Europeia. A troika insiste na austeridade e em repetir o lamentável caso da Grécia.
Logo, não voto na troika.
2 – AFOGAR-SE JUNTO À PRAIA – O PM diz: “
Pobres já somos mas alguns ainda não perceberam” e “
Temos que passar de um registo consumista para um de poupança e investimento”.
Pergunto: pode um povo pasar a alimentar-se mal e pode um país assistir à falência diária de dezenas de empresas e ao despedimento de milhares de trabalhadores, durante três anos seguidos? Enquanto a minoritária população activa se sacrifica mais para adiantar o pagamento da dívida? Será que somos os novos escravos europeus de colarinho branco?
3 – EUROPA QUO VADIS – Apoiar empresas em dificuldades, evitando despedimentos e segurando a economia,
é uma norma elementar, lamentavelmente esquecida pelos actuais responsáveis da troika e da maioria dos dirigentes da “União” do Desemprego Europeu.
Chegados à beira da rotura,
face ao fracasso de um fraco naipe de líderes europeus e mundiais, resta-nos o dever urgente da sociedade civil sensibilizar e tentar mudar o existente modelo sócio-económico.
A Europa fica insustentável com cerca de 40 milhões de desempregados. Portugal entre subsidiados e desempregados de longa duração e outros à procura do primeiro emprego,
caminha para os 1.200000. Um recorde vergonhoso!A grande prioridade do Governo, do empresariado, dos sindicatos e dos portugueses em geral, é pois
criar emprego e dinamizar as exportações.
O que só pode ser conseguido com o crescimento de cada sector ou cada empresa. E com um
PLANO INTEGRADO DA ECONOMIA EUROPEIA e de outro enquadrado neste, capaz de fomentar o
DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL. Os espanhóis chamam-lhe PLANO INTEGRADO DE DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA NACIONAL. Sem uma economia adjacente pujante,
não há turismo nem indústria que resista!NOVO MODELO DE SOCIEDADE
Há que mudar, assim, o modelo de distribuição da riqueza produzida, dos recursos disponíveis, e do know-how adquirido, nas universidades e na prática profissional, mas mal aplicado nas últimas décadas, face ao fracasso do modelo internacional da austeridade imposto desde os anos 70. Impõe-se aprovar e implementar outro mais eficaz e não especulativo.
O que a Europa, e quiçá o mundo, precisam é de uma Agência para a Recuperação Equilibrada do Trabalho, Investimento, Produtividade e Distribuição de Recursos, Meios e Proveitos. Uma SOCIEDADE PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL AVANÇADO.
PAPEL DO TURISMO – Em vez de cada país ter um embaixador na ONU, seria a ONU a deslocar um consultor especializado para apoiar cada governo assistido, a superar a sua crise específica. Aliás, Portugal aparenta estar satisfeitíssimo com o intercâmbio gerado com a troika. Diz Passos Coelho: A troika tem apresentado o exemplo de Portugal nos seus contactos com o exterior e isso +e muito importante porque nos separa da Grécia. Contraponho: só não consegue influenciar as agências de rating!
Perguntam-me: e o que tem o Turismo a ver com essa reorganização utópica?
Tem tudo. O Turismo é a única actividade (a caminho dos mil milhões de turistas em 2012 e de 1.800 milhões em 2030), que pode servir de charneira a esta ciclópica tarefa de reequilibrar o excessivo endividamento global dos governos, empresas, e famílias. O Turismo é o sector que tem mais experiência internacional e de intercâmbio de relações comerciais. É o ramo que promove mais feiras, congressos, encontros, e inovação operacional. E o que apresenta mais pesquiza em novos destinos, programas e soluções. Admito que nas últimas décadas não conseguiu gerar quem se tenha sobreposto no exterior, tanto nos organismos e associações internacionais como na gestão empresarial.
PROPOSTA PARA MUDAR PORTUGAL – Vou, entretanto, enumerar uma receita caseira.
A - APOIAR A NATALIDADE – A primeira questão que um chefe de governo deve saber é em que País desejam, afinal, os cidadãos viver e criar os seus descendentes?
Creio que a baixa taxa de natalidade nas últimas décadas em Portugal,é um sinal evidente das erradas políticas aplicadas pelos sucessivos governos. O Japão, por exemplo, com uma população de 126 milhões, preocupa-se com as previsões da quebra de 33% da população até 2060. Os 81,7 milhões de japoneses do grupo etário dos 15 aos 64 anos devem baixar para 44,1 milhões, constituindo 50,9% da população total, enquanto o grupo etário dos seniores (com mais de 65 anos) sobem de 23% para 39,9%. Tóquio avisa que o país será insustentável nestes moldes e que vai tomar medidas adequadas. Em Portugal o desequilíbrio já é maior, mas em Lisboa, não ouvi nem li qualquer proposta oficial para inverter a situação. Portanto, é preciso um PROGRAMA DE APOIO ao Crescimento Sustentável da TAXA DE NATALIDADE.
B – ESTRATÉGIA NOVA PARA O DESENVOLVIMENTO – Sei que os portugueses estão fartos de pagar Planos, Estudos, Programas e Medidas falhadas pelos diversos governos e autarquias. Mas desenvolver um país sem um consensual PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL, é uma missão impossível. Por isso, recomendo, com urgência, a encomenda de um amplo plano com este objectivo nacional mas enquadrado numa Europa do Emprego e Unida.
Um país com boas perspectivas de crescimento e rendimentos sustentáveis? Ou um país sujeito à instável vontade dos mercados financeiros e seus agentes (agiotas globais que ganham fortunas à custa dos juros especulativos)?
B – EIXOS ESTRATÉGICOS – Em segundo lugar, importa elaborar, aprovar e implementar um PLANO DE PRIORIDADES ESTRATÉGICAS consensuais, que atravesse o espectro partidário, social, económico e laboral. Mais do que um Programa de Governo, deve ser um PROGRAMA NACIONAL, que abranja a sociedade civil, e não focado nos interesses dos novos “grémios”, excessivas federações e confederações. Todos devem participar. As sociedades científicas e tecnológicas, as universidades e os melhores génios e “campeões” nas seguintes vertentes:
1 - APOIAR O EMPREGO – Se a Segurança Social foi incapaz de dinamizar os centros de emprego, entregue-os à gestão a especialistas de colocação de pessoal – “agências de casting”. Em Espanha sabe-se, por exemplo, que devido á crise, as agências de viagens reduziram 7600 postos de trabalho entre 2008 e 2011. Não foram apenas mais 7600 desempregados mas 7600 postos de trabalho e de vendas perdidos. Outra ideia importante é actualizar e dinamizar as estatísticas em todas as vertentes. São tardias e não correspondem ás exigências dos novos gestores nem dos académicos, políticos e jornalistas.
2 - POLITICA SALARIAL MAIS JUSTA – Sem a qual a produtividade e a competitividade não sobem. Portugal não pode continuar a ter os salários mais baixos da União. As exportações lusas só crescem pela qualidade e design. Não pelo baixo custo do trabalho pouco produtivo e especializado;
3 - POLITICA FISCAL MAIS JUSTA – Acabar com os escalões de rendimentos no IRS, e aplicar uma taxa média equilibrada, para evitar a empresas e independentes suspender a facturação ao aproximarem-se do escalão seguinte. O governo calculou quanto perde com este sistema? Quem tudo quer…! Sabe-se agora que o Fisco tem vigiado o movimento dos cartões de crédito em restaurantes, lojas, e hotéis. Custa-me a acreditar que num país, com uma Comissão de Protecção de Dados tão vigilante para defender a privacidade dos cidadãos e dos suspeitos de assaltos em locais públicos, permita agora esta intromissão fiscal sobre o que cada cartão de crédito movimenta em tipos específicos de terminais? Por isso é preciso saber em que País querem os portugueses viver? Sob uma ditadura fiscal, não!
4 – EXPORTAR MAIS E MELHOR – Proponho que se acabe com este conceito vago, substituindo-o pelas seguintes acções directas:
4 A – CONSOLIDAR clusters, empresas, autarquias e a academia, em máxima sintonia possível, com o Governo, Banca, Sindicatos, e Redes de Distribuição Interna e Externas a apoiar e não para complicar;
4 B – BAIXAR custos de produção das empresas que alcancem as metas médias fixadas anualmente pelos respectivos clusters (beneficiando de descontos nos custos da energia, combustíveis, impostos, taxas e outros encargos administrativos). O custo do trabalho é importante, até para dinamizar o consumo interno e a qualidade de vida da população. Mas não há milagres!
4 C – INVENTARIAR, analisar, monitorizar e APOIAR, legislativa e publicamente, os clusters com maior potencial, pelos respectivos nomes (por exemplo): Mar; Turismo; Transportes e Logística; Calçado; Vestuário (moda, pronto a vestir, têxteis, confecção, marcas, etc.), Vinhos e Bebidas; Gastronomia, conservas, alimentos e sobremesas congelados; Obras Públicas e Civis em países estrangeiros (em Portugal só quando esta crise for paga!); Tecnologia; Ciência; Agricultura (pecuária, horticultura, floricultura, transformação, e marcas), Floresta, Cortiça, Madeiras e Pasta de Papel, Indústria Ligeira e Pesada; Aeronáutica; Construção Naval; Automóveis; Pedras Ornamentais; Joalharia; Cultura, Desporto, etc.
Não esquecendo ainda os sectores exportadores previstos na Nomenclatura Combinada do INE (que peca por desactualização): Máquinas e Aparelhos; Veículos (acima: cluster automóvel); Combustíveis; Químicos; Plásticos e Borracha; Metais Comuns; Minerais e Minérios; Produtos Alimentares (acima: cluster gastronomia, conservas e congelados); Óptica e Precisão; Peles e Couros.
O novo Fundo de Fomento da Exportação (creio que o legado passou para a tímida AICEP) deve promover um CONCURSO ANUAL INTERNO para apurar os maiores e mais consistentes exportadores em cada uma das fileiras (enumerei acima um total de 22 a que acrescentei mais oito retirados da Nomenclatura Combinada por categoria de produto agregada. No total, temos aqui 30 trunfos em clusters com vasta experiência mas com organizações distribuídas em compartimentos estanques. E há mais! Sendo bom relembrar que a união faz a força!
4 D – GARANTIR O ACESSO AO CRÉDITO indispensável às exportações – Sem bancos e apoios semelhantes aos praticados, por exemplo, nos Emirados Árabes Unidos, Irlanda e Holanda, entre outros, um País pequeno e descapitalizado, como Portugal, não terá grande hipótese de avançar e superar a crise. Menos ainda se continuar focado na AUSTERIDADE (aliás, tanto o FMI como a Cimeira da União Europeia em 30/31 de janeiro, já admitiram isso ao mundo). Também não vale insistir na falhada tónica de que o endividamento público e privado é positivo mas tudo o que é público é fixe, enquanto tudo que é privado é duvidoso;
5 – PROMOVER A IMAGEM DE PORTUGAL - Melhor e com mais profissionalismo, lembrando que PORTUGAL não é uma marca, mas uma boa referência, boa opção, ou boa aposta. Promover mais os nossos PRODUTOS, BENS, SERVIÇOS e, especialmente, MARCAS mais representativas no exterior. Como, por exemplo, o Mateus Rosé, a Vista Alegre, a TAP, a Agência Abreu, os papéis Renova, canoas Nelo, pranchas de surf, etc.
Lembro que é imperioso LANÇAR MARCAS COM NOMES PORTUGUESES MAIS ACESSÍVEIS AOS ESTRANGEIROS. Há casos de sucesso como “RENOVA tissues”, mas são raros. Os clientes precisam de decorar com facilidade e associar as marcas portuguesas e qualquer dos clusters de qualidade acima referidos, no ponto 4 C. Para vender mais no mercado interno, também ajuda os portugueses saberem o que os estrangeiros mais apreciam da produção nacional. O povo deve ser mais mobilizado para apoiar as exportações e o Turismo.
6 – DISTRIBUIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES – Creio que nesta fase, o BALCÃO ÚNICO DAS EXPORTAÇÕES poderia ser formalizado sob uma entidade público-privada, por exemplo, sob um rótulo sugestivo. Por exemplo ESTILO PORTUGAL, PORTUGUESE STYLE! Your help desk online! Ou FOLLOW PORTUGAL’S LEADING STYLE!
ATENÇÃO: no título, Portugal Excêntrico é outra forma de criticar Portugal periférico.
E a nova AICEP (como referido acima) deve promover anualmente CONCURSOS INTERNOS para apurar os maiores e mais consistentes exportadores em cada um dos 30 clusters. Além do valor das vendas, ou dos preços mais convenientes dos produtos, o que as empresas e consumidores mais apreciam são os prémios relacionados com marcas, empresas e especialidades regionais ou locais. Na distribuição dos prémios seriam convidados os melhores importadores estrangeiros, com visitas guiadas, no roteiro das exportações (a criar) para se interessarem, potencialmente, por outros produtos.
Nas feiras internacionais, a nova AICEP (aliada às propostas parcerias privadas) deve distinguir os produtos portugueses importados em maior volume em cada mercado, e as respectivas importadoras, distribuidoras gerais e retalhistas. Queira o leitor notar que estou a referir-me ao conjunto das exportações portuguesas e não apenas ao Turismo. Este sector é o que, de facto, se enquadra bem em qualquer feira temática internacional, e nas feiras de Turismo até merece a “companhia” de vinhos e bebidas, gastronomia, moda e calçado, equipamentos desportivos e de viagem; joalharia, cultura, desporto, etc.
Por fim, as CAMPANHAS DE PROMOÇÃO DAS NOSSAS EXPORTAÇÕES, em cada mercado potencial e específico, devem ser organizadas em moldes diferentes e a médio prazo. Seleccionando, por exemplo, 12 clusters complementares por ano, e focar um diferente em cada mês e cada mercado. Se tivermos 12 mercados e 12 clusters, teremos um total de 144 temas, spots, ou cartazes diferentes num ano. Podendo sempre associar-se cada produto a cada região de origem ou de fabrico, numa articulação útil entre o fabrico e o turismo.
EUROENEWS – Hoje, a promoção externa faz-se através de múltiplos meios e ideias (aliás, tal como a interna). Mas um país ou um produto ausentes dos canais internacionais da TV e da internet são votados ao esquecimento. Sucede que a Euronews atravessa dificuldades – a comprovar que afinal os 27 Estados não estão muito interessados em aderir ao conceito da Europa Unida, mas apenas em retirar o melhor proveito possível dos ”eurofundos”, à custa do reforço do espírito nacionalista de cada povo. Por vezes, basta que um pequeno país, como Portugal, aproveite melhor as vantagens disponíveis da Europa Unida. A RTP poderia negociar com a Euronews, por exemplo, a continuidade do programa em português contra a emissão de programas semanais sobre as exportações e o Turismo de Portugal. Seria um bom negócio para ambas as partes. E Portugal marcaria, assim, presença assídua entre os telespectadores da Euronews, a um custo que já faz parte da divulgação mundial da língua portuguesa.
7 – RECICLAGEM DE TRABALHADORES - Resolvida a abertura da via para o aumento das exportações, sob o rótulo ESTILO PORTUGAL, temos o problema do DESEMPREGO parcialmente resolvido. Mas é preciso investir mais na formação permanente dos activos de forma a aproveitar os talentos mais abertos à ADAPTAÇÃO aos novos métodos de PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE – afinal são estes os maiores trunfos dos portugueses que se destacam no exterior! Mas o crescimento do EMPREGO depende essencialmente do aumento da procura interna e externa, da disponibilidade do crédito bancário, e do crescimento articulado dos sectores público, autárquico, privado e misto. Não há milagres!
8 – TALENTO – Entre os melhores recursos portugueses (naturais, económicos, culturais e científicos), escolho os nossos talentos individuais e colectivos, nas mais variadas actividades laborais, intelectuais, desportivas e comunicativas. Mas lamento ter assistido nas últimas cinco décadas ao desperdício de muitos talentos, que tiveram que emigrar para ser reconhecidos. A Pátria não os contemplou, apressada como tem estado a idolatrar políticos e futebolistas. Há responsáveis de departamentos públicos que actuam como se receassem a concorrência de jovens que lhes apresentam sugestões e soluções. Assim, continua-se a viver, mesmo depois do 25/4, sob o NEPOTISMO. Foi preciso Passos Coelho vir com esta excelente ideia de pedir ideias aos portugueses, aliás sem descriminar idades. É de facto preciso que sejam criadas mais oportunidades aos jovens com talento. Mas este concurso ou passatempo é um bom prenúncio para se criar e respeitar uma BOLSA DE TALENTOS LUSOS, a cargo de uma entidade privada.
CONTINUA: Distribuição V: Aproveitar marcas, Natureza e âncoras para diferenciar Férias com Estilo, em Portugal
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